Boletim Especial
BOLETIM | CIENTISTAS SOCIAIS E O CORONAVÍRUS
Hoje completamos três semanas de boletins diários Cientistas Sociais e Coronavirus. Agradecemos muito a mobilização de nossa comunidade acadêmica, assim como a parceria com as entidades científicas que estão apoiando a iniciativa. Continuaremos divulgando textos inéditos de segunda a sexta nas redes sociais e sites das associações parceiras, e nos fins de semana um compilado de todos os textos publicados na semana. Hoje, além do resumo, também damos algumas indicações para quem quiser contribuir com os boletins, quanto aos textos já recebidos e também divulgamos outras iniciativas semelhantes que estão ocorrendo no campo das ciências humanas no Brasil e no mundo.
Como contribuir com os boletins?Para enviar sua contribuição, encaminhe um texto (por volta de 1000 palavras) com algumas referências bibliográficas (preferencialmente links para textos on line) e uma breve apresentação da/o autor/a para o email:
anpocs.presidencia@gmail.comSublinhamos que a proposta do boletim é que ele também circule além do circuito acadêmico das ciências sociais, por isso, recomendamos uma linguagem que esteja atenta a esse propósito.
Quais os procedimentos editoriais? Quanto tempo levará para meu texto ser publicado?
Todos os textos recebidos são lidos pelo comitê editorial do boletim. Buscamos dar uma rapida resposta às e aos autoras/es, informando se o texto será ou não publicado. Neste momento os textos que foram aceitos serão publicados em até 15 dias após o aceite. Este tempo poderá variar de acordo com o numero de textos recebidos e aprovados.
Outros boletins, blogs e revistas acadêmicas no campo das ciências sociais que estão publicando textos sobre o momento atual:
Desde que começamos a publicar o boletim, tomamos conhecimento de outras iniciativas editoriais que, a partir de agora, divulgaremos junto com o Boletim semanal nos fins de semana.
O Centro de Estudos em Migrações Internacionais/ Unicamp criou um observatório Covid e tem divulgado regularmente textos sobre a situação da pandemia em diferentes lugares do mundo. -
https://www.facebook.com/CEMIBR/
AntropoLógicas é uma série especial do MuseoLógicas podcast, realizado pelo PPGAS/UFPE, lançará uma série de episódiso de podcast sobre COVID-19. O primeiro já está disponível.
Abaixo listamos algumas referências estrangeiras que também merecem ser consultadas.
SEMANA 3 | de 06/04 a 10/04/2020
Parece estranho dizer que uma doença que mal começa a ser descoberta seja familiar de longa data de algumas das populações que vivem nesse planeta. No entanto, esse é o caso em relação à experiência que começa a ser vivida pelos povos indígenas com a COVID-19. Assim se passa porque vírus e bactérias são aliados, há séculos, da ganância da exploração econômica, agindo junto com esta na mortandade das populações indígenas. Coqueluche, varíola, catapora, sarampo, malária, peste bubônica, tifo, difteria, conjuntivite e gripe são doenças cujos agentes patológicos exterminaram ou reduziram substancialmente povos que não possuíam barreira imunológica para os males trazidos com a suposta civilização. Os relatos sobre isso assemelham-se ao que nos apresenta o professor Roque Laraia e se sucedem ao longo do tempo. Mudam os microrganismos, mas os massacres permanecem.
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Alguns dos mantras do globalismo planetário até aqui dominantes foram: movam-se, viajem, acelerem, cresçam, expandam-se, extraiam (os recursos), consumam, privatizem, flexibilizem (as relações de trabalho), “deslocalizem” (as empresas)... Tudo isso, frente à pandemia do coronavírus, repentinamente se inverteu: parem, não viajem, desacelerem, retraiam-se, não consumam, invistam em políticas públicas, estatizem (empresas em crise)... Aqui, em pleno boom neoliberal, como uma praga, o último mantra a ser contestado ainda não se inverteu: para os trabalhadores continua-se propondo uma flexibilização ainda maior das relações de trabalho, como se estivessem testando até onde vai a resignação dessa massa de (des)empregados extremamente vulneráveis. É como se, enquanto os ricos podem parar e se resguardar, os pobres devem continuar em movimento, se arriscando para garantir a nossa sobrevivência.
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Nas últimas décadas fomos levados a acreditar que seria possível atingir altos níveis de controle de nossas vidas por meio de recursos de cuidado em saúde e aprimoramento individual. Para uma parcela da população, detentora do poder de consumo, isso dava a impressão de uma certa “imunidade” a determinados riscos e, talvez, até mesmo, a uma pandemia. Este fenômeno está associado ao próprio processo de medicalização da sociedade, transcorrido ao longo do século XX e que se caracteriza, sobretudo, pela transformação de condições antes consideradas “normais” do decorrer da vida (como envelhecimento, gestação, puberdade) em objetos de intervenção pela medicina. Mais recentemente, o desenvolvimento de novas biotecnologias e das inovações advindas com a biomedicina tecnocientífica tem provocado uma certa inflexão neste cenário e produzido contornos particulares, o que se expressa pelo conceito de biomedicalização.
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A mobilização causada pela pandemia do Coronavírus em escala global se associa intimamente a um mundo em que as fronteiras nacionais não dão conta de manter fora de seus muros os indesejados e, consequentemente, as pestes que supostamente carregam em seus corpos. O contexto de disseminação da epidemia, associado à intensificação da mobilidade humana, levou os governantes a tomarem medidas fortemente restritivas de circulação de pessoas, sendo a que tem sido considerada como mais eficaz a de isolamento social. Os países fecham as fronteiras nacionais e impedem a entrada de estrangeiros em uma luta contra um inimigo invisível.
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Desde que Bolsonaro assumiu a Presidência da República, a educação, a ciência e a cultura têm sofrido um grande desarranjo. A coleção de ministros ineptos, caricatos e até claramente fascistas é prova concreta do desprezo com que estas áreas têm sido vistas pelo governo.
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SEMANA 2 | de 30/03 a 04/04/2020
No estado de São Paulo existem 140 assentamentos rurais estaduais, onde moram mais de 7000 famílias espalhadas ao longo de 40 municípios (ITESP, 2019)¹. A região conhecida como o Pontal de Paranapanema ao Oeste do estado é a que concentra o maior número de assentamentos, 98 no total, e tem sido, nos últimos 15 anos, o locus etnográfico das minhas pesquisas sobre o mundo rural e as populações do campo.
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Como antropóloga que sou me dou o direito de iniciar este texto a partir de uma observação etnográfica. No dia 23 de Março de 2020, foi publicado no jornal O Globo[i] a matéria intitulada: “NASA usa experiência de astronautas para dar dicas de confinamento durante a pandemia de COVID-19”. Esta trouxe aos leitores e às leitoras cinco habilidades desenvolvidas por astronautas da Agência Espacial dos Estados Unidos da América (NASA) para viver isolamentos em períodos prolongados de tempo. A saber: comunicação, liderança, cuidados pessoais, cuidados do coletivo e vivência em grupo.
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Todos sabemos apontar e compreender, mesmo com as muitas mudanças ocorridas, os já estabelecidos papéis de gênero, onde às mulheres caberia o lugar de “cuidadoras”, de “donas de casa”, de principais responsáveis pelos domicílios e pelas famílias.
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Em tempos de confinamento por causa do COVID-19, órgãos internacionais, organizações não governamentais, movimentos feministas, estudiosas, ativistas dos direitos humanos e algumas instituições de governos estaduais têm chamado a atenção para a possibilidade de agravamento das violências contra mulheres. A relatora especial da Organização das Nações Unidas sobre violência contra mulheres, Dubravka Simonovic, destacou que esse problema pode aumentar durante a quarentena, porque o lar pode ser um lugar de medo e abuso para mulheres e crianças, e indicou, ainda, a necessidade de os entes federativos promoverem ações constantes de defesa às mulheres e de combate às violências domésticas.
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Os registros dos números de casos confirmados e de mortes da COVID-19 na China, e posteriormente na Itália, chamou a atenção do mundo em relação à pandemia. O novo coronavírus chega ao Brasil, no estado de São Paulo, em meados de fevereiro, do corrente ano. Diante do cenário catastrófico que se configura no país e no mundo, este é um primeiro esboço do registro espaço-temporal dos suspeitos e casos confirmados no estado de Rondônia, evidenciando a importância da obtenção de informações sobre a evolução da COVID-19 de modo diário e por municípios, como auxílio às ações preventivas, corretivas ou restritivas tomadas pelos órgãos públicos.
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Os primeiros casos de coronavírus chegaram à América Latina com certo retardo em relação a China e aos países europeus. No Brasil o primeiro caso ocorreu no dia 26 de fevereiro e na Argentina, poucos dias mais tarde, no dia 3 de março de 2020. Esse retardo nos permite observar a evolução da doença nos diferentes países afetados pela pandemia e avaliar a eficácia ou ineficácia das medidas adotadas em cada caso. A primeira informação disponível é que a estratégia da quarentena e do isolamento social foi adotada na maior parte dos países afetados. Em alguns casos, como em Itália ou Espanha, essas medidas de isolamento foram adotadas tardiamente e hoje podemos observar as consequências terríveis desse atraso pelo aumento, antes inimaginável, de mortos pela pandemia. Em outros casos, como na China ou Coreia do sul, foram adotadas rapidamente medidas de isolamento que se mostraram altamente eficazes, fazendo com que os casos da doença diminuíssem até quase chegar a zero. Inglaterra e Estados Unidos se resistiram inicialmente a adotar as medidas de isolamento por motivos estritamente econômicos, mas logo tiveram que impor medidas de quarentena severas, no caso de Inglaterra por 12 semanas. Observando as medidas adotadas nos países de Europa e Ásia, assim como o drama hoje evidente de países como Espanha ou da Itália, que atingiu o número de 9.000 mortos por Covid-19, diversos países da América Latina decidiram iniciar um processo de isolamento social e logo de quarentena para limitar e bloquear as cadeias de transmissão do vírus.
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SEMANA 1 | de 22/03 a 28/03/2020
Ao longo da História foram tantos os episódios nos quais sociedades enfrentaram riscos biológicos, que escolher um como exemplo sempre revelará um traço de arbitrariedade. Pois, não só sugere certa preocupação específica de quem está escolhendo, como também revela as bagagens que cada um que se aventura em entender a História carrega. Ou seja, o que define se escolho indicar a Peste Negra europeia ou o impacto das doenças ‘europeias’ em populações nativas da América como parâmetro de uma analogia histórica? Qual é mais pertinente para refletirmos sobre a crise que enfrentamos nestes dias de 2020? Tais escolhas são ampla e certamente sustentadas pelas leituras prévias e experiências profissionais de quem a exerce.
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Se não é novidade que no noticiário as editorias de ciência, economia e política se embaralhem - ao discutirmos a exploração de campos de petróleo ou a liberação de sementes transgênicas, por exemplo - durante uma pandemia a forma como nossa vida em sociedade depende e está entrelaçada a elementos não humanos fica ainda mais clara. No entanto, como a teoria social tem entendido o papel de um agente tão poderoso, como o Covid-19, na produção e alteração das nossas formas societárias modernas? E qual a sua contribuição para pensarmos e agirmos no mundo contemporâneo?.
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A pandemia do corona vírus certamente inaugura uma nova classe de medo global. Não que não existissem anteriormente, as angústias, os pânicos e temores globais. Mas, como a globalização é um processo histórico que se torna cada vez mais agudo, é de se esperar que o último medo global seja mais intenso e complexo do que os outros. O que estou chamando de medo global? Aqui vai uma definição de trabalho: trata-se de todo temor totalizante sentido por todos os habitantes de um coletivo, na expectativa de uma enorme quantidade de mortes que potencialmente ou de fato atingirá a todos e acabará o mundo conforme foi conhecido até um determinado momento. Deixo a definição assim, de maneira ampla, para poder incluir alguns medos coletivos – obviamente sem nenhuma pretensão de esgotar os exemplos - que, apesar de não serem planetários certamente incluíram a sensação de fim de mundo, em uma espécie de arqueologia dessa terrível sensação, um verdadeiro fato social total, como diria Marcel Mauss, que condensa respostas fisiológicas, biológicas, psicológicas, culturais, políticas, econômicas, sociais e científicas.
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No Brasil, o começo de 2020 já se apresentava desolador, em razão das crises política e econômica enfrentadas pelo país. Ao final do primeiro trimestre do ano, o COVID-19 surgiu para agravar este cenário, com a instalação de uma crise sanitária. Impôs, com isso, um momento de inflexão impostergável sobre as políticas adotadas pelo governo federal. Na noite de domingo, 22 de março, foi lançada a Medida Provisória 927, que previu, dentre outras questões, a possibilidade de suspensão de contratos de trabalho por até 4 meses. Mesmo que, menos de 24h depois, sob forte pressão de diferentes setores da sociedade, o governo tenha retrocedido ao lançar dúvidas sobre a implementação parcial ou completa da MP, o simples fato de a ideia ter sido lançada já sinaliza a manutenção do ímpeto de flexibilização ou supressão de direitos trabalhistas, acompanhada da injeção de recursos e incentivos a empresários como estratégia principal de amenização dos efeitos das crises que se amontoam.
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Uma das áreas mais antigas e tradicionais das ciências sociais é a que se volta à reflexão dos processos de saúde e doença e das relações entre o biológico e o social. É tão significativa essa preocupação no campo da Antropologia Social que, em vários países, especialmente nos Estados Unidos, institucionalizou-se uma subdisciplina inteiramente dedicada a ela: a Antropologia Médica. No Brasil, esse subcampo do saber antropológico tem sido geralmente designado como Antropologia do Corpo e da Saúde. Para seu desenvolvimento, a Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais, a ANPOCS, promove anualmente grupos de trabalho, fóruns e mesas redondas; e, nos últimos anos, foram realizados três encontros nacionais específicos, intitulados Reuniões de Antropologia da Saúde (RAS).
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Surto, epidemia e pandemia são termos do universo técnico da epidemiologia para a classificação temporal, geográfica e quantitativa de uma doença infecciosa. Eles são fundamentais para processos de vigilância e controle, definindo níveis de atenção e protocolos de ação. No caso da Covid-19, por exemplo, quando um número elevado de pessoas da cidade de Wuhan, na China, passou a apresentar uma infecção respiratória grave e desconhecida em um curto espaço de tempo, ligou-se o alarme para o início de um surto. Rapidamente, identificou-se a presença de uma nova variedade do vírus do tipo Corona e, em pouco tempo, casos semelhantes também apareceram em outras cidades e regiões do país e de fora dele. Era o início da epidemia. Ainda assim, como os números da doença continuaram aumentando em mais países e continentes, cobrindo quase todo o globo, a OMS decretou o que é considerado o pior dos cenários, a pandemia.
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Nos últimos meses a universidade sofreu ataques sistemáticos. A comunidade científica sentiu na pele a descontinuidade de seus projetos de pesquisa, vivenciou o corte de bolsas na pós-graduação e a perda de apoio para realização de eventos acadêmicos. Além disso, também nos vimos interpelados por acusações exdrúxulas como a de que os campi universitários possuem extensivas plantações de maconha. Agora, diante de uma crise global sem precedentes os pesquisadores são lembrados. Consultam os epidemiologistas, os estatísticos, os físicos, enfim, acionam a extensa rede de especialistas para entender o que está acontecendo, o que há por vir e como devemos agir. Nessas horas parece ser mais fácil de lembrar como o financiamento de pesquisa não é o mesmo que gasto puro e simples.
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Os boletins Cientistas Sociais e o coronavírus são uma série de textos que serão publicados ao longo das próximas semanas. Trata-se de uma ação conjunta que reúne a Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais (ANPOCS), a Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), a Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) e a Associação dos Cientistas Sociais da Religião do Mercosul (ACSRM). Nos canais oficiais dessas associações estamos circulando textos curtos, que apresentam trabalhos que refletiram sobre epidemias. Esse é um esforço para continuar dando visibilidade ao que produzimos e também de afirmar a relevância dessas ciências para o enfrentamento da crise que estamos atravessando.
A publicação deste boletim também conta com o apoio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC/SC), da Associação Nacional de Pós-Graduação em Geografia (ANPEGE), da Associação Nacional de Pós-Graduação em História (ANPUH), da Associação Nacional de Pós graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (Anpoll) e da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (Anpur).
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People say that the COVID death rate is 0.40% ! This was circulated in several news channels also !
ResponderExcluirMe Thinks the death rate is beyond 10%,on aggregate count,and for some nations it is way beyond.
As per - https://www.worldometers.info/coronavirus/#countries = there are 7.5 million cases and 420000 dead.Simple numerics place it at proximating 6%.
Wrong me says ! dindooohindoo
India,Brazil,Russia have seen a sharp rise in cases,in the last 30 days.40% of their cases came in the last 30 days,and for India,it will worsen exponentially.If you see the kill data of the RIB in the BRICS - it has increased sharply,in the last 30 days (which proves my thesis)
People dying today,were in the quasi morgue (hospitals) 30-60 days ago.Let us take it,at 30 days.
So we rewind to 30 days ago,and exclude the jump in RIB of BRICS,in the last 30 days. So we have say 4.5 million cases and the kill quant is 420,000
Rate proximates 10% ! But that is also wrong,as the infected are NOT solely on RTPCR mode.Many nations cannot afford it and are doing antibody tests.An antibody positive may be RTPCR negative,and the vice versa is less likely. If you exclude these specimens from the infected tally,the % rises further.
Also have to exclude the recovered cases - as those with immunity will recover in 30 days - AS THE VIRUS was DESIGNED THAT WAY.Unlike HIV and Cancer - where patients are NOT likely to recover- on a generic mode.But those who recover from COVID -WILL (in part) come back again,and then die.That will double count the infected cases.Hence,we exclude the recovered cases (which are 4 million,as per site stated above).
These Johnnies who recouped,may have been infected,say 15 days ago - and if you rewind to 15 days ago,and deduct the spike in the RIBs of the BRICS - you will have an infected base of,say 6 million.If you remove the recovered (4 million),and then ratio it,to the dead of 420000 - then you have a
kill ratio of 21% !
Cannot compare the dead to the entire population - as of this instant - as it would include billions of aged,morbid and asymptomatics - who will get infected very soon.
If we take a 1 year horizon - then post the 1 year - you could take the global population - as that by that time,the virus would have had enough time,to spread,evolve and mutate (across the latitudes and seasons).At that stage,a ratio w.r.t the population,would be a meaningful statistic - to benchmark intra and inter se,with other diseases.By that time the death rate will mature and the complete breakdown of the health imfrastructure will be apparent (to explain the future geometric rise)