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domingo, 6 de outubro de 2013

Across the whale in a month (17): o começo da longa viagem de retorno...

Até chegar a Los Angeles, já tinha completado 4 mil milhas viajadas pelos Estados Unidos, ou seja, cerca da metade, aproximadamente, do que tinha sido calculado no planejamento inicial de viagem. Alguma coisa mudou, nos trajetos, nas etapas, nas visitas, mas em todas as fases da viagem sempre fomos surpreendidos, favoravelmente, pelas boas coisas encontradas pelo caminho, em termos de museus, de cultura, de belas cidades, excelente conservação histórica e natural do patrimônio arquitetônico e artístico, excelentes preços, e até a comida, antes horrível, parece ter melhorado (embora sempre tenhamos manifestado nossa preferência por comida italiana, mas sob a forma de restaurantes italiani veri, não esses arremedos Italian-American).
Esta primeira foto saiu completa -- o que é uma raridade -- porque duas chinesas nos pediram para fazer sua foto ali perto dessa escultura da Getty Villa, em Pacific Palisades. Reciprocidade turística serve para isso. Nem vou descrever todas as maravilhas de museu greco-romano do famoso milionário americano -- complemento, ou prato principal, do seu museu de obras modernas e contemporâneas, que está numa colina dominando a cidade -- porque seria impossível. Melhor que os curiosos visitem ambos locais pela internet, ou procurem ilustrações de suas dezenas de obras (sem contar as emprestadas para exposições especiais).




Depois de Los Angeles, fomos a Las Vegas, ficando no famoso hotel The Venetian. A esfera armilar é uma das muitas reproduções, ou peças artísticas, que enchem os olhos nesse hotel absolutamente fabuloso para tudo o que se possa imaginar para um hotel de cidade: tem até passei de gôndola (e talvez alguém reclame que não tenha uma pista para corrida de cavalos, mas quem sabe, algum outro hotel providencia isso).


Foi também no The Venetian que Carmen Lícia apostou contra a sorte, e ganhou. Eu não arrisquei um centavo sequer em qualquer modalidade de jogo, mas ela arriscou duas vezes. E o mais incrível é que nas duas vezes ganhou 19,90 dólares, com um "lucro", portanto, de 37,80. OK, já dá para pagar pelo menos 4 taças de vinho em restaurantes, aos preços habituais do cabernets e pinot grigios.


Aqui estou no jardim das escultura do museu histórico e de artes de Albuquerque, cidade do Novo México, perto de Santa Fé, sua capital, que é de uma riqueza artística inacreditável. Em Albuquerque, fizemos apenas uma etapa, antes de viajar a Santa Fé, nosso verdadeiro objetivo.

Lá visitamos os dois museus da colina: o de arte indígena e o de folclore internacional, ambos fabulosos.
Depois passeamos pela cidade, que tem arte em todos os lugares, e uma rua inteira, a Canyon Drive, dominada por ateliês e galerias de artistas e de negociantes de arte, com muitas esculturas em bronze, como se pode ver abaixo. Gostei particularmente do garoto lendo uma revista, o que me lembrou justamente a minha infância, quando eu aproveitava qualquer oportunidade para ler um pouco...


Finalmente, termino voltando a Las Vegas, mas apenas para registrar um dos meus passatempos favoritos: visitar livrarias. Neste caso se tratava de uma livraria para colecionadores, como seu título indica. Livros em primeiras edições, na faixa de 4 a 16 mil dólares, o que está bem acima de minhas possibilidades. Costumo comprar livros na Abebooks, a um dólar cada um, e não se trata de colecionar pelo prazer bibliofílico, mas simplesmente para estudar. Em todo caso, também possuo algumas raridades, como uma segunda edição de Adam Smith (1793, creio), que deve valer alguma coisa nesse tipo de rede especializada.
Fiquei conversando com o livreiro, que me mostrou o que tinha do período de entre-guerras, que é meu objeto atual de pesquisa.
Que estiver interessado em saber quais livros raros existem nessa rede (com lojas na costa leste, que vou visitar), pode no site baumanrarebooks.com.
Fico por aqui, embora tenha ainda muita coisa a relatar.
Depois de Santa Fé, onde tínhamos planejado ir também no museu Georgia O'Keeffe (mas desistimos pois a exposição em curso já tínhamos visto em Glenn Falls, NY), começamos o longo périplo de volta, com paradas pelo caminho, em El Reno, já no Oklahoma, visita a Oklahoma City, a capital do estado, e depois a Memphis, já no Tennessee, com mais ou menos 500 milhas a cada etapa.
A viagem continua...
Paulo Roberto de Almeida 
Memphis, 5/10/2013

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