Foi o homem que devolveu, à força e clandestinamente, à ditadura cubana, dois pobres boxeadores que queriam escapar da ditadura famélica e simplesmente iniciar nova vida no Brasil. Tarso Genro os embrulhou, colocou num avião fretado por um outro candidato a ditador fascista-socialista e devolveu-os compulsoriamente à ditadura dos Castros. Gesto insuperável de ignomínia e abjeção moral, se não fosse justamente superado por outro gesto insuperável de amoralidade política ao desrespeitar decisões da justiça e abrigar um terrorista assassino de origem italiana, entrado clandestinamente no Brasil.
Ou seja, se trata, não de um político, mas de um servo fiel de ditaduras assassinas, um bajulador de déspotas, um empregadinho de tiranias.
Abaixo o relato patético de sua última aventura ditatorial.
Paulo Roberto de Almeida
. Neste domingo, enquanto os sub-representantes do governo estadual e alguns empresários gaúchos do segundo time permanecem em Cuba para participar da melancólica Feira Internacional de Havana, Tarso Genro pegou o avião mais próximo e resolveu refugiar-se em Paris, onde permanecerá até o dia 9, pelo menos, cumprindo um programa que nem mesmo o Palácio Piratini consegue descrever.
. Nem Tarso Genro consegue ficar muito tempo em Cuba, sem depois tomar um banho de civilização em Paris.
Os jornalistas que foram com o governador a Cuba, não foram convidados a acompanhá-lo na programação de Paris. Aliás, os jornalistas que foram a Havana pouco falaram sobre a total falta de liberdade em Cuba, sequer sobre os dissidentes e os prisioneiros políticos - sobre o desrespeito aos direitos humanos.
. Cuba é o 30º parceiro comercial do RS - algo como nada. No ano passado, o comércio bilateral envolveu US$ 180 milhões, algo como três dias da arrecadação estadual do ICMS. O governo gaúcho comemorou como enorme conquista a possibilidade de investimentos cubanos de US$ 30 milhões no Estado. Isto não é dinheiro nem para o novíssimo Badesul, a nova agência de desenvolvimento para os assuntos cubanos no RS.
. A economia cubana é toda estatizada: nada se compra e nem se vende sem a intervenção estatal. As famílias só compram artigos de primeira necessidade com libreta. Há fila até para comprar sorvete.
. As pessoas não possuem renda em Cuba, são pobres e só comem o que consta das suas libretas de racionamento, existentes há 50 anos.
. Apesar disto, o balanço da viagem reúne duas notícias que precisarão de muita coisa para se materializarem:
1) Após um período de negociações, as minúsculas indústrias de produtos e máquinas agrícolas Agrale e Lavrale, representadas por Alexandre Luis Pedó, assinaram uma carta de intenções com o governo cubano para a instalação de uma fábrica de produtos agrícolas e tratores. As perspectivas da empresa, que tem sede em Caxias do Sul , no país caribenho são positivas.
2) Os acordos assinados na sexta-feira para transferência de baixa tecnologia na agricultura, na cultura e na economia solidária, representam uma mistura que ninguém do governo conseguiu explicar, porque é tudo muito atrasado em Cuba. Isto explica também um dos acordos firmados pelo governo gaúcho, exatamente para transferir experiência na área do microcrédito. O Banco Nacional de Cuba vai emprestar dinheiro para quem quiser abrir pequenos negócios - quando, não se sabe. O grosso da atividade econômica vai continuar nas mãos do Estado, sozinho ou associado a empresas estrangeiras que estão sendo incentivadas a se instalar no país. Talvez o único negócio que poderá ir adiante será o do setor de reciclagem de lixo. O RS vai exportar um programa de reciclagem de garrafas pet por cooperativas de catadores e receber em troca informações sobre a reciclagem de papelão, também em sistema cooperativo. Uma troca de experiência de catadores de lixo estará mais de acordo com as possibilidades de reais negócios entre o RS e Cuba. Algo semelhante foi tentado no início deste ano pelo vice-governador Beto Grill no Uruguai.
- É tudo muito brega, atrasado, disfuncional e sem sentido - e não tem nada a ver com o ritmo atual da economia brasileira e nem corresponde ao Rio Grande que queremos.
Houve um momento na história brasileira onde os negros escravos quando fugiam, eram perseguidos e punidos pelo insano gesto de buscar a liberdade. Quem se ocupava disso era o famoso capitão do mato a serviço do sinhozinho. Pois não é que Tarso Genro conseguiu reviver o processo histórico fazendo o mesmo com dois escravos ideológicos? Um verdadeiro e orgulhoso capitão do mato, escravo, por sua vez, intelectual de um modelo assassino, cruel e amante da miséria. Para os outros, lógico.
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