Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
OMC-WTO: publications
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
OMC: UE reclama contra Brasil (era inevitavel)
O governo acha que pode fazer discriminação abusiva contra a produção estrangeira.
Deu no que deu: os companheiros obrigam o Brasil a passar vergonha numa organização presidida por um brasileiro.
Paulo Roberto de Almeida
Europa exige fim de redução de IPI nos carros e leva Brasil à OMC
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
OMC: acordo de Bali, sucessos e frustracoes - artigos variados
Existe uma tendência, há muito tempo, de superestimar esses acordos. Esta cifra é, em grande parte, papo furado. O principal foi ter um acordo, qualquer acordo. É algo mais institucional, de salvar a OMC. O acordo é modestíssimo, é o mínimo. Não resolve nenhum problema importante de acesso aos mercados.
Pode ser que a administração de cotas agrícolas, que ainda vai depender de muita negociação, ajude. Para o Brasil, o mais concreto é isso. O País é beneficiário em várias cotas. Dizer que vai ganhar muito com acordo de facilitação de comércio é exagero. O Brasil não é exemplo nesse caso. É um dos países mais encrencados em matéria de aduana.
Existem, mas o que está se tentando com esse acordo é obter uma regulamentação para fazer valer essas cotas. No momento atual, elas são meio facultativas, dependem de conjuntura. O que se quer são regras mais claras para fazer com que funcionem.
No caso da facilitação do comércio, os beneficiados são os grandes exportadores, como China, Alemanha, EUA, pois torna mais ágil a liberação de produtos. O Brasil também pode ser beneficiado, na medida em que exporta produtos agrícolas. No momento, é mais para exportadores. Para os importadores, é bom para os privados, pois assegura que receberão logo os produtos.
Na área de manufaturados, na qual o Brasil tem mercados importantes em outros países em desenvolvimento, o acordo deve ter impacto positivo e isso é relevante porque a exportação de produtos manufaturados vem enfrentando dificuldades crescentes, com a indústria com cada vez menos participação no PIB.
Com certeza. Com o acordo, essas cotas ficam regulamentadas, muito mais transparentes e submetem esse sistema ao Regime de Solução de Controvérsias da OMC. O acordo obtido não é uma coisa trivial nem tem pouca importância. Isto tem pelo menos uns 20 anos de negociação.
sábado, 7 de dezembro de 2013
OMC: quem fala em acordo de comercio pode estar tergiversando sobre palavras...
Não se espere essa criação de comércio ou de emprego como anunciado: não vai haver nada disso, mas simples permanência do imobilismo nas políticas comerciais dos países, ou seja. continuidade do mercantilismo habitual.
Paulo Roberto de Almeida
OMC: um acordo, nao historico, mas mercantilista e limitado - Le Monde
A Bali, l'OMC conclut un accord « historique »
Cet accord, le premier depuis la création de l'OMC en 1995, est un « pas important » vers la réalisation du vaste programme de libéralisation des échanges commerciaux lancé en 2001 dans la capitale du Qatar, Doha, mais resté jusqu'à présent lettre morte. « Bali marque une nouvelle aube pour l'OMC », a ajouté M. Wirjawan.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
OMC-Bali: nuestros hermanos e os aliados estrategicos, sabotando a conferencia
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
India: nosso parceiro estrategico no IBAS, no BRICS, no G20 comercial, aliado bilateral dos companheiros, etc...
Nota: quando se fala de G20, neste contexto (em outras matérias que não nesta), não tem NADA a ver com o G20 financeiro; este G20 comercial, que não se sabe ao certo quantos países o compõem (tantas foram e tantas são as mudanças de composição), foi formado na ministerial da OMC de Cancun, quando o Brasil, e o G20 comercial, deram, segundo as palavras do guia genial dos povos e reformador da ordem mundial, um "truco" nos países ricos, a versão passando pela história oficial nas palavras e na propaganda da mídia companheira, obviamente sem qualquer conexão com a realidade.
Mais uma vez, a Índia ameaça prejudicar os interesses comerciais, e nacionais (menos para os companheiros) do Brasil, e ainda assim é considerada "parceiro estratégico" (um conceito mais que abusado) e aliado preferencial.
Santa ingenuidade dos companheiros...
Paulo Roberto de Almeida
terça-feira, 26 de novembro de 2013
A insustentavel leveza do comercio internacional: OMC fracassa, mais uma vez...
Paulo Roberto de Almeida
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Mercosul: descoordenacao e protecionismo argentino dificultam acordocom UE
Argentina entrega proposta parcial à UE e frustra Brasil
Valor Econômico, Sexta-feira, 22 de Novembro de 2013
O governo argentino frustrou negociadores brasileiros e apresentou uma proposta incompleta aos demais sócios do Mercosul para levar adiante as discussões de um esperado acordo de livre comércio com a União Europeia.
Antes de levar qualquer coisa aos europeus, o Mercosul faz um esforço para coordenar suas próprias posições. A Argentina deixou de fora da sua proposta três dos quatro eixos que costumam formar um acordo: serviços, investimentos e compras governamentais. Ela só apresentou, nas discussões internas do Mercosul, uma oferta de bens. Ou seja, especificou quais produtos importados da UE poderão ter suas tarifas de importação eliminadas - e em quanto tempo. Mas não fez nenhuma menção à abertura do mercado de serviços, à proteção de investimentos e a margens de preferências em suas licitações públicas para fornecedores europeus. Os demais parceiros do bloco sul-americano fizeram o dever de casa completo e incluíram as quatro áreas na proposta de acordo. Só a Venezuela, que ainda se adapta à tarifa externa comum, está fora das discussões.
O compromisso de entregar uma oferta de liberalização comercial à UE, até o fim de dezembro, foi assumido por todo o bloco. O Paraguai, mesmo ainda estando formalmente fora do Mercosul, e o Uruguai já haviam fechado suas propostas. A Argentina vinha fazendo suspense em torno de sua posição nas negociações. Na semana passada, enviou a Brasília uma delegação de ministros para reiterar o interesse em evoluir nas negociações.
Logo em seguida, entretanto, houve decepção com o que os argentinos realmente colocaram sobre a mesa. Na sexta-feira, numa reunião em Caracas, o aborrecimento dos técnicos foi tão grande que o encontro acabou horas antes do término previsto.
Além de não incluir em sua proposta três áreas importantes em qualquer acordo de livre comércio, o governo argentino levou aos demais sócios do Mercosul uma oferta de eliminação de tarifas que cobre um nível de comércio tido como insuficiente para avançar nas discussões com a UE. Os europeus exigem o fim das alíquotas sobre cerca de 90% de suas exportações ao bloco sul-americano. Uruguai e Paraguai já superaram esse patamar em suas propostas. A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou uma oferta do Brasil que abrange 87% do comércio. O compromisso argentino ficou abaixo disso.
O governo brasileiro tem preferência por conciliar posições e chegar a uma proposta conjunta do Mercosul, mas já levou a Buenos Aires a mensagem de que isso seria impossível com o atual nível de ambição da Argentina.
A dúvida, entre os negociadores brasileiros, é se a Argentina deu sua posição definitiva ou ainda está aberta a melhorar sua oferta e incluir as demais áreas. Se não houver melhorias, a única alternativa será ter uma proposta conjunta do Mercosul que envolva as regras gerais do acordo, mas com velocidades diferentes de abertura comercial com a UE. O tempo é curto: o Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento, que coordenam as negociações do lado brasileiro, querem levar essa proposta até o dia 15 de dezembro.
Para dar peso político à apresentação da oferta de acordo, os ministros Luiz Alberto Figueiredo e Fernando Pimentel cogitam levar pessoalmente a proposta, em Bruxelas - sede da Comissão Europeia. O Brasil fará uma oferta com ou sem a Argentina.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
BRICS: ingenuos acham que China se dobra a acertos no grupo - servicosna OMC
Apenas ingênuos acham que a China vai submeter suas conveniências econômicas nacionais ao que pensam outros países, em quaisquer foros, contextos ou assuntos, sobretudo quando se trata de matérias nas quais ela atua apenas e tão somente com pragmatismo, sem qualquer consideração ideológica, como podem ter outras burocracias nacionais afastadas das necessidades de seus empresários ou da própria população.
Por Assis Moreira | De Genebra
O pedido de adesão da China a uma negociação liderada pelos Estados Unidos para acelerar a liberalização no comércio internacional de serviços provocou reação conjunta de Brasil, Índia e África do Sul junto aos chineses para tentar preservar uma coordenação entre os grandes emergentes, conforme o Valor apurou.
Esses quatro países formam informalmente o chamado Bics na Organização Mundial do Comércio (OMC). Juntos, podem ter mais peso nas negociações multilaterais de comércio e por tabela na governança global, ante certas posições de nações desenvolvidas.
Mas a decisão chinesa de pedir para entrar na negociação plurilateral (de adesão opcional) do chamado Trade In Services Agreement (Tisa; Acordo sobre Comércio de Serviços) enfraquece os que estão fora da negociação, caso de Brasil, Índia e vários outros emergentes.
Essa negociação do Tisa foi lançada em 2012 pelos EUA em resposta ao impasse nas negociações multilaterais (com participação de todos os membros da OMC) da Rodada Doha. Na ocasião, Pequim e outros grandes emergentes denunciaram que a iniciativa comandada pelos Estados Unidos diminuiria as chances para um acordo na Rodada Doha e afetaria o próprio sistema multilateral.
Daí a surpresa dos parceiros quando, neste mês, Pequim pediu para entrar na negociação limitada nesse segmento do comércio global que somou US$ 4 trilhões no ano passado, e que antes rejeitava firmemente.
A ideia é os participantes do Tisa se comprometerem já de entrada com a melhor abertura que ofereceram até agora em qualquer outro acordo. A partir daí, eventualmente ampliar as ofertas de acesso ao mercado entre seus participantes no setor que inclui serviços financeiros, de telecomunicações, transportes, construção, turismo, distribuição, movimento de profissionais e outros.
Nesse cenário, os Bics fizeram uma reunião discreta nesta semana em Genebra para entender porque os chineses mudaram repentinamente de posição. Normalmente o grupo dos grandes emergentes é o Brics, que inclui a Rússia. Só que Moscou entrou recentemente na OMC, tem tido participação pouco expressiva e não demonstrou maior interesse em ações em grupo na entidade global de comércio, até agora.
Conforme diferentes fontes, na reunião dos Bics no nível de embaixadores, os parceiros lamentaram que os chineses não tenham informado antes a seus parceiros do movimento em direção à negociação de serviços. Sobretudo os indianos disseram aos chineses que será muito difícil que os EUA deixem Pequim entrar no Tisa.
A decisão será essencialmente do Congresso americano, num prazo de 90 dias, e deve vir com muitas condições. Os americanos querem evitar que Pequim repita o que fez ao entrar no Acordo de Tecnologia de Informação (ITA, na sigla em inglês). Ao invés de liberalizar, no ritmo esperado por americanos e europeus, os chineses apareceram com uma lista grande de produtos considerados sensíveis que precisavam de proteção.
Os parceiros manifestaram o interesse de continuar a coordenação que vinham tendo até agora nas negociações na OMC. Pediram para Pequim manter-se com eles pelo fortalecimento do sistema multilateral, ao invés de iniciativas plurilaterais (de adesão opcional), onde a margem de barganhas é bem mais limitada.
No entanto, o representante chinês não abriu a boca no encontro dos Bics. Se a tentativa era de convencer Pequim a desistir de sua adesão, não funcionou, nota um observador na cena comercial.
Isso significa também que a China não vai sair de nenhum grupo - nem do G-20 agrícola, nem dos Bics nem de qualquer outro. Joga em todos os tabuleiros onde pode alavancar suas posições.
Pequim tem planos de aumentar suas exportações de serviços. O país foi o quinto maior exportador no setor em 2012, com US$ 190 bilhões, e o terceiro maior importador, com US$ 281 bilhões. A Índia foi o sexto maior exportador, com US$ 149 bilhões, e o sétimo maior importador, com US$ 125 bilhões. O Brasil exportou US$ 38 bilhões e importou quase o dobro.
Sem a China ao lado deles, aumentou o risco de isolamento de Brasil, Índia e África do Sul na área de serviços. Podem ficar de fora do desenho inclusive das regras num dos setores mais dinâmicos da economia mundial. A negociação do Tisa terá impacto inevitável mais tarde em qualquer acordo global de serviços com todos os membros da OMC.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
OMC: Protecionismo comercial brasileiro em servicos, abertura da China
China adere e Brasil se isola na negociação de serviços
Valor Econômico, 24/09/2013
Brasil e OMC
Rubens Barbosa
domingo, 18 de agosto de 2013
À espera de Doha, OMC mantém relevância - Celso Lafer
terça-feira, 30 de julho de 2013
OMC: World Trade Report 2013: comercio sempre crucial para odesenvolvimento
WORLD TRADE ORGANIZATION (WTO)
18 JULY 2013
FAST-CHANGING NATURE OF WORLD TRADE POSES NEW POLICY CHALLENGES, REPORT SAYS.
economic, political and social factors, including technological
innovation, shifts in production and consumption patterns, and
demographic change, according to the 2013 World Trade Report published
by the WTO on 18 July 2013. Director-General Pascal Lamy said: “One
element clearly stands out in the Report, and that is the importance
of trade for development”. “The transformation of trade has been
underway for some time,” said WTO Director-General Pascal Lamy. “It is
manifested most clearly in wider geographical participation in trade
and the rise of international supply chain production. One element
clearly stands out in the Report, and that is the importance of trade
for development. The forecasts and reflections contained in this
report do not foresee a reverse of globalization. But we should
remember that the gains it brings could be nullified or at least
mitigated if short-term pressures are allowed to override long-term
interests, and if its social consequences in terms of the unevenness
of its benefits are neglected. This is why renewed efforts are needed
to revive the vibrancy of the global trading system.” One of the most
significant drivers of change is technology. Not only have revolutions
in transport and communications transformed our world but new
developments, such as 3D printing, and the continuing spread of
information technology will continue to do so. Trade and foreign
direct investment, together with a greater geographical spread of
income growth and opportunity, will integrate a growing number of
countries into more extensive international exchange. Higher incomes
and larger populations will put new strains on both renewable and
non-renewable resources, generating even greater need for careful
resource management. More effort must also be devoted to addressing
environmental issues, the report says. Economic and political
institutions will continue to have a significant role to play in
shaping international co-operation, including in trade, as will the
interplay of cultural customs among countries. Non-tariff measures
will gain in prominence and regulatory convergence will likely
constitute the greatest challenge to the trading system of the future.
The future of trade will also be affected by the extent to which
politics and policies successfully address issues of growing social
concern, such as the availability of jobs and persistent income
inequality, as well as environmental concerns, say the authors of the
World Trade Report 2013.
TRENDS IN INTERNATIONAL TRADE
•Dramatic decreases in transport and communication costs have been the
driving forces behind today’s global trading system. Geopolitics has
also played a decisive role in advancing and reinforcing these
structural trends.
•In the last 30 years, trade in merchandise and commercial services
have increased by about 7 per cent per year on average, reaching a
peak of $18 trillion and $4 trillion respectively in 2011. When trade
is measured in value-added terms, services play a larger role.
•Between 1980 and 2011, developing economies raised their share in
world exports from 34 per cent to 47 per cent and their share in world
imports from 29 per cent to 42 per cent. Asia is playing an increasing
role in world trade.
•For a number of decades, world trade has grown on average nearly
twice as fast as world production. This reflects the increasing
prominence of international supply chains and hence the importance of
measuring trade in value-added terms.
•Simulations show that in a dynamic economic and open trade
environment, developing countries are likely to outpace developed
countries in terms of both export and GDP growth by a factor of two to
three in future decades. By contrast, their GDP would grow by less
than half this rate in a pessimistic economic and protectionist
scenario, and export growth would be lower than in developed
countries.
FUNDAMENTAL ECONOMIC FACTORS AFFECTING INTERNATIONAL TRADE
•Demographic change affects trade through its impact on countries’
comparative advantage and on import demand. An ageing population,
migration, educational improvements and women’s participation in the
labour force will all play a role in years to come, as will the
continuing emergence of a global middle class.
•Investment in physical infrastructure can facilitate the integration
of new players into international supply chains. The accumulation of
capital and the build-up of knowledge and technology associated with
investment, particularly foreign direct investment, can also enable
countries to move up the value chain by altering their comparative
advantage.
•New players have emerged among the countries driving technological
progress. Countries representing 20 per cent of the world’s total
population accounted for about 70 per cent of research and development
(R&D) expenditure in 1999, but only about 40 per cent in 2010.
Technology spill-overs are largely regional and stronger among
countries connected by production networks. In addition to the
traditionally R&D intensive manufacturing sectors, knowledge-intensive
business services are emerging as key drivers of knowledge
accumulation.
•The shale gas revolution portends dramatic shifts in the future
pattern of energy production and trade as North America becomes energy
sufficient. Increasing water scarcity in the future in large swathes
of the developing world may mean that the long-term decline in the
share of food and agricultural products in international trade might
be arrested or even reversed.
•Ample opportunities exist for policy actions, at the national and
multilateral level, to reduce transportation costs and offset the
effect of higher fuel costs in the future – improving the quantity and
quality of transportation infrastructure, successfully concluding the
Doha Round negotiations on trade facilitation, introducing more
competition on transport routes, and supporting innovation.
•Improvements in institutional quality, notably in relation to
contract enforcement, can reduce the costs of trade. Institutions are
also a source of comparative advantage, and trade and institutions
strongly influence each other.
TRADE OPENNESS AND THE BROADER SOCIO-ECONOMIC CONTEXT
•Successful integration into global markets requires the constant need
for individuals and societies to cope with changes in the competitive
environment. These adjustments can put labour markets under strain and
can shape attitudes towards trade openness. Job losses in the
short-run can exert pressure on governments to use barriers to trade.
In the end, it is open economies with a well-trained workforce and a
business-friendly environment as well as an effective social
protection system that tend to be better placed to adjust
successfully.
•Societies’ transition to a sustainable development path requires
careful management of the multi-faceted relationship between trade and
the environment in order to maximize the environmental benefits that
open trade can bring. Competitiveness concerns may result in
governments incorporating trade-restrictive non-tariff measures into
environmental policies as a means of compensating affected firms and
sectors. Such green incentive packages may undermine their
environmental effectiveness and exacerbate their potentially adverse
trade effects.
•The expansion of trade needs to be supported by a stable financial
and monetary system – delivering a sufficient volume of trade finance
at an affordable cost, particularly for developing countries, and
macroeconomic policies that promote exchange rate stability.
PROSPECTS FOR MULTILATERAL TRADE CO-OPERATION
•Some of the main trends which will affect world trade in the coming
decades are the emergence of international value chains, the rise of
new forms of regionalism, the growth of trade in services, the greater
incidence of non-tariff measures, higher and more volatile commodity
prices, the rise of emerging economies, and evolving perceptions about
the link between trade, jobs and the environment.
•These trends will raise a number of challenges for the WTO. Trade
opening, especially in the context of non-tariff measures beyond WTO
disciplines, is taking place outside of the WTO. A greater focus on
regulatory convergence will therefore be required. Interdependence
between trade in goods and trade in services is increasing. Frictions
in natural resource markets expose some regulatory gaps. The emergence
of new players affects global trade governance in ways that need to be
better understood. Coherence between WTO rules and non-trade
regulations in other multilateral fora needs to be maintained.
•Addressing these challenges will involve reviewing and possibly
expanding the WTO agenda. Traditional market access issues will not
disappear but new issues, particularly with regard to non-tariff
measures, are emerging. Internal governance matters as well as the
role of the WTO in global governance may need to be addressed. An
important issue will be how to “multilateralize” the gains made in
preferential trade agreements and to secure regulatory convergence.
FULL DOCUMENT: http://www.wto.org/english/res_e/booksp_e/world_trade_report13_e.pdf