sexta-feira, 26 de abril de 2013

Cavalgando um dragao (e achando que vai doma-lo) - Rogério Furquim Werneck


Rogério Furquim Werneck
O Globo, 26/04/2013

Em meio ao caótico discurso econômico do governo, passou quase despercebida uma declaração do vice-presidente Michel Temer, feita no fim de março, que explicita com clareza, ainda que de forma um tanto rudimentar, a premissa básica da aposta que deve pautar a atuação da presidente Dilma Rousseff nos próximos 18 meses. “Uma coisa é a macroeconomia. Outra é a economia do cotidiano. PIB e pibinho não interessam ao povo. Ele quer saber de emprego e se vai poder comprar um frango e um ventilador.” (O GLOBO, 27/3.)
A aposta do Planalto é que, mesmo que a economia continue mostrando crescimento medíocre, o governo conseguirá prolongar, até outubro do ano que vem, a sensação de prosperidade que vem sustentando o bom desempenho da presidente nas pesquisas de opinião pública.
Até há pouco tempo, o governo ainda alimentava a fantasia de que poderia ostentar taxas relativamente altas de crescimento do PIB na segunda metade do mandato. Agora, parece ter baixado o canhão. Já se contenta com pouco. O que se diz no Planalto é que, se 2013 fechar com crescimento do PIB de 3% e inflação de 6%, “pode mandar preparar a faixa”. (“Valor”, 9/4.) Mas, por enquanto, nem mesmo esse desempenho tão modesto parece assegurado.
Salta aos olhos que a ideia da prosperidade sem crescimento não pode ir muito longe. Está fadada ao fracasso. É só uma questão de tempo. E quem ainda mantém um mínimo de lucidez dentro do governo sabe perfeitamente que 18 meses é muito tempo. Com tanta água para passar debaixo da ponte, muita coisa ainda pode dar errado.
No começo do ano, o plano de jogo do governo era acelerar a recuperação da economia a qualquer custo e, em paralelo, conter o agravamento do quadro inflacionário com medidas pontuais de desoneração, improvisadas a cada mês, no calor da refrega. Mas, com a inflação rompendo o teto da meta, a perda de credibilidade do Banco Central chegou a tal ponto que o Planalto se viu obrigado a dar sinal verde para novo ciclo de alta da taxa de juros.
Não obstante a timidez da coreografia de contração monetária que o Banco Central parece ter em mente, a elevação da taxa de juros tornou a recuperação ainda mais incerta do que já era. E, como a política fiscal continua em desvario expansionista, a incerteza advinda da incoerência da política macroeconômica vem dando lugar a ambiente cada vez menos propício ao florescimento do investimento. O alegado mau humor dos investidores com a economia é perfeitamente explicável.
O sinal verde para que o Banco Central comece a elevar a taxa de juros não significa em absoluto que o governo tenha abandonado a tentativa de mascarar a inflação no curto prazo, com medidas pontuais de desoneração que trarão agravamento do quadro inflacionário num prazo um pouco mais longo.
O governo ainda não conseguiu entender que cortar tributos é uma medida expansionista. Por mais defensável que possa ser, acaba trazendo pressões sobre a inflação, em decorrência do estímulo à demanda que advém do aumento da renda disponível.
O curioso é que a própria presidente Dilma Rousseff, no pronunciamento à nação feito em 8 de março, descreveu com riqueza de detalhes o estímulo à demanda que a desoneração da cesta básica deflagraria. “A partir de hoje todos os produtos da cesta básica estarão livres de pagamento de impostos federais. Espero que isso baixe os preços desses produtos e estimule a agricultura, a indústria e o comércio, trazendo mais empregos. Com essa decisão você, com a mesma renda que tem hoje, vai poder aumentar o consumo de alimentos e de produtos de limpeza e ainda ter uma sobra de dinheiro para poupar ou aumentar o consumo de outros bens.”
É espantoso que, tendo lido exatamente isso na TV, a presidente não perceba que o alívio efêmero que as medidas de desoneração trouxerem à inflação logo dará lugar a um agravamento do quadro inflacionário. É bem possível que perceba. Mas tenha a esperança de que esses efeitos deletérios não se façam sentir com muita intensidade antes de outubro do ano que vem.

Rogério Furquim Werneck é economista e professor da PUC-Rio.

Um Foro que so' da' foras: 'a democracia, 'as liberdades; quer a ditadura aqui dentro - Reinaldo Azevedo

O Foro de São Paulo, vamos dizer claramente, é uma criação do Partido Comunista Cubano, guiado e controlado por ele, apenas operado por seus serviçais no continente, fieis agentes de uma ditadura decrépita, que não só concordam com a manipulação totalitária, mas que também concordam com ela, porque gostam de ditadura.
Eles são assim: cabe então aos democratas denunciá-los, em todas as oportunidades.
Paulo Roberto de Almeida 

Reinaldo Azevedo, 26/04/2013

No post anterior, afirmei que voltaria a tratar do binômio— já escrevi a respeito nesta quinta — “Poder Judiciário-Foro de São Paulo” — a entidade que reúne partidos de esquerda da América Latina e Caribe. Foi criado em 1990 por Luiz Inácio Lula da Silva e Fidel Castro e se reuniu, pela primeira vez, na capital paulista — daí o nome. Junta agremiações que disputam eleições, como o PT; partidos que se impõem pelo terror e pela ditadura, como o Comunista de Cuba, e adeptos da luta armada, como os narcoterroristas das Farc. Oficialmente ao menos, esses nazistoides das matas deixaram o Foro. Mas o grupo continua a reconhecê-los como uma força legítima, que luta por igualdade e socialismo… Então tá. O Foro existe ou é, como faz crer a grande imprensa brasileira por sua omissão, apenas um delírio de alguns paranoicos?
Antes que dê sequência ao texto, quero aqui lembrar algumas ocorrências em países da América Latina.
Honduras
Lembram-se do chapeludo Manuel Zelaya, ex-presidente de Honduras? Tentou dar um golpe e foi destituído, segundo o que estabelece a Constituição hondurenha, o que foi referendado pela Justiça do país. Os bolivarianos se levantaram em sua defesa, com o apoio do Brasil, e tentaram insuflar uma guerra civil no país. Não deu certo. O Brasil se negou, por um bom tempo, a reconhecer o presidente eleito legitimamente que se seguiu ao transitório. No fim das contas, que importância havia no fato de que Zelaya tentara rasgar o texto constitucional, sendo contido pela própria Constituição? O Brasil manteve o seu apoio ao aloprado mesmo quando ele começou a dizer que os judeus estavam perturbando a sua mente com aparelhos que emitiam ondas malignas. Sim, o petismo já se meteu nesse lixo.
Equador-Colômbia
Comprovadamente, o Equador violava leis internacionais e dava abrigo às Farc. A Colômbia atacou um acampamento de narcoterroritas em solo equatoriano — e cumpria indagar quem, de fato, agredia quem, não é? O Brasil se solidarizou com Rafael Correa, o acoitador de terroristas do Equador. As leis que se danassem. Marco Aurélio Top Top Garcia chegou a prever, então, o “isolamento” do presidente Alvaro Uribe no Continente. O Brasil exigia que a Colômbia se desculpasse por ter sido… agredida! Correa deu início a uma implacável perseguição da imprensa livre em seu país.
Paraguai
Fenando Lugo foi deposto no Paraguai segundo a Constituição do país. Se o Brasil não gosta dela, isso é outra história. É possível que alguns países não gostem da nossa. Dilma não quer nem saber. Deu de ombros para o fato de que o país tem uma ordem constitucional e um Poder Judiciário e decidiu puni-lo, suspendendo-o do Mercosul. Fez isso em parceria com Cristina Kirchner (que acaba de estropiar a Justiça em seu próprio país). Com o Paraguai suspenso, aprovou-se o ingresso na Venezuela no grupo.
Venezuela
O Brasil apoiou todos os sucessivos golpes na democracia dados por Chávez por intermédio de eleições. O mais recente escândalo legal do chavismo foi a posse interina de Nicolás Maduro, o que viola, atenção!, até mesmo a Constituição bolivariana. O Brasil não viu nada de errado no processo.
Nicarágua
Na Nicarágua, o orelhudo Daniel Ortega deu um golpe institucional pelo caminho judicial. Também ele conseguiu abrir caminho para a reeleição ilimitada. O artigo 147 da Constituição do país proibia expressamente a reeleição. Estava escrito lá: “El que ejerciere o hubiere ejercido en propiedad la Presidencia de la República en cualquier tiempo del período en que se efectúa la elección para el período siguiente, ni el que la hubiera ejercido por dos períodos presidenciales.” Alguma dúvida a respeito disso? O que fizeram os “magistrados sandinistas” (essas duas palavras são tão compatíveis como “pérolas e porcos”) da Suprema Corte de Justiça? Declararam a restrição sem efeito. Simples assim! O país tem uma Constituição, e uma parcela do Judiciário diz que parte dela não vale mais. Pronto!
Bolívia
Evo Morales também não está nem aí para as leis, digam elas respeito aos bolivianos ou aos vizinhos, especialmente o Brasil. Rasgou contratos de fornecimento de gás e impôs reajuste unilaterais de preço, tomou uma refinaria da Petrobras num assalto militar, mantém sequestrados 12 brasileiros… O BNDES lhe emprestou dinheiro para construir uma estrada que facilita o transporte de folha de coca. E não é para mascar.
Argentina
Cristina Kirchner anda descontente com algumas decisões do Judiciário. Não teve dúvida, resolver impor uma reforma. Agora, uma parte do Conselho da Magistratura será escolhida em eleições diretas. O projeto, que já tinha sido aprovado pelo Senado, também dificulta a concessão de liminares contra decisão do Estado.
O Foro de São Paulo existe?
Existe, sim! E como! Hoje, 16 países são governados por forças políticas que têm assento naquela instância: além do Brasil, há Argentina, Barbados, Belize, Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Nicarágua, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. A secretaria-geral está a cargo do PT, e seu representante é Valter Pomar, da ala esquerda do petismo e membro da Executiva Nacional do partido.
Atenção! enfrentar o judiciário, quebrar a espinha dos juízes, submeter a Justiça ao poder político é uma agenda do Foro de São Paulo. Trata-se de uma diretriz. Não é por acaso que o governo brasileiro, nos casos acima, tenha se solidarizado sempre com os bandidos contra os mocinhos… É claro que recorro a uma ironia. Em política, as lados não são assim tão puros. A pergunta que faço, então, é a seguinte: os petistas escolheram a democracia nesses confrontos? A resposta é óbvia: não!
Assim, cumpre não ser ingênuo. Quando o senhor Nazareno Fonteles propõe uma emenda como aquela, está, na verdade, se adequando a uma diretriz que é supranacional: eliminar o que eles chamam por lá de “bolsões reacionário dos respectivos Poderes Judiciários” da América Latina é uma tarefa. O PT não logrou conseguir o que pretendia com a simples nomeação de pessoas consideradas aliadas da causa. Quer criar um mecanismo estrutural que garanta a fidelidade do Poder ao partido.
José Dirceu e suas milícias na Internet acusam a imprensa de “intimidar” os ministros do Supremo. Ou, então, dizem que os próprios ministros se deixam influenciar pela “mídia”. O plano de encabrestamento do Judiciário, por aqui, era mais sutil. Mas não deu tão certo como pretendiam. Aí alguém decidiu que era chegada a hora de se inspirar nos “companheiros” do Foro e perder a timidez; era chegada a hora do assalto mesmo.
Ah, sim. O próximo encontro do Foro já está marcado: de 30 de julho a 4 de agosto. Em São Paulo. 

Venezuela: de Chávez ao cadeado? Depois ao porrete?

Parece que a situação da e na Venezuela vai continuar se deteriorando, com aumento da repressão, do autoritarismo, da violência, até algum tipo de ruptura, que desejaríamos pacífica, mas as milícias fascistas do bolivarianismo não estão dispostas a ceder o poder.
Os companheiros daqui também gostariam de continuar no poder indefinidamente, mas salvo os brucutus do MST ainda não dispõem de condições para impor seus Tonton-MaCUTs, ou seja, seus fascii de combatimento, na pior tradição do fascismo mussoliniano.
Pobre Venezuela


Editorial O Estado de São Paulo, 26.04/2013

Como se sabe, Nicolás Maduro venceu a eleição presidencial venezuelana por um fio, uma vantagem de menos de dois pontos porcentuais sobre seu adversário, Henrique Capriles, mas seu governo está agindo como se tivesse tido 100% dos votos e como se Capriles representasse não metade do eleitorado, mas um bando de delinquentes.
É esse o tom do “diálogo” que Maduro ofereceu à oposição em seu discurso de posse. “Estou disposto a conversar até com o diabo”, afirmou o eleito, no mesmo pronunciamento em que comparou os opositores aos nazistas.
Mal acabou a cerimônia de posse, porém, Maduro e seus correligionários passaram a articular a condenação de Capriles sob a acusação de ter incitado os protestos após a eleição, nos quais houve nove mortos – todos chavistas, segundo o governo, que tem sido a única fonte de informações a respeito das vítimas. Por ora, não foram exibidas provas, e Capriles nega responsabilidade.
O cerco a Capriles segue o figurino chavista: finge-se cumprir a lei e prestigiar as instituições para chegar a um resultado totalmente arbitrário e danoso para a democracia. Seguindo esse modelo, Capriles está sendo acusado num processo cujo desfecho, mantidas as atuais condições, é conhecido de antemão: ele poderá ser exemplarmente condenado.
A Assembleia Nacional instalou uma comissão para apurar a responsabilidade pelos confrontos. Todos os seus 11 integrantes são do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), a agremiação chavista. Segundo o presidente da comissão, deputado Pedro Carreño, a oposição foi deixada de fora porque “não é democrática e não pode fazer parte de uma comissão democrática”, já que não reconhece a eleição de Maduro.
Carreño não deixou dúvida sobre a isenção dos trabalhos que ele presidirá. Segundo o deputado, serão investigadas “todas as ações fascistas geradas pelo assassino Capriles e seu comando de campanha”, e a comissão parlamentar “servirá para desmascarar a canalha midiática, o golpismo e o fascismo, além da direita reacionária, criminosa e assassina que Capriles dirige”.
O próprio presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, que cassou a palavra dos deputados da oposição, disse que “as mortes ordenadas pelo fascista assassino Capriles não podem ficar impunes”. No mesmo tom, a ministra para os Serviços Penitenciários, Iris Varela, disse que já está “preparando a cela” para Capriles, porque ele “tem de pagar por seus crimes”.
Não são apenas Capriles e os deputados oposicionistas que estão sofrendo perseguição implacável. Há informações de que funcionários públicos estão sendo assediados e demitidos porque se declararam eleitores da oposição. Além disso, sob o pretexto de acabar com as “sabotagens” que, segundo os chavistas, são a causa dos constantes apagões no país, Maduro militarizou a estatal de eletricidade, usando a oposição como bode expiatório para a incompetência do governo na gestão do setor, que está sucateado.
Foi nessa atmosfera de intimidação que o governo de Maduro recebeu o respaldo integral da presidente Dilma Rousseff, que logo lhe telefonou para dizer que estava “pronta para trabalhar junto” com ele. Ao justificar seu apoio e o dos demais países da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) a Maduro, Dilma disse que reiterava “os compromissos com os processos democráticos”. Ora, se assim é, Dilma e a Unasul deveriam ter ao menos mencionado, em algum momento, a necessidade da restauração de um mínimo de normalidade democrática na Venezuela.
Mas não. Enquanto as instituições republicanas são destroçadas na Venezuela, e o principal líder da oposição, dono de mais de 7 milhões de votos, pode ser encarcerado num processo claramente viciado, Dilma e seus parceiros bolivarianos agem como se vigorasse naquele país o mais perfeito Estado de Direito, como se o “diálogo” prometido por Maduro fosse possível diante de tanta truculência.
=============

Analistas

Globovision, 26 / 04 / 2013
- 07:53:16
La crisis política
La crisis política
Ramón Guillermo Aveledo / Globovisión
El principal ingrediente de la crisis política venezolana es que un actor fundamental de ella, el grupo en el poder, no quiere admitirla, como parte de su rebeldía ante la realidad, la misma que le impide leer cabalmente el resultado electoral del pasado domingo 14. 

La Constituciòn, y los órganos del poder público que en ella se originan, no pueden ser concebidos en clave partidista sino nacional. Decir “aquí hay una legalidad y unas instituciones que deben respetarse” mientras se las irrespeta desde dentro y desde arriba, al usarlas para imponer un modo de pensar, es vaciar de significado a esa institucionalidad porque deja de ser protectora de la convivencia para convertirse en arma de unos contra otros. 

Lo que Capriles y la Unidad han pedido es la revisión de un resultado estrecho que se anuncia en medio de circunstancias que van mucho màs allà de la duda razonable. Lo han pedido ante el Poder Electoral con un indiscutible apoyo de masas. Su pedimento ha sido considerado razonable por la comunidad internacional. El comunicado de Unasur, antes del acto de toma de posesión, se fundò en que el CNE declaró acceder a la solicitud de Capriles, de lo cual ahora se retracta en la pràctica con circunloquios y pretextos de un formalismo que nunca practicaron, por ejemplo, para velar por la equidad en el debate electoral. 

La respuesta ha sido denunciar un golpe fascista, iniciar una campaña de propaganda que acusa al gobernador de Miranda y a la dirección de la Unidad de sedición y les atribuye actos de violencia y los amenaza con la cárcel, usando para ello al Ministerio Pùblico y a despachos gubernamentales como los ministerios del Interior y Servicios Penitenciarios. En una escalada que desnuda su naturaleza han abolido de facto el parlamento al agredir diputados en pleno hemiciclo y negar el derecho de palabra como censura a su opinión política aparte de constituir con el nombre de “comisión” un pelotón de fusilamiento, se ha abusado de los medios públicos y las cadenas de radio y televisión para difundir mentiras propagandísticas, se ha amenazado y perseguido a empleados públicos, se ha detenido manifestantes a quienes han además agredido física y moralmente. 

El grupo en el poder actùa como si los resultados oficiales dados por el CNE, cuya revisión ha sido solicitada y cuya impugnación ha sido anunciada, lo autorizaran para creerse la totalidad del país y no una parte de èl, por muy importante que sea. Segùn esos números, que han sido cuestionados, el candidato proclamado Presidente, habrìa recibido el 50.78% de los votos y Capriles el 48.95%. Los cuatro restantes aspirantes a la Presidencia recibieron el 0.24% del escrutinio oficial publicado ¿No sería sensato, aùn con base en ellos, reconocer a esa mitad del país y tratarla con respeto? ¿A dònde puede llevarnos ignorar a media Venezuela e intentar imponerle un modelo que rechaza? 

Unos resultados oficiales impugnados cuya revisión formal se niega con trucos de apariencia formal y contradicciones, y con base en los cuales se persigue a la mitad de la población cuya legitimidad se desconoce. El problema no es que unos venezolanos exijan evidencias concluyentes para reconocer el gobierno, sino que el gobierno no reconoce a los venezolanos.  Ese es el corazón de la crisis política nacional. 

GABINETE 

Los ministros designados reflejan la triste realidad de un poder solitario y prisionero. Solitario porque al negarse al reconocer al país se niega a sì mismo la posibilidad de incorporar talentos y experiencias variados y valiosos. Prisionero, porque quien ejerce la Presidencia està sometido a una especie de “consejo de tutela”, rodeado por un cìrculo que exige cuotas y al cual debe complacer para mantener tranquilos. 

El gabinete no tiene novedad ni en los nuevos ministros, que son nombres usados en estos catorce años en distintas funciones de alto nivel. 

Hay unos ministros “intocables”, que son los que ocupan las carteras principales. Y otros que parecen extras, relleno, eso que en el léxico español del espectáculo llaman figurantes. 

La ratificación de Molina en Vivienda, a pesar de su declaración desconociendo la legislación laboral, y de Varela en Prisiones, no obstante su fracaso escandaloso, son síntomas de una contumacia que no promete sino conflicto y fracaso. 

La designación del cordial Nelson Merentes en Finanzas ha sido bien recibida en sectores económicos. Es un hombre con quien se puede hablar, repiten con razón, alegres de haberse liberado de Giordani. Pero ojo, ese optimismo debe ser cauteloso. El enigmático y dogmàtico profesor no salió del gobierno, permanece en Planificaciòn (cargo desde el cual ya antes estorbò bastante) y en las directivas del BCV y Pdvsa. Ademàs, las restantes designaciones en el área económica y el discurso de Maduro, no presagia las rectificaciones que la realidad reclama a gritos. ¿podrà el gobierno zafarse del dogma? Veremos. 

Lo que sì es evidente es que, aunque no lo admitan, sì saben que hay realidades que deben atender y ante las cuales la propaganda no basta. 

El nombramiento de Jesse Chacòn en Electricidad y sus primeros anuncios deja claro que la versión oficial del “saboteo” como causante de la crisis eléctrica era falsa y que ellos estaban conscientes de eso aùn cuando lo sostenían pùblicamente. El nuevo ministro ha propuesto medidas técnicas y ha intervenido Corpoelec, lo cual ha motivado la renuncia de Argenis Chàvez, nada menos. 

El que en Ambiente se coloque a Dante Rivas, uno de los pocos ejecutivos con buena fama del elenco, por sus actuaciones en el Saime y el INTTT, debería ser un síntoma de querer atender algo que por negligencia, incompetencia y terquedad se ha venido agravando, como es el del agua. Una crisis del agua similar a la eléctrica se avizora. La han venido advirtiendo expertos venezolanos capaces y responsables. 

EL MENSAJE DEL PAPA 

El domingo 21, Su Santidad Francisco declaró seguir de cerca los acontecimientos de nuestro país, a los cuales acompaña “…con profunda preocupación, con una oración intensa y con la esperanza de que se busquen y encuentren los caminos justos y pacíficos para superar el momento de grave dificultad que el país està atravesando.” 

No quiso quedarse allì, y se adentrò en el terreno de los hechos: “Hago un llamado al querido pueblo venezolano, especialmente a los responsables políticos e institucionales, a rechazar firmemente cualquier tipo de violencia, y a establecer un diálogo basado en la verdad, en el reconocimiento mutuo, en la búsqueda del bien común y en el amor por la Naciòn.” 

Finalmente, pidiò “….a los creyentes que recen y trabajen por la reconciliación y la paz…” e invitò a los católicos venezolanos a unirse a èl “…en una oración llena de esperanza por Venezuela, poniéndola en manos de nuestra Señora de Coromoto.” 

El mensaje del Papa nos llama a la reflexión, pero también a conductas concretas. 

ESTA SEMANA, EN LOS MEDIOS… 

“No sè si el Gobierno del vociferante Maduro pase la prueba de un recuento de votos. Pero si fuera asì, està claro que Venezuela tiene un líder valeroso (Henrique Capriles) y una oposición unida.” 

Enrique Krauze, intelectual mexicano, en su artículo “El ardid y el valor” en El Paìs, Madrid, 22 de abril de 2013. 


Universidade de Santa Maria, RS, recruta professores de RI


Chamada para seleção de docentes para o curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Maria

Aqui estão os links para os editais: 


Apresentem-se docentes...
Paulo Roberto de Almeida 

Winston Churchill a 5 libras vale menos que Adam Smith a 20 libras: coisas da vida...

Sir Winston Churchill to feature on new banknote

Luisa Baldini has a close-up look at the note design

Related Stories

Sir Winston Churchill will feature on the new design of a banknote which will enter circulation in 2016, the Bank of England has announced.
The wartime leader's image is planned to feature on the reverse of the new £5 note, together with one of his most celebrated quotations.
Churchill was chosen owing to his place as "a hero of the entire free world", said Bank governor Sir Mervyn King.
The current face of the £5 note is social reformer Elizabeth Fry.
'Truly great leader' A wide range of historical characters appears on the reverse of Bank of England banknotes, with Elizabeth Fry the only woman among the current crop.
The Bank of England governor has the final say about who appears on a banknote, although the public can make suggestions. The latest addition has been announced by Sir Mervyn at Churchill's former home of Chartwell, in Westerham, Kent.

Current Bank of England banknote images

  • £5: Elizabeth Fry, social reformer noted for her work to improve conditions for women prisoners
  • £10: Charles Darwin, the scientist who laid the foundations of the theory of evolution
  • £20: Adam Smith, one of the fathers of modern economics
  • £50: Matthew Boulton and James Watt, who brought the steam engine into the textile manufacturing process. They are replacing notes featuring the first governor of the Bank of England, Sir John Houblon
"Our banknotes acknowledge the life and work of great Britons. Sir Winston Churchill was a truly great British leader, orator and writer," Sir Mervyn said.
"Above that, he remains a hero of the entire free world. His energy, courage, eloquence, wit and public service are an inspiration to us all."
Current plans, which the Bank said might be reviewed, are for Churchill to appear on the new £5 note to be issued in 2016.
Security measures The design includes a portrait of the former prime minister, adapted from a photograph taken by Yousuf Karsh on 30 December 1941. He is the only politician from the modern era to feature on a banknote.
The artwork will also include:
  • Churchill's declaration "I have nothing to offer but blood, toil, tears and sweat" which came in a speech in the Commons on 13 May 1940
  • A view of Westminster and the Elizabeth Tower from the South Bank
  • The Great Clock showing three o'clock - the approximate time of the Commons speech
  • A background image of the Nobel Prize for literature, which he was awarded in 1953
Sir Mervyn said that this was an appropriate choice given the country's economic difficulties.
"We do not face the challenges faced by Churchill's generation. But we have our own," he said.
Sir Mervyn King: "Perhaps the note itself will become known as a Winston"
"The spirit of those words remains as relevant today as it was to my parents' generation who fought for the survival of our country and freedom under Churchill's leadership."
The Bank of England issues nearly a billion banknotes each year, and withdraws almost as many from circulation.
Notes are redesigned on a relatively frequent basis, in order to maintain security and prevent forgeries. Other security features include threads woven into the paper and microlettering.
The most recent new design from the Bank of England was the £50 note, which entered circulation in November. This features Matthew Boulton and James Watt who were most celebrated for bringing the steam engine into the textile manufacturing process.
While Bank of England notes are generally accepted throughout the UK, three banks in Scotland and four in Northern Ireland are authorised to issue banknotes.
Pharmacologist Sir Alexander Fleming, poet Robert Burns, and tyre inventor John Boyd Dunlop are among those who appear on these notes. One commemorative £5 note featuring football great George Best proved so popular that the limited edition of one million sold out in 10 days.
A portrait of Europa is seen next to new and old five-euro notes in Frankfurt, 10 January Greek goddess Europa is appearing on the new five-euro note
In May, a new five-euro note will be put into circulation by the European Central Bank.
It features an image of the Greek goddess Europa, which comes from a vase in the Louvre Museum in Paris.
History The image of Churchill has featured on currency before.
He was the first commoner to be shown on a British coin when he appeared on the 1965 crown, or five shilling piece.
Churchill, elected as a Conservative MP in 1900, served as chancellor in Stanley Baldwin's government.
He replaced Neville Chamberlain to become the wartime British prime minister in May 1940 until 1945. He returned to office in 1951, and retired in 1955, aged 80.
"The Bank is privileged to be able to celebrate the significant and enduring contribution Sir Winston Churchill made to the UK, and beyond," said Chris Salmon, chief cashier of the Bank of England, whose signature will also appear on the banknote.
Sir Nicholas Soames, Churchill's grandson and MP for Mid Sussex, said: "I think it is a wonderful tribute to him and an appropriate time. I can't think of any more marvellous thing that would have pleased him more."
He described the move as a great honour for the family.

Who's been on Bank of England notes?

Source: Bank of England, Notes issued and withdrawn since 1980
Famous Briton
Lived
Field
Note
Note from
Newton Isaac Newton
1643-1727
Scientist
£1
1978-1988
Wellington Duke of Wellington
1769-1852
Soldier and statesman
£5
1971-1991
Stephenson George
Stephenson
1781-1848
Engineer
£5
1990-2003
Fry Elizabeth Fry
1780-1845
Campaigner
£5
2002-present
Nightingale Florence Nightingale
1820-1910
Nurse & campaigner
£10
1975-1994
Dickens Charles Dickens
1812-1870
Writer
£10
1992-2003
Darwin Charles Darwin
1809-1882
Scientist
£10
2000-present
Shakespeare William Shakespeare
1564-1616
Writer
£20
1970-1993
Faraday Michael Faraday
1791-1867
Scientist
£20
1991-2001
Elgar Sir Edward Elgar
1857-1934
Composer
£20
1999-2010
Smith Adam Smith
1723-1790
Economist
£20
2007-present
Wren Sir Christopher Wren
1632-1723
Architect
£50
1981-1996
Houblon Sir John Houblon
1632-1712
Banker
£50
1994-present
Boulton & Watt Matthew Boulton and James Watt
1728-1809, 1736-1819
Entrepreneur and inventor
£50
2011-present

More on This Story

Related Stories

Stean Zweig, homenageado pelo Magazine Littéraire (Mai 2013)

Stefan Zweig

Soumise à de nouvelles éditions et traductions, à de nouvelles approches critiques, la diversité des écrits de Stefan Zweig permet de mesurer la puissance d’un homme de génie. Bâtisseur de légendes, ambassadeur des lettres européennes, Zweig s'impose comme un anthropologue moderne, alliant curiosité et bienveillance en perçant l'inquiétante étrangeté de la psychologie humaine.

Tom Skidmore's Brasiliana collection of books and papers at the Brown University Library


The Thomas E. Skidmore Collection

In April 2006, Prof. Skidmore donated his personal library and papers to Brown University Library. The monograph collection consists of approximately 6,000 items, mainly in English and Portuguese language, and it reflects over thirty years of collecting 19th- and 20th-century materials on Brazil and other areas of Latin America.

The collection contains numerous Brazilian rare and special books on subjects related to race, nationalism, politics, economics, and Brazilian history that are now available for consultation at the John Hay Library. These materials will complement other collections of rare books such as the George Earl Church Collection, which contains approximately 3,500 volumes largely composed of 18th and early 19th-century monographs on economic, historical, geographic, and descriptive studies of Mexico, Central and South America.

Non-rare materials have been transferred to the Rockefeller Library to complement existing holdings on Brazilian history, politics, society and culture.

Prof. Skidmore also generously donated a number of early lithograph reproductions by the French artist Jean-Baptiste Debret, who is known for his depictions of the peoples and landscape of Brazil. These prints will become part of the holdings of the John Hay Library.
CLACS logo

Box 1866, Brown University
Providence, RI 02912

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...