Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53
Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks
terça-feira, 22 de maio de 2018
Uma questao diplomatica: Jerusalem como capital de Israel - Paulo Roberto de Almeida
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
A partilha de 1947, entre Israel (nascido em 1948) e a Palestina (bloqueada pelos arabes) - Osias Wurman
Na entrevista, o jornalista perguntou: “Muitos quiseram dominar a Palestina ao longo da história. Como estas aspirações de governá-la afetam a existência palestina, as opções dos palestinos e as suas possibilidades de desenvolvimento?”
Salameh respondeu: “Antes da Declaração Balfour, quando o governo otomano terminou (1517-1917), as fronteiras políticas da Palestina, como as conhecemos hoje, não existiam, e não havia nada chamado de povo palestino, com uma identidade política, como conhecemos hoje. As linhas de divisão administrativa da Palestina se estendiam de leste a oeste e incluíam a Jordânia e o sul do Líbano. Como todos os povos da região, (os palestinos) foram libertados do domínio turco e imediatamente passaram para o domínio colonial (britânico e francês), sem formar uma identidade política”.
É este principio fundamental, da não existência de uma identidade palestina secular, no sentido de tempo, que impede uma aglutinação coesa e harmônica do dito povo palestino, sempre fracionado por disputas internas entre facções e personalidades inimigas.
Na semana passada, completaram-se 70 anos da Assembleia das Nações Unidas, de 1947, que decidiu por maioria de dois terços, pela Partilha da Palestina.
O eminente brasileiro Oswaldo Aranha presidiu a assembleia que previu a criação de dois estados, um árabe e o outro judeu, que deveriam viver lado a lado. Era o desejo de todas as nações que apoiaram a Resolução 181 de 29 de novembro.
Os diplomatas árabes tinham convocado uma entrevista no luxuoso salão do Hotel Waldorf Astoria, onde manifestaram seu total repúdio à resolução 181.
Os árabes não esconderam seus propósitos, ao declarar que “a resolução aprovada seria o fim das Nações Unidas e que as fronteiras de Israel seriam traçadas a sangue”. Erraram na primeira afirmação, mas tornaram uma triste realidade o segundo libelo.
Em quase 70 anos de independência, o Estado judeu perdeu mais de 23 mil cidadãos, vitimas de guerras e atentados terroristas, o que não impediu seu povo de ganhar 12 prêmios Nobel.
E o sonho de Oswaldo Aranha, a criação de dois estados na região, continua dependente de um líder palestino que reconheça o aspecto judaico de Israel e manifeste sinceramente a vontade de conviver em paz com o seu vizinho Estado judeu.
Osias Wurman é cônsul honorário de Israel
sexta-feira, 8 de setembro de 2017
Churrasco de passarinho: ecologistas querem impedir centra fotovoltaica
Maior torre de energia solar do mundo é construída em Israel
quarta-feira, 3 de maio de 2017
Consul de Israel no Rio escreve sobre a independência do país - Osias Wurman
segunda-feira, 20 de junho de 2016
Planejamento estrategico de longo prazo na economia, mas em Israel - Karnit Flug (BIS)
Karnit Flug: The formulation of long-term economic policy - strategic thinking about challenges to the economy
Remarks by Dr Karnit Flug,
Governor of the Bank of Israel, to the Eli Hurwitz Conference "The
formulation of long-term economic policy: Strategic thinking about
challenges to the economy", Tel Aviv, 25 May 2016.
This plan must be based on an assessment of the situation at the point of departure, and of the trends and forces that the plan will need to take into account: projected demographic trends, the unpredictable geopolitical situation, and the global environment - which is expected to be far less pleasant than it was in previous decades. All of this must also be analyzed in view of the current state of the fiscal aggregates, including the level of public debt, the level and composition of public expenditure, and the tax system - rates and composition. Based on these trends and forces, we can assess the main challenges with which the strategic plan will need to deal.
The demographic trends are among the fundamental factors that policy makers must take into account in formulating strategic plans in main policy areas. The combination of an aging population - the elderly population is expected to grow from 10 percent of the total population to 17 percent in the next four decades - and a significant decline in proportion of the working age population, alongside an increase in proportion of the population groups that tend not to participate as much in the labor force (there are expectations of a marked increase in proportion of the ultra-Orthodox population and a moderate increase in proportion of the Arab population), require preparation in almost all areas in which government policy operates.
To illustrate, I would like to provide a brief overview of some of the implications of these trends for two key areas in which the formulation and implementation of a broad strategic plan is required - the area of healthcare and long-term care, and the area of human capital. The examples will illustrate that without the implementation of such a strategic plan, not only will we not move forward toward closing the gaps vis-? -vis the other advanced economies, the gaps vis-à -vis the countries at the forefront will widen.
It is important to state at this point that in recent years, there has been significant progress in the government's strategic planning led by the National Economic Council. A deputy directors-general forum for planning and strategy has been established, and is preparing a plan for the government's work; seven areas in which the government has chosen to focus have been identified; interministerial cooperation has been intensified; and detailed targets have been set in a number of areas, and work has begun toward achieving them.
However, the challenges are large, and the way toward formulating a work plan, and more importantly toward implementing such a plan, remains long.
In the area of healthcare and long-term care, in view of the trend of aging population, we can estimate that the volume of needs for medical and long-term care services will increase sharply, and we must already prepare for this now. While the general population is expected to increase by 23 percent, the number of elderly citizens is expected to increase by more than double that - 52 percent. As a direct result, the demand for various healthcare services will also increase by about 60-70 percent, all while the overcrowding in the hospitals is already very high. In addition, about half of the physicians in the system are aged 55 or more - the highest figure in the western world - and the rate of those completing medical and nursing school is lower than in other countries, even after the increase in recent years. As such, the number of physicians per capita is expected to decline.
The Israeli healthcare system is considered very high-quality by international comparison. However, given the overcrowding in the hospitals, the long wait for various procedures, and the low rate of doctors and nurses per capita, the level budgeting for the healthcare system must be adjusted to the tasks imposed on it, a significant increase in the physical infrastructure and human capital in the system, and streamlining the long-term care system, with particular attention to improving systemic coordination. These can be advanced only through a multi-year plan based on a detailed analysis of future needs. Only the formulation and implementation of such a program will be able to maintain and improve the high-quality Israeli healthcare system, in view of the trends that are expected to weigh it down even more in coming years.
In terms of human capital:
The increase in education over the past four decades has been a main component in economic growth during that period. Average annual per capita growth has by 1.8 percent, of which 0.8 percent is due to the increased stock of human capital. The question is whether the current trends in the creation of human capital will be reflected in a similar contribution to future growth.In order to answer this question, we must examine what level of education is expected to be relevant to the labor market in the coming years, in view of the demographic trends. A study conducted by Dr. Eyal Argov of the Bank of Israel Research Department translated actual years of schooling into years of schooling in terms of earning capacity, and indicates that while the ultra-Orthodox have an average of 17 years of schooling, these are the equivalent of just 10 years of effective schooling in terms of earning capacity. This finding, particularly against the background of the projected demographic trends, indicates that a marked slowdown in the effective schooling of the entire population is expected in the coming years - which is expected to markedly lower the contribution of increased education to per capita GDP growth. The extent of the slowdown depends on the extent to which the actual number of years of schooling is translated into effective schooling in terms of the labor market, or in other words, to what extent the learning content is in line with what is required to successfully integrate into the labor market, which will lead to increased earning capacity and a higher standard of living. I should note that in the rest of the population groups examined (ultra-Orthodox women, Arabs, and non-ultra-Orthodox Jews), no difference was found between the average actual number of years of schooling and the number of years of effective schooling for the labor market.
In terms of the quality of education of the working-age population and its compatibility with the needs of the labor market, it turns out that despite the fact that the rate of workers with post-secondary degrees in Israel is relatively high by international comparison - about 30 percent - this is not reflected in labor productivity in most industries.
For instance, the rate of those with higher education required according to the composition of occupations in the non-export-oriented manufacturing industry is about 3 percent. The actual rate is about 18 percent, more than in parallel industries in the OECD countries. But productivity - or output per worker - in those industries is 33 percent lower in Israel than the OECD average. We can see from this that the extra education does not translate into effective education that provides skills that contribute to high labor productivity.
The quality of the education system, as reflected in international tests, is also relatively low, which does not bode well for the skills of workers that will be joining the labor market in the next few years. We do not have relative advantages compared to the rest of the world, other than human capital and our innovation and creativity. As such, these trends are worrisome in this context.
Against the background of these trends, a study conducted by the OECD indicates that the future contribution of human capital to the expected growth in Israel in the next 15 years is near zero - almost the lowest among OECD countries.
In view of the analysis of the trends I have presented, it is clear that in order to support sustainable and inclusive growth, which will lead to a higher standard of living, constant improvement is required in the level of human capital of the entire population. The education system, and the education required to provide the content and skills that will enable effective integration into the labor market for all parts of the population, including schooling in Mathematics, English, Hebrew, Sciences and Computers.
- An increase in investment in the education system is required, with an emphasis on expanding affirmative action in all aspects of the system, and for all levels of education.
- In particular, the quality of secondary and college education must be strengthened and improved, including in the post-secondary technological schools and in professional training for graduates.
- The future needs of the labor market must be examined, and skills and qualifications must be adjusted to dynamic needs, including by providing cognitive skills that will provide the ability to adjust to a changing labor market.
The future is already here, and we must deal with it now.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Brasil-Israel em controversia diplomatica: mini-crise sobre um mini-problema
A mim me parece uma crise sem sentido, sem motivo, sem final feliz...
Paulo Roberto de Almeida
Israel pressiona Brasil a aceitar indicação de Dayan como embaixador
POR FELIPE BENJAMIN
REUTERS, 28/12/2015
Vice-chanceler adverte que resistência de Brasília em aceitar ex-líder de movimento de assentamentos judaicos pode levar a uma crise diplomática
Benjamin Netanyahu fará apelos diretos à presidente Dilma para que Dani Dayan seja aceito
RIO — A disputa envolvendo a indicação do israelense Dani Dayan para o cargo de embaixador no Brasil ganhou um novo capítulo ontem, com uma entrevista na TV local. No canal 10, a vice-ministra das Relações Exteriores, Tzipi Hotovely, afirmou que o governo israelense não tem qualquer intenção de substituir a indicação de Dayan, e que a resistência de Brasília em aceitá-lo pode levar a uma crise diplomática entre os dois países. No canal 2, Dayan afirmara na véspera que o episódio não reflete uma crise bilateral entre Brasil e Israel, mas sim uma questão de “BDS” (boicote, d esenvolvimento e sanções) levantada por ativistas israelenses e abraçada por palestinos e brasileiros.
— Medidas serão tomadas para que Brasília entenda que Dayan é um homem respeitado, digno e aceito no espectro político israelense — afirmou Hotovely. — Faremos isso para dizer ao Brasil: “Aprove-o, ou teremos uma crise nas relações entre os dois países, algo que não vale a pena”.
Entre os planos citados pela vice-chanceler estão uma campanha pública no Brasil, a mobilização da comunidade judaica do país e a recusa em apontar um outro nome para substituir o embaixador Raed Mansour, que retornou a Israel há duas semanas.
MEDIDAS EM ESTUDO
No canal 2, Dayan afirmara na noite anterior que a questão verdadeiramente em debate não é sua indicação, mas sim se um judeu morador da região da Judeia e da Samaria — nome dado oficialmente pelo governo israelense à região da Cisjordânia, com exceção da porção oriental de Jerusalém — pode exercer o cargo de embaixador em outro país. O atual embaixador israelense nos Estados Unidos, Salai Meridor, e o enviado do país ao Canadá, Alan Baker, também são moradores de assentamentos judaicos na região.
— Assim como Israel reagiu de maneira enérgica na questão dos rótulos dos produtos, deve reagir quando pessoas são rotuladas, o que é muito pior — afirmou Dayan, em referência à decisão da União Europeia de exigir que produtos fabricados em áreas ocupadas por colonos judeus na Cisjordânia recebam rótulos indicando essa procedência. — Caso contrário, estaremos concordando com a ideia de que 700 mil judeus não são dignos de ocuparem a posição de embaixador.
Segundo Dayan, o principal negociador da Organização pela Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, está envolvido no assunto “até o pescoço”. Na semana passada, Erekat afirmou que o Brasil perderia a confiança dos palestinos caso aceitasse “os crimes de guerra, apartheid e colonização que Dani Dayan representa”, e classificou o empresário israelense como “um colono ilegal cujo trabalho é justificar a colonização criminosa que Israel exerce sobre os palestinos”.
Para o cônsul honorário de Israel no Rio de Janeiro, Osias Wurman, a resistência a Dayan é fruto de campanha negativa feita sobre o governo brasileiro por ativistas que defendem boicotes contra o país.
PUBLICIDADE
— Quando era chanceler de Israel, Avigdor Lieberman visitou Brasília diversas vezes, e foi sempre recebido da melhor maneira. Ele é morador de um assentamento, e isso nunca foi motivo para tensões antes — afirmou Wurman ao GLOBO. — Além disso, os assentamentos nunca foram construídos sobre solo palestino. Quando Israel anexou a Cisjordânia, em 1967, o território era jordaniano.
A polêmica envolvendo a indicação de Dayan surgiu em agosto, logo após seu anúncio pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Ontem, o assessor de política externa de Netanyahu, Jonathan Schachter, se reuniu com Hotovely e com o diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores, Dore Gold, para discutir os passos a serem tomados para garantir que o Brasil aceite o empresário como embaixador.
Hotovely atribuiu a resistência à crise política enfrentada pela presidente Dilma Rousseff, que, ameaçada pela possibilidade de um impeachment, precisaria de todo o apoio — inclusive da extrema-esquerda, que demonstra a maior rejeição a Dayan — para permanecer no poder.
Já Wurman destaca a importância do empresário no cenário israelense.
— Dani Dayan é uma personalidade em Israel. Apesar de defender os assentamentos, não é fanático ou ortodoxo — alega o cônsul honorário. — É somente um empresário que resolveu organizar a região em que vivia, e foi indicado a contragosto para embaixador.
Dayan acredita que o governo israelense tentou vencer a resistência brasileira pelo cansaço, e encontrou uma tentativa semelhante por parte do governo brasileiro. Fontes diplomáticas israelenses próximas ao empresário indicaram que ele poderia renunciar à indicação ao posto em Brasília.
— Até agora, o Ministério das Relações Exteriores (de Israel) acreditou em uma política que consiste em sentar e não fazer nada — afirmou. — Da mesma forma, acredito que muitos esperam que eu simplesmente abra mão da minha indicação, resolvendo o problema por eles.
Procurado, o Itamaraty informou que não comentaria o assunto.
— Israel não pode aceitar que um morador da Cisjordânia seja preterido e tratado como um cidadão de segunda classe. Rejeitar Dayan ou outro morador de um assentamento é uma atitude semelhante às estrelas amarelas nas camisas usadas (por judeus) na Alemanha durante o período nazista. — diz Wurman. — Isso é algo que nunca mais poderemos aceitar.
A constante tensão nos territórios ocupados se intensificou nos últimos meses, com aumento nos casos de violência na região e em Israel. Uma onda de ataques a faca e atropelamentos de judeus israelenses por palestinos e árabes-israelenses já deixou cerca de 20 judeus e pelo menos 130 palestinos mortos desde o atentado com coquetéis molotov que matou o bebê Ali Dawabsha — de um ano e meio — na aldeia de Duma. Posteriormente, os pais dele também morreram. Ontem, ultranacionalistas acusaram o Shin Bet, serviço de segurança interna de Israel, de torturar integrantes do movimento suspeitos de participarem do ataque.
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Politica externa: movimentos de esquerda determinam o que deve ser feito?
A diplomacia ficou refém de grupelhos esquerdistas?
Não é propriamente uma novidade, mas parece que ficou mais explícito...
Já é estranho que a concessão, ou não, de um agrément esteja sendo discutida em público, quando deveria ser um assunto reservado, totalmente confidencial. Trata-se de uma infração às normas mais elementares das relações diplomáticas.
Que se discuta em público, com movimentos sociais, se se vai conceder ou não, já um absurdo completo. O Brasil já não é mais o que era.
Paulo Roberto de Almeida
Left-wing Activists Ask Brazil Not to Accept Settler Leader's Ambassadorship
Barak Ravid, Haaretz Correspondent
Haaretz, September 21, 2015
Agreeing to Dani Dayan's appointment would be tantamount to legitimizing settlement enterprise, delegation including three former Israeli ambassadors tell Brazilian government.
A group of left-wing activists, including three former Israeli ambassadors, have asked the Brazilian government not to approve the appointment of Dani Dayan as envoy to Brazil. Dayan is a former chairman of the Council of Jewish Communities in Judea and Samaria.
In a meeting two weeks ago with the Brazilian ambassadors to Israel and the Palestinian Authority, the activists said that agreeing to Dayan’s appointment would be tantamount to legitimizing the settlement enterprise.
Those conducting this campaign belong to the diplomatic committee of the Peace NGO Forum, an organization that coordinates activities between Israeli and Palestinian NGOs that support a two-state solution. The forum is headed by former Meretz MK Mossi Raz.
The three senior diplomats lobbying against Dayan are former Foreign Ministry director-general Alon Liel, who is also a former ambassador to South Africa and was responsible for the Israeli Embassy in Turkey; former ambassador to South Africa Ilan Baruch, and former ambassador to France Eli Bar-Navi. They, together with Raz and former Meretz city councilman Meir Margalit, met with the Brazilian ambassadors shortly after Dayan’s appointment was approved by the cabinet.
Deputy Foreign Minister Tzipi Hotovely said late on Sunday that "Dani Dayan is the right man at this time to represent Israel in Brazil." Dayan's ideological beliefs, she said, are an advantage "when he comes as representative the policy of the government, which supports our right to settle Judea and Samaria (the West Bank)."
Under diplomatic protocol, a country interested in naming someone ambassador in another country must formally request that state’s written agreement to the appointment. If the country where the ambassador is to be posted does not issue a written agreement, the appointment cannot go through.
Liel told Haaretz that the group told the Brazilian ambassadors that Dayan, who lives in Ma’aleh Shomron is a settler who is ideologically committed to a policy that Brazil defines as illegal under international law. He added that the group related that Dayan opposes the two-state solution and that agreeing to his appointment would send a very negative message to all Palestinians and Israelis who support that solution, and would be a victory for those who support a binational state.
“We told them that Dayan is the foreign minister of the settlements,” Liel said.
Liel said that the Brazilian ambassador in Tel Aviv told the group that he would pass on their message to his foreign ministry in Brasilia, where Dayan’s appointment is currently being discussed. In addition to conveying the message through diplomatic channels, Liel said that he and the other two ambassadors are publishing an article this week against Dayan’s appointment in a large Brazilian newspaper.
Since Dayan’s posting was announced, groups in Brazil have also been working to scuttle the appointment. A group of pro-Palestinian activists have started to circulate a petition to the government asking not to accept Dayan as ambassador, and several Brazilian members of parliament are exerting pressure on President Dilma Rousseff to do the same.
At first Israel’s Foreign Ministry believed that Rousseff and the Brazilian Foreign Ministry would not yield to the pressure, but in recent weeks there have been signals suggesting concern from Brazil regarding Dayan’s appointment. Neither the Foreign Ministry nor the Prime Minister’s Office would comment for this report.
domingo, 4 de janeiro de 2015
Atlas do Oriente Medio (sem Israel): Stalin baixou na Editora Harper Collins
L’Etat d’Israël rayé d’un atlas sur le Moyen-Orient
Proposer une lecture claire et « en profondeur » des enjeux du Moyen-Orient. Telle était l'ambition affichée d'un atlas publié par le géant de l'édition Harper Collins, raconte The Washington Post. Développé spécialement pour les écoles de la région, l'ouvrage souhaitait offrir aux enfants la possibilité de « comprendre la dynamique entre l'environnement physique et social, les défis de la région [et] son développement socio-économique ». Des objectifs on ne peut plus louables. Seulement voilà, si la Jordanie est mentionnée, de même que Gaza ou encore la Syrie, le livre omet un acteur majeur dans la dynamique de la zone : Israël. Comme l'explique la publication catholique The Tablet, qui a révélé l'information, l'atlas a été depuis retiré de la vente.Harper Collins a également présenté ses excuses sur sa page Facebook pour une « omission » susceptible d'avoir offensé plusieurs personnes. Plus inquiétante est la justification donnée par Collins Bartholomew, une de ses filiales chargée de la cartographie : faire apparaître Israël aurait été « inacceptable » pour leurs clients. En d'autres termes, la non-mention de l'Etat hébreu relève donc d'un souci de « préférences locales ».
Alors que l'autorité palestinienne se bat pour la reconnaissance d'un Etat palestinien et que les tensions sont ravivées dans la région, cet « oubli volontaire » de la part d'une maison d’édition aussi installée, semble encore moins compréhensible... Interrogée par The Tablet, Jane Clements, directrice d’une organisation britannique œuvrant pour le dialogue entre catholiques et juifs, rappelle à juste titre que « les cartes peuvent être un outil très puissant ».
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Artistas brasileiros nao tem vergonha de apoiar ditaduras assassinas, mas condenam Israel...
Devem ser medíocres, mas pelo menos, divulgando seus nomes, os verdadeiros amigos das liberdades democráticas e dos direitos humanos não correriam o risco de comprar alguma obra desses energúmenos algum dia...
Paulo Roberto de Almeida
Colunistas
A arte da fuga
João Pereira Coutinho
Folha de S.Paulo, 2/09/2014
Quem leva a sério a opinião política dos artistas? Eu não. Deixei de o fazer com a ruína dos regimes totalitários.
Nas pinturas de Isaak Brodsky (sobre Lênin); nos filmes de Leni Riefenstahl (sobre Hitler); e nas telas de Alessandro Bruschetti (sobre Mussolini), a "arte política" deixou um testamento vergonhoso, que passou pela legitimação –melhor: pela exaltação das virtudes de psicopatas.
Exceções, sempre houve. Mas o casamento entre arte e política normalmente deu maus resultados. A "arte pela arte" não é apenas um bordão do século 19. É um conselho prudente para quem tem pretensões de se dedicar a ela.
Por isso ri alto com a carta aberta que 55 artistas enviaram à Fundação Bienal de São Paulo.
Ponto prévio: nenhuma pessoa adulta escreve cartas abertas em manada; quando falamos de artistas, ou pretensos artistas, a coisa ainda soa pior. Ou a arte vive da autonomia individual, ou não vive. Só covardes assinam em manada.
Mas os 55 revoltaram-se com o apoio financeiro que Israel concedeu à Bienal. Não querem dinheiro judeu porque acreditam que esse dinheiro, depois da guerra em Gaza, conspurca as suas integridades estéticas.
Se o dinheiro fosse da Autoridade Palestina, ou até do Hamas, talvez a conversa fosse outra. Não é. É de Israel.
Não vou regressar ao conflito entre Israel e o Hamas, que vive agora a sua trégua clássica antes do próximo confronto. Enquanto o mundo não entender direito a natureza islamita e jihadista do Hamas, não vale a pena gastar latim com o assunto.
Mas talvez não seja inútil fazer uma pergunta meramente teórica: de que vive a arte, afinal?
Arrisco uma resposta: a arte vive da liberdade. Um clichê sem grande importância?
Errado. Parafraseando Saul Bellow, eu gostaria de conhecer o Balzac dos zulus. Não conheço. Se Nova York, Londres ou Berlim são centros de excelência estética, isso deve-se à estabilidade política e à riqueza material de tais cidades.
E mesmo que a arte seja "engajada", o que já me parece uma corruptela da sua vocação, convém que o "engajamento" seja direcionado para os alvos certos.
Os 55 artistas da Bienal falham nos dois planos.
Começando pela liberdade, basta consultar os rankings da ONG Freedom House para 2014. Não vou cansar o leitor com números e mais números. Resumindo, digo apenas: Israel é o único país do Oriente Médio e do norte de África considerado "livre". O resto oscila entre "parcialmente livres" (Tunísia, Líbia, Kuait) e "não livres" (Iraque, Irã, Arábia Saudita).
E, para ficarmos na vizinhança de Israel, é a desgraça: Jordânia, Egito ou Síria continuam antros de repressão. Os 55 artistas, que deveriam defender a liberdade de expressão como quem defende o oxigênio, assinam uma carta contra o único país que respeita essa liberdade em todo o Oriente Médio.
E sobre os direitos humanos? Fato: Israel merece várias linhas de condenação nos relatórios anuais da Human Rights Watch, outra ONG independente. Mas nada que se compare ao comportamento dos mesmos países do Oriente Médio, para não falar da vizinhança em volta.
Um bom indicador do respeito pelos direitos humanos está no tema clássico da pena de morte. Israel aboliu-a para crimes civis. Do Egito à Jordânia, do Líbano à Autoridade Palestina, a execução judicial continua a verificar-se.
Digo "judicial" porque o Hamas, todos o sabemos, prefere fazer as coisas de forma "extrajudicial", fuzilando traidores no meio da rua.
De resto, será preciso dissertar sobre a diferença entre os "direitos" das mulheres ou dos homossexuais em Israel e nos países em volta? Será preciso recordar o histórico de amputações de membros e lapidações de adúlteras que existe por aquelas bandas?
E será preciso acrescentar alguma coisa à selvageria do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que pelo visto não incomoda os 55 artistas da Bienal de São Paulo?
Criticar Israel é legítimo. Nenhum governo está acima da crítica. Transformar Israel em pária internacional é uma forma de cegueira antissemita.
Eu só respeitarei a "coragem" dos 55 artistas no dia em que eles viajarem para Bagdá, Riad ou Gaza e escreverem uma carta contra os governos locais. Em defesa da liberdade e dos "direitos humanos".
Isso, claro, se ainda tiverem mãos para escrever.
João Pereira Coutinho, escritor português, é doutor em Ciência Política. É colunista do 'Correio da Manhã', o maior diário português. Reuniu seus artigos para o Brasil no livro 'Avenida Paulista' (Record) e é também autor do ensaio 'As Ideias Conservadoras Explicadas a Revolucionários e Reacionários' (3 Estrelas). Escreve às terças na versão impressa e a cada duas semanas, às segundas, no sit
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Um judeu antissionista e contra a ocupacao de Israel de territorios palestinos - Marcelo Gruman
Paulo Roberto de Almeida
Não em meu nome
Marcelo Gruman (*)
[Recebido em 4/08/2014, de Maurício David]
Na minha adolescência, tive a oportunidade de visitar Israel por duas vezes, ambas na primeira metade da década de 1990. Era estudante de uma escola judaica da zona sul da cidade do Rio de Janeiro. As viagens foram organizadas por instituições sionistas, e tinham por intuito apresentar à juventude diaspórica a realidade daquele Estado formado após o holocausto judaico da Segunda Guerra Mundial, e para o qual todo e qualquer judeu tem o direito de “retornar” caso assim o deseje. Voltar à terra ancestral. Para as organizações sionistas, ainda que não disposto a deixar a diáspora, todo e qualquer judeu ao redor do mundo deve conhecer a “terra prometida”, prestar-lhe solidariedade material ou simbólica, assim como todo muçulmano deve fazer, pelo menos uma vez na vida, a peregrinação a Meca. Para muitos jovens judeus, a visita a Israel é um rito de passagem, assim como para outros o destino é a Disneylândia.
A equivalência de Israel e Disneylândia tem um motivo. A grande maioria dos jovens não religiosos e sem interesse por questões políticas realizam a viagem apenas para se divertir. O roteiro é basicamente o mesmo: visita ao Muro das Lamentações, com direito a fotos em posição hipócrita de reza (já viram ateu rezando?), ao Museu da Diáspora, ao Museu do Holocausto, às Colinas do Golan, ao Deserto do Neguev e a experiência de tomar um chá com os beduínos, ir ao Mar Morto e boiar na água sem fazer esforço por conta da altíssima concentração de sal, a “vivência” de alguns dias num dos kibutzim ainda existentes em Israel e uma semana num acampamento militar, onde se tem a oportunidade de atirar com uma arma de verdade. Além, é claro, da interação com jovens de outros países hospedados no mesmo local. Para variar, brasileiros e argentinos, esquecendo sua identidade étnica comum, atualizavam a rivalidade futebolística e travavam uma guerra particular pelas meninas. Neste quesito, os argentinos davam de goleada, e os brasileiros ficavam a ver navios.
Minha memória afetiva das duas viagens não é das mais significativas. Aparte ter conhecido parentes por parte de mãe, a “terra prometida” me frustrou quando o assunto é a construção de minha identidade judaica. Achei os israelenses meio grosseiros (dizem que o “sabra”, o israelense “da gema”, é duro por natureza), a comida é medíocre (o melhor falafel que comi até hoje foi em Paris...), é tudo muito árido, a sociedade é militarizada, o serviço militar é compulsório, não existe “excesso de contingente”. A memória construída apenas sobre o sofrimento começava a me incomodar.
Nossos guias, jovens talvez dez anos mais velhos do que nós, andavam armados, o motorista do ônibus andava armado. Um dos nossos passeios foi em Hebron, cidade da Cisjordânia, em que a estrada era rodeada por telas para contenção das pedras atiradas pelos palestinos. Em momento algum os guias se referiram àquele território como “ocupado”, e hoje me envergonho de ter feito parte, ainda que por poucas horas, deste “finca pé” em território ilegalmente ocupado. Para piorar, na segunda viagem quebrei a perna jogando basquete e tive de engessá-la, o que, por outro lado, me liberou da experiência desagradável de ter de apertar o gatilho de uma arma, exatamente naquela semana íamos acampar com o exército israelense.
Sei lá, não me senti tocado por esta realidade, minha fantasia era outra. Não encontrei minhas raízes no solo desértico do Negev, tampouco na neve das colinas do Golan. Apesar disso, trouxe na bagagem uma bandeira de Israel, que coloquei no meu quarto. Muitas vezes meu pai, judeu ateu, não sionista, me perguntou o porquê daquela bandeira estar ali, e eu não sabia responder. Hoje eu sei por que ela NÃO DEVERIA estar ali, porque minha identidade judaica passa pela Europa, pelos vilarejos judaicos descritos nos contos de Scholem Aleichem, pelo humor judaico característico daquela parte do mundo, pela comida judaica daquela parte do mundo, pela música klezmer que os judeus criaram naquela parte do mundo, pelas estórias que meus avós judeus da Polônia contavam ao redor da mesa da sala nos incontáveis lanches nas tardes de domingo.
Sou um judeu da diáspora, com muito orgulho. Na verdade, questiono mesmo este conceito de “diáspora”. Como bem coloca o antropólogo norte-americano James Clifford, as culturas diaspóricas não necessitam de uma representação exclusiva e permanente de um “lar original”. Privilegia-se a multilocalidade dos laços sociais. Diz ele:
As conexões transnacionais que ligam as diásporas não precisam estar articuladas primariamente através de um lar ancestral real ou simbólico (...). Descentradas, as conexões laterais [transnacionais] podem ser tão importantes quanto aquelas formadas ao redor de uma teleologia da origem/retorno. E a história compartilhada de um deslocamento contínuo, do sofrimento, adaptação e resistência pode ser tão importante quanto a projeção de uma origem específica.
Há muita confusão quando se trata de definir o que é judaísmo, ou melhor, o que é a identidade judaica. A partir da criação do Estado de Israel, a identidade judaica em qualquer parte do mundo passou a associar-se, geográfica e simbolicamente, àquele território. A diversidade cultural interna ao judaísmo foi reduzida a um espaço físico que é possível percorrer em algumas horas. A submissão a um lugar físico é a subestimação da capacidade humana de produzir cultura; o mesmo ocorre, analogamente, aos que defendem a relação inexorável de negros fora do continente africano com este continente, como se a cultura passasse literalmente pelo sangue. O que, diga-se de passagem, só serve aos racialistas e, por tabela, racistas de plantão. Prefiro a lateralidade de que nos fala Clifford.
Ser judeu não é o mesmo que ser israelense, e nem todo israelense é judeu, a despeito da cidadania de segunda classe exercida por árabes-israelenses ou por judeus de pele negra discriminados por seus pares originários da Europa Central, de pele e olhos claros. Daí que o exercício da identidade judaica não implica, necessariamente, o exercício de defesa de toda e qualquer posição do Estado de Israel, seja em que campo for.
Muito desta falsa equivalência é culpa dos próprios judeus da “diáspora”, que se alinham imediatamente aos ditames das políticas interna e externa israelense, acríticos, crentes de que tudo que parta do Knesset (o parlamento israelense) é “bom para os judeus”, amém. Muitos judeus diaspóricos se interessam mais pelo que acontece no Oriente Médio do que no seu cotidiano. Veja-se, por exemplo, o número ínfimo de cartas de leitores judeus em jornais de grande circulação, como O Globo, quando o assunto tratado é a corrupção ou violência endêmica em nosso país, em comparação às indefectíveis cartas de leitores judeus em defesa das ações militaristas israelenses nos territórios ocupados. Seria o complexo de gueto falando mais alto?
Não preciso de Israel para ser judeu e não acredito que a existência no presente e no futuro de nós, judeus, dependa da existência de um Estado judeu, argumento utilizado por muitos que defendem a defesa militar israelense por quaisquer meios, que justificam o fim. Não aceito a justificativa de que o holocausto judaico na Segunda Guerra Mundial é o exemplo claro de que apenas um lar nacional única e exclusivamente judaico seja capaz de proteger a etnia da extinção.
A dor vivida pelos judeus, na visão etnocêntrica, reproduzida nas gerações futuras através de narrativas e monumentos, é incomensurável e acima de qualquer dor que outro grupo étnico possa ter sofrido, e justifica qualquer ação que sirva para protegê-los de uma nova tragédia. Certa vez, ouvi de um sobrevivente de campo de concentração que não há comparação entre o genocídio judaico e os genocídios praticados atualmente nos países africanos, por exemplo, em Ruanda, onde tutsis e hutus se digladiaram sob as vistas grossas das ex-potências coloniais. Como este senhor ousa qualificar o sofrimento alheio? Será pelo número mágico? Seis milhões? O genial Woody Allen coloca bem a questão, num diálogo de Desconstruindo Harry (tradução livre):
- Você se importa com o Holocausto ou acha que ele não existiu?
- Não, só eu sei que perdemos seis milhões, mas o mais apavorante é saber que recordes são feitos para serem quebrados.
O holocausto judaico não é inexplicável, e não é explicável pela maldade latente dos alemães. Sem dúvida, o componente antissemita estava presente, mas, conforme demonstrado por diversos pensadores contemporâneos, dentre os quais insuspeitos judeus (seriam judeus antissemitas Hannah Arendt, Raul Hilberg e Zygmunt Bauman?), uma série de características do massacre está relacionada à Modernidade, à burocratização do Estado e à “industrialização da morte”, sofrida também por dirigentes políticos, doentes mentais, ciganos, eslavos, “subversivos” de um modo geral. Práticas sociais genocidas, conforme descritas pelo sociólogo argentino Daniel Feierstein (outro judeu antissemita?), estão presentes tanto na Segunda Guerra Mundial quanto durante o Processo de Reorganização Nacional imposto pela ditadura argentina a partir de 1976. Genocídio é genocídio, e ponto final.
A sacralização do genocídio judaico permite ações que vemos atualmente na televisão, o esmagamento da população palestina em Gaza, transformada em campo de concentração, isolada do resto do mundo. Destruição da infraestrutura, de milhares de casas, a morte de centenas de civis, famílias destroçadas, crianças torturadas em interrogatórios ilegais conforme descrito por advogados israelenses. Não, não são a exceção, não são o efeito colateral de uma guerra suja. São vítimas, sim, de práticas sociais genocidas, que visam, no final do processo, ao aniquilamento físico do grupo.
Recuso-me a acumpliciar-me com esta agressão. O exército israelense não me representa, o governo ultranacionalista não me representa. Os assentados ilegalmente são meus inimigos.
Eu, judeu brasileiro, digo: ACABEM COM A OCUPAÇÃO!!!
(*) Marcelo Gruman é antropólogo.
Referências bibliográficas:
CLIFFORD, James. (1997). Diasporas, in Montserrat Guibernau and John Rex (Eds.) The Ethnicity Reader: Nationalism, Multiculturalism and Migration, Polity Press, Oxford