quarta-feira, 11 de setembro de 2024

China's Eurasian Century? Political and Strategic Implications of the Belt and Road Initiative - Nadège Rolland (NBR Books)

  

China's Eurasian Century?: Political and Strategic Implications of the Belt and Road Initiative

by Nadège Rolland

NBR Books

https://www.nbr.org/publication/chinas-eurasian-century-political-and-strategic-implications-of-the-belt-and-road-initiative/

 

May 23, 2017 The National Bureau of Asian Research ISBN 978-1939131508

In this monograph, Nadège Rolland (NBR) examines the drivers and goals of China’s Belt and Road Initiative and argues that the initiative reflects Beijing’s desire to shape Eurasia according to its own worldview and unique characteristics.

 

China’s Belt and Road Initiative (BRI) has become the organizing foreign policy concept of the Xi Jinping era. The 21st-century version of the Silk Road will take shape around a vast network of transportation, energy, and telecommunication infrastructure, linking Europe and Africa to Asia and accompanied by strengthened monetary cooperation and increased people-to-people exchanges. Beijing sees physical infrastructure as a first step toward Eurasian integration, thanks in part to the creation of economic corridors that will enable greater regional policy coordination and foster a vibrant “community of common destiny.”

Drawing mostly from the work of Chinese official and analytic communities who are striving to make BRI a reality, this study examines the concept’s origins, drivers, and various component parts, as well as the accompanying ideational narrative and domestic and international objectives, as seen through Beijing’s eyes. While Beijing is selling the promise of economic development, its main focus is on the benefits that it hopes BRI will bring to China, not simply in the realm of economics but most importantly in the geopolitical domain. More robust engagement of the entire Eurasian continent through BRI is intended to enable China to better use its growing economic clout to achieve its ultimate political aims without provoking a countervailing response or a military conflict.

BRI thus serves the Chinese leadership’s vision of a risen China sitting at the heart of a Sinocentric regional order, the essence of Xi’s “dream of the great rejuvenation of the Chinese nation.” This vision reflects Beijing’s desire to shape Eurasia according to its own worldview and its own unique characteristics. More than a mere list of revamped infrastructure projects, BRI is a grand strategy that advances China’s goal of establishing itself as the preponderant power in Eurasia and a global power second to none.

POLICY IMPLICATIONS

  • Despite China’s official narrative, BRI is not simply an economic development project, nor is it value-free. Its ultimate purpose is to build a Sinocentric Eurasian order in which Beijing’s influence and power have significantly expanded, authoritarian regimes have been consolidated, and liberal norms have receded. Western governments need to recognize that such an outcome would be contrary to both their interests and their values.
  • BRI should not be mistaken for a generous aid program for the poorest countries in the region. Instead, the initiative will make it easier for Beijing to use its growing economic presence to coerce those who challenge its interests. Participation on China’s terms might have devastating consequences for the poorest economies in the region, which could find themselves saddled with unmanageable debt and forced to relinquish control over valuable national assets.
  • In order to provide third countries with options and alternatives, Western powers need to stay engaged in Eurasia. But they should hold fast to, and if possible revitalize, ideas and programs that they began to implement across the region at the end of the Cold War. Existing multilateral instruments and institutions that abide by high standards, such as the Asian Development Bank, the World Bank, and the European Bank for Reconstruction and Development, should be used as main conduits for Western investment in the region.
  • China needs the capital and cooperation of other advanced industrial nations to propel BRI’s projects and bolster its legitimacy. To that end, Beijing has launched a massive public relations campaign to portray the initiative as an opportunity not to be missed. Before agreeing to endorse or participate in BRI, Western countries should demand more transparency and higher standards from China. There should be no compromise about good governance, respect for human rights, environmental protection, and rule of law. Western countries should hold China to account on its pronouncements about shared interests and mutual benefits.

Table of Contents


Introduction
FREE INTRODUCTION

https://www.nbr.org/wp-content/uploads/pdfs/programs/chinas_eurasian_century_introduction.pdf

 

Chapter 1
Mapping the Silk Roads

Chapter 2
The Belt and Road Initiative: Bigger, Bolder, Better?

Chapter 3
Drivers of the Belt and Road Initiative
FREE CHAPTER

https://www.nbr.org/wp-content/uploads/pdfs/programs/chinas_eurasian_century_ch3.pdf

Chapter 4
A Vision for China as a Risen Power

Chapter 5
Hurdles on the Way

Chapter 6
Political and Strategic Implications of the Belt and Road Initiative

 

Nadège Rolland

 

Distinguished Fellow,
China Studies, The National Bureau of Asian Research

Programs

Political and Strategic Implications of a Chinese-led Regional Infrastructure

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Rubens Ricupero debate suas Memórias na Biblioteca que frequentou na infância: Biblioteca Mario de Andrade, SP

 Não poderei participar, e não parece ter transmisão live. Talvez algum video a posteriori.



terça-feira, 10 de setembro de 2024

Blogs de Paulo Roberto de Almeida desde 2003


Projeção internacional do Brasil sob Lula 3: uma entrevista concedida em setembro de 2023 - Paulo Roberto de Almeida

 Notas para uma entrevista que concedi um ano atrás, em setembro de 2023, a um jornalista estrangeiro, baseado no exterior (Paris), do qual nunca tive notícia de que tivesse sido aproveitada para alguma matéria. Como, aparentemente, minhas respostas às suas perguntas não foram publicadas, tomo a iniciativa de liberar o conteúdo agora, sem qualquer mudança ou acréscimo.

Projeção internacional do Brasil sob Lula 3

  

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.

Respostas a questões colocadas pelo jornalista Xxxx Xxxxx (Paris); sobre a política externa de Lula.

 

Notas para subsidiar entrevista oral com o jornalista Xxxx Xxxxx


1)       Durante sua história, o Brasil tem jogado um papel modesto no cenário mundial, apesar de seu tamanho. O país deveria estar mais engajado? Por quê? Quais seriam os benefícios? Como deveria proceder?

PRA: Um país não pode ser mais engajado nas grandes questões internacionais apenas pela vontade de seus dirigentes e do que o permitem sua dotação de fatores herdados, adquiridos ou conquistados; um papel mais ativo depende de sua interface econômica externa, em primeiro lugar, de sua participação nos grandes intercâmbios globais – em especial no comércio, nas finanças, mas também em inovação tecnológica, produção cientifica, projeção cultural – e, em última instância, capacidade própria em meios materiais de projeção, ou disposição e disponibilidade para fazer cooperação internacional, assim como na participação em operações multilaterais de manutenção ou imposição da paz, segundo as regras definidas diplomaticamente na Carta de San Francisco, e administradas pelo Conselho de Segurança da ONU. 

Ora, a capacidade que tem o Brasil em todas essas categorias é modesta, em alguns casos praticamente inexistente; primeiro pelo seu nível de desenvolvimento econômico, pela dimensão média de suas forças militares e pelos recursos limitados devotados à cooperação internacional; depois pela sua contribuição também modesta para o estoque mundial de conhecimento tecnológico (patentes) e mesmo contribuições culturais ou literárias. O Brasil não tem, por exemplo, nenhum Prêmio Nobel, em qualquer categoria, ainda que já tenha uma participação razoável nos indicadores mundiais, aferidos, de Ciência e Tecnologia, mas com pouca dispersão no campo de sua competitividade internacional. Isso se dá em função dos níveis muito deficientes de educação em geral, em especial as bases frágeis de sua educação de massa, que é de baixa qualidade e que se reflete nos escalões superiores de ensino e explica nos níveis baixíssimos de produtividade do capital humano.  

 

2)       Por sinal, de uma gestão para outra, sempre haja mudanças abruptas na política externa brasileira. Isto seja um problema?

PRAPaíses parlamentaristas apresentam sempre maior continuidade nas grandes linhas de sua política externa, o que também se reflete, em grande medida, no presidencialismo americano, que também tem forte base congressual. Países presidencialistas típicos, como os da América Latina, apresentam propensão mais forte à descontinuidade na política externa, que é sempre definida pelo chefe de Estado e de governo, pois a diplomacia é meramente operacional, sendo uma ferramenta dócil a serviço das preferências do líder, que pode ser, como já ocorreu diversas vezes, um populista – de esquerda ou de direita – interessado mais no seu prestígio ou projeção pessoal, do que nos fundamentos sólidos de uma diplomacia dotada de credibilidade e consistência, ou seja, sem saltos bruscos, como soe ocorrer em presidências muito personalistas. 

 

3)       O Lula parece dar bastante prioridade aos temas internacionais. Por exemplo: COP 27 Egito, proposta de paz na Ucrânia, Cúpula do BRICS, Cúpula dos Países da Amazonia, etc. Como avaliar sua atuação até o momento?

PRA: Lula sempre foi personalista, extremamente cioso de sua imagem no mundo, na própria região, e até um pouco megalomaníaco, interessado em ganhar prestígio para si próprio, até superar Getúlio Vargas, o grande estadista-ditador brasileiro no século XX, e até Fernando Henrique Cardoso, de grande reputação internacional pela sua carreira acadêmica, inclusive em universidades do exterior. Nos dois mandatos anteriores (2003-2010) tentou “pacificar” conflitos na região e até no mundo (Palestina, por exemplo, ou até a questão do programa nuclear iraniano), como forma, talvez, de ganhar para si um Prêmio Nobel da Paz.

Na sua volta ao poder, em terceira encarnação como Lula 3, tenta reeditar sua diplomacia extremamente ativa, de muitas viagens e visitas, e várias iniciativas próprias, na região (Unasul, na América do Sul), no chamado Sul Global (reuniões entre presidentes da América do Sul e seus contrapartes africanos e árabes), agora em direção do mundo inteiro, mas em condições totalmente diferentes daquelas prevalecente no início do milênio. Naquela época, tomou várias iniciativas, como a do IBAS (com Índia e África do Sul), a do G4 (com Alemanha, Índia e Japão, para a reforma da Carta da ONU e ampliação do seu Conselho de Segurança) e, sobretudo, a transformação do antigo BRIC – uma mera proposta de carteira de investimentos dirigido a fundos financeiros – em foro diplomático, numa negociação direta entre Celso Amorim, seu chanceler e atual assessor presidencial, e Sergei Lavrov, com a adição da China e da Índia, ampliado para BRICS, com a adição da África do Sul em 2011, pelas mãos da China, que agora pretende ampliar o BRICS ainda mais. 

Na atualidade, o Brasil mudou, a América do Sul e a América Latina mudaram muito, e o mundo não é mais o mesmo, mudado para bem pior, com a postura agressiva da Rússia e a crescente preeminência econômica e comercial da China, candidata a nova Hegemon mundial até 2049, o centenário da dominação do Partido Comunista no gigante asiático. As duas reuniões de cúpula convocadas por Lula no primeiro semestre de 2023, com países da América do Sul, ficaram aquém dos seus objetivos políticos e diplomáticos. Na primeira, na qual pretendia retomar a Unasul, limitou-se a uma resolução aprovada pelos dirigentes da América do Sul tendente a atribuir a uma comissão a tarefa de propor sugestões sobre as novas bases da coordenação regional; foi inclusive contestado por dois dirigentes de esquerda – Gabriel Boric do Chile, Gustavo Petro da Colômbia –, assim como pelo menos um de direita, o presidente Lacalle Pou do Uruguai, em sua tentativa de reintegrar a ditadura chavista da Venezuela como parte da família “democrática”, simultaneamente à indefensável defesa das ditaduras cubana e nicaraguense. Na segunda, voltada para os países membros da OTCA, a organização do tratado de cooperação amazônica, Lula tampouco conseguiu um desejado consenso em sua proposta de fim do desmatamento florestal até 2030, mas também se desentendeu com Gustavo Petro, que pretendia o fim da exploração de petróleo na região, em lugar de uma lenta defasagem, como quer Lula, interessado nas rendas do produto em plataformas de exploração próximas da foz do rio Amazonas.

Sua proposta de paz na Ucrânia, por meio de um mal definido “Clube da Paz”, apresentada ainda na campanha presidencial de 2022, foi muito mal recebida pela imensa maioria dos países ocidentais, apoiadores declarados da Ucrânia na guerra de agressão deslanchada pelo criminoso de guerra Putin, inclusive porque Lula disfarçou muito mal sua hipócrita neutralidade de apoio objetivo à Rússia (Bolsonaro já importava fertilizantes e combustíveis, para fins propriamente eleitorais, e Lula aumento exponencialmente a compra de petróleo e diesel russos, provavelmente pelos vínculos estabelecidos em caráter pessoal com o tirano russo, desde a primeira faze do BRIC).

A diplomacia lulista tem grandes chances de obter sucesso no pano mundial se atribuir ênfase aos temas tradicionais de Lula de combate à pobreza e redução das desigualdades sociais entre países ricos e pobres, assim como nos novos temas da sustentabilidade ambiental, mas seu apoio declarado aos projetos de uma “nova ordem global” notoriamente em favor da contestação chinesa e russa da “hegemonia ocidental” tem minado sua imagem junto aos líderes das grandes potências ocidentais. Sua insistência em se atribuir um papel de representante de um diáfano Sul Global também tem sido vista com desconfiança, assim como sua propensão em ver o dólar substituído por outras moedas, ou por uma moeda comum do BRICS, um objetivo considerado inatingível no curto prazo pela maior parte dos analistas econômicos. 

 

4)       Proponentes de mais e melhor engajamento argumentam, entre outras coisas, poderia facilitar a entrada de capital estrangeiro. Concorda ou não?

PRA: Lula parece apostar na capacidade chinesa de financiar seus grandes projetos de “reindustrialização” do Brasil, uma meta extremamente difícil, entre outros motivos pelas próprias características dos investimentos externos chineses, mais interessados em projetos de infraestrutura e de abastecimento em matérias primas para sua gigantesca máquina industrial. Ele parece acreditar num inevitável declínio americano ou ocidental, mas também exibe preconceitos antiamericanos indisfarçáveis, mesmo não sendo um esquerdista clássico. Na verdade, Lula e os petistas preservam as mesmas crenças anacrônicas num forte capitalismo nacional, guiado e apoiado pelo Estado, as mesmas concepções cepalianas e unctadianas do passado, também características do terceiro-mundismo típico da Nova Ordem Econômica Internacional, dos anos 1970. Ele deseja investimentos estrangeiros, desde que alocados aos setores que o governo petista considera “estratégicos” para o Brasil, opondo-se, por exemplo, a uma abertura econômica e liberalização comercial nos moldes dos países da OCDE. 

 

5)       Depois da pandemia e a guerra no Ucrânia, alguns observadores esperavam mais investimentos no Brasil para melhorar os supply chains e compensar pela falta de grãos. Investimento nos mercados de capitais acostuma preceder o FDI. Até momento, nada de grande movimento. Como explicar?

PRA: O ambiente de negócios no Brasil ainda é extremamente burocratizado, e marcado por mudanças contínuas nas regras tributárias, além de certa volatilidade nas políticas econômicas setoriais (e até nas políticas macroeconômicas, aqui oposta à independência do Banco Central). O Brasil se tornou um país muito caro e burocrático para os empreendedores nacionais e estrangeiros, com uma carga fiscal muito elevada, um Estado muito intrusivo e baixa qualidade do capital humano. A corrupção nos negócios estatais e até privados continua sendo um problema, assim como a clara ausência de visão dos dirigentes nacionais quanto às grandes linhas de uma política de desenvolvimento coerente com o papel e as capacidades próprias do Brasil na economia interdependente global.

 

Paulo Roberto de Almeida

São Paulo, 4466, 02 setembro 2023, 5 p.


 

 

Maduro segue os passos do ditador Chávez: matérias de 2005 sobre a construção da ditadura bolivariana

 Dos meus arquivos implacáveis: matérias de 2005, ou seja, mais de 11 anos atrás, quando Chávez, com o apoio material, logístico e intelectual da ditadura de Fidel Castro, deu os passos decisivos para consolidar um regime ditatorial, com total apoio do governo de Lula 1 (2003-2006).

Paulo Roberto de Almeida

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Jornal Valor Econômico - 12/04/2005 - Editorial

 

Chávez dá novos passos em direção à ditadura

 

A Venezuela caminha para uma ditadura ou uma nova fase de mais instabilidade política, ou ambas. A trajetória crescente de radicalização interna do presidente Hugo Chávez está perto de destruir os poucos vestígios de democracia de sua "revolução bolivariana" para mergulhar em uma aventura autoritária. O principal artífice da instabilidade é o próprio Chávez. A decisão oficial de criar milícias civis armadas é um passo largo em direção à intimidação política e à conquista de um poder pessoal no pior estilo dos caudilhos que infernizaram o continente no século passado.

 

O decreto que criou as milícias, que poderão agrupar 1,5 milhão de pessoas, diz que sua função será a de "ajudar na defesa e sustentação da segurança da nação" e "integrar progressivamente a sociedade civil ao exercício do dever de co-responsabilidade na manutenção da paz nacional". Os objetivos são claros e não se restringem ao temor sempre presente de Chávez de ser assassinado por inspiração do governo de George Bush ou de ter seu país invadido pelos marines. A manutenção da "paz nacional" poderá se dar a partir de agora com ruidosos chavistas armados atemorizando a oposição ao governo, que vem minguando a olhos vistos, ao passo que o presidente concede a si mesmo cada vez mais poderes.

 

A trajetória do mandonismo de Chávez segue passos lógicos e céleres. O plebiscito convocado pela oposição para destroná-lo fracassou. Na sua esteira, em vez de gestos conciliadores, o presidente fechou progressivamente o caminho institucional para a manifestação dos partidos políticos que não aceitam seus preceitos. Em um país onde o Estado é o maior dono das terras, iniciou-se uma reforma agrária com o confisco de fazendas de propriedade de estrangeiros. A reforma educacional recém-encaminhada pelo presidente pode abrir caminho à lavagem cerebral típica de regimes stalinistas em decomposição. O passo mais grave, porém, foi a legislação aprovada pelo Congresso que torna objeto de retaliação do Estado manifestações típicas da democracia, como críticas ao presidente ou realização de passeatas em defesa de reivindicações políticas ou econômicas.

 

Após fracassar em uma tentativa de golpe de Estado, Chávez foi levado à presidência pelas urnas em 1998 e parece decidido a se perpetuar no poder. Há poucas dúvidas de que conseguirá se reeleger por um período de mais seis anos em 2006. Seu populismo autoritário não faz mal apenas às instituições políticas, mas se estende à economia, onde está minando as forças da fonte quase única de recursos do país - a estatal de petróleo PDVSA. Há sinais de que a empresa começa a sofrer de penúria de capitais para cumprir sua meta de chegar a produzir 5 milhões de barris por dia em cinco anos. Segundo a revista americana "BusinessWeek", alguns importantes poços estão tendo seu nível de produção reduzido em um quarto a cada ano e o número de novas perfurações para novos poços caiu pela metade entre 1997 e 2005.

 

Chávez resolveu também apertar o cerco às companhias estrangeiras de petróleo, que respondem por quase metade da produção. Ele elevou os royaties de 1% para 16,6% das empresas que operam na bacia do Orinoco e estabeleceu que novas parcerias terão termos mais favoráveis ao governo - 30% de royalties e 51% de participação da PDVSA. Com a produção estabilizada ou cadente e medidas que afugentam investidores, o governo venezuelano poderá em breve ficar com recursos menores para programas sociais.

 

Durante décadas, conservadores e liberais esbanjaram as receitas de petróleo venezuelano e deram às costas à miserável população do país. A eleição de Chávez rompeu com esse esquema político decrépito, que sofreu novo revés com o golpe de Estado fracassado de 2003. Chávez está sendo incapaz de livrar-se da dependência do petróleo e de dar novas esperanças e força ao jogo democrático. Ao retirar o monopólio da força do Exército e ameaçar deslocá-lo para as milícias sob comando de acólitos, Chávez está mexendo com fogo e incentivando insatisfação entre os militares, que lhe foram leais até agora. É uma jogada de altíssimo risco.

 

O aventureirismo de Chávez tem contado com o beneplácito do governo Lula, que dá um manto protetor retórico à escalada ditatorial do vizinho. "Não aceitamos difamações contra companheiros", disse recentemente Lula, diante do primeiro-ministro espanhol, José Luiz Zapatero. Resta saber o que ele fará diante da verdade. Há riscos para a democracia na Venezuela e a diplomacia brasileira, por enquanto, dá a Chávez atestados de bom comportamento.

 

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Diego Casagrande, 13.04.2005, 16h06

O FAROL CHAVISTA

por Denis Rosenfield, filósofo

 

A ascensão de Hugo Chávez ao poder e a sua forma de conservação expressam o grande sonho da esquerda latino-americana. Nem nos seus maiores devaneios, ela considerou possível que a conquista do poder por meios democráticos redundaria com tanta perfeição na supressão dessa mesma democracia. Habilidoso no discurso e nas manobras, o ditador tem conseguido passar a imagem de que governa democraticamente, com o povo, quanto tudo faz para enfraquecer as instituições republicanas, abrindo a via para o exercício autocrático do poder. Só os incrédulos e os de má-fé acreditam que tudo está normal na Venezuela. Incrédulos, porque não crêem que um processo democrático possa conduzir dessa maneira à abolição da democracia. A ascensão de Hitler ao poder seria um desses exemplos. E os de má-fé são aqueles que sabem que não se trata de democracia, porém fingem o contrário. A instauração de um regime próprio da esquerda autoritária ou totalitária, como os que povoaram os horrores do século XX, aparece, então, como a consumação da igualdade.

 

O recente episódio de compra de armamentos é apenas o último dos atos que comprovam o processo revolucionário em curso. Que a Venezuela compre aviões de reconhecimento ou barcos que ajudem a defender as suas fronteiras é um ato próprio, normal, de um país soberano que cumpre com certas de suas funções. Comprar, no entanto, 100.000 fuzis AK-7 com o propósito de armar milícias populares revela a execução de um velho preceito marxista-leninista, cubano ou maoísta, o de formar um para-exército que responda às ordens diretas do Líder máximo. A melhor forma de conservação de uma ditadura consiste no aperfeiçoamento de seus métodos repressivos, tanto mais eficientes que eles se apóiem em milícias populares, que fazem o arremedo da “soberania do povo”. Nada disso é novo historicamente, pois Fidel Castro consegue, policialmente, arrebanhar multidões, como o fizeram Mussolini, Stálin, Hitler ou Mao. Trata-se aqui da encenação autoritária ou totalitária da “democracia popular”.

 

Contudo, nada disto foi feito sem preliminares “jurídicas” e “civis”. O Supremo Tribunal teve o número de seus juízes substancialmente aumentado, de tal maneira que os novos juízes chavistas, de extrema obediência ao ditador, fossem maioria. Dessa maneira, qualquer ato arbitrário de Hugo Chávez se torna potencialmente, senão efetivamente, “legal”. A esquerda latino-americana, fã desses engodos, sempre poderá dizer que o “estado de direito” foi respeitado. No mesmo diapasão, foi “aprovada” pelo Legislativo, também totalmente controlado pelo Líder máximo, uma lei que pune severamente todo aquele que proferir uma palavra contrária ao Chefe ou uma declaração que por esse seja considerada danosa para sua figura. A liberdade de imprensa e de expressão em geral foi severamente limitada, apesar de várias manifestações indignadas de órgãos de defesa dos direitos humanos e de liberdade de expressão. Ou seja, um direito civil básico foi “legislativamente” suprimido, obedecendo ao ritual “democrático” de uma ditadura.

 

Nada disto, no entanto, seria de espantar se a nossa diplomacia e um setor considerável do PT não considerassem tais atos como perfeitamente normais. O anormal do ponto de vista democrático ganha o contorno do terrivelmente normal, o da normalidade dos regimes de esquerda autoritária ou totalitária. Quando lemos ou ouvimos declarações de altos responsáveis de nosso governo aceitando ou elogiando a política chavista, não podemos deixar de nos perguntar se essa ausência de condenação não á uma forma indireta de aprovação ao que lá está acontecendo. A atuação de nossa diplomacia em relação à Venezuela, controlada diretamente pelo Palácio do Planalto, expressa o que muitos desse governo pensam. Se acrescentarmos a isso que em torno de um terço dos membros do PT comunga dessas mesmas posições, constataremos que a esquizofrenia política atual também se nutre de outros modelos. Enquanto a esquerda brasileira não fizer o luto de suas posições passadas, o farol de Chávez continuará despontando no horizonte.

 

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Diego Casagrande

http://www.diegocasagrande.com.br

 

Manque de productivité en Europe: rapport Mario Draghi (Le Point)

Compétitivité en Europe : les 20 propositions chocs de Mario Draghi

Simplification, mutualisation, changement des traités, Mario Draghi n’y va pas avec le dos de la cuillère pour redresser la compétitivité alanguie de l’Europe. Un électrochoc.

Par Emmanuel Berretta

revue Le Point, le 09/09/2024 à 16h56

 

Un rapport cinglant, des propositions audacieuses. Mario Draghi ne propose à l'Union européenne rien de moins que l'électrochoc dont elle a bien besoin. L'ancien président du Conseil italien a présenté son rapport, à 11 heures ce lundi 9 septembre, aux côtés d'Ursula von der Leyen, la présidente de la Commission, qui en est la commanditaire. Un rapport très attendu qui contient, au total, environ 170 propositions dont nous avons sélectionné les 20 principales. Mario Draghi a clairement indiqué qu'il ne souhaitait pas remettre en cause le socle social des Européens et que la compétitivité n'est pas une affaire « de réduction des coûts du travail, de baisse des salaires ou de plus grande flexibilité ».

Pour lui, la clé est la maîtrise des hautes technologies d'avenir, donc les compétences, la formation. Le cerveau, en un mot. « En réalité, dans l'Union européenne, la productivité a été légèrement meilleure que celle des États-Unis si l'on exclut le secteur des hautes technologies », explique-t-il à l'appui de son raisonnement.

Le constat dressé par « Super Mario » n'esquive pas la cruelle réalité : l'Europe est en train de décrocher face à ses grands concurrents, en particulier les États-Unis et la Chine. Les chiffres font froid dans le dos. L'écart de PIB entre l'UE et les États-Unis s'est creusé, passant de 15 % en 2002 à 30 % en 2023. Pour l'ancien patron de la BCE, le différentiel de productivité explique à lui seul 70 % de cet écart. « Le revenu réel disponible au cours des quinze, vingt dernières années aux États-Unis a augmenté deux fois plus qu'en Europe, précise-t-il lors de sa conférence de presse. […] Pensez au fait que la population diminue, et d'ici 2042 deux millions de travailleurs par an disparaîtront du marché du travail. » Bref, le constat d'une « lente agonie ».

À LIRE AUSSI Ce que l'on sait du rapport alarmant de Mario Draghi sur la compétitivité en Europe

L'Europe souffre aussi d'un manque criant d'innovation et de dynamisme industriels. Mario Draghi pointe du doigt « une structure industrielle statique qui produit un cercle vicieux de faible investissement et de faible innovation ». « Il n'y a pas d'entreprise européenne avec une capitalisation boursière supérieure à 100 milliards d'euros qui ait été créée from scratch (en partant de rien) au cours des cinquante dernières années, alors qu'aux États-Unis les six entreprises valorisées à plus de 1 000 milliards d'euros ont toutes été créées au cours de cette période », souligne-t-il dans son rapport. Les besoins en investissements sont immenses. Selon Draghi, l'investissement annuel supplémentaire minimum nécessaire serait de 750 à 800 milliards d'euros, ce qui correspond à 4,4-4,7 % du PIB de l'UE en 2023.

Doubler les crédits de recherche

Face à ce tableau peu réjouissant, Mario Draghi dégaine un arsenal de propositions qui ne manquera pas de faire grincer quelques dents dans les chancelleries européennes. Premier chantier : doper l'innovation. L'ancien banquier central prône une véritable révolution copernicienne. Il propose ni plus ni moins que de doubler le budget du prochain programme-cadre de recherche et d'innovation pour le porter à 200 milliards d'euros sur 7 ans. Il veut créer une véritable agence européenne pour l'innovation de rupture, sur le modèle de la Darpa américaine, reprenant ici une idée du président Macron formulée depuis le discours de la Sorbonne de 2017 qui est restée lettre morte depuis.

Unifier le droit des sociétés en Europe

Pour attirer et retenir les meilleurs cerveaux, le rapport suggère de réformer le Conseil européen de la recherche (ERC) et de créer un « ERC pour les institutions » afin de financer des centres de recherche d'excellence. Une manière de stopper l'hémorragie de nos talents vers les États-Unis.

Mais Draghi veut faciliter le passage de l'innovation à la commercialisation en créant un nouveau statut d'« entreprise européenne innovante ». Ces pépites bénéficieraient d'une « identité numérique unique valable dans toute l'UE et reconnue par tous les États membres », ainsi que d'une législation harmonisée en matière de droit des sociétés et d'insolvabilité. De quoi faire sauter les verrous qui entravent aujourd'hui le développement de nos start-up. On se demande d'ailleurs comment l'UE a pu, durant des décennies, éviter d'abroger cette disparité juridique tout en prétendant créer un « marché unique ».

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Du côté du financement, le rapport appelle à développer massivement le capital-risque en Europe et à faciliter l'accès des entreprises innovantes aux marchés de capitaux, une idée dans l'air du temps depuis le printemps et que l'Allemagne pousse dans ce sens. Il propose notamment d'élargir le mandat de la Banque européenne d'investissement pour lui permettre de co-investir dans des projets nécessitant des volumes de capitaux plus importants. Une manière de combler le fossé qui nous sépare des États-Unis en matière de financement des start-up.

Doper l'IA dans 10 secteurs stratégiques

Conscient que l'intelligence artificielle sera le nerf de la guerre économique de demain, Mario Draghi ne lésine pas. Il préconise d'augmenter significativement la capacité de calcul dédiée à l'IA dans les centres de supercalcul européens et de développer un « modèle d'IA fédéré » basé sur la coopération entre infrastructures publiques et privées.

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Plus audacieux encore, il propose de lancer un « plan de priorités verticales de l'IA » pour accélérer l'intégration de l'IA dans dix secteurs stratégiques : l'automobile, la robotique, l'énergie, les télécommunications, l'agriculture, l'aérospatiale, la défense, les prévisions environnementales, l'industrie pharmaceutique et la santé. L'Europe ne peut pas se permettre de rater le train de la révolution de l'IA comme elle a raté celui d'Internet.

Concilier écologie et économie

Sur le front de la transition écologique, l'ancien banquier central joue les équilibristes, un peu à la manière d'Ursula von der Leyen lors de son discours programmatique devant le Parlement européen le 18 juillet. Il propose « un plan commun pour la décarbonation et la compétitivité » qui permettrait à l'Europe de rester à la pointe des technologies vertes tout en préservant son tissu industriel.

Dans le secteur de l'énergie, il préconise de renforcer l'approvisionnement commun en gaz naturel liquéfié (GNL) afin de mieux utiliser le pouvoir collectif des Européens dans la négociation. Mais, surtout, il jette aux orties le marché de l'électricité tel qu'il est conçu aujourd'hui. Il propose de découpler la rémunération des énergies renouvelables et du nucléaire de celle des combustibles fossiles. Cela vise à mieux refléter les coûts réels de production et à réduire l'impact des prix volatils du gaz sur les factures d'électricité. La Commission européenne, très attachée au marché de l'électricité, ne va pas forcément apprécier cette remise en cause brutale.

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Pour l'industrie automobile, secteur clé de l'économie européenne, Mario Draghi appelle à créer une feuille de route industrielle tenant compte de l'électrification et de la numérisation. Un coup de boost nécessaire face à la concurrence chinoise.

Des matières critiques achetées en commun

Conscient que l'Europe ne peut pas rester naïve dans un monde de plus en plus instable, l'Italien prône une véritable « politique économique étrangère » pour réduire nos dépendances stratégiques. Il propose notamment de créer une « plateforme européenne des matières premières critiques » chargée d'agréger la demande pour les achats conjoints et de gérer des stocks stratégiques au niveau européen. Il s'agit bien ici de sécuriser nos approvisionnements en terres rares et autres matériaux essentiels à notre industrie.

Sur le front de la défense, le rapport appelle à augmenter le financement européen pour la R & D (recherche et développement) et à élaborer des « projets de défense d’intérêt commun européen » pour muscler l’Europe de la défense.

Une approche prudente d'un nouvel endettement commun

Mario Draghi évoque prudemment l'idée d'un endettement commun européen, uniquement comme un « instrument limité et non un objectif en soi ». Il propose l'émission régulière d'actifs sûrs communs pour financer des projets d'investissement conjoints, s'inspirant du modèle NextGenerationEU. Cette approche viserait à financer les « biens publics européens » comme la recherche de pointe ou les infrastructures de défense.

Cependant, Draghi pose des conditions strictes : des règles fiscales renforcées, une émission limitée à des projets spécifiques, et des garanties solides. L'objectif est de concilier les besoins massifs d'investissement de l'UE avec les réticences de certains pays face à la mutualisation de la dette.

Une gouvernance à réinventer

Cependant, Mario Draghi est conscient que ces propositions ne pourront pas être efficacement mises en œuvre sans une refonte de la gouvernance européenne. Il veut rationaliser la bureaucratie européenne. Actuellement, il existe de nombreux mécanismes de coordination qui se chevauchent, créant de la confusion et de l'inefficacité. Un « cadre de coordination de la compétitivité » les remplacerait tous.

Pour accélérer la prise de décision, il suggère d'étendre le vote à la majorité qualifiée à davantage de domaines au sein du Conseil de l'UE. Il mentionne notamment l'utilisation de la clause « passerelle » pour généraliser le vote à la majorité qualifiée dans tous les domaines politiques au Conseil. Cette proposition vise à accélérer le processus décisionnel de l'UE, en particulier les situations où un seul État membre peut bloquer une décision. Cependant, l'application de cette clause nécessiterait un accord préalable à l'unanimité au niveau du Conseil européen. Enfin, si l'action au niveau de l'UE est bloquée, il préconise de recourir plus systématiquement à la « coopération renforcée » entre États membres volontaires.

Un commissaire à la Simplification administrative

La compétitivité retrouvée passera par l'allégement du fardeau réglementaire qui pèse sur les entreprises européennes. Le rapport Draghi propose de nommer un nouveau vice-président de la Commission européenne chargé de la simplification. Sa mission : faire le ménage dans la jungle réglementaire bruxelloise. Il dénonce la surréglementation européenne dans les secteurs d'avenir. « Selon les estimations, dit-il, le Règlement général sur la protection des données (RGPD) a réduit les bénéfices des petites entreprises technologiques de plus de 15 %. J'ai recueilli les témoignages d'entrepreneurs qui ont quitté l'Europe pour les États-Unis, pour la raison qu'ils ne pouvaient pas se permettre d'embaucher du personnel uniquement pour se conformer à cette réglementation. »

Le rapport Draghi a le mérite de poser un diagnostic clair et de proposer des solutions ambitieuses. Reste à savoir si les dirigeants européens auront le courage politique de s'en saisir. La mise en œuvre de ces propositions nécessiterait une refonte en profondeur des traités européens, un exercice toujours périlleux. Elle impliquerait également des transferts supplémentaires de souveraineté vers Bruxelles dans des domaines aussi sensibles que la politique industrielle ou la fiscalité.

Maintenant ou jamais

Mais l'Europe a-t-elle vraiment le choix ? Le statu quo n'est plus une option. Comme le souligne Mario Draghi dans son rapport, « l'Europe entre dans une période sans précédent de son histoire, où un changement technologique rapide et des transitions sectorielles se combineront avec une population en âge de travailler en diminution ».

Pour le sauveur de l'euro, le grand saut dans la modernité, c'est maintenant ou jamais. L'Europe doit se réinventer si elle veut rester dans la course. L'histoire jugera les responsables européens à leur réaction aux propositions de l'ancien président du Conseil italien.


O desmantelamento da diplomacia brasileira pelo bolsonarismo lunático - Paulo Roberto de Almeida

A Grande Destruição da Política Externa

O bolsonarismo aloprado do capitão e seus seguidores ignorantes efetuou, de 2019 a 2021, um desmantelamento inédito na política externa brasileira com a sua excepcional “dipromacia” antiglobalista (bobagem inventada pela franja lunática) e a mais absurda ainda “antidipromacia” antimultilateralista, uma vergonha para os diplomatas profissionais. O chanceler acidental entrou em parafuso depois de sua demissão por motivos alheios à vontade do psicopata perverso que era o chefe do bando de lunáticos no poder.

Analisei as irracionalidades do periodo numa série de livros, que começou com Miséria da Diplomacia (2019) e culminou com Apogeu e Demolição da Política Externa (Appris, 2021).

Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 10/09/2024

Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira (Curitiba: Appris, 2021), 

O Itamaraty sequestrado, 2018-2021: a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo (Brasília: Diplomatizzando, 2021)

Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020)

O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020)

Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (Brasília: Edição do autor, 2019)


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Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...