O que pode levar certas pessoas a deformar a história de maneira tão brutal que os torna cúmplices dos militares e dos oligarcas do Brasil?
Deve ser o ódio contra quem de certa forma quer a mesma coisa que eles, mas não se encaixa nos projetos totalitários de quem comete fraudes com a história.
Como elogiar a ditadura e o governo vilipendiado quando na época sem mentir descaradamente?
Leio o seguinte na imprensa online:
ULTIMO SEGUNDO ig, 20/02/2013
O panfleto com o texto principal do evento desta quarta-feira evidencia a preocupação do PT com a coesão da aliança que elegeu Dilma. Em vários trechos, o partido divide com os aliados os méritos pelos avanços obtidos nestes 10 anos. Segundo o documento, os avanços foram obtidos “pelo conjunto de forças políticas pertencentes à Frente Democrática e Popular, cuja liderança maior coube ao Partido dos Trabalhadores”.
O panfleto, cujo objetivo é fornecer uma “narrativa própria” do PT sobre as últimas décadas da política brasileira, enumera realizações dos governos Lula/Dilma (desenvolvimentista) e supostos fracassos da era Fernando Henrique Cardoso (neoliberal). Com isso o PT espera preparar o discurso para a campanha pela reeleição de Dilma em 2014, municiar a militância com informações e tirar o partido da agenda negativa intensificada com as condenações no julgamento do mensalão.
Em 15 páginas, o PT não cita o escândalo nem os percalços econômicos e administrativos de Lula/Dilma e usa termos pesados como “desastroso” para classificar o governo tucano. No contexto histórico, Fernando Henrique é colocado ao lado de Fernando Collor e Itamar Franco, todos neoliberais. Em momento algum o PT reconhece avanços obtidos na gestão tucana, como o fim da inflação e a a estabilidade econômica.
Até a ditadura militar (1964-1985) é tratada com mais boa vontade pelo PT para quem “durante os 21 anos do regime militar a inegável expansão de bases materiais da produção permitiu inserir o país entre as oito mais importantes economias capitalistas do mundo”.
O governo do peemedebista José Sarney (1985-1990), um dos principais aliados do PT no Congresso, é citado de forma positiva. O documento tem o cuidado de mencionar o período Sarney como o “governo da Nova República” que, segundo o documento, teve o “mérito da consolidação democrática” e não conseguiu realizar um novo “projeto nacional” devido à “herança da crise da dívida externa deixada pela ditadura”. O fato de Sarney ter deixado o governo com inflação de 80% ao mês não é citado.
Em duas tabelas e quatro gráficos o PT compara seus números aos da gestão tucana ano a ano em temas como inflação, crescimento econômico, dívida pública, reservas externas, emprego, redução da desigualdade e renda do trabalhador. Todos os números são amplamente favoráveis ao PT. Temas nos quais o PT leva desvantagem como o número de assentados em programas de reforma agrária não foram elencados.
A autoria do texto é do Instituto Lula, Fundação Perseu Abramo e do presidente nacional do PT, Rui Falcão.
TEXTO COMPLETO
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2013-02-20/pt-usa-10-anos-no-governo-para-consolidar-base-aliada.html
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