Holodomor, a história que os comunistas querem esconder
Por mais que os comunistas queiram esconder, o Holodomor foi um dos episódios mais cruéis da história — e infelizmente também um dos mais desconhecidos. Aqui na Gazeta do Povo, porém, publicamos um vasto e esclarecedor material a respeito.
Em primeiro lugar, o que foi o Holodomor, a grande fome na Ucrânia?
Entre 1932 e 1933, um programa de reorganização da agricultura dos estados soviéticos matou até 12 milhões de habitantes da Ucrânia. Stalin sabia que a iniciativa era um fracasso, mas não se importou.
A crise no fornecimento de alimentos marcou a história do país e ganhou um nome, Holodomor, uma expressão bem literal: em ucraniano, significa “matar de fome”.
Dos 60 milhões de hectares de território ucraniano, 42 milhões são adequados para o plantio. Atualmente, o país é referência mundial na produção de grãos e um dos três maiores exportadores de milho do planeta. Como foi possível que um lugar assim passasse fome?
A partir de 1930, o governo de Stalin iniciou um amplo programa que previa a coletivização da agricultura, incluindo a alteração dos produtos plantados por outros, e a rápida industrialização e urbanização de uma série de regiões do bloco.
“O governo soviético decidiu implantar as unidades agrícolas coletivas e obrigava os proprietários de terra ucranianos a abdicar de suas propriedades. Foi um experimento horrível”, relata o embaixador da Ucrânia no Brasil, Rostyslav Tronenko.
31% dos que morreram de fome eram crianças com menos de dez anos. Todos que eram pegos tentando fugir acabavam assassinados. As crianças tinham tanta fome que perdiam o medo e eram assassinadas ao pedirem por um grão de comida.
Muitos tiveram de recorrer ao canibalismo para sobreviver. A maioria dos habitantes das cidades não sabiam que isso estava acontecendo e os que sabiam ficavam em silêncio, com medo de serem executados.
Em 1933, o silêncio foi finalmente rompido por um jovem corajoso chamado Gareth Jones, do Reino Unido, que expôs a tirania e a fome e que estava desesperado para revelar a verdade. Ele foi um herói no melhor sentido do termo.
Ele foi muito criticado por Walter Duranty, jornalista do NYT (e simpatizante dos soviéticos) que deliberadamente enganou o mundo e negava a fome a fim de colaborar com o regime comunista. Ele dizia que a fome se deu por má nutrição e doenças, e não pela ação humana.
Infelizmente, Jones foi considerado um mentiroso e acabou em descrédito junto à imprensa. Depois ele foi morto com dois tiros nas costas e um na cabeça na China, em 1935 (há indícios de que tudo foi planejado pela Polícia Secreta Russa). Ele tinha apenas 29 anos. (Recentemente foi lançado um filme sobre a vida de Gareth Jones. Vale a pena ir atrás)
O incidente, e o próprio termo Holodomor, só começaram a surgir a partir dos anos 1970, pelo esforço de imigrantes ucranianos no Canadá e nos Estados Unidos. Até bem perto do fim da União Soviética, a população dos países do bloco comunista não sabia o que havia acontecido.
Atualmente, 16 países caracterizam Holodomor como genocídio – afinal, matou tantas pessoas, ou mais, quantos judeus foram massacrados pela Alemanha de Adolf Hitler.
Mesmo assim, no que depender dos livros didáticos brasileiros, dificilmente um estudante de ensino básico vai ter contato com a expressão Holodomor. Ao entrar na história da União Soviética dos anos 1930, os livros afirmam que Stalin transformou o país em uma potência econômica.
As obras lembram que esse feito teve um custo humano alto. Mas nenhum dos livros consultados dedica mais do que uma página à reorganização forçada da agricultura, nem menciona a tragédia do Holodomor.
Infelizmente, o Holomodor não foi o único crime contra a humanidade promovido pelos comunistas da União Soviética. Este texto lista outros 16 terríveis crimes, como os gulags e os grandes expurgos.
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