sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A boa vida de mensaleiros, quadrilheiros, bandidos, corruptos, criminosos comuns - Coronel do Blog

Reproduzo (a partir do blog do meu amigo e colega de combates democráticos, Orlando Tambosi), por concordar com o teor, a carta aberta enviada pelo amigo Coronel do Blog ao presidente do STF, Joaquim Barbosa, a respeito dos condenados do mensalão:

Excelentíssimo Senhor Ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF:

Venho por meio desta manifestar o integral apoio às suas decisões, mesmo as mais inusitadas, no julgamento do Mensalão criado pela quadrilha instalada no Partido dos Trabalhadores (PT).

Estamos, com a graça de Deus e a proteção da Justiça, chegando ao final do processo, tanto que o senhor, neste momento, emite pessoalmente os atos de prisão dos mensaleiros que roubaram os cofres públicos. Eis aí o motivo desta carta, que detalho a seguir.

Pessoalmente, tenho uma série de dúvidas a respeito do que significa o regime semiaberto e aberto, para além do significado ligeiro destes termos. E tenho absoluta certeza de que esta dúvida também está presente nos corações e mentes dos brasileiros decentes.

Fiquei assustado e profundamente decepcionado ao ouvir a declaração do mensaleiro Valdemar da Costa Neto, condenado a 7 anos e 10 meses de prisão, afirmando na imprensa que deseja ficar preso em Brasília, para poder exercer a liderança do Partido da República (PR), cargo onde cometeu o crime pelo qual está sendo condenado. Gostaria de saber se este apenado, gozando de regime semiaberto, poderá voltar livremente ao local onde comandou um esquema que recebeu dinheiro público, de forma ilegal.

Da mesma forma, foi chocante para os brasileiros ver o chefe da quadrilha do Mensalão, José Dirceu, às vésperas do julgamento dos embargos infringentes, fretar um jatinho e fechar um hotel de luxo, nas paradisíacas praias da Bahia, para afrontar o STF e a todos aqueles que lutaram para que ele pagasse pelos ilícitos cometidos. Este bandido condenado provou que possui vastos recursos, que é um homem riquíssimo, levando uma vida abastada com o resultado dos seus crimes. 

A dúvida é: no regime semiaberto, este chefe de quadrilha poderá organizar festas, saraus, sair para almoços em restaurantes de luxo, receber visitas de lobistas e outros corruptos que o cercam? Quais são as regras? O que pode e o que não pode, Senhor Ministro Joaquim Barbosa?

E sobre uma suposta falta de vagas, Senhor Ministro? Poderão estes réus mensaleiros, recém condenados, serem beneficiados por uma pretensa lotação dos presídios ou, para que possam ir dormir na cadeia, o juiz determinará a progressão de regime para outros presos mais antigos, que lá estão ocupando vagas, abrindo lugar para estes que estão chegando? Por Justiça, parece que esta seria a melhor decisão.

Em resumo, Ministro Joaquim Barbosa, o que os brasileiros desejam é que as ordens de prisão emitidas por Sua Excelência tragam respostas para todas estas dúvidas, obrigando os criminosos mensaleiros a cumprirem, efetivamente, as penas impostas pelo STF. Que não haja margem para chicanas e firulas, como o senhor, de forma indignada, apelidou as sucessivas postergações impostas por advogados espertos, com a conivência de ministros venais.

O Brasil não quer ver estes mensaleiros exercendo funções políticas, presentes em regabofes, organizando convescotes para afrontar a Lei, apenas indo pernoitar em celas luxuosas, em função do seu poder, prestígio e capital acumulado por meio de roubo de dinheiro público.

Assim sendo, Senhor Presidente, seja justo, transparente e detalhista. Não deixe margem para que estes bandidos possam cumprir as merecidas penas com um sorriso irônico nos lábios. O país já foi por demais afrontado. É hora do Brasil saber que existe Justiça e que ela vale para todos.

Atenciosamente

Coronel do Blog

Brasil: eleicoes presidenciais de 2014 - The Economist abre o debate entrevistando Eduardo Campos

Não na versão impressa, mas no blog da revista, em todo caso, dando amplo espaço ao candidato dissidente da maioria governamental nas eleições do próximo ano.
Com esta postagem, dou início a uma série dedicada às eleições presidenciais do próximo ano, que na verdade já tinha começado desde 2010, quando o guia genial dos povos colocou o seu poste no cerrado central, esperando retomar o poder (que ele nunca largou) assim que possível).
Paulo Roberto de Almeida

Real v official Brazil
Entrevista: Eduardo Campos
The Economist (EUA) – (blog Americas view), 15/11/2013

EDUARDO CAMPOS is both modern manager and old-fashioned political boss. As governor of the poor, north-eastern state of Pernambuco, he has attracted private investment, brought private managers into state hospitals, introduced elements of performance-based pay for teachers and made some schools operate a full eight-hour day, rather than the four-hour shifts common in Brazil.

He is also the leader of the Brazilian Socialist Party (PSB) and had long been its presumptive candidate to challenge President Dilma Rousseff of the ruling Workers' Party (PT) in a presidential poll next year. One thing he lacked was national name-recognition. That started to change on October 5th, when the PSB announced an alliance with Marina Silva, a popular environmental activist and, like Mr Campos, former minister in the cabinet of President Luiz Inácio Lula da Silva. Two days earlier the country’s highest electoral court had refused to register the Sustainability Network, a party being set up by Ms Silva, on the grounds that it had failed to submit the 492,000 supporting signatures that new parties must collect.

Rather than join one of a shoal of tiddler parties or withdraw from the fray, she unexpectedly plumped for the PSB, splashing her and Mr Campos's faces on the front pages of newspapers and covers of magazines. The decision about which of them will challenge Ms Rousseff will be made early next year. Polls put Ms Silva ahead of Mr Campos in a head-to-head contest with Ms Rousseff (who beats both of them). Would Mr Campos settle for the vice-presidency?

That was one of the questions The Economist asked Mr Campos in an interview during his brief visit to London, part of a European tour, which also took in Germany, to plug Pernambuco's business opportunities and drum up investment in the state. Besides next year's election we discussed this year's protests and Brazil's perpetual political gridlock. Here is an edited version of that conversation.

Let’s start with the news. The surprise announcement about your alliance with Marina [Silva] was a huge publicity coup. How are the negotiations with the [Sustainability] Network going?

Our meeting, of PSB and the Network, my meeting with Marina, is a natural one. We share similar origins. We come from the same political camp. We were in parliament together and took a similar stance on many issues. We served in the government of President Lula [Ms Rousseff's PT predecessor]. And both PSB and the Network have, in their own ways, been seeking a new politics.

Our encounter was provoked by the judicial decision not to register the Network as a political party for the elections in 2014. Marina decided not to remain outside the political process but also not to look for a party merely in order to be its candidate. She was looking for a programme-based alliance. She examined the political scene and found that she had most in common with the PSB.

In our first joint document issued on October 5th we set out three main points. First, our commitment to preserve Brazil’s recent achievements: democracy, economic and fiscal stability and social inclusion. Second, our wish to improve Brazilian politics in order to perfect our institutions. Third, our desire to begin a new cycle of sustainable development. These are the central points of our understanding.

Then, on October 28th, we brought together 120 politicians, scientists, researchers, activists and entrepreneurs. We began to flesh out each of the three central points with five fundamental ideas. At the beginning of next year we plan to present the outlines of our platform. We have committed ourselves to finalising the programme for government before June, in order to present to society not just a list of names to contest the election, but a way of thinking about what needs to be done in order for Brazil to make progress over the next two decades. These offer a demographic window of opportunity and thus enable an economic and social leap forward. So that Brazil succeeds in the 21st century. It is a long-term vision, with short- and medium-term objectives. It does not just take the macroeconomic perspective, but focuses on various facets of Brazilian life.

There is one potential sticking point that immediately comes to mind with respect to the coalition negotiations. One of your successes as governor of Pernambuco has been to spur agribusiness and the petrochemical industry. Marina made her name as an environmental activist who has not always been at ease with these. How would you reconcile those tensions?

Agribusiness is very important for Brazil: 25% of jobs in Brazil are linked to agriculture, from agribusiness to small family farms. Last year agribusiness's trade surplus was twice as big as the overall trade surplus. Brazilian agribusiness has close links to science and technology. We have a splendid research base in Brazil, at our universities and Embrapa [a national agricultural-research institute]. Clearly, then, Marina and I need to talk about agribusiness. And we can help it modernise, forge more links with science, recognise the value of sustainability, compete in global markets, which nowadays demand environmentally responsible production.

Both Marina and I are also familiar with the reality of hunger. She comes from the north of Brazil and I come from the north-east, two of the poorest regions. We know from studies that in the coming decades Brazil has to ramp up food production by 40% in order to prevent food shortages around the world. Brazil features in the UN’s and FAO’s strategic planning as an important food producer. We also have a responsibility towards the roughly 200m Brazilians, many of whom still go hungry.

Brazilian agriculture, then, faces a task that is not only domestic, but global. We know very well that it is fundamental to have the support of Brazilian agribusiness. And agribusiness knows that it is fundamental that we integrate these concepts and values which are represented by Senator Marina Silva, and which we also represent.

So there is no conflict. We know that we must search for a path that is good for Brazilian agribusiness. When I served in Lula’s government as minster of science and technology, I worked together with Marina to monitor deforestation, where Brazil had a great responsibility with regard to climate change. We began monitoring the Amazon with the help of satellites and other technologies. And we managed to reverse the devastation of forest areas. We know that Brazilian science has already developed technologies so that pastures can be reforested or converted to growing cereals. It is an important, respectful debate, and above all beneficial both for the economy and for nature.

Have you already decided which one of you will run for president and which will run for vice-president? Your presidential ambitions have been pretty clear for a while. Would you really be willing to take a back seat?

First we will take care of the programme. And we will make the decision as to the list already at the beginning of 2014. We do not see any problems with making this decision. The discussion today, for me and for Marina, is not about candidates. It is about the project for our country and our people.

What do you make of the latest polls? Dilma seems to have recovered from the summer slump and the polls suggest that she wins in the second round. The Network is not a registered political party, and will not have the television-campaign time that parties are afforded. How do you think you can beat Dilma?

I believe we will win with ideas. We will win with our story. We will win by showing that there is a new, sure way forward. And that this new way will inspire enthusiasm in Brazil, among Brazil’s young, artists, intellectuals, workers, entrepreneurs. They will see that there is more to Brazil than the polarisation [between Ms Rousseff's PT, which has ruled since 2003, and the centrist Party of Brazilian Social Democracy, or PSDB, which governed from 1994 to 2002], which has already given Brazil all it had to give. A rigorously performed opinion poll offers a snapshot of a moment. But I have seen plenty of people win polls and lose elections. And I have seen plenty of people lose polls and win elections. Marina and I would rather win elections than polls.

Let’s assume for a moment that you are president right now. What would you be doing differently to Dilma? Where specifically is Dilma going wrong?

Some government actions are short-termist. The government has also become part of a political alliance which no longer represents the Brazilian society. These political forces would not permit anything that comes close to a solution to Brazil's structural problems and poor public services, which need more financial and human resources. The current politics would at best leave plenty of things as they are. But at the moment we run a serious risk of regress from the end of Lula's presidency.

You said that education, health and public services need more resources. Where will the resources come from? Do you think taxes need to rise further to meet those societal needs? Taxes in Brazil are already high by the standards of an upper-middle-income country—36% of GDP.

Under no circumstances does Brazil need to raise taxes. We need a new, more intelligent tax system, which does not multiply charges, does not hamper job creation, and does not make life difficult for small and large companies. This reform can only be done if it is passed quickly but implemented incrementally.

It is fundamental, too, that this economic environment allows us to forge foreign partnerships so that Brazilian exports add to Brazilian growth. Brazil must not confine itself to multilateral and regional trade deals. It needs to intensify bilateral commercial relationships.

So we require a macroeconomic policy with a clear vision of the market, to provide a stable business environment. If this is combined with good management—and we can only have good management if we have good managers—and with clear goals, then we can indentify waste and transform bad spending into good spending. This would open the fiscal space for investment in the important areas.

Good management depends heavily on new politics. Distributing bits of wealth in complicity with political forces that are behind the times will never lead to good management of public resources. It will always lead to a lack of money that will be plugged by dipping into taxpayers’ pockets or company coffers. We need to look for money by making the economy more efficient, employing good management standards and sound macroeconomic policy.

One of the ways to make the economy more efficient is to get the state out of business. Would you be in favour of more concessions to the private sector, public-private partnerships, auctions of state assets, privatisation?

Look at what I have done as state governor. There is your answer. We are one of the three states which do most public-private partnerships. We have no prejudice against collaboration with the private sector. We understand that there need to be clear rules so that Brazilian and foreign businessmen can do business in Brazil. We must search for resources, wherever they come from in the world, to finance good projects to improve the productivity of our economy and the quality of life, for example in the area of urban transport. Private initiative can help us deliver them.

How would you encourage Brazilian firms to invest more? One of the big problems that many people are pointing to for Brazil at the moment, for instance the OECD in its latest “Economic Outlook”, is poor productivity. So growth has for a long time mainly relied on getting more people into the labour force, and very little of the growth, about a quarter, came from increased productivity. What could be done to improve Brazilians’ productivity?

Big investments in innovation, training, focused on the most important supply chains, improved telecoms and logistical infrastructure.

There was some hope that investments from abroad might help to finance infrastructure. The Chinese seemed particularly keen on transport infrastructure. In 2010 Chinese FDI amounted to over $13 billion. This year that has so far been less than $1 billion. The government is doing something to discourage foreign investment. What could be done to encourage it again?

Clear rules and clear long-term planning would raise prospects for Brazil once again. This can be done quickly to make investments happen, with a contribution from domestic as well as foreign capital, which we welcome—especially when it supports long-term investment that will have an impact across the whole of our economy, as investments in infrastructure do.

Do you agree with the government’s decision to earmark 10% of GDP for education?

Spending on education, done well, has to be applauded. But all spending has to be carefully managed to improve quality. Brazil faces a challenge to put all its primary-school-age children in schools. And Brazil has to overcome the identity crisis of secondary-school teaching. All children who wish to partake in a full day of school should be able to. We need to look at the curriculum so that it does not only shape citizens who will seek more knowledge but also makes them understand the world of work. Today our children have access to sources of knowledge other than school: mobile phones, computers. They no longer fancy boring lessons which are disconnected from their day-to-day lives and from what they perceive in the world of work. We need to create schools which our young people want to attend, because there will be interesting lessons on interesting topics which shape not just citizens but also tomorrow’s professionals.

How have you gone about doing that in Pernambuco?

With difficulties. All change encounters incomprehension and reactionary forces. You have to be open to suggestions in order to win support from the public at large and from the educational community: officials, teachers, pupils, pupils’ families. To make them see that these changes are making schools better, that when children leave school they are able to proceed to university, others join the workforce, others still start a business. It stops being a lose-lose and becomes a win-win.

Next year, wherever you are in Pernambuco you will have access to a full school day. Schools will be integrated with technical colleges that prepare pupils for the workplace. They will be integrated with universities, too, with tertiary institutions coming to each one of the state’s microregions. Such a structure to encourage knowledge-creation will affect social and economic standards; a state with universities, technical colleges and full school days is very different from a state where pupils learn part-time, professional training is entirely absent, and where universities are the privilege only of those who live in the state capital.

Speaking of states, do you think that the balance of power between states, like the one you run, and the federal government needs to change?

The Brazilian federal pact has changed markedly since 1988. The constitution of 1988 marked the re-democratisation of Brazil. [Brazil was governed by a military dictatorship between 1964 and 1985, with full democracy only restored in 1989.] At that time those who wrote it imagined a federation, which brought power closer to local communities. Municipalities and states gained clout. The central government, which had been an expression of vanquished authoritarian rule, would lose some. After the constitution of 1988 the economy hit a decade-long rough patch. Changes to the text of the constitution and in legislation actually went in the opposite direction, concentrating power in the central government again. Today there is a strong feeling that a decentralised federation needs to reassert itself.

Brazil has peculiarities which make it different to other federal countries. We have a third federal entity: the municipalities. These do not exist in such a form in other federal realities. At this moment, both municipalities and states are fiscally squeezed by a series of decisions made by the central government which decreased revenues while forcing them to increase spending. We ought to revisit the federal pact.

Brazilian bosses complain that interstate commerce is burdened with heavy taxes. For example, if one company ships some of its goods from a warehouse in one state to a warehouse in another state, that might trigger a VAT transaction. That seems to be a huge impediment to internal trade. Brazil is a big country, so it has a lot of potential for internal trade. How can this be dealt with?

This is something that is awfully wrong with the Brazilian tax system. In principle, tax on goods should be paid at their destination, where revenue is generated. Today Brazil does this in its external trade, where until the 1990s we had export taxes. In interstate commerce we still do. And why did this happen? It happened because when ICMS [a state sales tax] was grafted onto the 1988 constitution, the relevant rule was meant to be applied the following year. But if the revenue/destination principle were introduced right away, states like São Paulo would take a hit. So instead of writing a rule for the transition period, for two decades we have had the only value-added-tax system in the world where the tax burden is shared by the state which dispatches the goods and the state which receives them. This causes terrible confusion. Take logistics: some lorries carrying goods for customers who lack the right paperwork are held at tax offices, which is insane in the world of e-commerce. We are working on a transition rule which would affirm the destination principle, even before broader tax reform we could have a transition rule which reduces precisely this negative aspect of our system.

Pernambuco is a fast-growing state and Recife [the state capital] is booming. But it still has several hundred favelas [slums]. Some of your critics have said that you should do more to tackle poverty. How would you answer them?

I would like to do more. I believe that we must always strive to do more. Above all we must focus on doing more for the poorest, because poverty cannot wait. We have inherited a Brazil which has not looked after its poor throughout history. In Pernambuco, some of these critics are the heirs of those who during five centuries looked after the powerful and neglected those who lived in the favelas. And it makes me very happy to see their current preoccupation with the poor, which they did not display while governing Pernambuco.

What can be done in order to bring more people out of poverty in Brazil? It has had tremendous success in becoming an upper-middle-income country, but there are still lots of poor people.

More not only could be done, but must be done. If Brazil fails to achieve sustainable development we could see many of those who climbed out of it fall all the way back down. Because to reach their new level many took on debt, to buy a motorcycle, appliances, a television or a car. Only development will help meet these commitments. And although the social safety net has improved markedly, it would help us stitch together a better one. Ultimately, though, education is the key. It liberates people, families and communities from misery and poverty once and for all.

What do you think motivated the protest in June? Why did the protests erupt and why did they erupt at that time?

Because people wanted a better Brazil. If I weren’t governor I would have taken to the streets too. I had marched in 1984 in order to demand direct elections and to put an end to authoritarian rule. Eight years later I marched together with students calling for impeachment [of the then president Fernando Collor de Mello, who resigned but whom the Senate proceeded to impeach anyway, and bar from elected office for eight years] that would enable a coalition government which was succeeded by that of President Fernando Henrique [Cardoso, of the PSDB, who ruled in 1995-2002 and is credited with bringing Brazil out of economic chaos]. We returned to the streets in 2002 to see Lula win the presidency on his fourth attempt. That marked an important turning point for social inclusion [Lula was a union leader and not part of Brazil's ruling elite].

In contrast to other parts of the world where protests have taken place in the past months Brazilians did not take to the streets seeking to overthrow authoritarian regimes, since Brazil no longer had one. Or to demand rights of which they had been deprived, because they hadn't been. They took to the streets seeking new rights, new political standards. The institutions of the increasingly digital, real Brazil demanded change from the analogue Brazilian state. The agenda was clear: good schools, good health care, not having to spend five hours a day on the bus commuting to and from work. It has two aspects: more abstract values and the right to a utopian vision of a better society; and, concretely, a demand for better public services. When you examine this agenda and then look at the Brazilian politics charged with enacting it, you rapidly conclude there is a disconnect. Marina and I, PSB and the Network, joined up in order make that link.

One of the reasons that Brazilian politics is in such an impasse is that it is terribly fragmented. That is in part a consequence of the way in which the system is set up. How do you ensure that the political system works more efficiently?

First, we must understand that Brazilian democracy is very young. It is for less than 30 years that we have had the right to elect the president or state governors.  Second, we have to begin to set in motion a political reform in stages, as with tax reform. It is impossible to reform for the next election. To make such a reform in a democracy the legislature has to approve it. And if you are going to get a reform passed through both houses of Congress, it is only natural that people who would vote on this reform should ask themselves—not publicly, perhaps, but certainly when the time comes to cast the vote: "Is this better or worse for my party? Is it better or worse for me, in terms of retaining my mandate?" So already at its birth the reform is hampered by the interests of those who are representing us through a system that we think is imperfect, and who therefore are not the best representatives that we believe the society can have.

We must design the reform so that that it enters into force incrementally: a part in four years, a part in eight years, a part in 12 years. That way you depersonalise the process. We have yet to broach this subject in detail in our discussions with the Network but the PSB has already advocated some ideas about what to do first: make executive elections [for president, governors and mayors] coincide with legislative polls; impose five-year terms without re-election for executive offices; introduce a threshold so that only parties with at least 5% of the vote get seats in the legislative [which would leave Brazil with just seven or eight political parties]; and end proportional coalitions [the rule whereby politicians can get elected on the excess votes of others in their coalition, displacing candidates the electorate preferred]. These four proposals would already generate a political framework that is much more favourable to political reform.

This is a long-term process. It won’t be achieved within the next year. Do you think people will take to the streets again in the run-up to the World Cup and the presidential election?


At that moment, institutions responded to some of the most burning items on the agenda. Congress voted, government slashed transport fees, the president proposed a variety of pacts. Visible but marginal groups began to provoke scenes of violence in parts of Brazil. All this caused the original movement to retreat, not least because the people who took to the streets in June did not want to be associated with acts of violence and civil insubordination. But this year or next people will continue, on the internet, when casting votes, during political campaigns, to express this feeling of wanting more. I share it. The Brazilian street is teaching us a lesson: the dream has not ended. We start talking again of utopian ideals, set goals which may seem impossible but which, if achieved, will improve life in Brazilian cities and the countryside.

Protecionismo comercial argentino: nao apenas contra o Brasil...

Argentina destrabará paso de piñas y bananas paraguayas
Martín Riveros, enviado especial
ABC Color (Paraguai), 15/11/2013

El Gobierno argentino de Cristina Fernández de Kirchner se comprometió a destrabar el paso de los productos paraguayos como la banana y la piña, informó ayer el canciller Eladio Loizaga tras culminar la reunión de ministros y goberna- dores de Argentina y Paraguay. Dijo que una comisión hará seguimiento del cumplimiento de los acuerdos.

En el Palacio de San Martín, sede de la Cancillería de la Argentina, en Buenos Aires, culminó ayer la reunión del nuevo mecanismo de relación bilateral de ministros de Argentina y Paraguay y de gobernadores argentinos y paraguayos de la frontera común.

Todo el gabinete de ministros, a excepción del titular de Hacienda, Germán Rojas, estuvo presente para abordar con sus pares la amplia agenda y algunos conflictivos temas bilaterales, como las trabas al comercio y las restricciones para el paso de las barcazas nacionales por la hidrovía. Por el lado argentino no asistió el polémico Guillermo Moreno, titular de Comercio Exterior, sindicado como el defensor a ultranza del proteccionismo argentino denunciado hasta por sus socios del Mercosur.

Consultado si la reunión dio soluciones concretas a las quejas de los empresarios y productores paraguayos, el canciller Loizaga informó que mantuvo con su colega Héctor Timerman un encuentro privado de más de dos horas, y en la ocasión le señaló cada una de las preocupaciones y dificultades en la relación bilateral.

“Hemos tocado los problemas que existen en frontera, especialmente hoy en día con la exportación de banana y con la exportación de piña, y se comprometió a destrabar todo y salvar esa dificultad que existe en el campo del comercio”, subrayó el canciller.

Al ser insistido sobre qué garantías existen de que las autoridades argentinas cumplan lo acordado, Loizaga apuntó que la reunión binacional “es la oportunidad para avanzar porque hay metas fijadas”. Indicó que la Cancillería nacional conformará una comisión especial de monitoreo para analizar el cumplimiento de los compromisos asumidos en la víspera.

Loizaga refirió que se ha establecido un canal directo de relaciones bilaterales para dar cumplimiento al mandato que en septiembre pasado dieron el presidente Cartes y su colega Cristina Fernández.


Por su parte, el embajador paraguayo en la Argentina, Nicanor Duarte Frutos, declaró sobre el punto que el encuentro entre los ministros y gobernadores es el comienzo de la recuperación de las relaciones y un importante inicio para destrabar los problemas con las embarcaciones.

Venezuela: a descida infernal na ditadura politica e no caos economico - e a Unasul e sua clausula "democratica"?

Ditadura é quando um caudilho, um leader carismático, um responsável político, enfim, um ditador, pode governar segundo sua vontade, por decretos, ou simples medidas administrativas, sem passar pelo parlamento ou qualquer outro tipo de controle institucional, tipo divisão de poderes, checks and balances, limites legais ao arbítrio do executivo, etc.
Segundo essa definição, a Venezuela já se encontra tecnicamente, e de fato, em ditadura.
O que vai fazer a Unasul e sua cláusula democrática?
Por muito menos suspenderam o Paraguai...
A degringolada venezuelana é fatal, inevitável, previsível.
O que estão fazendo em certos países para se precaver?
Quantas perdas serão impostas ao Brasil, economicamente, politicamente, diplomaticamente?
Paulo Roberto de Almeida

Notícias do dia 15/11/2013

La Nación (Argentina) - Maduro obtiene los superpoderes para gobernar por decreto
Daniel Lozano

La Asamblea Nacional aprobó la ley habilitante, que le da facultades extraordinarias para legislar sin control parlamentario durante 12 meses

CARACAS.- Nicolás Maduro cumplió ayer uno de sus principales sueños políticos: contar con una ley que le otorga superpoderes y le permite gobernar a golpe de decreto durante un año a Venezuela. Una ley que lo iguala con su antecesor, Hugo Chávez. "Voy pa'lante y con la habilitante no me para nadie", festejó el presidente.

Los 98 parlamentarios chavistas -a los que se sumó un suplente colocado en los últimos días para alcanzar la mayoría calificada- aprobaron obedientemente, en una primera discusión sobre las dos establecidas, la tan esperada ley habilitante, que en la historia de Venezuela se vincula con los presidentes poderosos.

El martes será confirmada en segunda votación y "entregada al presidente en una marcha junto al pueblo", adelantó Diosdado Cabello, presidente de la Asamblea Nacional.

Maduro usará sus nuevos poderes para decretar una ley de precios, costos y ganancias con el objetivo de "bajar todos los rubros por lo menos 50% en todos los precios abultados". Como tantas otras veces en la Venezuela del realismo mágico, el oficialismo no dice que ya en 2011, y también a través de una norma habilitante, Chávez lanzó una ley de costos y precios justos que establecía el combate a la inflación. Los resultados saltan a la vista: 5,1% de inflación en octubre para una tasa anual por encima del temido 50%.

La senda elegida por Maduro viene marcada por el "comandante supremo", al que intenta imitar en sus decisiones. Anteayer, incluso, se vistió de militar para subirse a uno de los "poderosos tanques del ejército de los libertadores" y apuntar con un cañón hacia horizontes burgueses imaginarios. Con ese mismo estilo, como si manejara el país desde un tanque, el presidente cumple la primera semana de ofensiva cívico-militar contra "la guerra económica de la burguesía parasitaria".

El chavismo preparó a conciencia en la Asamblea Nacional un pleno histórico convertido en su habitual fiesta proselitista, con cánticos revolucionarios y ataviados con camisetas con el lema "Yo soy el 99", en referencia al diputado que les faltaba para la mayoría necesaria.

Para ello arrebataron la inmunidad parlamentaria de la opositora María Aranguren, a quien sacaron del medio con la complicidad de la Fiscalía y del Tribunal Supremo. Incluso juramentaron a escondidas a su reemplazo, el suplente Carlos Flores, quien por fin dio la cara ante el país luego de pasarse semanas en un escondite militar.

Y votó vestido de azul, sin la misma camiseta que sus camaradas, con un par de gritos en contra y aclamado por sus nuevos compañeros de ruta política. Flores, que abandonó el chavismo en 2012 al igual que Aranguren y otros políticos, sufrió como castigo la expropiación del 90% de la finca agrícola familiar. "¿Por qué se dejó comprar la conciencia?", se preguntó la opositora Danirah Figueroa, cuando la respuesta se encuentra en esa misma expropiación.

Los diputados chavistas mintieron a conciencia: ninguno de ellos fue el 99; quien vendió su voto fue Carlos Flores. Y no se conformaron con aprobar la ley que otorga plenos poderes a Maduro y que se los quita a ellos mismos. Insultaron ("paramilitares", "malandros") y amenazaron. El diputado Ricardo Sanguino incluso llamó al pueblo a "identificar y ubicar" a quienes se oponen a la aprobación de la ley tan deseada por el mandatario.

El militar Pedro Carreño, jefe del grupo parlamentario chavista, mostró una fotografía del líder opositor Henrique Capriles con el presunto dueño de Daka, la primera cadena de electrodomésticos intervenida y saqueada el fin de semana pasado. Horas antes, el propio Capriles había desmentido la imagen, ya que se trata en realidad de un senador mexicano que participó como observador en las elecciones presidenciales del 14 de abril.

Una de las pocas fotografías que se tienen del enigmático dueño de Daka, que en realidad se hizo millonario en siete años gracias a sus -hasta ahora- buenas relaciones con el chavismo, lo muestra sonriente junto al vicepresidente Jorge Arreaza.

Los oficialistas aprovecharon la sesión legislativa para acusar a los opositores de estar vinculados con las decenas de comerciantes "especuladores" detenidos en los últimos días.

La respuesta de la opositora Figueroa fue tan contundente que la televisión pública cortó la señal cuando esgrimió los sobreprecios en supermercados estatales, supuestamente regulados en favor del pueblo: 128% en el arroz, 141% los huevos, 146% las lentejas?

"La habilitante no resolverá nada, sólo le da más poder a Maduro. Cuando se vaya la luz, saquen la habilitante a ver si vuelve", ironizó Capriles en un acto electoral.

A la misma hora, Maduro imponía una nueva cadena de televisión para festejar su triunfo "histórico" y narrar su encuentro con una viejita. "Maduro, no cedas, no te canses, sigue adelante. El pueblo humilde está contigo", recreó el presidente, al repetir una conversación digna del mismísimo Chávez.


El País (Uruguai) - Maduro ordenará rebajas del 50% en todos los productos

El presidente venezolano Nicolás Maduro disparó un cañón antiaéreo y condujo un tanque, en unos ejercicios militares durante los cuales volvió a evocar la "guerra económica" de la "burguesía" y el imperialismo.

Caracas| AFP/ANSA

Como parte de esa batalla, Maduro anunció ayer que controlará y bajará 50% los precios de todos los productos y bienes y agregó que para ello reformulará la ley de costos y precios Justos cuando la Asamblea Nacional complete la aprobación de los poderes especiales que solicitó para luchar contra la especulación y corrupción.

El congreso, dominado por el oficialismo, votó ayer en primera discusión la ley habilitantes, que le permitirá al presidente adoptar diversas medidas con decretos.

"Voy a sacar por Ley Habilitante, la tengo lista ya, la ley de costos, precios y ganancias y voy a poner límites razonables y objetivos para las ganancias y los precios de los productos en Venezuela, vamos a bajar todos los rubros por lo menos 50%", dijo Maduro a través de la televisora estatal.

"Ofensiva".
El miércoles, el mandatario había declarado en un acto en el Comando Estratégico Operacional de la Fuerza Armada Nacional Bolivariana, que "ni un burgués, ni mil burgueses me va a hacer retroceder en esta ofensiva económica".

"De 1.400 establecimientos comerciales que hemos revisado, no hemos encontrado ni un solo lugar en donde no estén robando al pueblo", afirmó.

Maduro define la situación actual de alta inflación y escasez como una "guerra económica" de parte de Estados Unidos y la burguesía, y responsabiliza a quienes denomina "parásitos burgueses" por precios injustificados en productos comprados con dólares baratos distribuidos por el gobierno.

Además, Maduro llamó a los venezolanos a no comprar los "periódicos de la burguesía" que según él informan de manera tendenciosa sobre sus acciones para combatir la supuesta "guerra económica" que sufre el país.

"Que el pueblo decente, Patriota, el pueblo que está reaccionando frente a estas medidas, no compre estos periódicos, porque estos son los periódicos que defienden a la burguesía parasitaria", exclamó tras mostrar la portada de El Universal, cuyo titular del miércoles era: "La escasez en Caracas es la más alta en 46 meses".

"Yo llamo a un boicot contra estos periódicos en la calle. (...) ¿Hasta cuándo estos periódicos van a atacar a Venezuela impunemente?", arengó entre aplausos, antes de mostrar portadas de El Mundo y Diario 2001.

El gobierno de Maduro lanzó el pasado fin de semana una campaña de fiscalización de precios, que incluye rebajas compulsivas en los casos que se considere que hubo aumentos irregulares, en varios rubros, entre ellos electrodomésticos y repuestos de coches, aunque anunció que en el transcurso de esta semana se ampliarían a otros, como el textil.

Cañonazos.
Ayudado por efectivos de la Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB), Maduro se sentó ante un cañón automático antiaéreo, con cuyos disparos destruyó parcialmente el blanco preasignado en el centro de adiestramiento.

Luego el mandatario ingresó a un blindado artillado que condujo durante una corta distancia, sorteando las irregularidades del terreno y transportando como pasajeros a varios militares y a la ministra de Defensa, Carmen Meléndez.

Maduro expresó un saludo "revolucionario, antiimperialista, socialista y profundamente chavista" a más de 900 soldados que participaron de los ejercicios.

"Tenemos una Fuerza Armada capaz de hacer respetar a Venezuela (...) que nadie se meta con nosotros", expresó, reiterando sus denuncias sobre una "guerra económica" contra su gobierno impulsada por Estados Unidos y la oposición para desatar una ola de descontento y causar un "golpe silencioso".

La semana pasada Maduro había anunciado que en las populosas barriadas de Caracas y otras zonas clave de las montañas de Venezuela contarán con defensas antiaéreas para prevenir un posible ataque de una aviación "enemiga, extranjera, imperialista".

El Nacional (Venezuela) – Maduro en un callejón sin salida
Opinião / Freddy Lepage

La posición de Maduro es bastante comprometida. Se encuentra literalmente atrapado, al parecer, sin vuelta atrás. Toma medidas desesperadas que llevan al país por un despeñadero de proporciones catastróficas que lo arrastrarán a él sin remedio. Sus recientes conductas defensivas indican que se siente acorralado. Su afán de aferrarse a Miraflores, a como dé lugar, lo obliga a buscar fórmulas fracasadas en otras latitudes. Sencillamente, huye hacia delante esperando un milagro que no llegará.

La presión es tan grande que, por momentos, da la sensación de que se refugia en un mundo ficticio, peligrosamente encapsulado, sin comprender lo que sucede a su alrededor. Sólo a guisa de ilustración, me permito referirme a un tweet del mismísimo Maduro, en el cual relataba que en un paseo vespertino con Cilia Flores, bajo una refrescante garúa, estaba analizando medidas muy importantes en materia económica que pronto anunciaría al país. Luego vino la larguísima cadena que se convirtió en un rosario de lugares comunes, con las consabidas amenazas contra la oposición y la burguesía apátrida y parasitaria.  

Ahora bien, cómo se puede gobernar bajo estos parámetros convertidos en delirios de un bucólico atardecer. Quien efectivamente toma las decisiones es la cúpula militar-civil que lo rodea. Sus fallas conceptuales son frecuentes, sin mencionar la confusión en la utilización de los vocablos o conceptos a la hora de explicarle a la ciudadanía cualquier asunto de interés público. Lo cierto es que Maduro, para desgracia de los venezolanos, transita el camino equivocado, pensando, quizás, que quebrando la economía, empobrece y pervierte a la población, copiando el patrón cubano que, desde hace más de 50 años, ha mantenido este siniestro guión de alienación colectiva, a los efectos de lograr el control férreo que los mantiene en el poder.

La pregunta pertinente es, ¿quiénes asesoran a Maduro? No puede ser que en el oficialismo no exista una mente que se dé cuenta de que asfixiando la economía, tal como lo están haciendo, no van a conseguir la solución para salir de la profunda y peligrosa crisis que les va a pasar por encima; antes bien, lo que hacen es exacerbar el malestar social de un pueblo que desea vivir en paz, tranquilidad y bienestar, bien alejado del mar de felicidad caribeño.

En qué cabeza cabe que lo que está ocurriendo se puede resolver con respuestas militares. Esa salida, sencillamente, no existe, y mucho menos dará resultado alguno distinto de agudizar la escasez y el desabastecimiento a niveles insostenibles e insoportables. O sea, es como buscar cuchillo para su pescuezo. Tal como ha ocurrido con el caso de las empresas de electrodomésticos, las cuales, a decir de los propios jerarcas del régimen, crearon compañías ficticias para beneficiarse de manera privilegiada con entrega de los “apetecidos” dólares de Cadivi. A confesión de parte relevo de pruebas. Obviamente, esto ocurrió con la complicidad de funcionarios del mismo ente que demoniza a los impíos “raspacupos”, que el propio régimen convierte en delincuentes, pero que suman cantidades ínfimas comparadas con los 20.000 millones de dólares entregados fraudulentamente a las llamadas “empresas de maletín” (Giordani dixit). 


Maduro no ataca las causas de los problemas estructurales de una economía –con profundas asimetrías– a punto de colapsar, sino sus efectos. Es como recetar aspirina para el dolor de cabeza a un paciente que padece una enfermedad terminal. Más bien parece invocar una suerte de nigromancia política (a lo Sai Baba) basada en la misión destrucción, en la misión caos, en la misión sálvese quien pueda, que derivará en resultados impredecibles…

The Human Factor: Graham Greene tinha razao, no fundo tem sempre o fator humano

Não há nada que os serviços secretos, ditos de "inteligência", possam fazer: por trás de todo o aparato formidável de investigação, espreita, espionagem, disfarce, tem sempre uma motivação humana, que pode não corresponder ao que o serviço espera de seus agentes.
Leiam este pequeno romance de Graham Greene...
Paulo Roberto de Almeida

Edward Snowden Leaked up to 200,000 NSA Top Secret Documents
By Jerin Mathew
International Business Times (EUA), 15/11/2013

The US National Security Agency (NSA) has revealed that whistleblower Edward Snowden leaked up to 200,000 classified documents to the media, suggesting the agency's reputation could be damaged by further revelations over the coming weeks.

"Snowden has shared somewhere between 50 and 200,000 documents with reporters. These will continue to come out," NSA director general Keith Alexander said.

Alexander was responding to a question about the steps that US authorities were taking to stop the former NSA contractor from leaking additional information to the media.

The NSA chief also noted it is "very hard" for his agency to prevent such leaks from Snowden.

"They're being put out in a way that does the maximum damage to NSA and our nation... And it's hurting our industry. I think it's wrong. I don't know how to stop it," he said.

"But I'll tell you, this increases the probability that a terrorist attack will get through. I think it's absolutely wrong. When we look back on this, people are going to see that and understand that and say what they did was wrong. Until then, we're at their mercy.

"They're putting them out, one or two a week, to cause the maximum problem. They get it wrong."

The revelations of spying by the secret agency that have emerged thus far have created a major headache for the Obama administration.

Spying Scandal

Snowden, a former contractor at the NSA, had earlier leaked top secret documents about a global programme of surveillance by Washington. He is currently in exile in Russia. 

The documents revealed that the NSA has been tapping telephone conversations and spying on the internet activity of citizens, leaders, bureaucrats, businesses and government agencies.

Following the revelations, the NSA's surveillance practices have drawn sharp criticism within the US and around the world.


According to the leaked documents, prominent leaders spied on by the NSA include Brazil President Dilma Rousseff and German Chancellor Angela Merkel. In addition to criticising the Obama administration severely, the countries presented a resolution in the UN to strengthen international regulations on data protection.

Mercantilismo mercosuliano: de volta aos Navigation Acts do seculo 17 (mucho loco...)

Pois é, parece louco mas é assim: quando a gente pensa que, finalmente, o Brasil, o Mercosu, a América Latina vão avançar para o século 21, eis que de repente, não mais que de repente, eles recuam para os tempos do mercantilismo, do século 16 e 17. Incrível, mas verdadeiro.
Vejam apenas esta informação, em relação às negociações (mais do que decenais) entre Mercosul e UE:
"Argentina quiere que sus exportaciones salgan del Mercosur únicamente en barcos con bandera de estados del bloque."
Para trás Mercosul, em direção ao passado...
Paulo Roberto de Almeida

Uruguay se apoya en Brasil para buscar pacto con UE 
Juan Pablo Correa
El País (Uruguai), 15/11/2013

Brasil y Uruguay ya tienen una lista de unos 100 ítems arancelarios con respecto a los cuales planean ofrecer desgravaciones a la UE antes de fin de año pero Argentina aún no lo ha hecho. Es que Brasil sabe que en 2014 pasará a ser considerado un país de ingreso medio lo que le hará perder desgravaciones que podría retener si quedan plasmadas en un acuerdo de libre comercio. Y también sabe que la paciencia europea con Argentina, puesta a prueba con la expropiación en ese país a la petrolera española Repsol, está cerca de llegar a su fin. El bloque europeo ha dejado entrever que va a "esperar" por el Mercosur no mucho tiempo más y que si Argentina no muestra voluntad negociadora, limitaría las tratativas a Brasil y Uruguay.

Las conversaciones se lanzaron en 1998 aunque no se realizan reuniones desde 2012, pero han sido relanzadas por la presidente brasileña Dilma Rousseff.

La mandataria se reunió el fin de semana pasado con su colega uruguayo José Mujica y ambos hablaron de la importancia estratégica de relanzar el diálogo. Y Mujica ha hablado recientemente de que Argentina ha tomado una actitud "insular" y adoptado actitudes que hacen "añicos" al Mercosur.

Precisamente, técnicos de Uruguay, Argentina, Brasil y Paraguay se reunirán hoy en Caracas para presentar e intercambiar las propuestas que los respectivos países llevarán a la discusión de un acuerdo con la Unión Europea.

En momentos en que Brasil y Uruguay buscan dinamizar y proyectar al Mercosur hacia afuera de la región a través de este acuerdo comercial, la mala relación con Argentina y el reciente episodio de la prohibición del gobierno kirchnerista de los transbordos en los puertos uruguayos siguen generando reproches. La comunidad portuaria comienza a dar señales de extrema preocupación y a pedir una solución pragmática. El canciller Luis Almagro dijo ayer que las medida argentinas "están abiertamente en violación" del marco que regula el comercio de servicios en el Mercosur".

De todas formas, los privados ya dan señales de que no esperan mucho de las gestiones oficiales y piden que se estudie alguna opción intermedia. En una concurrida reunión realizada el miércoles en el Centro de Navegación su presidente, Mario Baubeta, abogó por buscar una solución de compromiso y su postura fue apoyada.

Fernando Correa, gerente de relaciones institucionales de Katoen Natie, la operadora de la principal terminal de contenedores montevideana, dijo a El País que se podría aceptar un acuerdo de cargas con Argentina que implicara "excepciones" por las que no solamente se aceptarían buques de banderas del Mercosur sino también, en casos específicos, de fuera de la región. Así, se podría mantener algo de actividad logística.

Argentina quiere que sus exportaciones salgan del Mercosur únicamente en barcos con bandera de estados del bloque. Como Uruguay se opone a esa posibilidad, prohibió los transbordos de productos argentinos en Montevideo .

"Perdimos ya 8.000 o 9.000 contenedores. La operativa bajó a la mitad. Un barco que siempre se iba con entre 800 y 1000 contenedores llenos se fue esta semana con 250. No vienen contenedores de Argentina para transbordo No podemos seguir así", dijo Correa.


En la comunidad portuaria se confía en que la necesidad de acordar con la UE (que no acepta un acuerdo de carga en el Mercosur) lleve a Brasil a intermediar para dar "un poco de aire" al puerto montevideano.

Depois dos emprestimos secretos, a diplomacia secreta: Acordo Mercosul-UE (El Cronista, BAires)

Sem comentários...
Ou apenas um: o lead se refere a um vice-ministro, que passa antes do chanceler...
Paulo Roberto de Almeida

Kicillof viajó de incógnito a Brasil para dilatar acuerdo con la UE
El Cronista (Argentina), 15/11/2013

Acorralada por las presiones de Brasil para avanzar en un acuerdo de libre comercio con la Unión Europea, la Argentina se habría comprometido a presentar en las próximas horas una propuesta con la lista de productos en los que está dispuesta a realizar concesiones, así como también en los reclamos que pretende por parte de Europa. Sin embargo, fuentes cercanas a la negociación relativizaron esta promesa e hicieron hincapié en que “la oferta aún está verde”.

Altos funcionarios del Gobierno viajaron el miércoles a Brasilia y se reunieron, en absoluta reserva, con sus pares locales, a quienes les garantizaron que harían esta semana una oferta. Hoy habrá una reunión a nivel técnico en Caracas, donde los referentes de los distintos países del bloque buscarán acercar posiciones. Las posturas más alejadas son las planteadas por los principales países del Mercosur, ya que Brasil quiere avanzar con el acuerdo y la Argentina buscó dilatar la negociación lo máximo que pudo. Hasta ahora, que el gobierno de Dilma Rousseff dio el ultimátum al plantear que si el país no hacía una oferta, avanzarían de igual modo. Brasil tiene una clara decisión de negociar, ya que cree que un acuerdo con la UE le resultará beneficioso en el largo plazo en términos de comercio e inversiones.

Del encuentro realizado anteayer en Brasilia, participaron los cancilleres de ambos países, Héctor Timerman y Luiz Alberto Figueiredo; el ministro de Desarrollo, Industria y Comercio de Brasil, Fernando Pimentel; el viceministro de Economía argentino, Axel Kicillof, y el secretario de Planeamiento Estratégico de la cartera de Industria, Horacio Cepeda. “Ellos –por los argentinos– nos llamaron y nos dijeron que estaban dispuestos a hablar. Entonces los invitamos a esta reunión”, dijo el jefe de la Cancillería al término del encuentro.

Desde Brasil se mostraron satisfechos con el encuentro porque habría habido “avances”, según Figueiredo, pero en el gobierno argentino insisten en recalcar que la UE pretende la apertura en el sector de bienes y servicios pero no cede en materia agrícola, rubro que defienden con fuerte proteccionismo. Los números indican que la Argentina deja de ganar u$s 12.000 millones anuales por los controles que aplica Europa.

El viejo continente tiene un alto nivel de protección, por ejemplo, en biodiesel, carne vacuna y frutas, mientras que la Argentina atraviesa un sólido proceso de industrialización, argumentan en los despachos oficiales.

Reuniones con industriales

En los últimos meses, el Gobierno mantuvo reuniones con representantes de distintos sectores industriales para sondear cuánto estaban dispuestos a conceder en materia arancelaria. Algunos pidieron ser excluidos de la negociación, como el rubro autopartista, mientras que otros avalaron la opción de avanzar hacia una desgravación arancelaria pero de forma gradual y con un plazo de 15 años.

“La Argentina va a hacer una propuesta no negociadora y cada vez se escucha más la idea de una negociación a dos velocidades: una más rápida liderada por Brasil y apoyada por Paraguay y Uruguay, y otra más lenta, de Argentina y Venezuela, que incorpore menos productos y plazos más largos de desgravación”, señaló una fuente cercana a la discusión.
Estas diferencias generarán una ruptura del Mercosur como bloque, ya que generará una perforación del Arancel Externo Común (AEC). “La Argentina está en una encrucijada entre tener un conflicto interno o con el Mercosur”, consideró un empresario del rubro automotriz.


La expectativa era que el intercambio de ofertas entre el bloque regional y Europa se realice a fin de año, pero los expertos en estas negociaciones adelantan que será difícil.

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