No ano que vem, os portugueses – menos os muito reaças e partidários da monarquia absoluta e do Ancien Régime – comemorarão os 200 anos da Revolução Liberal do Porto, que visava acabar com o regime arcaico e inaugurar uma monarquia constitucional. Haverá um seminário internacional em Lisboa, uma vez que a revolução deu a partida para a convocação das Cortes, que atuaram como Assembleia Constituinte (da qual participaram inclusive muitos representantes das províncias do Brasil, depois postos a correr pela força do movimento recolonizador impulsionado pelos comerciantes lusos).
A base, a fonte, a origem da revolução foi o Sinédrio, criado três anos antes.
Reproduzo aqui a síntese oferecida pela Wikipedia sobre essa entidade secreta.
Paulo Roberto de Almeida
Sinédrio (Portugal)
Wikipedia, acesso em 29/08/2019
Embora não fosse uma organização de caráter maçônico, vários dos seus membros eram maçons.
A criação do Sinédrio dá-se após a Revolução falhada que se tentara em Lisboa pelo General Gomes Freire de Andrade, que era o único que se via capaz de fazer frente ao marechal inglês Beresford, que visava o fim do domínio inglês sobre Portugal através da instauração de uma Monarquia Constitucional. A criação do Sinédrio é um dos sinais que antecederam a implantação do liberalismo em Portugal, e foi encorajado pela revolução espanhola de 9 de Março de 1820. Após a revolução liberal, que ocorreu na cidade do Porto a 24 de Agosto de 1820, e associação extinguiu-se, tendo alguns dos seus membros participado na Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, que iniciou o período do liberalismo em Portugal.