sábado, 7 de agosto de 2010

A piada da semana, talvez do mes, quem sabe valida por tres meses?

Tendo assistindo ao nascimento do Mercosul, acompanhado sua fase de bebê, com muitas fraldas para trocar e mamadeiras para aquecer, tendo assistido ao seu desenvolvimento um tanto errático, de criança prometedora a aborrecente complicado, tendo, enfim, contemplado sua maioridade problemática, cheia de pequenos atos delinquentes, posso dizer, sem sombra de errar, que esta (aí abaixo), é a maior piada que já ouvi em toda essa história conflituosa...
Se isso foi realmente dito, a presidenta argentina merece, ademais, o troféu Pinochio...
Bem, acho que os presidentes andam bebendo um bocado, pois o que dizem não bate com a realidade...
Paulo Roberto de Almeida

Argentina não tem restrições à importação de produtos brasileiros, diz Cristina Kirchner
Luiz Antônio Alves, correspondente Agência Brasil na Argentina
Agência Brasil, 03/08/2010

San Juan - A Argentina não tem restrições de nenhuma natureza à importação de produtos brasileiros. Se isso existisse, seria impossível alcançar, no primeiro semestre de 2010, um comércio bilateral de US$ 15 bilhões. O que existe é o déficit na balança comercial que prejudica a Argentina.

A informação foi dada pela presidente Cristina Kirchner, durante entrevista ao final da 39ª Cúpula do Mercosul, em San Juan. "Em vez de restrições, as relações bilaterais entre Brasil e Argentina nos oferecem a possibilidade de articular negócios entre o setor público e privado dos dois países", disse Cristina.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participou da coletiva, acrescentou que recebe empresários com as mais diversas reivindicações econômicas e também grupos que querem apenas ganhar. "Todo mundo quer só vender, ninguém quer comprar. Qual é o comércio importante entre duas nações? É o comércio que seja equilibrado, uma via de duas mãos em que em determinado ano um dos países possa ter superávit, no ano seguinte seja a vez do outro, para todo mundo ficar confortável".

De acordo com Lula, os governos existem para acomodar essas situações. "O importante é lembrar o que era o comércio entre o Brasil e a Argentina em 2002 - US$ 7 milhões. Hoje, já estamos falando em US$ 30 bilhões. Não é pouca coisa. Tem gente que ficou dez vezes mais do que nós no poder e não conseguiu chegar a isso."

O presidente disse que considera "fantástico" o potencial econômico do Brasil e da Argentina. "Se conseguirmos juntar a capacidade dos dois países, podemos jogar com muito mais força no mundo, do ponto de vista econômico."

Lula disse que Brasil e Argentina não querem ser exportadores apenas de commodities (produtos de base em estado bruto - matérias primas - ou com pequeno grau de industrialização). "Queremos ser exportadores de conhecimento também. Como presidente do Brasil, estou cansado de exportar toneladas de minério de ferro. Quero ver se consigo exportar o chip, que vale por uma tonelada de minério. Para isso, precisamos fazer com que o nosso conhecimento científico e tecnológico trabalhe junto para que a gente cresça como duas nações poderosas".

===========

Quem precisar consultar o Código Aduaneiro do Mercosul, que finalmente conseguiu nascer, depois de um parto de quase 16 anos, mas poucas contrações e nenhum berreiro (inclusive porque vai ficar hibernando por mais alguns anos), pode downloadar (ugh!) aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.