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domingo, 29 de agosto de 2010

E por falar na Venezuela...: um opositor sumamente estupido (ao que parece)

Vejam como são estúpidos esses opositores venezuelanos ao projeto democrático do coronel Chávez: totalmente desatentos ao fato de que eles devem estar sob constante vigilância do aparato de segurança do dito coronel -- nisso bem instruído pelos agentes da Seguridad cubana -- eles se permitem acumular explosivos no apartamento pessoal de um dos líderes da oposição, e justo numa fase pré-eleitoral, quando eles estariam presumivelmente sob controle reforçado.
Como eles podem ser tão estúpidos assim?
Não é preciso muita imaginação da parte da repressão do coronel para deduzir que essa oposição tentaria esses golpes baixos, aliás terroristas.
Eles precisam fazer um curso com o coronel golpista e com os cubanos: estes sim sabem das coisas, inclusive como montar golpes, altos e baixos...
Paulo Roberto de Almeida

Ministerio Público acusó a Alejandro Peña Esclusa por ocultar explosivos en su residencia
Agencia Venezolana de Noticias (AVN), Viernes 27/08/2010

El Ministerio Público acusó al activista político Alejandro Peña Esclusa, detenido el pasado 12 de julio, por miembros del Servicio Bolivariano de Inteligencia Nacional (Sebin), de ocultar explosivos hallados en su residencia, ubicada en Caracas.

El procedimiento fue realizado con el apoyo de los funcionarios del Sebin, quienes encontraron 100 cápsulas de detonadores de calor y dos de tipo eléctrico, así como aproximadamente 900 gramos de C-4, entre otros elementos de interés criminalístico.

Peña Esclusa está presuntamente vinculado con los hechos de carácter terrorista que Francisco Chávez Abarca venía a coordinar en Venezuela, según informó el Ministerio Público en un boletín de prensa.

El fiscal 4° nacional y su auxiliar, Didier Rojas y Andrés Bravo, respectivamente, acusaron a Peña Esclusa por presuntamente incurrir en los delitos de tráfico de arma de guerra en la modalidad de ocultamiento y asociación para delinquir, previstos y sancionados en la Ley Orgánica Contra la Delincuencia Organizada.

En ese sentido, el tráfico de arma de guerra se encuentra estipulado en el artículo 9 de la citada Ley, que refiere: "Quien importe, exporte, fabrique, suministre u oculte de forma indebida algún arma o explosivo, será castigado con pena de cinco a ocho años de prisión. Si se trata de arma de guerra la pena será de seis a diez años de prisión".

En el escrito, presentado ante el Tribunal 6° de Control del Área Metropolitana de Caracas (AMC), los fiscales solicitaron la admisión de la acusación, de los medios y pruebas ofrecidos y pidió se ordene el enjuiciamiento de Peña Esclusa.

También se solicitó la ratificación de la medida de privación de libertad y que se mantenga su reclusión en la sede del Sebin (centro de Caracas).

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E agora, a versão da vítima, segundo matéria que me foi remetida com base no comentário postado abaixo, e cuja íntegra transcrevo aqui (para os videos, referir-se ao post original).
Como se vê, a vítima é responsável por sua própria prisão, pois o cidadão em questão não contava com a astúcia do coronel, sempre atento para a segurança do país e possíveis ameaças terroristas (sempre possíveis, algumas até emanando do próprio Estado).
Paulo Roberto de Almeida

Detalhes sobre a farsa do "terrorismo" de Peña Esclusa
Nota Latina, 13 de julho de 2010

Desde cedo da manhã tento falar com Indira, esposa de Alejandro Peña Esclusa, mas a ligação cai direito numa caixa-postal. Confesso que estranhei porque é uma gravação feita na voz de um homem que não é Alejandro, me parecendo que a essa altura o telefone está não só grampeado como controlado pelo KGB bolivariano.

Na manhã de hoje Indira deu uma entrevista a Fernando Londoño, em seu programa “La Hora de la Verdad”, que teve tantas vezes o próprio Alejandro como convidado. Nesta entrevista Indira conta como a coisa aconteceu, deixando claro para quem não é ignorante nem conivente com esta patifaria que as “provas” foram plantadas grosseiramente, pois “encontraram” material explosivo guardado numa gaveta do quarto de Cecilia, a filha mais nova do casal, com apenas 7 anos de idade. É preciso ser muito estúpido para crer que, ou Alejandro expunha a própria filha, guardando material explosivo em seu quarto, ou então a menina também faz parte da conspiração terrorista. Ouçam a entrevista aqui:
(video)

É odioso ouvir estas coisas! Observem que tudo nesta ação é ilegal, pois invadiram a residência da família sem uma ordem judicial, não permitiram a presença do advogado de Alejandro, que ficou plantado na porta, não permitiram a presença de vizinhos do casal como testemunhas, constrangeram e amedrontaram as crianças, pois queriam revistar seus quartos empunhando uma pistola e, ademais de plantar coisas que incriminariam Alejandro, eram 13 policiais revirando a casa inteira acompanhados de dois estranhos que “eles” trouxeram alegando que eram “vizinhos” que estavam ali para testemunhar a batida que os criminosos faziam. Indira não reconhece esses tipos como “vizinhos” e não sabe sequer se eram pessoas que passavam pela rua ou se já foram trazidos pelos agentes da polícia política.

O vídeo abaixo mostra o momento da invasão gravado pela TV estatal “VTV”, a única presente para documentar os fatos, corroborar a mentira plantada e ser a única versão que o cidadão comum teve acerca dos fatos. Na entrevista, David Colmenares informa que foram encontradas umas “cápsulas de explosivos”, que Alejandro “admitiu” ter conhecimento das mesmas em sua casa e que por isso “não resistiu” à detenção. Indira, por sua vez, nega veementemente que isto tenha ocorrido, sobretudo porque ela SABE que aquele tipo de material NUNCA existiu em sua casa até aquele momento e que, sozinha, ela não podia controlar 13 pessoas espalhadas por seu apartamento revirando e vasculhando tudo em busca de provas incriminatórias. Como não as encontraram, providenciaram uma deixando a marca da mentira bem evidente, plantando-a no quarto de uma menina de 7 anos. Vejam no vídeo abaixo:

Detención de Peña Esclusa
E conforme eu havia dito ontem, por conhecer perfeitamente bem os métodos desta canalha criminosa, hoje recebo um vídeo recomendado por meu amigo Alex, o “Cavaleiro do Templo”, em que María Elvira tem uma conversa com dois ilustres personagens, assíduos de seu programa “María Elvira Live”, que são o ex Capitão de Navio da Armada Venezuelana, Bernardo Jurado, e o advogado cubano Camilo Loret de Mola, acostumado a conversar com presos logo após passarem por interrogatórios em Cuba. Assistam ao vídeo com muita atenção:

DETIENEN PRESUNTO TERRORISTA EN CARACAS. "MARIA ELVIRA LIVE" 07.07.2010
Observem logo nos primeiro minutos do vídeo, numa reportagem de TeleSur, a camaradagem no cumprimento entre Chávez Abarca e seu interrogador. Ora, não é necessário ser um perito em coisa nenhuma para saber que numa situação de interrogatório as partes na situação são oponentes, ou no mínimo desconhecidas, onde um exige explicações por desconfiar de que o interrogado tem algo “anormal” ou irregular a esconder, e o outro encontra-se numa situação de constrangimento tendo que explicar, justificar ou negar as acusações que se lhe fazem naquele momento.

Então Camilo, como cubano, observa que o interrogador tem sotaque CUBANO! E eu deduzo que os dois são velhos camaradas e que a farsa está perfeitamente corroborada através das imagens gravadas. Há perguntas irrespondíveis acerca deste elemento Chávez Abarca, conforme eu levantei a suspeita na edição anterior, que esses dois senhores também observaram, como por exemplo: se a polícia venezuelana o acusa de ter vindo ao país a soldo de Posadas Carriles para cometer atos de terrorismo e desestabilizar o governo, por que ele foi deportado no mesmo dia que chegou a Caracas? Se ele foi deportado imediatamente, como pôde ter entregado todo o esquema, nomes dos envolvidos, inclusive denunciado Peña Esclusa como seu cúmplice, numa rapidez jamais vista sem sofrer qualquer bofetada para confessar? Que espécie de “espião” é esse que entrega tudo de bandeja já na primeira pergunta cordial? Tem mais: se ele pretendia cometer atos de terrorismo na Venezuela, por que não ficou detido lá para averiguação das informações, depois julgado e preso?

São tantos os “buracos” nesta história macabra que fica claro, para qualquer pessoa que tenha um mínimo de inteligência e acompanhe os fatos, que este circo foi montado com o único objetivo de levantar uma cortina de fumaça sobre o fracasso do tal bolivarianismo, do colapso energético, da semi-falência da PDVSA, das toneladas de comida apodrecidas em containers enquanto o povo passa fome, e uma maneira eficaz de “justificar” o encarceramento de todos os seus opositores de uma cajadada só. A lista dos próximos a serem acusados por crimes que não cometeram é grande e Alejandro foi apenas o primeiro. Eles sempre fazem assim: se não há qualquer prova para tirar do caminho os opositores, eles inventam, plantam informações falsas e até provas materiais concretas, como fizeram com Alejandro.

E, posso estar enganada, mas acredito que este episódio não só foi planejado por Cuba, como a beneficia também, justo no momento em que as críticas em relação aos presos-políticos “obrigaram” o regime a libertar 7 deles, como “prova de generosidade” e para maquiar uma falsa abertura de Raúl, o ébrio.

Havia muito mais coisas que eu desejava publicar nesta edição de hoje, mas meu amigo Heitor De Paola já o fez, com artigos e matérias de outros sites e que, por isso, recomendo que não deixem de visitá-lo pois são todas muito importantes para se conhecer o caso mais a fundo. Fiquem com Deus até a próxima!

Comentários: G. Salgueiro

Um comentário:

Paulo disse...

É uma farsa.

Sobre Colombia e Venezuela, recomendo este blog: http://notalatina.blogspot.com/2010/07/detalhes-sobre-farsa-do-terrorismo-de.html