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domingo, 5 de setembro de 2021

Celso Rocha de Barros acha que já teve golpe (FSP)

 Tem o “Se” na frente, mas não concordo com tudo, pois mais importante que golpe, putsch, quartelada, é o que se há de fazer DEPOIS.

Um artigo meio exagerado sobre as possibilidades de golpe, pois parte do pressuposto de que “as FFAA” — que são tomadas como se fossem um monobloco — já aderiram ao projeto do capitão, que tem sim a intenção de provocar um golpe, via confusão, o que está longe de conformar um início de governo golpista. Os bolsonaristas radicais podem causar confusão nas ruas, mas não têm a mais mínima condição de formar um governo aceitável pela população. Não se governa com baionetas, já disse alguém, nem elas estarão todas ensarilhadas para servir a um psicopata perverso.

Paulo Roberto de Almeida


Se um protesto grande no 7 de Setembro basta para convencer os militares, então já teve golpe

Atos bolsonaristas foram convocados do centro do poder para destruir os limites que a democracia lhe impõe

Celso Rocha de Barros

Servidor federal, é doutor em sociologia pela Universidade de Oxford (Inglaterra).

Folha de S. Paulo, 5/09/2021

Nesta terça-feira (7) os golpistas de Bolsonaro farão uma manifestação para tentar convencer os quartéis de que um golpe seria popular.

É quase impossível que as manifestações não encham. É, de longe, a manifestação fascista que passou mais tempo sendo planejada. Prefeitos bolsonaristas, pastores bolsonaristas, líderes bolsonaristas do agronegócio, todos estão trabalhando pela manifestação fascista com muito mais empenho do que nos Ustrapaloozas anteriores.

A contabilidade do bolsonarismo é sempre clandestina e ilegal, mas não há dúvida de que será uma manifestação cara.

Não será, nem de longe, uma manifestação como as outras, um análogo das Diretas Já, das marchas dos sem-terra, da Marcha para Zumbi, dos protestos de 2013, dos atos pró-impeachment de 2016, dos protestos recentes contra Bolsonaro.


Todas essas foram manifestações típicas de regime democrático, convocadas para protestar contra o centro do poder ou para apresentar-lhe reivindicações.

A passeata desta terça foi convocada do centro do poder para destruir os limites que a democracia lhe impõe.

Sempre pode haver militantes violentos em manifestações democráticas. Mas há uma diferença radical entre um maluco com um coquetel molotov feito em casa e o presidente da República convocando as Forças Armadas e os policiais à deserção, pedindo-lhes que usem as armas do Estado brasileiro em favor de um dos lados da disputa política.

Por isso é ridículo analisar as ações do Supremo Tribunal Federal contra os extremistas como repressão à liberdade de expressão. A prisão de Roberto Jefferson não é o Estado reprimindo um indivíduo, é a Suprema Corte se defendendo, e defendendo a democracia brasileira, de uma tentativa de destruição pelo Palácio do Planalto.

Roberto Jefferson não é a parte mais fraca diante do poder. Joga como vanguarda de uma conspiração armada que envolve os mais altos escalões do Poder Executivo e começa pelo presidente da República.

Se você é analista político e diz que não compreende essa diferença, eu até gostaria de mudar sua opinião, mas estou meio sem grana.

Vai dar certo? É difícil dizer, pois não está claro se as Forças Armadas teriam que ser convencidas pelas massas a dar um golpe (nesse caso, não vai ter golpe) ou se só querem uma desculpa vagabunda qualquer para fazê-lo (nesse caso, vai).

Os militares sabem ler pesquisa de opinião. Sabem que mesmo uma manifestação enorme não adianta muita coisa se não estiver em sintonia com o que a maioria da população pensa. A grande maioria dos brasileiros acha o governo Bolsonaro uma porcaria.

A passeata não vai fazer a comida, a gasolina ou a energia elétrica ficarem mais baratas, não vai ressuscitar as centenas de milhares de mortos da pandemia, não vai fazer as commodities subirem de novo pra gente ver se dessa vez o Guedes aproveita.

Os problemas e os escândalos que destruíram a popularidade de Bolsonaro ainda existirão no dia seguinte. E, ao contrário de 1964, os militares já são vidraça.

Nesta terça haverá um festival de reacionarismo e de tudo que faz do Brasil um país atrasado, mas, como argumento para justificar golpe de Estado, mesmo uma manifestação grande será uma desculpa bem vagabunda. Se isso for suficiente para convencer as Forças Armadas, então já teve golpe.





"O orçamento publico deveria ser a discussão mais importante em uma democracia”: Fabio Giambiagi (Conjuntura Econômica)

 O maior conhecedor das contas públicas do Brasil, conta tudo o que sabe e tudo o que você gostaria de saber sobre déficit público: 

“O orçamento publico deveria ser a discussão mais importante em uma democracia” (Giambiagi)


sábado, 4 de setembro de 2021

The Future of Money: a three part series of Foreign Policy about emerging challenges to U.S. dollar supremacy



The Future of Money
 
 
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Emerging Challenges to U.S. Dollar Supremacy
 
 
A new three-part Power Map series from FP Analytics, The Future of Money, examines the forces shaping the global financial landscape and driving the adoption of new financial instruments by major institutions as well as individual investors. Part I analyzes the dollar's status as the world’s reserve currency, details emerging challenges, and walks through China, Russia, and the European Union’s efforts to transform the existing financial system.

Part II and III, coming soon, will provide an in-depth analysis of cryptocurrencies and their potentially transformative role in the global financial system and examine institutional adoption of emerging financial technologies.

Part I of The Future of Money 

 U.S. Control of the International Financial System and Sanctions Overreach

The widespread use of dollars as the predominant currency in international trade grants the U.S. extensive control over the international exchange of goods and services and makes its ability to enforce sanctions  particularly effective. The U.S.'s use of this economic power as leverage in geopolitical negotiations is now inspiring challenges to the current system from China, Russia, the EU, and other countries seeking to circumvent U.S. control.

Challenges to the Dollar and Existing Financial Infrastructure

While there is ample evidence to suggest that a change in the near term is unlikely, ongoing efforts to undermine the U.S.’s financial advantage could significantly alter geopolitical power dynamics and weaken U.S. leverage over major powers such as China and Russia while providing countries such as Iran and North Korea new opportunities to access international trade and markets.

Domestic and International Implications of China's Digital Renminbi

The Digital Currency Electronic Payment (DCEP) is a direct digital substitute for liquid renminbi currency now in circulation. If successful, the DCEP could accelerate renminbi internationalization, strengthen China’s existing alternative financial infrastructure, and give the country a first-mover advantage in developing the underlying technology and standards for future central bank digital currencies.

Ricardo Bergamini ataca o falso liberalismo do capitão e diz que o Grande Capital já se cansou dele

 Em 2018, a união enterrou R$ 24,1 bilhões (0,34% do PIB) nas lixeiras das estatais. Em 2020, enterrou R$ 46,9 bilhões (0,63% do PIB). Crescimento real em relação ao PIB de 85,29%. Avança Brasil para o abismo.

 

Prezados Senhores

 

O ‘Talibã’ brasileiro prega golpe militar, ditadura e AI-5, com liberdade de expressão e opinião para 'violências, mentiras e ameaças',

 

Se existir algum aloprado talibã com um mínimo de inteligência deveria saber que um possível golpe militar seria sem Bolsonaro, mas sim sob o comando de um general de exército da ativa. Assim sendo, em quaisquer das hipóteses possíveis, Bolsonaro voltará para sua origem, qual seja, o comando das milícias no Rio das Pedras e na Muzema, no Rio de Janeiro.

 

Os brasileiros honestos pensam conforme Roberto Campos.  Os canalhas, vagabundos, pilantras, moleques e vigaristas pensam em golpe. 

 

Graças a Deus podemos comemorar antecipadamente a vitória da democracia, do saber e do conhecimento, da razão e da lógica, conforme pregava o mestre Roberto Campos, livrando o Brasil desse maldito pesadelo do governo desses milicianos aloprados, que serão julgados e condenados com base na lei e na ordem por todos os crimes cometidos contra o Brasil.

 

O Brasil não merece a pureza e a santidade do clã Bolsonaro.

 

 

Casa-grande pede divórcio de Bolsonaro

 

O liberalismo e o capital dão um aviso ao presidente: basta de intervenção estatal, ataques à democracia e manobras golpistas. Parece sina do País: o Leviatã sempre a engolir a proposta liberal

Crédito: Divulgação

Antonio Carlos Prado/ISTOÉ

 

03/09/21 - 09h30

 

Não é pouco o que o golpista presidente Jair Bolsonaro conseguiu em cerca de novecentos e oitenta dias de mandato. Em um fato inédito na jornada republicana brasileira, e lá se vão cento e trinta e dois anos de história, Bolsonaro atraiu contra a sua gestão toda a Casa-Grande que abriga as elites dos setores produtivos e de sustentação do País — até o agronegócio, que sempre lhe teceu loas, arrefeceu no apoio. De fato, não é pouca coisa. Há de se esforçar muito para exercer tanto desgoverno, a ponto de lhe virarem as costas empresários, banqueiros, agentes financeiros, operadores de serviços, comércio e lideranças do agronegócio, categorias sempre dispostas a se manterem pragmaticamente alinhadas com todos os governos pela manutenção do status quo — hoje, fazem abaixo-assinado contra o mandatário. Houve um Bolsonaro no palanque, mentindo sobre as suas convicções liberais. Há um Bolsonaro no Planalto, que, desde o primeiro bocejo com a incumbência do mandato, promoveu um Estado intervencionista e foi, dia após dia, tentando solapar o regime democrático – liberalismo não existe sem democracia, democracia não sobrevive sem liberalismo. A Casa-Grande se divorcia agora do presidente, feito um aviso contra os seus reincidentes atos antidemocráticos. Veio o estágio do rompimento devido a tais atos contra o Judiciário e o Legislativo, sugestivos de vocação golpista, e a partir de crescente intervencionismo estatal, a ferir os princípios liberais da liberdade individual, econômica, religiosa e intelectual.

 

Falou-se em dia após dia… chega-se à semana passada. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) organizou o manifesto “A Praça é dos Três Poderes”, alusão ao republicano poema de Castro Alves, que diz: “a praça é do povo assim como o céu é do condor”. Tal manifesto, encabeçado pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e endossado pela Federação Brasileira dos Bancos (Frebaban), é vago; se sacudido derruba ao chão expletivos por todos os lados; é meramente protocolar. Defende o óbvio do republicanismo proposto por Charles-Louis de Secondat: a necessidade de “harmonia entre os três poderes” diante da escalada das ameaças de ruptura à ordem democrática”.

 

Com mais de duzentos signatários o texto transitou pela Frebaban, e o governo passou a acusá-la de enrijecê-lo com ataques ao mandatário (isso não ocorreu), tese que ganhou o apoio do ministro da Fazenda, Paulo Guedes. O dramaturgo Terêncio, desde o século II a.C, ensina que, também em matéria de economia, “nada que é humano me é estranho” (reflexão que ganhou cores filosóficas com William Shakespeare). Há quem diga que a frase encarnou em Guedes,… mas isso é maledicência, voltemos aos fatos… Bolsonaro e Guedes já guardavam a intenção de fazerem a Caixa e o Banco do Brasil se excluírem da Febraban. Veio o momento. A interferência em tais bancos públicos será investigada pelo TCU. Quanto ao Terêncio do século 21, será ele chamado pela Câmara dos Deputados para explicar se na Escola de Chicago, em aulas do doutor Milton Friedman, um dos pais do liberalismo, defendia-se a ingerência política em instituições financeiras.

 

Skaf, no estilo Skaf, negociou isoladamente com o presidente da Câmara, Arthur Lira, no estilo Lira. Acordaram de divulgar o manifesto somente após o Sete de Setembro. O acordão se deu sem que Skaf tenha consultado a Frebraban ou as mais de duzentas entidades que assinam “A Praça é dos Três Poderes”. Essa autonomia que Skaf deu a si mesmo fez a coisa pegar fogo. O presidente da Febraban, Isaac Sidney, declarou que a instituição manteria o seu nome no manifesto. E vê-se, assim, o máximo da sandice do governo federal: achar que no capitalismo dá para governar sem apoio do capital. A tonalidade em bemol saltou para sustenido. Nunca se vira tamanho divórcio litigioso do PIB com o governo — sequer em 1964, quando a balbúrdia da gestão do então presidente João Goulart empurrava o País ao socialismo. Naquela época, a maioria dos empresários queria Jango fora do poder, mas havia lideranças empresariais que defendiam a sua manutenção em nome da democracia. Bolsonaro conseguiu reunir, na Casa-Grande, mais adversários que o próprio presidente estancieiro. De volta ao presente, banqueiros e agentes financeiros falaram, preservando seus nomes. Damos-lhes voz: “o mercado financeiro se divorciou de Bolsonaro”. Outro: “não há mais relação”. Fala um agente financeiro: “o presidente vai radicalizar. Fará de tudo para derrubar o regime democrático”. Na quinta-feira 2, Bolsonaro contou com uma aliada: a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) disparou um manifesto criticando o STF e em apoio a sites que espalham fake news. Houve troco: duzentos poderosos empresários mineiros lançaram um documento condenando a Fiemg.

 

Retornando ao cenário anterior e mais amplo, a lambança de Skaf e Lira fez com que sete entidades representativas do agronegócio se pronunciassem: “Em uma palavra, é de liberdade que precisamos para empreender, gerar e compartilhar riqueza, para contratar e comercializar no Brasil e no exterior”. O agronegócio passou a falar em desemprego e fome. Falou em povo. Na verdade, todos os setores produtivos e de sustentação, em uma comparação bem livre, hoje se assemelham a uma espécie de Terceiro Estado da Revolução Francesa, a um “renascer da burguesia” liderando os cuidados com os interesses de brasileiros famintos. Bolsonaro é o Segundo Estado, antiga avara nobreza dos tempos do absolutismo a esmagar a sociedade. O capitão quer a ditadura? Deveria saber que o ditatorial Estado Novo de Getúlio Vargas só se viabilizou em 1937 porque aglutinou o apoio do capital agrário, industrial e comercial. E mesmo em 1930, quando perdeu a eleição realizada em um sábado de carnaval (o povo preferiu ver o desfile da “Deixa Falar”, primeira escola de samba, criada por Ismael silva), Getúlio promoveu e ganhou o poder pela revolução, porque a incipiente industrialização assim precisava. Triunfou com a Aliança Liberal. Sete anos depois, esse liberalismo foi engolido pelo Leviatã — aí tudo começou dar errado, parece sina nacional. Ou seja, sem a parceria dos mais diversos setores da economia, das finanças, das empresas, do comércio, dos serviços, do agronegócio — sem o capital, enfim — não se governa. E Estado abelhudo e agigantado atrapalha.

 

Em Goiânia, no último final de semana, Bolsonaro, achando-se Getúlio Vargas, dramatizou: “em meu futuro só cabem cadeia, morte ou vitória final”. Vamos analisar: a última hipótese já dançou. A morte, isso ninguém quer não, todos optam por Bolsonaro vivo e responsabilizado judicialmente por genocídio. Quanto à cadeia, aí é só trocar. “O céu é do condor”, de Castro Alves, vira “a Papuda é de Bolsonaro”. E o Brasil prosperará com um liberalismo de verdade.

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Escolha do meu pai como patrono de diplomatas mostra país que não quer ser pária - Lygia Jobim (FSP)

 A filha do patrono do embaixador homenageado pela mais recente turma do Instituto Rio Branco, em formatura que não teve a presença do PR (ainda bem), demonstra seu orgulho pelo gesto dos jovens diplomatas.


Escolha do meu pai como patrono de diplomatas mostra país que não quer ser pária
Formandos do Instituto Rio Branco elegeram José Jobim, embaixador morto pela ditadura, como símbolo da turma
Lygia Jobim - jornalista e advogada
Folha de S. Paulo, 3.set.2021 às 11h37

Mais do que um artigo, este texto é uma carta aberta a vocês, 20 jovens diplomatas da turma do Instituto Rio Branco que formalizou, na última quarta-feira (1º), sua entrada no Itamaraty.

A escolha que fizeram do nome de meu pai, embaixador José Jobim, torturado até a morte pela ditadura militar que durante 25 anos manchou de sangue o chão do nosso país, para patrono da turma à qual para sempre pertencerão é uma declaração explícita de que não compactuam com o negacionismo e com a corrupção nem concordam que o nosso país se sujeite a ser um pária na comunidade internacional.

Tenho certeza de que saberão honrá-lo, agindo com firme delicadeza na defesa dos interesses do país.

Vocês conseguiram resgatar em mim o respeito que José Jobim sentia e me ensinou a sentir pela Casa a que pertenceu. Durante anos, disse a mim mesma que não sabia o que o Itamaraty havia feito a meu pai, mas sabia perfeitamente o que não havia feito.

Com sua omissão, fez com que meu caminho até a conquista de um atestado de óbito que retratasse a verdade responsabilizando o Estado por sua morte fosse muito mais árduo. Com seu silêncio, endossou a tese inicial de suicídio. Mas vocês, dentro da instituição à qual ele dedicou sua vida, o colocaram de volta no lugar respeitado que durante anos seus colegas lhe negaram.

O orgulho que sinto por saber que parte da juventude que meu pai tanto gostava reconhece nele um exemplo a ser seguido é imenso. A emoção de ouvir seu nome ser proclamado patrono fez com que não conseguisse segurar as lágrimas. Foi lindo ver a esperança de dias mais dignos brilhar naquele momento!

Por favor, não percam esse brilho. Nós dependemos dele.

Lamento que tenham que começar a carreira tendo na Presidência uma figura tão nefasta quanto Jair Messias Bolsonaro. Mas vocês têm uma vida pela frente e verão dias melhores. Nunca se esqueçam de que, por pior que seja o presidente, defendem e representam o Brasil, não o governo.

Assim, não percam nunca a humanidade. Não se dobrem. Não abandonem nunca a dignidade que demonstraram ter ao defender com firmeza a escolha do patrono da turma. Ela vale muito mais que uma promoção ou uma remoção.

Só me resta dizer obrigada a cada um e esperar, em breve, conhecê-los pessoalmente para abraçar aqueles que, por opção, tornaram-se meus irmãos.

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2021/09/escolha-do-meu-pai-como-patrono-de-diplomatas-mostra-pais-que-nao-quer-ser-paria.shtml

China chega a um momento maquiavélico - Le Monde

 

Comment la Chine durcit sa guerre d’influence pour démontrer sa puissance

Une enquête exclusive, dont « Le Monde » a eu connaissance, décrit comment le Parti communiste chinois est passé à une phase plus agressive de consolidation de sa puissance. 
Par Nathalie Guibert et Brice Pedroletti
Aujourd’hui à 04h40, mis à jour à 14h34.Lecture 8 min.
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Capture d’écran de l’emprise supposée de la base 311 de l’Armée populaire de libération dédiée aux opérations d’information à Fuzou (Fujian).
Capture d’écran de l’emprise supposée de la base 311 de l’Armée populaire de libération dédiée aux opérations d’information à Fuzou (Fujian). DOCUMENT IRSEM

Une entreprise tentaculaire, massive, cohérente, globale, tous azimuts, mondialisée : les mots manquent au profane pour décrire la protéiforme guerre d’influence engagée par la Chine pour démontrer sa puissance.

Elle se révèle, d’une façon impressionnante, dans l’étude exhaustive de 600 pages à paraître ces prochains jours, au terme de deux ans de travail par l’Institut de recherche stratégique de l’Ecole militaire (Irsem), et dont Le Monde a eu connaissance. Derrière « Les opérations d’influence de la Chine », ses auteurs, Paul Charon et Jean-Baptiste Jeangène Vilmer, décrivent une bascule récente du régime de Pékin, qualifiée de « moment machiavélien » : « Le Parti communiste chinois [PCC] semble désormais convaincu qu’il est plus sûr d’être craint que d’être aimé. »

Avec la sécurisation du régime politique grâce à un arsenal de lois en 2015, et l’accent mis sur la suprématie du PCC sous Xi Jinping à partir du 19e Congrès de 2017 – au point que, rappellent les auteurs, tout citoyen ou entreprise chinoise « a l’obligation de collaborer avec les services de renseignement » – la Chine est passée à une nouvelle phase, plus agressive, de consolidation de sa puissance. La crise hongkongaise de 2019 et la pandémie de 2020-2021 en ont été des accélérateurs. « Ses opérations se sont considérablement durcies » et « ses méthodes ressemblent de plus en plus à celles employées par Moscou », explique l’Irsem.

(…)


Funag: Formação da Diplomacia Econômica no Brasil, e outros livros - Paulo Roberto de Almeida

 

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