O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

domingo, 19 de dezembro de 2010

Sempre tive enorme curiosidade pela "vulgarização da ciência", ou seja, pelo ensino das contribuições científicas para leigos, como eu, que não dispõem do instrumental científico para ler os manuais especializados.
Também já utilizei o conceito de partículas elementares para explicar certos componentes da política brasileira. A informação abaixo é puro deleite de leigo...
Paulo Roberto de Almeida
Veja online, 17/12/2010 - 20:31

Massa atômica de elementos na tabela periódica mudará pela primeira vez na história

Dez elementos terão suas massas expressas em intervalos

Marco Túlio Pires
Tabela periódica (Ryan McVay)
Pela primeira vez uma mudança será feita na massa atômica de dez elementos da tabela periódica. A alteração foi descrita em um relatório publicado este mês pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC, na sigla em inglês). A nova tabela irá exibir intervalos de valores, em vez de números fixos, de modo a representar melhor a ocorrência destes elementos na natureza.
A massa atômica de um elemento é calculada pela média das massas de seus isótopos, ponderada pela frequência com que são encontrados na natureza. Isótopos são átomos de um mesmo elemento com mesmo número de prótons, mas não de nêutrons, o que faz a massa atômica variar. A mudança foi feita porque a média dos isótopos pode variar dependendo de onde o elemento é encontrado. As amostras de oxigênio encontradas na Antártida, por exemplo, não têm a mesma massa atômica (15,99903) das amostras encontradas no fundo do mar (15,99977).

A variação parece pequena, incapaz de influenciar a química que é ensinada nas salas de aula do ensino médio, mas é grande o bastante para os instrumentos de medição dos laboratórios. Por isso, as tabelas periódicas não irão mais mostrar a média dos isótopos, mas os valores mínimo e máximo. O que era 15,9994, para o oxigênio, passa a ser de 15,99903 até 159997.




O que mudou na tabela periódica

Alterações atingem dez elementos químicos

Elemento Como era? Como fica?
Hidrogênio (H) 1,00794 1,00784; 1,00811
Lítio (Li) 6,941 6,938; 6,997
Boro (B) 10,811 10,806; 10,821
Carbono (C) 12,0107 12,0096; 12,0116
Nitrogênio (N) 14,0067 14,00643; 14,00728
Oxigênio (O) 15,9994 15,99903; 15,99977
Silício (Si) 28,0855 28,084; 28,086
Enxofre (S) 32,065 32,059; 32,076
Cloro (Cl) 35,453 35,446; 35,457
Tálio (Tl) 204,38 204,382; 204,38
O mesmo será feito com outros nove elementos: hidrogênio, lítio, boro, carbono, nitrogênio, silício, enxofre, cloro e tálio. De acordo com o químico Romeu Rocha, responsável pelas atualizações que a Sociedade Brasileira de Química realiza na tabela periódica, “essa alteração não fará diferença para os estudantes de ensino médio”. Ainda existe a “massa atômica convencional” que poderá ser utilizada pelos alunos e pelo comércio ao expressar a composição química dos elementos em bulas e embalagens. “Não faz sentido confundir a cabeça do aluno”, diz Rocha.

Aplicações - As diferenças de massa entre os isótopos são úteis ao homem em diversas situações. Em um tipo de exame antidoping, por exemplo, os médicos podem facilmente detectar a presença de testosterona — o hormônio masculino — artificial no sangue do atleta, porque o isótopo do átomo de carbono na variante industrializada é mais leve que o natural, produzido pelo corpo. Os isótopos também podem ajudar a detectar alterações em alimentos, rastrear a origem de poluentes e estimar a idade de fósseis.


Biblioteca básica

A Tabela Periódica

O autobiográfico 'A Tabela Periódica' (Editora Relume Dumará) é uma das principais obras do escritor e químico judeu Primo Levi (1919-1987). Foi considerado o melhor livro de ciência de toda a história pela Royal Institution, à frente de 'A Viagem do Beagle', de Darwin, e 'O Gene Egoísta', de Richard Dawkins. Nele, Levi mistura temas da química às memórias de sua Itália natal e dos horrores do nazismo, ao qual sobreviveu graças a seu conhecimento científico: escapou da morte em Auschwitz para trabalhar em uma fábrica de borracha. Cada um dos capítulos recebe o nome de um elemento químico da tabela.

Nenhum comentário: