Público vaia petistas e atira
latas durante festa da CUT em SP
Prefeito Fernando Haddad foi embora sem discursar
Ex-ministro da Saúde e pré-candidato ao governo
paulista, Alexandre Padilha fez apenas saudação
por LINO
RODRIGUES, 01/05/14
SÃO PAULO - Políticos petistas como o prefeito de São Paulo, Fernando
Haddad (PT), o pré-candidato ao governo do estado Alexandre Padilha (PT) e o
ministro Ricardo Berzoini foram impedidos de fazer os discursos programados
para a festa do 1º de Maio, liderada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT),
Central dos Trabalhadores (CTB) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), na
tarde desta quinta-feira, no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo. O público
vaiou e atirou papéis, latas e garrafas em direção ao palco todas as vezes que
os nomes de políticos foram anunciados.
Pela programação do evento em comemoração pelo Dia do Trabalho, os
discursos políticos deveriam durar uma hora, mas acabaram abreviados em poucos
minutos. O primeiro a subir no palanque seria Haddad. Mas tão logo seu nome foi
anunciado pelo apresentador do evento, o público, estimado em 3 mil pessoas
segundo a Polícia Militar (80 mil pessoas de acordo com a organização), começou
a vaiar e a arremessar objetos. Indignado, o prefeito foi embora sem sequer
falar com a imprensa.
O apresentador tentou acalmar o público exaltado durante vários
momentos, pedindo calma várias vezes, e chegou a dizer que “o ato político era
importante”. O ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, também
foi recebido com vaias e impedido de discursar.
No momento de anunciar Alexandre Padilha, o locutor não o apresentou
como pré-candidato, apenas como ex-ministro. Padilha, ao pegar o microfone,
logo lançou uma pergunta: - Quem é contra o racismo?. As pessoas ergueram os
braços e Padilha aproveitou o momento e resumiu seu discurso à saudação única
“bom dia, boa tarde e boa noite”. E logo deixou o palco e foi embora.
O senador petista Eduardo Suplicy também só agradeceu o público e a
festa seguiu com os shows programados.
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