Reproduzindo, sem necessidade de agregar mais nada...
Ou talvez sim: em dois anos o Brasil volta ao FMI, ou vai ser o primeiro membro do BRICS a usar do seu próprio Acordo Contingente de Reservas.
Não é um sucesso companheiro?
Paulo Roberto de Almeida
Luiz Fernando Rudge
Domingo, 6 de setembro de 2015
O brasileiro se sente mais pobre do
que quando o PT assumiu. Por quê?
Faltam três semanas cheias para o
fim do terceiro trimestre de recessão econômica no Brasil, que ocorre no
terceiro mandato do PT à frente da administração, e os principais analistas já
reconhecem que este será o pior trimestre desta retração, porque a administração
da Economia está sem rumo e “não há forças capazes de levar a uma retomada do
crescimento”, segundo um rigoroso analista da situação nacional.
Os empresários que se preocupam com
a gestão de seus empreendimentos devem, neste mês, iniciar o planejamento para
enfrentar 2016 – e, inevitavelmente, projetar esse planejamento até 2018, por
causa da questão política. Segundo os jornais, “lamentam o desalento dos
consumidores, que temem demissões que eles mesmos tiveram ou terão de fazer”. E
afligem-se com a indefinição dos rumos do país, exatamente na hora em que devem
planejar o futuro.
Irão planejar o quê? As agências de
classificação de riscos estão atrasadas, porque o mercado já antecipou que
perdemos o grau de investimento, com o salto para cima nas taxas do CDS -
principal medidor do risco real - superando por larga margem o CDS da Turquia –
que não tem grau de investimento.
O Brasil aproxima-se do efetivo
descontrole cambial, com o dólar precificado em função do risco, reforçado pelo
bom desempenho da economia e pela valorização da moeda americana e pela queda
nos preços de commodities.
O mau comportamento do real frente
ao dólar ocasiona preocupantes pressões inflacionárias, reforçadas pelo
insucesso do ministro da Fazenda em corrigir os desajustes fiscais a que se
propôs, no que foi impedido pela presidente que o nomeou, e que sofre de
recaída das iniciativas do seu mandato anterior. Com isso, o prêmio de risco da
inflação cresceu sem controle, levando as taxas de juros bancários de prazo
longo a aumentar, carimbando a inflação como um evento de alto risco.
O planejamento de gestão empresarial
sofre ainda com os dados que a Economia apresentou nestes três trimestres de
retração:
·
Incerteza no mundo empresarial;
·
Consumo em queda, com inadimplência em alta;
·
Aumento do nível de desemprego;
·
Aumento no estoque de imóveis à venda;
·
Retração do crédito;
·
Baixa taxa de investimento.
Esta última característica tem, na
Petrobrás, um efeito adicional, já que a companhia normalmente responde por 10%
da FBCF (formação bruta de capital fixo) na Economia brasileira, e agora vê-se
a braços com dívidas em dólar acima de sua capacidade de pagamento, e plano de
negócios que exige desinvestimento difíceis de realizar, porque a indústria do
petróleo vive um momento de baixa.
Resta-nos apenas a última fala da
presidente, de que já cortou todos os gastos de governo que podia cortar.
Ninguém acredita nisso.