domingo, 31 de julho de 2011

A diferenca entre democracia e ditadura...

En qualquer democracia "normal" do mundo, mesmo as de mais baixa qualidade, esse partido, essa gerontocracia, esse partido, esse senhor, já teriam sido postos porta afora do governo, mediante eleições livres.
O povo pode tolerar incompetência econômica durante certo tempo, estimando que o futuro pode melhorar as coisas. Mas dificilmente tolerará cinquenta anos de penúria, de desastres econômicos, de falta de perspectivas, a não ser que seja submetido a uma ditadura poderosa.
Curioso que tem gente, no Brasil e em outros lugares, que ainda defende um regime desse tipo...
A verdade é que o regime cubano viveu de subsídios soviéticos durante muito tempo, até que acabou. Agora vive de mensalão bolivariano, que um dia vai acabar também. Vão tentar uma via chinesa, ou seja, capitalismo com ditadura do Partido Comunista. Em Cuba não vai dar certo...
Como já disse alguém: o socialismo dura enquanto dura o dinheiro dos outros...
Paulo Roberto de Almeida

Cuba: Raúl Castro cumple 5 años en el poder clamando contra desorden económico
Infolatam/Efe
La Habana, 30 de julio de 2011

Las claves
La "batalla económica" ha sido el empeño de Raúl Castro desde que tomó las riendas de la isla, el 31 de julio de 2006.
El "traspaso de poderes" se ha completado este año, cuando el Partido Comunista designó a Raúl su primer secretario en sustitución de un Fidel que acudió a la clausura del VI Congreso del PCC.
El presidente de Cuba, Raúl Castro, cumple este domingo cinco años al frente del país intentando “actualizar” el socialismo y clamando contra el desorden y los incumplimientos que obstaculizan sus reformas económicas para superar la aguda crisis que arrastra la isla.

Hace unos días ante su Consejo de Ministros, el general Castro volvió a criticar incumplimientos, mala planificación y deficiencias y advirtió que jueces y fiscales tendrán un papel “determinante” ante las faltas que perjudican la economía.

La “batalla económica” ha sido el empeño de Raúl Castro (80 años) desde que tomó las riendas de la isla: fue el 31 de julio de 2006 cuando su hermano Fidel, tras medio siglo en el poder, delegó en él sus responsabilidades por una grave enfermedad.

Raúl asumió primero de forma provisional y en 2008 fue ratificado en la Asamblea Nacional de Cuba como presidente.

El “traspaso de poderes” entre los Castro se ha completado este año, cuando el Partido Comunista designó a Raúl su primer secretario en sustitución de un Fidel que acudió a la clausura del VI Congreso del PCC para levantar el brazo de su hermano menor en una simbólica imagen que tendrá lugar destacado en el abultado álbum de la revolución.

Fue el VI Congreso comunista el que también aprobó su plan de reformas para poner a producir a Cuba, alejarla del precipicio de la crisis e intentar evitar que se hunda una revolución que ha cumplido ya 52 años.

Lo que la retórica oficial llama “actualización” económica supone una apertura a la iniciativa privada: más de 325.000 cubanos ejercen ya el trabajo por cuenta propia con la novedosa posibilidad de contratar asalariados.

Esta es una de las principales medidas puestas en marcha junto a una masiva reducción de las abultadas plantillas del estado cubano.

La “batalla” del general Castro también se libra en el campo con un plan -que no acaba de dar los resultados deseados- de entrega de tierras en usufructo para aumentar la producción de alimentos, cuestión de “seguridad nacional” porque la isla gasta más de 1.500 millones de dólares al año en importar el 80 por ciento de los víveres que consume.

En las últimas semanas se han producido además anuncios de calado social como leyes para permitir la compraventa de viviendas y automóviles entre particulares.

En su primer quinquenio en el poder, Raúl Castro también ha clamado contra el inmovilismo y los dogmas, ha llamado a desterrar la burocracia, quiere desmontar el paternalismo estatal con la supresión de subsidios “innecesarios” y ha emprendido acciones contra la corrupción.

Analistas consultados por Efe coinciden que en el “quinquenio raulista” se han planteado cambios económicos profundos y se ha introducido más racionalidad aunque los más críticos insisten en que se trata de medidas “insuficientes” y “muy lentas”.

El economista disidente Óscar Espinosa atribuye esa lentitud a la resistencia de sectores conservadores y ortodoxos del régimen junto a la falta de audacia y vacilaciones de los “reformistas”.

Para otros disidentes, la situación de los derechos civiles, políticos, económicos y culturales “ha empeorado” durante el mandato del general Castro, según Elizardo Sánchez, activista de derechos humanos.

Pese al proceso de excarcelaciones de presos políticos del último año, Sánchez denuncia un aumento de la represión con un sistema de detenciones de corta duración contra opositores.

En la calle, las impresiones ante las reformas “raulistas” oscilan entre la indiferencia, el escepticismo y tímidas esperanzas.

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"Vivemos o fim de uma casta política"
Entrevista: Yoani Sánchez
Correio Braziliense, 31/07/2011

Yoani Sánchez transformou-se em uma espécie de símbolo da oposição cubana. Aos 35 anos, é a responsável pelo blog Generación Y — por meio do site na internet, ela denuncia as mazelas políticas e sociais da ilha. Em entrevista ao Correio, por telefone, de Havana, a ativista admite mudanças importantes em Cuba na direção da abertura político-econômica. No entanto, considera essas transformações lentas e afirma que elas ainda não surtiram efeito na mesa e no bolso dos cubanos. De acordo com Yoani, os cinco anos de governo Raúl Castro são marcados por um "pecado original". "É um presidente que não foi eleito, que chegou ao poder por via sanguínea", explicou. A mulher que em 2008 esteve na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, da revista Time, é otimista em relação ao futuro. "Creio que estamos vivendo o fim de uma casta política e de uma geração no poder", comentou, apesar de reconhecer as inúmeras dificuldades que a população cubana tem enfrentado.

O que mudou em Cuba desde a saída de Fidel Castro, cinco anos atrás?
Evidentemente, Raúl Castro e Fidel Castro têm estilos de governo diferentes. Fidel era um homem que governava da tribuna, com um microfone nas mãos e com quilométricas intervenções públicas. Raúl é muito mais comedido a falar, não? Por exemplo, um detalhe simpático é que, desde que Raúl Castro começou a comandar o país, a programação televisiva passou a ser respeitada. Não há mais as interrupções causadas pelos longos discursos de Fidel Castro. As donas de casa estão felizes porque já não se suspende a transmissão das telenovelas brasileiras. O governo de Raúl Castro está marcado por um pecado original, que ele é incapaz de solucionar. Trata-se de um presidente que não foi eleito, que chegou ao poder por via sanguínea. Funciona como um reino. A população espera que um governante cumpra com um programa, mas Raúl nada teve que prometer para chegar ao poder.

Houve transformação expressiva em relação às liberdades individuais e aos direitos civis?
O tema dos direitos dos cidadãos e civis não registrou avanços evidentes e claros. Com Raúl Castro, continuamos com o monopartidarismo. Com Raúl Castro, seguem em pé as leis que penalizam a opinião em Cuba. Por exemplo, a chamada Lei nº 88, conhecida como Lei da Mordaça, que levou à prisão 75 opositores e dissidentes em 2003, está vigente no Código Penal cubano. Todavia, em Cuba não é possível criar uma associação independente e inscrevê-la legalmente em um cartório. Todavia, em Cuba não é possível entrar nem sair do território nacional livremente para os nascidos neste país. A falta de liberdades está intacta. O que se passa é que a repressão mudou de estilo com Raúl Castro. Com seu irmão, por exemplo, quando Fidel citava os nomes dos opositores e os "satanizava" em público, os dissidentes acabavam condenados a longas penas de prisão. Com Raúl, esse ponto é diferente. A repressão está no aumento da militarização da sociedade cubana. No entanto, os dissidentes já não são mais condenados a longas sentenças. São detidos por algumas horas ou por alguns dias, sem que haja qualquer constância legal ou documento que conste a repressão. Nesse caso, Raúl Castro tem feito uma repressão mais silenciosa, mais calada. A repressão com Fidel era mais evidente.

Durante esses cinco anos, os cubanos tiveram mais prejuízos ou mais benefícios?
Penso que tivemos mudanças importantes, na direção da abertura. O problema é o ritmo dessas reformas. Houve um impacto muito positivo, os cubanos já podem entrar livremente nos hotéis, comprar computadores e obter um contrato de telefonia móvel. São avanços ocorridos no governo de Raúl Castro. No entanto, em relação às expectativas iniciais, com o que as pessoas esperavam que ocorresse a partir de 31 de julho de 2006, as estatísticas oficiais atestam que Raúl decepcionou. No ano passado, 38.165 cubanos emigraram definitivamente de Cuba. Eles não quiseram esperar e se cansaram da lentidão das reformas.

As reformas anunciadas até então surtiram efeito na vida dos cidadãos cubanos?
As reformas econômicas implementadas pelo governo de Raúl Castro estão orientadas na direção correta, no sentido da flexibilização. Lamentavelmente, elas ocorrem a um ritmo muito lento e a uma profundidade bastante superficial. Os efeitos dessas reformas não são vistos no prato, sobre a mesa dos cubanos, ou nos bolsos. Os salários estão totalmente fora da realidade comercial do país. A produção agrícola também não aumentou de modo notável. Inclusive, ela diminuiu nos setores do tabaco, do café e do açúcar.

Que dificuldades um morador de Cuba enfrenta atualmente?
Eu diria que são as dificuldades econômicas e as dificuldades que têm a ver com a falta de liberdade. Entre as dificuldades econômicas, está o colapso do transporte público interprovincial. Vivemos em um país onde o tema dos transportes é um capítulo agonizante. A dualidade monetária é uma espécie de esquizofrenia econômica que vivemos há 17 anos e, no entanto, diminui muito o nível de vida da população cubana. Os salários também estão bastante ínfimos. Um profissional médio tem um salário mensal de cerca de US$ 20. Todavia, há limitações e regulações no tema da propriedade. Ainda que o Congresso do Partido Comunista Cubanao tenha anunciado a abertura do mercado imobiliário e a compra e a venda de carros, na prática isso não funciona. Nos últimos quatro anos, pedi em 17 oportunidades autorização para viajar e, em todas, ela me foi negada. Os cubanos não podem fundar um partido ou uma associação, e nem podem ler outro veículo de imprensa que não seja a oficial. Isso cria uma sensação de asfixia econômica e política, que empurra a maioria das pessoas ao sonho de migrar.

A senhora é otimista ou pessimista em relação ao futuro da ilha?
Sou otimista. Realmente, creio que estamos vivendo o fim de uma casta política e de uma geração no poder. O fim de um discurso do século 20. A apatia, o oportunismo e a falta de fé no sistema estão causando uma corrosão no sistema político. De braços cruzados, os cubanos estão conseguindo fazer o que talvez não pudessem de punhos erguidos.

2 comentários:

  1. Uma coisa não podemos negar, ao trancos e barrancos a economia da Ilha de Fidel vai caminhando (engatinhando, I mean). Mesmo com o embargo americano o país consegue pequenas mas importantes taxas de crescimento. É um povo guerreiro que não merece o Governo que tem. Fico espantado como, ainda, a população não se voltou contra essa "Ditadura". Lá se vão 50 anos.

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  2. A Perestroika Cubana(à la Ginetera!) não trouxe nenhum alívio ao povo...e chega com um pequeno 'jet lag'...digamos...50 anos...!...o "cocodrilo verde" há muito já virou bolsa!

    Vale!

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