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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Diplomacias e diplomatas: qualquer semelhanca...


Diplomacia sem gás
Por Pedro Luiz Rodrigues
25/04/2013

Nos postos de comando das relações internacionais, como em qualquer área de exercício de poder, não há espaço para gente que não sabe bem o que quer ou para onde vai.  A chefia da diplomacia exige mais do que a mera capacidade de se inteirar da agenda ou de ler discursos preparados pela assessoria. É uma área na qual verdadeiros líderes são necessários; capazes de pensar e formular, mas, não menos importante, capazes também de agir com firmeza e agilidade.

A diplomacia conduzida sem vigor e entusiasmo não produz os resultados que dela são esperados. Limitada ao rame-rame, ao insosso, deixa-se de tratar do que é relevante, da busca de novas formas de inserção global num mundo em rápida transformação.


Estou é claro, falando da Baronesa Catherine Ashtom, a titular da área de relações exteriores e defesa da União Européia. Quando há três anos e meio se pensou no nome da parlamentar trabalhista britânica para o cargo, acreditava-se que ela acrescentaria peso à política externa europeia. Ao contrário, em momento internacional delicadíssimo a EU continua buscando formas de ganhar influência diplomática.  Seus próprios assessores reclamam que ela não sabe delegar e não tem uma agenda política, observou Christoph Shult, em recente artigo em Der Spiegel.

A pobre da baronesa tem sofrido horrores. As crises continuam a pipocar, e a União Europeia reage a cada uma delas com incrível alentidão. Quando a Primavera Árabe eclodiu, os governos europeus tiveram de insistir várias vezes com ela antes de sua decisão de  viajar ao Cairo. Quando a crise no Mali estourou, foi a França que tomou  a decisão de intervir.

Segundo observou Shult, os países grandões da União Europeia – que preferem tomar unilateralmente suas decisões - não têm facilitado a vida para Ashtom. Os países-membros se metem o quanto podem com o staff em diversas situações, inclusive quando se trata de designar embaixadores europeus para servir  no exterior.

Mas a Sra. Ashtom não terá futuro longo. Já á muita gente de olho em seu cargo. Ela não está nem aí e já deixou claro que nele não continuará por muito tempo.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Dolce far niente dos diplomatas ou incongruencias do Itamaraty?

Diplomatas ganham salário sem dar expediente no Palácio do Itamaraty Ao menos 17 servidores de carreira recebem normalmente sem nem sequer aparecer no Itamaraty para trabalhar, mesmo com domicílio em Brasília. Em alguns casos, anomalia se arrasta há anos

João Valadares
Correio Braziliense, 18/04/2013

O Ministério das Relações Exteriores argumenta que os embaixadores sem lotação representam 'uma espécie de estoque' para missões internacionais (Carlos Vieira/CB/DA Press)
O Ministério das Relações Exteriores argumenta que os embaixadores sem lotação representam "uma espécie de estoque" para missões internacionais

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) abriga em sua estrutura uma categoria de pelos menos 17 diplomatas que recebem altos salários, mas não dão expediente. São três embaixadores, cinco ministros de segunda classe, oito conselheiros e uma primeira-secretária que ganham salário médio de R$ 20 mil e, no entanto, não têm lotação. Por mês, a pasta gasta, sem contar benefícios indiretos, aproximadamente R$ 326 mil. Todos têm passaporte diplomático e alguns deles até apartamentos funcionais em áreas nobres de Brasília. Muitos dos chamados "encostados do Itamaraty" não põem os pés no MRE há anos.

O caso do ministro de segunda classe Mario Grieco chama a atenção. Ele recebe salário de R$ 20.729,81, mas não trabalha desde 2006. O mais grave: apenas em julho do ano passado, o MRE descobriu o caso, e só em agosto de 2012 fez um memorando sugerindo uma lotação. No entanto, segundo o próprio Itamaraty, ainda não há definição. Até lá, o funcionário segue sem local de trabalho. Na lista, há três embaixadores. Carlos Eduardo Sette Câmara, com salário de R$ 21.447, não tem lotação. Em 2011, realizou apenas uma missão. Em 2012, outra. E só. Desde novembro do ano passado, não precisa ir ao ministério. A justificativa oficial do Itamaraty é que ele aguarda sabatina do Senado para ser nomeado embaixador em Nassau, nas Bahamas.

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O embaixador Eduardo Botelho Barbosa recebe R$ 19.420, mas não trabalha desde janeiro. Ele também aguarda sabatina do Senado para ser nomeado embaixador em Argel. Também não há data específica para a nomeação. Outro colega, Carlos Augusto Rêgo Santos Neves, atuou em Moscou, Londres e Porto, e hoje está em processo para se aposentar. Mas até chegar esse dia, ele pode ficar em casa sem receber nenhum tipo de sanção por não trabalhar.


 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Um diplomata exemplar (na sua canalhice, entenda-se...)

Assunto: Austrália: cônsules brasileiros são acusados de assédio moral e sexual
Liz Lacerda - Direto de Sydney
Site Terra,  02 de Abril de 2013

Austrália: cônsules brasileiros são acusados de assédio moral e sexual
Funcionários do consulado do Brasil em Sydney pediram que os dois sejam afastados
"Fontenelle chamava outra funcionária de gostosa, falava de sua bunda e seus peitos e chegou ao ponto de sussurrar no ouvido da colega: 'estou louco para te dar um beijo aqui e agora'. Ele é um safado" - Viviane Jones, Funcionária do Consulado-Geral do Brasil em Sydney

Os funcionários do Consulado-Geral do Brasil em Sydney fizeram um abaixo-assinado pedindo a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o Cônsul-Geral Américo Fontenelle e o Cônsul-Adjunto César Cidade. No documento, os servidores relatam "assédio moral e sexual, abuso de autoridade, humilhações, perseguições, racismo, homofobia, maus-tratos contra cidadãos brasileiros no balcão de atendimento, além de todo tipo de pressão".
Os problemas estariam acontecendo diariamente há mais de dois anos e meio, desde que Fontenelle assumiu o posto. Após três denúncias, o Itamaraty enviou um embaixador de Brasília para investigar a situação na Austrália, mas o PAD ainda não foi instaurado e os funcionários temem que o caso seja novamente arquivado. É a segunda vez que Fontenelle responde a acusações semelhantes.
Signatária do documento, Viviane Jones relata, revoltada, o assédio sofrido no ambiente de trabalho. "Estava na cozinha, abaixada para pegar alguma coisa no armário, quando o embaixador Fontenelle chegou e comentou: 'que posição sugestiva você está, Viviane'; saí rápido dali porque estava sozinha e, se acontecesse alguma coisa, eu não teria testemunhas. Em outra ocasião, ele veio por trás enquanto eu estava trabalhando e me deu um beijo no rosto na frente dos outros", contou.
Segundo Viviane, o temor de abuso sexual atinge a maior parte das mulheres no Consulado. "Fontenelle chamava outra funcionária de gostosa, falava de sua bunda e seus peitos e chegou ao ponto de sussurrar no ouvido da colega: 'estou louco para te dar um beijo aqui e agora'. Ele é um safado", lamenta. Viviane lembra ainda de outro episódio em que o embaixador teria comentado: "essa italianinha me deixa louco com essas roupas e sainhas curtas". Conforme ela, o Cônsul-Geral também se referia às clientes do Consulado como "apetitosa" ou "comestível".
Asiáticos, homossexuais e idosos também teriam sido vítimas de preconceito e discriminação, de acordo com os servidores. Os adjetivos são impublicáveis. "O conselheiro Cidade tem problemas com chineses. Diz que são todos imigrantes ilegais que querem dar golpe no Brasil. Por isso, ele negaria o visto para tudo que é chinês", relata Viviane. Casais homossexuais também teriam sofrido com impropérios verbais, ouvidos na recepção do Consulado. "Tenho uma respostinha pronta pra esse bando de bichonas: 'veadagem' é só no Brasil, não aqui", teria dito Cidade.
A situação passou do limite para os servidores - que, apesar do medo de represálias, decidiram se unir para afastar os diplomatas. "O dia a dia no Consulado é muito difícil, porque esse comportamento é sistemático. Eles estão destruindo as relações internas e o relacionamento com a comunidade", declarou Ailan Lima. Contratado há quase 30 anos, Ailan consegue comparar a atual chefia com as anteriores. "Trabalhei com pelo menos 12 embaixadores e nunca vi uma pessoa de caráter tão difícil", analisa. Crises de choro e busca por auxílio médico e psicológico são parte da rotina, de acordo com os funcionários.
Junto com os colegas, Ailan cobra uma posição do Ministério das Relações Exteriores. "Nosso País tem muito apadrinhamento, jogo de interesses, troca de favores. Precisamos forçar uma definição por parte do governo", explicou. O funcionário critica ainda o embaixador enviado para investigar o caso em Sydney . "Ele não foi imparcial. Durante as entrevistas, arrumava justificativas para o comportamento dos acusados", destacou.
Ailan também foi vítima do assédio moral. "Fontenelle ameaça de demissão, humilha, reprime, persegue e repreende por nada. Ele se planta atrás da gente no balcão e interfere no atendimento de maneira grosseira e irritada, sem se identificar. Volta e meia, isso acaba em briga com os clientes", relata.
No abaixo-assinado, os servidores destacam que "a situação atual de reduzido quadro de funcionários é resultado direto da prática reiterada dos múltiplos tipos de assédio relatados, o que levou ao pedido de demissão de nada menos que oito funcionários locais e a remoção prematura de seis funcionários do quadro permanente, somente nos últimos dois anos". "O Itamaraty já errou ao enviar esse desequilibrado para cá. Em outro órgão de um país sério, Fontenelle já estaria afastado do cargo", criticou Ailan.
O Cônsul-Geral Américo Fontenelle prefere aguardar a decisão da Comissão de Ética do Ministério das Relações Exteriores para comentar o caso, mas se declara inocente das acusações. O Cônsul-Adjunto César Cidade está em licença-médica. Segundo o Ministério, a Comissão de Ética passa por uma reformulação para incluir assistentes e oficiais de chancelaria e secretária, além dos diplomatas. "Dessa forma, a Comissão será mais democrática e terá maior legitimidade perante todas as carreiras do serviço exterior", diz o Itamaraty. O parecer sobre o caso deve ser divulgado até o final deste mês.

Entenda como funciona o processo
Os procedimentos da Comissão de Ética têm a chancela de "reservado" desde a instauração do Procedimento Preliminar até a conclusão do Processo de Apuração Ética (PAE). Ao fim do Procedimento Preliminar, a Comissão de Ética pode instaurar PAE, seja por dever do cargo, seja em razão de denúncia fundamentada, desde que haja indícios suficientes para tanto.
Em todos os momentos, a honra e a imagem das pessoas investigadas deverão ser protegidas, bem como a identidade do denunciante, se assim o desejar. Qualquer pessoa investigada tem o direito consultar os autos do processo, no recinto da Comissão de Ética, assim como de obter cópias dele e de pedir certidão de seu teor.
Uma vez concluída a instrução processual, a Comissão de Ética proferirá decisão conclusiva e fundamentada, por voto majoritário, a ser assinada por todos os integrantes da Comissão, com ciência do faltoso. Se a decisão for pela improcedência da denúncia, os autos serão arquivados e apenas as partes envolvidas (denunciante e investigado) serão cientificadas da decisão.
Se a decisão for pela existência de falta ética, a Comissão de Ética/MRE poderá, conforme o caso: sugerir ao dirigente máximo do órgão (ME) a exoneração do cargo ou da função de confiança, em caso de infração grave ou de reincidência; recomendar a abertura de processo administrativo disciplinar (COR); havendo apuração de ilícito civil ou penal, encaminhar cópia dos autos às autoridades (Ministério Público); advertir o servidor infrator; e, havendo acordo entre as partes, lavrar Acordo de Conduta Pessoal e Profissional (ACPP), o qual, uma vez cumprido, determinará o arquivamento do processo.
A Comissão de Ética poderá reconsiderar sua decisão, se julgar cabível fazê-lo. A decisão será passível de recurso ao Ministro de Estado.
Especial para Terra

segunda-feira, 11 de março de 2013

Salarios dos diplomatas no exterior: um debate ridiculo (PRAlmeida)


Salários de diplomatas no exterior: um falso debate

Paulo Roberto de Almeida

Depois que aqui postei uma matéria do jornal O Globo sobre os altos salários de diplomatas no exterior, várias pessoas me pediram comentários sobre o assunto, algumas de maneira educada, mas uma, perceptivelmente, com uma espécie de esgar de triunfo: “pronto, vamos pegar esses desgraçados, que dilapidam a nação com seus salários nababescos, e sobretudo esse falso moralista [eu] que critica a tudo e a todos, vamos ver como ele se sai dessa agora”. Claro, não foi assim, e foi em tom bem mais raivoso, mas que não me cabe transcrever aqui.
Pois bem, existem altos salários de diplomatas no exterior? Pode ser, ou até parece, numa simples transcrição de valores em dólares transformados ao câmbio do dia. Esses salários deveriam ser trazido abaixo do teto constitucional que é o dos juízes do Supremo? Vou logo dizer que isso é ridículo, e tecer algumas considerações sobre o assunto.
Qualquer um que conheça a estrutura – que não existe, a bem dizer – dos salários do setor público no Brasil sabe que se trata de um caos indescritível, em cada um dos poderes, dentro dos poderes, entre eles, nos três níveis da federação, em qualquer dimensão que se possa examinar. Não existe correspondência entre cargos e funções, existem diversos meios de escape dos baixos salários (com reclassificações indevidas), existem cargos de confiança que são na verdade de apaniguados, em grande medida, e existe, de forma abundante, barroca, surrealista, milhares de penduricalhos e empulhações, que atendem pelo nome de “gratificações”, dezenas delas, a maior parte completamente artificiais, criadas unicamente para aumentar os ganhos sem precisar passar pelo ritual de aprovação de uma lei específica, penduricalhos que depois são incorporados aos salários nominais e até às aposentadorias (não só do próprio, como das viúvas, que em média sobrevivem os próprios por 17 anos). Enfim, não preciso descrever o horror que é essa situação e não preciso falar do horror que tenho dela.
Um país decente, ou simplesmente normal, teria uma estrutura linear, progressiva, transparente, de salários do setor público, atingindo a todos os funcionários públicos, onde estivessem, o que fizessem, em qualquer poder, em qualquer unidade da federação. Não conheço o sistema japonês em detalhes, mas parece que se trata de algo próximo disso, e quem quiser saber como deveria funcionar no Brasil, talvez devesse olhar o sistema japonês. Mas o Brasil não é, obviamente, um país normal, e por isso exibe aberrações inacreditáveis, a começar pelo fato de que, na média, os funcionários públicos ganham cinco ou seis vezes mais do que seus equivalentes funcionais no setor privado, e não imagino (ao contrário, imagino sim, mas pelo outro lado) que a produtividade média do funcionário público seja cinco ou seis vezes superior à de seus colegas, ou equivalentes, do setor privado.
O problema, portanto, começa por aí. Para tentar colocar um pouco de ordem nesse caos, ou talvez para tentar contornar o problema, burocratas espertos trabalhando para políticos idem resolveram criar o tal de teto constitucional, o que por si já é uma aberração. Como já disse alguém, a Constituição só não traz o seu amor de volta em três dias, mas o resto, procurando bem, está lá. Não se trata de um teto, pois ele é furado por dezenas de expedientes expertos, e outras malandragens típicas dos brasileiros, que são altamente inovadores na malandragem justamente (acabam de pegar uma médica do SAMU que tinha seis dedos em silicone de colegas, para certificar presença no trabalho: devem ter aprendido desses filmes de espionagem de Hollywood, trazendo os melhores truques da CIA). O teto é patético e ridículo, inclusive porque não é um teto para os próprios “tetados”: eles recebem diversas outras mordomias em espécie e em serviços, ademais de ajutórios de diversas ordens para viver, comer e se vestir, coitados, que seu salário real supera amplamente o de um juiz da Suprema Corte dos EUA (atenção: não acho que eles ganham muito não, mas é que os EUA exibem, na média, uma renda per capita cinco ou seis vezes superior à do Brasil, e que lá esse é, de fato, o maior salário da função pública).
Pois bem, o que dizer, então, do uso desse teto furando, em reais, no Brasil, sem computar qualquer outro penduricalho, com salários (de diplomatas e militares, por exemplo) no exterior, pagos em dólar por conveniência, mas vivendo em diferentes países, com custos de vida e paridades cambiais bem diversas entre si. Não sou economista, mas conheço economia, e sobretudo conheço e conheci a vida em dezenas de países diferentes, do socialismo surreal ao capitalismo ideal, da bonança rica à miséria mais miserável, e sei, por exemplo, que os aluguéis mais altos podem ser encontrados em lugares os mais modestos, e que a loucura econômica de certos governos pode ser ainda mais alta do que a imperante em certo país tropical, onde burocratas, magistrados e luminares acham que podem usar um valor nacional como parâmetro universal de alguma coisa.
Não vou entrar nesse debate de que o salários dos diplomatas no exterior deve ser regulado pelo teto constitucional brasileiro porque ele já é ridículo no próprio Brasil e para o exterior passa a ser simplesmente surrealista. Uma coisa apenas afirmo: o teto constitucional NÃO PODE ser parâmetro para medir qualquer coisa fora do Brasil, em qualquer sentido que se pretenda. Encerro esta questão afirmando novamente: isso é absolutamente ridículo, ponto!
Agora, os diplomatas ganham muito no exterior? Em relação a que? Assim como não se mediu, no teto constitucional dos juízes do Supremo os muitos penduricalhos que Suas Excelências agregam, como medir os salários de outros diplomatas, que podem estar sendo contemplados, por seus respectivos serviços, com diversas outras vantagens indiretas (como educação dos filhos, por exemplo, algo que angustia a maior parte dos secretários servindo no exterior)?
Sou totalmente a favor de que uma lei absolutamente transparente que regulamente o que ganham TODOS os funcionários públicos, no Brasil e no exterior. Neste último caso, eu não chegaria ao ridículo de vincular o salário no exterior a QUALQUER valor do Brasil, pois isso é economicamente falho e inadequado do ponto de vista cambial, ou da simples conjuntura econômica, que muda sensivelmente em poucos meses, trazendo alterações para melhor ou para pior no poder de compra. Existem mecanismos pelos quais se pode estabelecer uma remuneração fixa, em escala, e depois diferentes mecanismos de correção, e de adição, segundo o poder de compra e a situação do trabalhador (com filhos, ou solteiro, por exemplo).
Enfim, não vou entrar nos detalhes das remunerações pois não sou especialista, nunca me interessei pelo assunto e jamais vou trabalhar num setor de administração que cuide de matérias tão chatas quanto essa. Jamais procurei saber quanto iria ganhar em qualquer função ou cargo que exerci, no Brasil ou no exterior. Isso simplesmente não me interessa. Ganho o que me pagam, adapto meus gastos ao que ganho, e isso é tudo, ponto final. Existem diplomatas que ficaram ricos na carreira? Pode ser, mas não deve ser fácil para um diplomata normal, pois poucas vezes encontrei colegas construindo mansões e dando festas faraônicas, como por vezes ocorre com outros funcionários de alguns setores. Em todo caso, nunca encontrei, na carreira, alguém que tenha entrado com o ânimo de enriquecer. Enfim tudo é possível, nos assuntos humanos...
Agora, quanto a esse falso debate que tentam criar no Brasil, em torno do teto constitucional para diplomatas no exterior, só posso repetir: é ridículo!

Paulo Roberto de Almeida (Hartford, 10/03/2013)

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Quantidade e qualidade dos diplomatas - Oliver Stuenkel

De quantos diplomatas uma potência emergente precisa?

2012 November 6
by Oliver Stuenkel
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Itamaraty
Um fator importante, porém frequentemente negligenciado quando se analisa a política externa de um país, é o tamanho de seu corpo diplomático. Estratégias inteligentes planejadas no Ministério de Relações Exteriores do país de origem podem não ter o impacto esperado porque o número de oficiais em serviço no exterior é insuficiente para implementar a nova política. Negociações bilaterais complexas podem ser afetadas negativamente se os negociadores de uma das partes não tiverem o devido acesso à informação, como consequência da falta de corpo diplomático e de conhecimento sobre as pressões domésticas que o outro lado está enfrentando. Ademais, manter uma embaixada com quadros insuficientes pode mandar uma mensagem negativa ao país-sede, causando, em alguns casos, mais danos do que abdicar de abrir uma embaixada.
À medida que os países emergentes buscam projetar mais influência no cenário internacional, o número reduzido de diplomatas desses países impõe severas limitações à capacidade de operacionalizar novas políticas. Uma comparação diz tudo: há mais diplomatas americanos servindo em Nova Délhi que diplomatas indianos no mundo inteiro. Isso significa que os Estados Unidos têm mais capital humano para desenvolver sua relação bilateral com a Índia do que a Índia tem para planejar e implementar sua política externa no restante do mundo.
Em um recente artigo de opinião publicado no Times of India, Kanti Bajpai, um professor universitário especializado em política externa indiana, criticou a situação e fez piada, dizendo que, com 600 oficiais, a Índia teria tantos diplomatas “quanto os gigantes Bélgica e Holanda”. Se o Ministério de Relações Exteriores indiano continuar a crescer nesse ritmo, haverá 1.200 diplomatas indianos em 2040 – no entanto, nessa data, a China terá 10.000 diplomatas servindo no exterior. Atualmente, o número de diplomatas americanos já é muito superior a 10.000.
Essa escassez extrema deve afetar negativamente a política externa indiana em vários níveis – da diplomacia pública à dificuldade de estabelecer vínculos com os importantes stakeholders locais no país-sede. Uma das frases mais comuns que se ouve dos pesquisadores de política externa indiana que estão visitando Nova Délhi é que não foi possível “encontrar ninguém no Ministério de Relações Exteriores indiano”.
No entanto, é interessante que Bajpai não diz quantos diplomatas a Índia deveria almejar ter. Qual é o número adequado de diplomatas para uma potência emergente como a Índia, que, aos poucos, começa a atuar em regiões onde, tradicionalmente, tinha pouco interesse?

Apesar de o corpo diplomático chinês ser grande demais para servir de modelo, é interessante notar que os quadros diplomáticos brasileiros são o dobro dos indianos. A despeito disso, há representações diplomáticas brasileiras ao redor do mundo que são tão pequenas – principalmente na África – que é plausível questionar como elas funcionam adequadamente. Há menos de 10 diplomatas brasileiros em Nova Délhi, e menos de 20 em Pequim – provavelmente insuficiente, considerando que a China é o parceiro comercial mais importante do Brasil desde 2009. Entretanto, o problema no Brasil pode não ser o número total de diplomatas, mas sim, o modo como eles estão distribuídos ao redor do mundo – por exemplo, em Roma, há o dobro de diplomatas que em Pequim, o que mostra que o Itamaraty ainda não se adaptou plenamente à atual mudança de poder global, a ascensão da Ásia em detrimento da Europa.
Porém, Bajpai diz que a quantidade de diplomatas não é o único problema na Índia. A qualidade está decaindo também. Ele argumenta que o serviço diplomático deixou de ser uma opção interessante para aqueles que desejam mudar a Índia, e sugere que novos processos de seleção sejam implementados: “devemos também recrutar em outras instituições públicas, incluindo as forças armadas, o setor privado, os círculos universitários, os think tanks e a imprensa”.
Quanto a isso, o Brasil apresenta uma peculiaridade, apesar de o Ministério das Relações Exteriores, outrora isolado, ter perdido um pouco de seu glamour e misticismo, pois, cada vez mais, os diplomatas precisam trabalhar em parceria com outros ministérios. O status social de um diplomata está muito acima de outras profissões, e poucos se preocupam com a qualidade dos candidatos. Enquanto o setor privado frequentemente sonda promissores diplomatas brasileiros com experiência internacional e conhecimentos de línguas estrangeiras, o Ministério de Relações Exteriores do Brasil ainda se recusa a mudar e a adotar o conselho de Bajpai.
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Bloqueado na China
  • Oliver Stuenkel

    Oliver Stuenkel
    Oliver Stuenkel, Professor of International Relations at the Getulio Vargas Foundation
    in São Paulo, Brazil
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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A (des)educacao dos jovens diplomatas, IRBr - Matias Spektor

Em geral, diplomatas não gostam de críticas, sobretudo externas (mas internas também). Em particular, eles tendem a concordar com os críticos, mas apenas em particular...
Paulo Roberto de Almeida

Educação de diplomatas

Matias Spektor

Folha de S.Paulo,  28/11/2012

O Instituto Rio Branco, a academia onde são treinados os diplomatas brasileiros, é um dos principais celeiros de talento jovem no país.
Em dois anos de curso, os recém-ingressados assistem a aulas e palestras, estudam idiomas e criam redes de relacionamento. Aprendem a se vestir, falar e pensar de acordo com o cânone diplomático nacional.
No passado, a escola facilitou a coesão e a disciplina que caracterizam nossa política externa.
Mas agora o modelo educacional do Instituto Rio Branco está obsoleto e corre risco de ficar irrelevante. O problema, que não é deste governo, arrasta-se há anos, apesar do bom trabalho da atual direção.
Com exceção dos excelentes cursos de idiomas, a proposta didática é talhada para um mundo que não existe mais.
Os alunos assistem a um maçante ciclo de palestras avulsas que raramente leva a uma reflexão sobre a condução da política externa.
Nos cursos regulares, não há coordenação de conteúdos. Muitas vezes repetem-se temas vistos à exaustão para o concurso de ingresso.
Em encontros com diplomatas antigos, os jovens ouvem casos inspiradores do passado e são iniciados no mundo da diplomacia. Mas o tom é de celebração dos supostos sucessos de outrora, sem reflexão crítica a respeito dos erros e percalços mais comuns.
O modelo é problemático porque os diplomatas brasileiros de hoje requerem habilidades que seus colegas mais antigos podiam ignorar.
Enquanto as gerações mais antigas defenderam um país fraco com uma diplomacia de pequenos passos, os mais jovens trabalham para um país relativamente influente que paga custos altos quando se omite.
Enquanto os mais antigos foram porta-vozes de uma sociedade autoritária e injusta, a nova geração representa uma democracia de massas que se reorienta em direção à classe média.
As novas coordenadas do Brasil contemporâneo têm impacto sobre o perfil da educação de diplomatas.
Se o Instituto Rio Branco aspira a ser uma escola de formação profissional, precisará se adaptar.
Treinará seus quadros para lidar com a imprensa, as novas mídias e o público em geral. Deverá qualificá-los em métodos de análise de conjuntura e cenários prospectivos, técnicas de oratória e negociação, novos processos de gestão financeira do setor público e cerimonial.
Para além de novas técnicas, o instituto precisará combater o provincianismo.
Não há nada de errado em aprender a recitar as tradicionais teses de defesa do comportamento brasileiro no mundo.
Mas é cada vez mais urgente dar insumos para que os jovens diplomatas possam lidar com argumentos contrários, com fatos que subvertem as convicções mais arraigadas e com as ambiguidades inerentes à política internacional.
Como se trata de profissionais inteligentes e talentosos, é possível para eles ter ideias contraditórias na cabeça e, mesmo assim, tomar posição.
Em Brasília, quase todos sabem que é necessário mudar. Resta saber quem terá coragem de fazê-lo.
Matias Spektor Matias Spektor é professor de relações internacionais da Fundação Getulio Vargas. Trabalhou nas Nações Unidas antes de completar seu doutorado na Universidade de Oxford.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Cronicas do racismo ordinario: no STF, no dia da posse de um presidente negro


FSP, 12/10/2012 - 09h58

Leia carta de diplomatas negros barrados no STF


Os diplomatas Carlos Frederico Bastos da Silva, 45, e Fabrício Prado, 31, ambos negros,foram barrados pela segurança do STF (Supremo Tribunal Federal) no dia em que o ministro Joaquim Barbosa foi eleito presidente da corte. Só conseguiram entrar autorizados por um superior.
Desconfiados de racismo, os diplomatas pediram explicações ao secretário de segurança institucional do STF, José Fernando Martinez. Leia, na íntegra, a carta dos diplomatas.

LEIA A CARTA DOS DIPLOMATAS
Brasília, 11 de outubro de 2012

Nós, Carlos Frederico Bastos Peres da Silva e Fabrício Araújo Prado, viemos registrar nossa indignação com o tratamento que recebemos da equipe de segurança do Supremo Tribunal Federal.
O Senhor Carlos Frederico dirigiu-se, por volta das 14 horas do dia 10 de outubro, ao Supremo Tribunal Federal, a fim de assistir à eleição dos novos Presidente e Vice-Presidente da Egrégia Corte. Ao chegar ao Tribunal, passou pelo detector de metais, sem que houvesse nenhuma anormalidade, e seguiu em direção à mesa de identificação e registro do público, a qual dá acesso ao salão plenário. Ao entregar sua identidade funcional de diplomata, foi informado, pela atendente, de que havia um problema no sistema eletrônico de identificação. Ato contínuo, um segurança aproximou-se e reiterou que o sistema de registro havia sofrido pane, razão pela qual não seria possível autorizar a entrada do Senhor Carlos Frederico à plenária.
Causou estranheza que ele tenha sido o único visitante a ser afetado pela pane, uma vez que diversas outras pessoas, brasileiras e estrangeiras, entraram no salão sem empecilho algum.
Diante da demora em ver o problema resolvido, o Senhor Carlos Frederico reiterou a pergunta ao segurança sobre o que estava acontecendo. O segurança repetiu o argumento da pane do sistema e conduziu o Senhor Carlos Frederico até a saída do STF, pedindo que ele aguardasse lá enquanto o problema estava sendo resolvido.
Por volta das 14:10 horas, o Senhor Fabrício Prado chegou ao STF para encontrar-se com o Senhor Carlos Frederico (ambos diplomatas e colegas de trabalho). Ao ver seu colega do lado de fora, o Senhor Fabrício Prado perguntou a um segurança que se encontrava na entrada se haveria algum problema. O mesmo segurança esclareceu que a situação já estaria sendo resolvida e que o Senhor Fabrício Prado poderia passar pelo detector de metais e proceder à identificação. Assim o fez. Ao chegar à mesa de identificação, foi comunicado pela atendente que, também no seu caso, havia um problema no sistema. Logo depois, o Senhor Carlos Frederico foi novamente conduzido por outro segurança (não o senhor Juraci) à mesa de registro e lá se juntou ao Senhor Fabrício, enquanto aguardavam pela solução da "pane". Passado algum tempo, durante o qual outras pessoas se identificaram e entraram no salão plenário, o segurança Juraci fez ligação telefônica e informou que a entrada havia sido autorizada. Questionado sobre a razão do problema, mencionou "razões internas de segurança".
Já dentro da plenária, tivemos a oportunidade de conversar com o chefe da segurança, salvo engano, chamado Cadra. Ele explicou que as restrições à entrada remontavam à nossa primeira visita ao salão plenário ao Supremo Tribunal Federal, no dia 3 de outubro. Não entrou em maiores detalhes, mas disse que teríamos demonstrado comportamento suspeito naquela ocasião. No dia 3 de outubro, chegamos juntos ao STF, de ônibus, e passamos por três controles de segurança do STF, a saber: o externo, localizado na Praça dos Três Poderes (a cerca de 10 a 20 metros de distância do ponto de ônibus); o de metais, na entrada do Palácio do STF; e o interno, na mesa de identificação e registro do público geral. Assistimos a parte da sessão de julgamento da Ação Penal 470 e saímos separados.
Ao final da eleição do dia 10 de outubro, deixamos o STF e retornamos ao Ministério das Relações Exteriores. Inconformados com o tratamento constrangedor e sem entender o fundamento da alegação de "comportamento suspeito", retornamos ao STF, por volta das 16:45 horas, em busca de esclarecimentos. Fomos, então, recebidos pelo Secretário de Segurança Institucional do STF, o senhor José Fernando Nunez Martinez, em seu gabinete. Este último esclareceu que estava ciente de nosso caso desde a primeira visita ao STF, no dia 3 de outubro, ocasião na qual teríamos sido classificados como "dupla de comportamento suspeito".
No dia 3 de outubro, a "suspeição" teria sido registrada em nossos cadastros pessoais do sistema de segurança da Corte, disse o Senhor Martinez. Esclareceu que, ao retirar o Senhor Carlos Frederico das dependências do STF, o Senhor Juraci teria desobedecido a suas ordem diretas, as quais determinariam que ninguém poderia ser retirado daquelas dependências sem aval da chefia de segurança. O Senhor Martinez afirmou, ainda, que o assunto deveria ter sido conduzido de outra maneira. Disse, literalmente, que a equipe de segurança teria visto "fantasmas", os quais teriam crescido ao longo do tempo e provocado o incidente do dia 10 de outubro.
Não satisfeitos com a explicação oferecida pelo Secretário de Segurança, perguntamos qual teria sido o "comportamento suspeito" de nossa parte. Após ressalvar que esse é um julgamento subjetivo dos agentes de segurança e que não teria sido ele próprio a formar esse juízo, enumerou os supostos motivos que lhe foram relatados pela equipe de segurança:
1- Que nós teríamos aparência "muito jovem" para ser diplomatas. Registre-se, aqui, que o Senhor Carlos Frederico tem 45 anos e que o senhor Fabrício Prado tem 31 anos de idade, como atestam as carteiras de identidade emitidas pelo Ministério das Relações Exteriores, apresentadas à mesa de identificação já no dia 3 de outubro
2- Que os seguranças suspeitaram da veracidade dos documentos de identidade apresentados
3- Que, na saída da sessão do dia 3 de outubro, as suspeitas teriam sido reforçadas por termos, supostamente, saído "juntos" do STF, "com o passo acelerado", comportamento interpretado como tentativa de despistar os seguranças que nos seguiam.
Cumpre esclarecer que, no dia 3 de outubro, deixamos o STF em momentos distintos, o que não condiz com o relato que, segundo o Secretário de Segurança, lhe teria sido feito por sua equipe. Além disso, nunca nos demos conta de que estávamos sendo seguidos nem apressamos passo algum. Todas estas revelações nos causaram desconforto ainda maior com relação aos incidentes.
Perguntado se o incidente teria relação com o fato de sermos afrodescendentes, negou veementemente que o comportamento da equipe de segurança tivesse tais motivações. Também pediu desculpas em nome de sua equipe pela sucessão de incidentes.
Diante da gravidade dos fatos relatados, manifestamos nossa indignação com os injustificados constrangimentos aos quais fomos submetidos, a saber: registro no cadastro de entrada como "suspeitos"; remoção temporária do Senhor Carlos Frederico das dependências do STF; obstruções a nossa entrada na plenária; e perseguição por seguranças após nossa saída do STF.
Sentimos-nos discriminados pelo tratamento recebido --e no caso do Senhor Carlos Frederico, profundamente humilhado por ter sido retirado do STF no dia 10 de outubro.
Dada a natureza "kafkiana" dos incidentes, as explicações insuficientes e desprovidas de qualquer lógica razoável prestadas pela Secretaria de Segurança Institucional não nos satisfazem, razão pela qual não nos furtaremos a adotar as medidas cabíveis para fazer valer nossos direitos.
Não poderíamos deixar de expressar nossa tristeza com o fato de termos sido submetidos a tal constrangimento na data da eleição do primeiro negro a assumir a Presidência do Supremo Tribunal Federal, pelo qual temos profundo respeito e admiração.
_Atenciosamente,_
Carlos Frederico Peres Bastos da Silva
Fabrício Araújo Prado

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Especies diplomaticas exogenas - Lima Barreto

Recebido de um leitor fiel, e apreciador de meu post sobre as espécies diplomáticas (ver mais abaixo): 


"O ideal de todo e qualquer natural da Bruzundanga é viver fora do país. Pode-se dizer que todos anseiam por isso; e, como Robinson, vivem nas praias e nos morros, à espera do navio que os venha buscar.

"Para eles, a Bruzundanga é tida como país de exílio ou mais do que isso: como uma ilha de Juan Fernández, onde os humanos perdem a fala, por não terem com quem conversar e não poderem entender o que dizem os pássaros, os animais silvestres e mesmo as cabras semi-selvagens.

"Um dos meios de que a nobreza doutoral lança mão para safar-se do país, é obter empregos diplomáticos ou consulares, em falta destes os de adidos e “encostados” às legações e consulados.
(...)
"Mas, como lhes contava, os nobres doutores tratam logo de representar o país em terras estranhas.
Não fazem questão de lugar. Seja no Turquestão ou na Groenlândia, eles aceitam os cargos diplomáticos.
A um, perguntei:
— Mas tu vais mesmo para o Anam?
— Por que não? Não há lá mulheres?

O sonho do jovem diplomático não é ser Talleyrand; é ser Don Juan para uso externo.
Ia até bastante satisfeito, disse-me em seguida, porquanto, lá, não se distinguindo bem a mulher anamita do homem, devia acontecer surpresas bem agradáveis com semelhante 'engano d’arma ledo e cego'."
(...)

in: Lima Barreto,
OS BRUZUNDANGAS

A evolução das espécies diplomáticas: exercício de quantificação - Paulo Roberto de Almeida


 Uma brincadeira antiga, que ficou inédita, esperando um livro planejando, que acabou nunca saindo, como, aliás, um "Dicionário de Disparates Diplomáticos", que aguarda melhores condições (políticas) para ser publicado.

Paulo Roberto de Almeida 

A evolução das espécies diplomáticas: exercício de quantificação
(da série: “Macro e microeconomia da diplomacia”)

Paulo Roberto de Almeida
(Brasília, 1230: 21/03/2004; www.pralmeida.org)

Dando continuidade à minha série de artigos bissextos, enfeixados sob o título geral de “Macro e microeconomia da diplomacia” – e já representados por um primeiro ensaio de levantamento das principais “questões de economia diplomática” e um segundo texto relativo à questão específica da “produtividade diplomática”, ambos disponíveis no link:www.pralmeida.org/07CousasDiplomaticas/01MacroMicroDiplom.html –, permito-me tratar agora de uma das externalidades que influenciam a carreira e o desempenho do diplomata: aquela que se ocupa de sua exata caracterização quanto ao gênero, o que nem sempre tem a ver com a sua orientação sexual. Faço-o apenas para responder a uma indagação de um colega de trabalho que, como eu, é sociólogo de formação, mas que, também como eu, costuma dar palpites em assuntos econômicos. Pois não é que ele vem repetidamente indagando, de forma aparentemente séria, sobre o “índice de boiolagem explícita” no Itamaraty, e eu nem sempre disponho dos dados empíricos para responder?
Questão grave, e importante, que ainda não foi objeto, salvo engano meu, de algum estudo de sociografia diplomática, dentre tantos outros que se ocupam de questões relevantes de política externa e das relações internacionais do Brasil. Ainda que esta série se ocupe, primordialmente, da macro e da microeconomia da diplomacia, ela não poderia ignorar uma questão que afeta, talvez com intensidade insuspeita, aqueles que se ocupam, funcionalmente, de diplomacia, isto é, os diplomatas, as diplomatas, além de todos os “outros” que, por uma ou outra razão, também exercem essa função nobre no Estado. Estes “outros” parecem constituir uma proporção razoável dos funcionários da Casa, não considerando aqui, obviamente, aqueles curiosos que estão exercendo, temporariamente, funções diplomáticas mas que não são diplomatas de carreira (como os políticos no exílio, os amigos do rei e outros apaniguados de qualquer tipo que, a despeito de tudo, toda corte sempre carrega como um fardo). Na acepção aqui retida, por “outros” podem ser classificados todos aqueles que, com a ajuda do superego freudiano, preenchem com uma pontada no coração o item “gênero” nos formulários padronizados.
Quanto são eles, exatamente?: mistério. Como se distribuem entre as classes de diplomatas?: ignoramos totalmente. Qual o coeficiente de abertura externa?: igualmente não sabido. Qual sua incidência nas diversas gerações?: outro imponderável. Foram perseguidos em outras eras, estão mais à vontade nesta nossa época de uniões livres e de abertura de armários?: certamente, mas muitos ainda se escondem atrás de uma vida dupla e de um comportamento reservoso, tão desnecessário, hoje em dia, quão nefasto ao equilíbrio mental de funcionários que, no que se sabe, são tão ou mais dedicados à carreira do que quaisquer outros, por vezes até mais.
Seria possível construir um índice confiável da presença efetiva desses detentores de um charme discreto que tende a ser confundido com o da própria diplomacia? Difícil dizer pois que, à diferença dos conhecidos índices de Laspeyres ou de Paasche, não se pode determinar com rigor a média aritmética ou a média harmônica (esta ainda mais problemática) da evolução desse “produto” – com perdão pelo uso do conceito – ao longo do tempo ou no espaço. Talvez tenhamos de nos contentar com uma aproximação que, ignorando voluntariamente os valores no atacado, se concentre sobre os mesmos no varejo. O coeficiente de variação desses “produtos” na cesta da carreira será sempre algo ambíguo e indeterminado, pois que as estatísticas não sabem como estimar o quantum de população economicamente ativa não revelada, pelo menos não de modo explícito.
O fato é que, impossibilitado de responder precisamente a tão importante questão do supracitado colega – ele chegou a aventar a hipótese de 90%, o que, francamente, eu considero algo exagerado –, decidi, se não oferecer um cálculo, ou sequer uma estimativa grosseira, pelo menos propor um método um pouco mais científico de determinação da incidência relativa dessa fauna peculiar no conjunto da classe (atenção taxonomistas: não confundir a espécie e o gênero com a família e esta com a classe, pois se trata de graus diversos de aproximação filogenética). A investigação compreende obviamente aspectos macro e outros microeconômicos, sendo estes provavelmente mais relevantes em vista da dimensão reconhecidamente privada da matéria.
Uma interpretação de tipo keynesiana a esse problema, tenderia a identificar, historicamente, as grandes tendências das curvas de oferta e procura para o fenômeno em questão, o que revelaria, claramente, um nítida inflexão para cima da curva de oferta e uma estabilização relativa da curva de demanda, com uma certa depreciação, portanto, do valor do produto ao longo do tempo. Esse comportamento pode ser explicado pela existência daquilo que os economistas do século XIX chamavam de “abstinência”, isto é, uma abstenção voluntária ao consumo deliberado desse produto, e que os economistas modernos passaram a denominar sob o conceito de poupança (não confundir, porém, com o vulgar epíteto). Em virtude, todavia, do princípio da “aceleração”, fenômeno colocado em evidência pela primeira vez pelo economista francês Aftalion em 1913, o produto foi sendo incorporado aos gostos da demanda. Atenção: não se trata ainda do “multiplicador keynesiano”, mas tão simplesmente do crescimento proporcionalmente mais forte da demanda por bens de capital – sim: existe um capital intrínseco à espécie – do que a expansão da demanda final da qual ela deriva.
O rendimento marginal do capital fixo investido em equipamentos próprios (que fazem parte do capital no nível microeconômico) redunda, em última instância, naquele tipo de demanda que Keynes, ele mesmo um representante da espécie, chamou de agregada, mas que para todos os efeitos práticos de um serviço gozando do monopólio da reprodução da espécie, tende a ser confundida com a demanda efetiva. Em qualquer hipótese, o ciclo econômico conduz a uma expansão ainda mais desproporcional da oferta do produto em questão, o que pode ter resultado, em várias épocas, naquilo que Marx chamou de “crise de superprodução”. Esse fenômeno era visível no Brasil de meados dos anos 1950 ao início dos 60.
Esse deslocamento para cima da curva da oferta no Brasil – alguns estimaram um crescimento anual da ordem de 7% no período 1956-64, que por acaso se confunde com a variação do PIB na mesma fase – foi temporariamente interrompido pela “Redentora” de 1964, que foi tudo menos liberadora para a subespécie em questão. A forte contração da demanda correspondeu a uma queda ainda mais brutal da oferta, reprimida a ponto de se temer pelo seu desaparecimento.
Como naquele tempo não tinha sido ainda negociada a convenção CITES (isto é, a das espécies ameaçadas de extinção) temeu-se pelo desaparecimento do produto do mercado. Alguns representantes da subespécie, já sem marca registrada, chegaram a ser descartados de maneira vil pelo controle de qualidade dos serviços de inspeção, o que só foi evitado graças a uma estratégia sutil de marketing, consistindo numa gestão discreta da rede de fornecedores e clientes e num serviço quase personalizado de entrega.
Tempos negros para a subespécie, esses das restrições impostas pela corporação viril, levando a uma redução forçada nos níveis de demanda e de oferta, sobretudo esta última, atingida por um recolhimento compulsório que jamais foi igualado por qualquer banco central, em qualquer outra época. O enxugamento de liquidez foi geral, só não chegando a uma balança negativa porque alguns, por interesse próprio ou por espírito humanitário, se dedicaram a manter um cash flow mínimo. Dizem até que um secretário-geral especialmente zeloso chegou a responder a um general mais afoito: “eles podem ser boiolas, mas são os meus boiolas”. E não permitiu que tocasse mais na fauna da Casa. Com isso, se logrou preservar a espécie e se manteve razoavelmente intacto o capital genético, permitindo a reconstituição do plantel uma vez asseguradas as condições de mercado e o adequado equilíbrio entre capital fixo e ativos convertíveis.
Observou-se, em seguida, uma evolução moderada desse exército especial de reserva, ciclo no qual a forte demanda reprimida foi contida por um controle igualmente severo do lado da oferta, limitada na entrada por um chefe da Divisão do Pessoal que ficou conhecido como “Deer Hunter”. O fato é que ele abatia todos os candidatos da categoria que ousavam passar impunes pelos exames da primeira fase, obrigando alguns a adotar uma estratégia de diversificação do produto, envolvendo inclusive matrimônio exogâmico (o que contraria os hábitos endogâmicos do grupo). Passada porém essa fase, com o deslocamento, para fora da abcissa, do atirador contumaz, a linha da coordenada voltou a experimentar um deslocamento para a direita e para cima.
Mas o produto bruto diplomático relativo à subespécie só voltou a conhecer níveis exponenciais de crescimento com o fim do autoritarismo político, período que também corresponde a uma forte injeção fiscal na Secretaria de Estado, com novos expoentes que não mais tiveram de se restringir aos circuitos especializados – e necessariamente discretos – nesse tipo de mão-de-obra. Beneficiando-se então de vantagens comparativas ricardianas – que tendiam a promover, nos trópicos, um produto mais sensual –, os fluxos de capital diplomático customized se expandem a uma velocidade nunca vista, chegando a ameaçar as redes já estabelecidas de serviços tradicionais e ortodoxos. Depois de uma certa confusão inicial no plano regulatório, ocorreu uma acomodação natural segundo as especializações comportamentais, o que confirmou linhas e setores específicos na divisão funcional de trabalho entre os membros das várias castas existentes.
Alguns intercâmbios continuaram a ocorrer, tanto mais importantes quanto o nível observado de demanda reprimida no ciclo anterior de negócios, mas registrou-se em geral uma segmentação de mercados, que progressivamente beneficiou as minorias mais ativas e engajadas na transformação produtiva dessa empresa verdadeiramente multinacional. Com a prática de subsídios cruzados, por parte daqueles situados estrategicamente na administração em favor de outros posicionados na ponta dos determinados serviços de consumo especializado – cerimonial ou mesmo intendência geral –, ocorreu valorização de alguns ativos e desvalorização de outros, mas sempre com uma ascensão gradativa da nova classe a funções cada vez mais bem localizados na escala de comando.
Fatores de produção anteriormente dotados de externalidades negativas – como as colunas sociais e as recepções seletivas – passaram a ser mobilizados pelas novas teorias sobre o comércio estratégico de iniciados, que logicamente se beneficiaram enquanto puderam de importantes transferências fiscais, até a prática ser regulada e fortemente restringida pela Rodada Uruguai do GATT. Mas, os serviços continuaram ser oferecidos segundo listas positivas, o que permitia isolar os simples curiosos ou os pouco dotados de talentos para essas lides alternativas de intercâmbio diplomático.
O fato é que, sem a intervenção moralista dos governos, as relações de mercado entre as novas espécies se expandiram de modo exponencial, a ponto de elas dominarem alguns serviços colocados em regime de concorrência imperfeita (e alguns diriam até mesmo desleal). Nem todos as esferas de administração foram objetos de oligopolização pela subespécie em questão, mas operando num serviço que já ostenta uma situação de monopólio “natural”, a combinação da preferência pelo similar e circuitos fechados de distribuição – onde vale não necessariamente a eficiência alocativa, mas o compadrio e o nepotismo – redundou numa curva de regressão altamente desfavorável para as demais categorias. O tratamento preferencial e mais favorável para os diplomatas do grupo em causa se fez em detrimento do antigo grupo majoritário, que não dispunha do mesmo poder de fogo concentrado e de estratégias de mercado adaptadas a seu status de maioria silenciosa.
Não se dispõe, ainda, de modelos econométricos que permitam medir com precisão, e avaliar a partir de dados empíricos verificáveis, a base instalada e a extensão da população aqui referenciada no conjunto do serviço diplomático, que agora também passou a fornecer mão-de-obra especializada, e relativamente competitiva, para outros serviços da burocracia federal. Não se sabe se um surveydiscretamente conduzido seria capaz de medir a extensão do fenômeno, já que persistem setores reprimidos nas duas pontas e que os novos tipos de uniões legais não estão ainda plenamente consagrados, ou sequer legalizados.
Alguns tiques comportamentais e verbais são, entretanto, facilmente detectáveis, o que permitira construir um modelo formal de análise, pronto a ser testado num survey dotado de variáveis conhecidas e identificadas ao longo do tempo. Pesquisas de campo conduzidas com técnicas ainda rudimentares de medição permitiram, em todo caso, quantificar o exército especial já referido – que não é mais “de reserva”, nota bene – em pelo menos 50% da população economicamente ativa do serviço exterior, tomado em seu conjunto (isto é, os da ativa e os desativados). Talvez uma enquête provista de todos os requisitos científicos da sociografia contemporânea resultasse numa elevação desse percentual a pelo menos um quarto mais da amostra total. Como se vê, ainda não se chegou ao total estimado, com forte dose de arbitrariedade, por aquele colega de trabalho visivelmente mal intencionado. Em todo caso, o assunto permanece em aberto até que estudos mais abalizados venham revelar todo o potencial de mercado suscetível de ser encontrado em novas fórmulas de um velho produto.

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 1230: 21/03/2004

1230. “A evolução das espécies diplomáticas: exercício de quantificação (da série Macro e microeconomia da diplomacia)”, Brasília, 21 março 2004, 6 pp. Continuidade do exercício anterior (trabalhos nºs 1061 e 839, sobre questões gerais e de produtividade diplomática), enfocando o problema dos gêneros do diplomata. Para o livro Cousas Diplomáticas.

sábado, 28 de abril de 2012

Diplomacia e cultura: uma relacao sempre ambigua

Sempre atraído pela cultura e por questões intelectuais, recolho na internet o artigo abaixo, por um jornalista que pretende censurar o Itamaraty pela falta de apoio cultural. Não é verdade, mas digamos que a cultura é a primeira a sofrer quando as verbas se fazem curtas. Esse é um fato. Um país, qualquer país, sempre deixa de fazer coisas quando os recursos são escassos, e como esse país não pode deixar de pagar aposentados e pensionistas, até por razões constitucionais, e como ele -- ou eles, pois no caso o país não faz nada, e sim os políticos, que ocupam temporariamente, espera-se, o governo, são os que fazem ou deixar de fazer coisas, ditas estratégicas, ou acessórias -- tampouco deixa de pagar funcionários e manter atividades correntes, onde é que o país em questão vai buscar os recursos que faltam para aquelas atividades essenciais: ora bolas, nas iniciativas que podem, ou não, deixar de sere feitas e que não atingem o coração do funcionamento do Estado. 
Entre essas vítimas, em qualquer lugar, estão sempre as atividades culturais, sendo que aparecem em segundo lugar as tarefas de manutenção: estradas e ruas deixam de ser entretidas, e ficam esburacadas, novos equipamentos deixam de ser comprados (e aí escolas, hospitais e outros órgãos de administração e atendimento precisam continuar trabalhando com computadores velhos, por exemplo), enfim, existe um sem número de atividades que podem -- por vezes devem -- ser cortadas, em nome da economia.
Arte, cultura, lazer, exibicionismo (burguês ou não) sempre convivem com a riqueza, em qualquer tempo e lugar: são os mecenas, os ricaços, ou Estados afluentes que financiam obras de arte e subsídios a esses "reclamões" incuráveis que são os intelectuais (muitos se acham no direito de receber do Estado, sem qualquer compromisso de resultado, apenas porque, supostamente, produzem arte, cultura, entretenimento).
Pois bem, esta longa introdução apenas para dizer que não estou de acordo com o jornalista em questão, a despeito de considerar seu artigo relevante.
E tampouco estou de acordo com a parte final, quando ele aponta uma série de escritores e intelectuais, e pretende que a diplomacia brasileira deve muito a eles.
Duvido e contesto. Esses homens já eram brilhantes quando ingressaram no Itamaraty, ou se tornaram brilhantes concomitantente, ou simultaneamente, talvez até competitivamente, ao seu trabalho como diplomatas, não porque precisassem do Itamaraty para criar as obras que criaram. Se formos examinar sua "ficha de serviço" raramente encontraremos produções diplomáticas estrito senso, e sim produções culturais, acadêmicas ou livres, mas que poderiam ter resultado de qualquer outra atividade que exercessem -- na indústria, na agricultura, nos serviços, na academia, até na vagabundagem de elite -- e não necessariamente como resultado da diplomacia ou do Itamaraty. Muitos, isso é conhecido, adentraram no Itamaraty justamente para se aproveitar do Itamaraty, não para trabalhar para ele: a possibilidade de ganhar bem, sem precisar trabalhar muito -- não é mais o caso hoje, mas era até a República Velha -- de só frequentar ambientes sofisticados nas mais belas capitais do mundo -- tampouco é o caso hoje -- tudo isso fazia com que homens (sim, homens) de boa família se dirigissem ao Itamaraty, não para engrandecer a sua diplomacia e beneficiar o Itamaraty de suas luzes, mas para se beneficiarem a si mesmos, e à sua produção literária.
Que eles possam ter acrescido, e muito, à cultura do Brasil, e enriquecido o prestígio do país no exterior, isso é inegável. Que isso tenha sido em proveito da diplomacia -- estrito senso -- é bem mais duvidoso, e talvez até enganoso.
Em todo caso, devemos saudar os grandes homens da cultura, agradecer o que fizeram pelo nosso enriquecimento intelectual, não reclamar quando o Estado é obrigado a fazer cortes que certamente foram dolorosos (mas alguns são absolutamente necessários, como por exemplo, no caso de muitos aproveitadores medíocres que se apresentam como "produtores culturais", como existem tantos na república dos companheiros - e, por fim, descartar essa concepção simplista que faz de todo intelectual-diplomata, ou de todo diplomata intelectual, um servidor devotado da diplomacia cultural brasileira. As pessoas cuidam, em primeiro lugar, de si mesmas, e isto é simplesmente humano.
Paulo Roberto de Almeida 



Machado de Assis
Machado de Assis

Machado de Assis: Um Instituto que faz falta


Onde está nosso Instituto Machado de Assis (sem diminuir outros escritores)? Não existe. Consta que depende de uma quezília entre o Itamaraty e o Ministério da Cultura, sobre quem seria o pai e a mãe da idéia. Enquanto isso, o Brasil carece de uma política orgânica promotora de sua cultura e de sua língua.

Por Flávio Aguiar, 27 DE ABRIL DE 2012 - 18H00 


Li, entre comovido e entusiasmado, a palestra da presidente Dilma Roussef aos formandos do Instituto Rio Branco, nesta página. Comovido: nossa presidenta, resgatada da nossa história de ditaduras insondáveis, dirige-se ao nosso corpo diplomático. Entusiasmado: ela, vinda desse passado sofrido e sofrível, dirige-se ao futuro da nossa diplomacia.
Mas...
Faltou algo.
A presidente, com toda razão, afirmou que era necessário ter engenheiros, físicos e matemáticos entre os diplomatas. Certeiro. Talvez tenha até esquecido os químicos, os biólogos, e outros cientistas das exatas e das ciências da vida.
Mas e a vida cultural?
A diplomacia brasileira – sou testemunha disso – é das mais brilhantes e reconhecidas internacionalmente, pela formação e pelo desempenho. Mas o esforço da representação internacional pela cultura brasileira ainda deixa a desejar. E eu vivo numa cidade – Berlim – em que a presença cultural da Embaixada Brasileira é amplamente reconhecida e festejada.
Então onde deixa a desejar?
Não vejo um esforço sistemático para promover a cultura brasileira, nem nossa língua, nem nossa já reconhecida presença cultural no mundo.
Em termos de hegemonia internacional, cultura é peça fundamental no jogo de poder e presença. Olhem os Estados Unidos e a China: o primeiro, decadente, a segunda, emergente. Mas há um fator cultural inamovível. Para o bem e para o mal, ninguém quer ser como a China, a não ser os chineses (e com todo o direito); mas os Estados Unidos seguem sendo um modelo de “way of life”. Como eu disse, para o bem e para o mal.
Trocando em miúdos e em graúdos, num mundo em que a Europa afunda em crise – em particular a península Ibérica – olho para ela e fico com inveja dos Institutos Camões e Cervantes.
Onde está nosso Instituto Machado de Assis (sem diminuir outros escritores)? Não existe. Consta que depende de uma quezília entre o Itamaraty e o Ministério da Cultura, sobre quem seria o pai e a mãe da idéia. Enquanto isso, o Brasil carece de uma política orgânica promotora de sua cultura e de sua língua. E num momento em que estudantes pela Europa inteira querem estudar o português do Brasil, cada vez mais.
Tudo bem: louvemos os futuros engenheiros, matemáticos, físicos e vizinhos dessas áreas “exáticas”, que desejadamente se tornarão diplomatas. Mas não esqueçamos do quanto a diplomacia brasileira deve a Martins Pena, Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães, Aluísio Azevedo, Raul Bopp, Erico Verissimo, Guimarães Rosa, Viana Moog e outros e outras.
Não é uma forma de saudosismo.
É também uma forma de pensar o futuro.
Machado de Assis nunca viajou ao exterior. Está na hora dele empreender essa viagem, sob a forma de seu instituto.

*Flávio Aguiar é correspondente internacional da Carta Maior em Berlim
Fonte: Carta Maior

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Pausa para... a carreira diplomatica...

Uma velha piada, que sempre é objeto de novas versões.
Posso assegurar que é tudo verdade...
Paulo Roberto de Almeida

domingo, 6 de novembro de 2011

Livros de diplomatas: notas e resenhas - Paulo Roberto de Almeida


Lista cronológica de resenhas feitas por Paulo Roberto de Almeida 
de livros de diplomatas brasileiros
(obras de todos os gêneros escritas por diplomatas profissionais do Brasil)

Paulo Roberto de Almeida
(atualizada em Novembro de 2011)
Nota preliminar:
Esta lista não constitui, obviamente, a série completa de todas as minhas resenhas e resenhas-artigos de livros, que seria muito mais longa. Tampouco constitui a série completa de todos os livros interessando às relações internacionais ou à política externa do Brasil, uma vez que teria de incluir todos os livros escritos por não diplomatas, o que não está aqui. Vou fazer um dia...
A partir de 2005 dediquei-me a fazer pequenas notas sobre os livros publicados por diplomatas para a seção “Prata da Casa” do Boletim da Associação dos Diplomatas Brasileiros. Invariavelmente, a cada três meses, compareço com os livros do momento, o que não quer dizer, tampouco, todos os livros publicados por diplomatas e tampouco todos os livros que me chegam às mãos, apenas os que retenho como dignos de registro. Muitos outros “escapam” dessa seleção “fatal”, talvez os de poesia, e algumas teses do Curso de Altos Estudos, publicadas pela Funag, que não julguei relevantes, porém, ou que não tive tempo de ler. Em todo caso, é muita coisa, mesmo para um leitor compulsivo, como eu...
Finalmente, não fiz uma lista serial, apenas retive cada uma das entradas detectadas (as que não me escaparam), segundo a numeração da lista de trabalhos originais.


148. “Filosofia Política”, Brasília, 15 março 1987, 2 pp. Apresentação do livro de João Almino, O Segredo e a Informação: Ética e política no espaço público (São Paulo, Brasiliense, 1986, 118 pp.). Publicada na seção “Crítica” da revista Humanidades (Brasília, Ano IV, nº 13, maio-julho 1987, pp. 132-33). Relação de Trabalhos Publicados nº 040.

196. “O Brasil e o ‘Perigo Amarelo’”, Montevidéu, 5 setembro 1990, 8 pp. Resenha do livro de Valdemar Carneiro Leão, A Crise da Imigração Japonesa no Brasil (1930 - 1934) Contornos Diplomáticos (Brasília, Fundação Alexandre de Gusmão, Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais-IPRI, 1990, 360 pp. Coleção Relações Internacionais nº 10). Solicitada autorização para publicação, por Memorandum de 5 de setembro de 1990; autorização concedida em 08/03/91 e transmitida em 11 de março de 1991. Publicado na Revista Brasileira de Política Internacional (Rio de Janeiro: ano XXXIII, nºs 129-130, 1990/1, pp. 137-141) e na Revista Brasileira de História (São Paulo: vol. 11, nº 22, março-agosto 1991, pp. 197-213). Relação de Publicados nºs 60 e 66.

243. “Maquiavelismo: Fortuna e Virtù de um conceito”, Brasília: 5 maio 1992, 4 pp. Resenha de Sérgio Bath, Maquiavelismo: A prática política segundo Nicolau Maquiavel (São Paulo: Atica, 1992, Série Princípios nº 216). Publicado, sob o título de “A inabalável notoriedade do conselheiro do príncipe”, no Correio Braziliense (Brasília: 16 maio 1992, Caderno 2, Armazem Literário, p. 7). Relação de Publicados nº 079.

244. “O Mercosul pela seleção natural”, Brasília: 15 maio 1992, 3 pp. Resenha do livro de Rubens Antonio Barbosa: América Latina em Perspectiva: A Integração Regional da Retórica à Realidade (São Paulo: Edições Aduaneiras, 1991). Publicado no Boletim de Integração Latino-Americana (Brasília: nº 5, Abril-Junho 1992, pp. 125-6). Republicado, sob o título “Uma visão estratégica do processo integracionista”, em Cone Sul/Cono Sur: Jornal da Integração (Porto Alegre: ano IV, nº 29, julho de 1993, p. 7) e novamente, sob o título original, em Cone Sul/Cono Sur: Jornal da Integração (Porto Alegre: ano VI, nº 38, dezembro de 1994, p. 2). Relação de Publicados nº 090, 139 e 172.

285. “Introdução: Paulo Roberto de Almeida”, Brasília: 8 outubro 1992, 3 pp. Texto de apresentação à documentação selecionada para o livro Mercosul: Legislação e Textos Básicos (Brasília: Senado Federal, Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul, 1992), baseado nos textos anteriores. Relação de Publicados nº 112.

515. “O Brasil no sistema político multilateral: uma perspectiva de 50 anos”, Brasília, 24 fevereiro 1996, 3 p. Resenha de Ministério das Relações Exteriores: A Palavra do Brasil nas Nações Unidas: 1946-1995 (Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 1995, 596 p.; introdução e comentários do Emb. Luiz Felipe de Seixas Corrêa). Inédito na versão completa. Publicado em versão resumida na Revista Brasileira de Política Internacional  (vol. 39, n° 1, janeiro-julho 1996, p. 182-183). Relação de Publicados n° 195.

518. “O Mercosul por quem o fez”, Brasília, 17 março 1996, 3 p. Resenha de Sérgio Abreu e Lima Florêncio e Ernesto Henrique Fraga Araújo: Mercosul Hoje (São Paulo: Editora Alfa-Omega, 1996). Inédito na versão completa. Publicado em versão resumida na Revista Brasileira de Política Internacional  (vol. 39, n° 1, janeiro-julho 1996, p. 175-177). Relação de Publicados n° 194.

526. “O legado do Barão: Rio Branco e a moderna diplomacia brasileira”, Brasília, 26 abril 1996, 7 p.; revisão: 02/05/96, 11 p. Apresentação e comentários ao livro José Maria da Silva Paranhos, Barão do Rio Branco: Uma Biografia Fotográfica,1845-1995, Texto de Rubens Ricupero; organização, iconografia e legendas de João Hermes Pereira de Araujo (Brasília: FUNAG, 1995, 132 p.). Enviado para a revista Política Externa: não considerado; publicado na Revista Brasileira de Política Internacional  (vol. 39, n° 2, julho-dezembro 1996, p. 125-135). Relação de Publicados n° 198.

542. “Um roteiro de quatro séculos das relações internacionais do Brasil”, Brasília, 19 novembro 1996, 28 + 5 + 26 = 59 p. Apresentação e Introdução à nova edição (facsimilar) da obra de José Manoel Cardoso de Oliveira, Actos Diplomaticos do Brasil: tratados do periodo colonial e varios documentos desde 1492, coordenados e anotados por J. M. C. de O., Enviado Extraordinario e Ministro Plenipotenciario, socio correspondente do Instituto Historico e Geographico Brasileiro e do Instituto Geographico e Historico da Bahia (Rio de Janeiro: Typ. do Jornal do Commercio, de Rodrigues & C., 1912; 2 volumes; Volume I: 1493 a 1870; Volume II: 1871 a 1912). Com Addendum de 5 p. contendo uma “Relação cronológica sumária dos instrumentos multilaterais vinculando o Brasil a partir de 1912”. Feito novo Addendum, em 22.11.96, de 26 p. preparado a partir do trabalho n° 533, contendo uma relação completa dos instrumentos multilaterais e acordos internacionais a que se associou o Brasil entre 1912 e 1996. Publicado na coleção “Memória Brasileira” do Senado Federal: Introdução: Tomo I, pp. III-XXXIX (3-39). Addendum: “Relação dos principais instrumentos multilaterais vinculando o Brasil a partir de 1912”: Tomo II, pp. I-LV (1-55). Relação de Publicados nº 203.

646. “Política externa e integração como objeto de estudo acadêmico e de reflexões diplomáticas”, Brasília, 14 novembro 1998, 6 pp. Resenha dos livros: Paulo Roberto de Almeida: Relações internacionais e política externa do Brasil: dos descobrimentos à globalização (Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1998; Paulo Roberto de Almeida: Mercosul: fundamentos e perspectivas (São Paulo: LTr, 1998). Publicada [PR] na Revista Brasileira de Política Internacional (ano 41, nº 2, julho dezembro 1998, pp. 165-169). Relação de Publicados nº 229.

684. “A produção brasileira em relações internacionais, 1970-1999: tendências e perspectivas”, Brasília, 25 maio 1999, 47 pp. Versão definitiva do Trabalho 644, preparado para a ANPOCS (enfocando autores e obras, metodologia, perspectiva comparada com tendências externas), reduzido em relação à pesquisa original (30 pp + 17 de bibliografia). Publicado em Sérgio Miceli (org.). O Que ler na ciência social brasileira (1970-1995) (São Paulo: Editora Sumaré: ANPOCS; Brasília, DF: CAPES 1999), v. 3: Ciência Política, pp. 191-255. Relação de Publicados n° 241.

801. “Contribuições à história diplomática do Brasil: Fernando de Mello Barreto, ou a volta ao fatual de qualidade”, Washington, 18 agosto 2001, rev. 21.08, 8 pp. Resenha de Fernando P. de Mello Barreto Filho: Os Sucessores do Barão: relações exteriores do Brasil, 1912-1964 (São Paulo: Editora Paz e Terra, 2001, 364 p; ISBN: 85-219-0389-8; www.pazeterra.com.br). Feita versão resumida para a Revista Brasileira de Política Internacional em 1.10.01; nova versão, ainda mais resumida, para o Boletim ADB. Publicado (a) no boletim eletrônico Via Mundi (Brasília: nº 5, 2001; http://www.relnet.com.br/pgn/viamundi.lasso?); (b) na revista Política Externa Política Externa (São Paulo: vol. X, nº 3, dezembro 2001-fevereiro 2002, pp. 174-177); (c) na Revista Brasileira de Política Internacional (Brasília: Ano 44, nº 2, 2001, pp. 202-204), e (d) no Boletim ADB (Brasília: Ano X, nº 41, jul/ago/set 2002, p. 33). Relação de Publicados nºs 286, 292, 293 e 359.

823. “A Política exterior do Império para as repúblicas do Pacífico”, Washington, 30 outubro 2001, 4 pp. Prefácio ao livro-tese homônimo de Luis Cláudio Villafañe Gomes Santos. Publicado in Luis Cláudio Villafañe Gomes Santos, O Império e as repúblicas do Pacífico: as relações do Brasil com o Chile, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia, 1822-1889 (Curitiba: Editora da UFPR, 2002, 178 pp; ISBN: 85-7355-100-4), pp. 7-11. Relação de Publicados nº 372bis.

1411. “História quase virtual do Brasil”, Brasília, 20 março 2005, 2 p. Resenha de Evaldo Cabral de Mello: A outra Independência: o federalismo pernambucano de 1817 a 1824 (São Paulo: Editora 34, 2004, p. 260; ISBN: 85-7326-314-8). Revista Desafios do Desenvolvimento (Brasília: IPEA-PNUD, ano I, nº 9, abril 2005, link: http://www.desafios.org.br/index.php?Edicao=9&pagina=canais&idCanal=168&secao=estante&inicio=0&limite=3). Republicada na revista Plenarium (Brasília: Câmara dos Deputados, Ano II, nº 2, novembro 2005, p. 343-344). Relação de Publicados nº .

1440. “Prata da Casa – Boletim ADB, Abril-Junho 2005”, Brasília, 7 junho 2005, 2 p. Apresentação dos livros: (a) José Flávio Sombra Saraiva e Amado Luís Cervo (orgs.): O crescimento das relações internacionais no Brasil (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, 2005; 308 p.); (b) Paulo Roberto de Almeida: Formação da Diplomacia Econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (2ª edição; São Paulo: Editora Senac; Brasília: Funag, 2005; 680 p.). Publicado no Boletim ADB (Brasília: ADB, ano 13, nº 49, Abril-Maio-Junho 2005, p. x; link: www.adb.org.br).

1459. “Prata da Casa”, Brasília, 17 agosto 2005, 4 p. Notas sobre os livros Felipe Fortuna: Em Seu Lugar: Poemas Reunidos (Rio de Janeiro: Barléu Edições, 2005, 248 p.); José Vicente Lessa: O auto-engano coletivo: uma crítica do ideário nacional brasileiro (São Paulo: Edições Inteligentes, 2005, 238 p.); Alberto da Costa e Silva: Das mãos do oleiro: aproximações (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005, 240) e Centro de História e Documentação Diplomática: A Missão Varnhagen nas Repúblicas do Pacífico: 1863 a 1867 (Rio de Janeiro: CHDD; Brasília: FUNAG, 2005; vol. 1: 1863 a 1865, 592 p.; vol. 2: 1866 a 1867, 508 p.), para o Boletim ADB (3º trimestre 2005; link: www.adb.org.br).

1555. “Prata da Casa, Boletim ADB 1-2006”, Brasília, 25 fevereiro 2006, 4 p. Notas sobre os livros: 1) André Heráclio do Rêgo: Famille et Pouvoir Regional au Brésil: Le coronelismo dans le Nordeste 1850-2000 (Paris: L’Harmattan, 2005, 320 p.); 2) Murilo Vieira Komniski: Buritizal (Rio de Janeiro: 7 Letras, 2005, 108 p.); 3) Raul de Taunay: Rosas da infância ou da estrela [poemas escolhidos] (Rio de Janeiro: 7 Letras, 2005, 136 p.) e 4) José Augusto Lindgren Alves: Os direitos humanos na pós-modernidade (São Paulo: Perspectiva, 2005, 254 p.). Boletim ADB (ano 12, nº 52, janeiro-março 2006, p. 24-25; ISSN: 0104-8503; link: www.adb.org.br). Relação de Publicados n. 628.

1562. “Caminhos da convergência na globalização”, Brasília, 19 de março de 2006, 8 p. Apresentação ao livro de Leonardo de Almeida Carneiro Enge: A Convergência Macroeconômica Brasil-Argentina: regimes alternativos e fragilidade externa (Brasília: IRBr, 2006; ISBN: 85-7631-048-1; p. 22-26). Colocado no blog Book Reviews, post nº 32 (link: http://praresenhas.blogspot.com/2006/04/32-convergncia-macroeconmica-no.html#links). Reproduzido no blog Relnet, em 08.01.2007 (link: http://www.relnet.com.br/blog/?p=128). Publicado no boletim Meridiano 47 - Boletim de Análise da Conjuntura em Relações Internacionais (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, ISSN 1518-1219, nº 75, outubro 2006, p. 22-26; link: http://www.mundorama.info/Mundorama/Meridiano_47_-_1-100_files/Meridiano_75.pdf). Relação de Publicados nº 709 e 742.

1565. “Brasil: cronologia sumária do multilateralismo econômico, 1856-2006”, Brasília, 25 março 2006, 8 p. Atualização de tabelas cronológicas anteriores, com base em registros da DAI e outras fontes documentais. Publicado, por cortesia, na 4ª edição do livro de Ricardo Seitenfus e Deisy Ventura, Direito Internacional Público (Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006). Divulgado no blog Cousas Diplomáticas, posts nºs 296 a 299 (link inicial: http://diplomaticas.blogspot.com/2006/03/296-trajetria-do-multilateralismo.html#links). Relação de Publicados n. 713.

1582. “Entre a América e a Europa: a política externa do Brasil nos anos 1920”, Brasília, 21 abril 2006, 3 p. Resenha de Eugênio Vargas Garcia: Entre América e Europa: a política externa brasileira na década de 1920 (Brasília: Editora da Universidade de Brasília; Funag, 2006, 672 p.; ISBN: 85-230-0854-3). Revista Brasileira de Política Internacional (Brasília: ano 49, nº 1, 2006, p. 222-224); site Parlata (2007; link: http://www.parlata.com.br/parlata_indica.php?id_geral=72). Relação de Publicados n. 669.

1587. “Uma bibliografia preliminar sobre a diplomacia do Governo Lula: uma classificação tentativa com base na literatura disponível”, Brasília, 23 abril 2006, 10 p. Levantamento provisório, para fins de documentação tão somente, da compilação bibliográfica já efetuada sob nº 1559, atualizada até 26 de maio de 2006, com referências bibliográficas organizadas em três categorias: (a) vozes autorizadas; (b) aliados ou simpatizantes; (c) independentes ou críticos. Disponível no link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1587BiblioDiploGovLula.pdf.

1614. “Prata da Casa, Boletim ADB 2-2006”, Brasília, 31 maio 2006, 2 p. Notas sobre os livros: 1) Paulo Antonio Pereira Pinto: Taiwan – um futuro formoso para a ilha? (Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2005, 144 p.); 2) Agenor Soares dos Santos: Dicionário de anglicismos e de palavras inglesas correntes em português (Rio de Janeiro: Elsevier, 2006, 390 p.); 3) Alexandre Vidal Porto: Matias na cidade - romance (Rio de Janeiro: Record, 2005, 160 p.); e 4) Paulo Antonio Pereira Pinto: Iruan nas reinações asiáticas (Porto Alegre: AGE, 2004, 132 p.). Boletim ADB (ano XIII, nº 53, abril-junho 2006, p. 27 e 32; ISSN: 0104-8503; link: www.adb.org.br). Relação de Publicados n. 660.

1641. “Sob a sombra da águia?: a diplomacia brasileira no início do declínio britânico”, Brasília, 20 julho 2006, 4 p. Nova resenha de Eugênio Vargas Garcia: Entre América e Europa: a política externa brasileira na década de 1920 (Brasília: Editora da Universidade de Brasília; Funag, 2006, 672 p.; ISBN: 85-230-0854-3). Para publicação na revista Política Externa (São Paulo: vol. 15, nº 2, set.-nov. 2006, pp. 145-148). Relação de Publicados n. 722.

1643. “Do leão britânico para a águia americana?”, Brasília, 25 julho 2006. 2 p. Nova resenha, resumida, do livro de Eugênio Vargas Garcia: Entre América e Europa: a política externa brasileira na década de 1920 (Brasília: Editora da Universidade de Brasília; Funag, 2006, 672 p.; ISBN: 85-230-0854-3), para a revista Desafios do Desenvolvimento (Brasília: ano 3, nº 25, agosto 2006, p. 62; link: http://desafios2.ipea.gov.br/desafios/edicoes/25/artigo26086-1.php). Relação de Publicados n. 688

1645 “O estudo das relações internacionais do Brasil: entre a história e a diplomacia”, Brasília, 26 julho 2006, 4 p. Prefácio à segunda edição de meu livro O estudo das relações internacionais do Brasil: Um diálogo entre a diplomacia e a academia (Brasília: LGE Editora, 2006). Revisto em 25/08. Publicado em formato independente no boletim eletrônico Via Política (Porto Alegre, 10.09.2006; link: http://www.viapolitica.com.br/diplomatizando_view.php?id_diplomatizando=9). Relação de Publicados n. 692.

1654. O Estudo das Relações internacionais do Brasil, Texto completo do livro a ser publicado pela LGE Editora; encaminhado em 24 de agosto de 2006. Publicado pela LGE em 25.09.2006; ISBN: 85-7328-271-2; sumário no site pessoal (link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/93EstudoRelaIntBr2006.html). Relação de Publicados n. 696.

1661. Prata da Casa – Terceiro Trimestre de 2006”, Brasília, 1º setembro 2006, 2 p. Notas sobre os livros: Milton Torres: O Maranhão e o Piauí no Espaço Colonial: a memória de Joaquim José Sabino de Rezende Faria e Silva (São Luis: Instituto Geia, 2006, 246 p.); Samuel Pinheiro Guimarães: Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes (Rio de Janeiro: Contraponto, 2006, 455 p.) e João Clemente Baena Soares: Sem medo da diplomacia: depoimento ao Cpdoc (organizadores Maria Celina D’Araujo et alii; Rio de Janeiro: FGV, 2006, 126 p.). Publicado, junto com a nota de Sérgio Bath, sobre o livro de José Oswaldo de Meira Penna: Polemos: Uma análise crítica do darwinismo (Brasília: EdUnB, 2006, 433 p.), no Boletim ADB (ano XII, nº 54, jul-set 2006; ISSN: 0104-8503; p. 31-32; link: www.adb.org.br). Relação de Publicados n. 697.

1678. “Prata da Casa, Boletim ADB 2006-4”, Brasília, 23 outubro 2006, 2 p. Notas sobre os livros: Fernando de Mello Barreto: Os Sucessores do Barão, 2: relações exteriores do Brasil, 1964-1985 (São Paulo: Paz e Terra, 2006, 519 p.); Paulo Roberto de Almeida: O estudo das relações internacionais do Brasil: um diálogo entre a diplomacia e a academia (Brasília: LGE Editora, 2006, 388 p.); Vasco Mariz (org.): Brasil-França: relações históricas no período colonial (Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 2006, 196 p.); Armindo Branco Mendes Cadaxa: No Jardim de Inverno (Nova Friburgo: Ars Fluminensis, 2006, 74 p.); para o Boletim ADB (ano XIII, nº 55, out-dez 2006; ISSN: 0104-8503; p. 28-29; link: http://www.adb.org.br/). Nota sobre o livro de Fernando Barreto publicada, sob o título “Diplomacia durante a ditadura”, na Desafios do Desenvolvimento (Brasília: ano 3, nº 29, dezembro 2006, p. 63; link: http://desafios2.ipea.gov.br/desafios/edicoes/29/artigo37747-2.php). Nota sobre o livro de Vasco Mariz publicada, sob o título “Nações Amigas”, na Desafios do Desenvolvimento (Brasília: IPEA-PNUD, ano 4, nr. 31, fevereiro 2007, p. 63; link: http://desafios2.ipea.gov.br/desafios/edicoes/31/artigo42309-1.php). Relação de Publicados n. 726 e ???).

1682. “Sucessores bem sucedidos?: um balanço realista (e completo) da diplomacia na era militar”, Brasília, 4 novembro 2006, 6 p. Resenha de Fernando de Mello Barreto: Os Sucessores do Barão, 2: relações exteriores do Brasil, 1964-1985 (São Paulo: Paz e Terra, 2006, 519 p.; ISBN: 85-7753-004-3). Revista Política Externa (São Paulo: vol. 15, nr. 3, dez. 2006-fev 2007, pp. 191-196; ISSN: 1518-6660). Versão resumida publicada, sob o título de “Diplomacia durante a ditadura”, na revista Desafios do Desenvolvimento (Brasília: ano 3, nº 29, dezembro 2006, p. 63; link: http://desafios2.ipea.gov.br/desafios/edicoes/29/artigo37747-2.php). Plenarium (Brasília: Câmara dos Deputados; ano V, nr. 5, maio 2008, p. 310-315; ISSN: 1981-0865; link: ). Relação de Publicados ns. 728, 729 e xxx.

1727. “Dos arquivos da história: o Itamaraty nas fontes primárias”, Brasília, 20 fevereiro 2007, 4 p. Notas sobre os seguintes volumes: Alvaro da Costa Franco (org.): Com a palavra, o Visconde do Rio Branco: A política exterior no Parlamento imperial [1855-1875] (Rio de Janeiro: Centro de História e Documentação Diplomática; Brasília: Funag, 2005, 574 p.); Brasil. Secretaria de Estado dos Negócios do Império e Estrangeiros: O Conselho de Estado e a política externa do Império: Consultas da Seção dos Negócios Estrangeiros, 1858-1862 (Rio de Janeiro: Centro de História e Documentação Diplomática; Brasília: Funag, 2005, xv + 450 p.); José Antonio Pimenta Bueno; José Maria da Silva Paranhos; Sérgio Teixeira de Macedo: Pareceres dos Consultores do Ministério dos Negócios Estrangeiros: 1859-1864 (Rio de Janeiro: Centro de História e Documentação Diplomática; Brasília: Funag, 2006, 244 p.); Suely Braga da Silva: Paulo Nogueira Batista: o diplomata através de seu arquivo (Rio de Janeiro: Cpdoc; Brasília: Funag, 2006, 136 p.). Feita versão resumida para o Boletim ADB (ano 14, n. 56, jan-mar 2007, p. 13-14; ISSN: 0104-8503). Preparada resenha maior do livro de Paulo Nogueira Batista, publicada sob o titulo “Aventuras nucleares de outra época”, na revista Desafios do Desenvolvimento (Brasilia: IPEA-PNUD, n. 34, maio 2007, p. ; link: http://desafios2.ipea.gov.br/desafios/edicoes/34/artigo50172-1.php).

1728. “Prata da Casa: Boletim ADB 1/2007”, Brasília, 21 fevereiro 2007, 2 p. Notas sobre os seguintes livros: Marcelo Raffaelli: A Monarquia e a República: Aspectos das relações entre Brasil e Estados Unidos durante o Império (Rio de Janeiro: Centro de História e Documentação Diplomática; Brasília: Funag, 2006, 290 p.); Rubem Mendes de Oliveira: A Questão da Técnica em Spengler e Heidegger (Belo Horizonte: Argumentum-Tessitura, 2006, 132 p.); Luis Fernando Corrêa da Silva Machado: Brasil e investimentos internacionais: os acordos sobre IED firmados pelo País (Pelotas: Editora da UFPel, 2005, 222 p.); Otávio Augusto Drummond Cançado Trindade: O Mercosul no Direito Brasileiro: incorporação de normas e segurança jurídica (Belo Horizonte: Del Rey, 2007, 180 p.). Boletim ADB (ano 14, n. 56, jan-mar 2007, p. 30-31; ISSN: 0104-8503; link: www.adb.org.br). Preparadas resenhas maiores dos livros de Raffaelli e Trindade, publicadas, respectivamente sob os titulos de “Relações Brasil-EUA, na infância” e “Insegurança jurídica no Mercosul”, na revista Desafios do Desenvolvimento (Brasilia: IPEA-PNUD, n. 34, maio 2007, p. ; link: http://desafios2.ipea.gov.br/desafios/edicoes/34/artigo50172-1.php).

1729. “Comércio e diplomacia: história e atualidade”, Brasília, 22 fevereiro 2007, 2 p. Resenha de Demétrio Magnoli e Carlos Serapião Jr.: Comércio Exterior e negociações internacionais: teoria e prática (São Paulo: Saraiva, 2006, 378 p.). Revista Desafios do Desenvolvimento (ano 4, nº 32, março 2007, p. 62; link: http://www.desafios.org.br/Edicoes/32/artigo44491-1.asp?o=s). Republicado no site Parlata (2007; link: http://www.parlata.com.br/parlata_indica.php?id_geral=84).

1738. “Mercosul ‘aborrecente’”, Brasília, 25 março 2007, 3 p. Resenha de Rubens Antônio Barbosa (org.). Mercosul quinze anos (São Paulo: Fundação Memorial da América Latina- Imprensa Oficial do Estado, 2007, 304 p.). Desafios do Desenvolvimento (ano 4, n. 33, 10 abril 2007, p. ; link: http://desafios2.ipea.gov.br/desafios/edicoes/33/artigo47023-1.php).

1750. “Prata da Casa, Boletim ADB 2 trimestre 2007”, Brasília, 9 maio 2007, 2 p. Notas sobre os seguintes livros: Luís Cláudio Villafañe Gomes Santos: El Imperio del Brasil y las Repúblicas del Pacífico, 1822-1889 (Quito: Corporación Editora Nacional-UASB-Funag, 2007); Teresa Dias Carneiro: Otávio Augusto Dias Carneiro, um pioneiro da diplomacia econômica (Brasília: Funag, 2005, 134 p.); Alfredo José Cavalcanti Jordão de Camargo: Bolívia: a criação de um novo país (Brasília: Funag, 2006, 404 p.) e Jorge Sá Earp: O olmo e a palmeira (Rio de Janeiro: 7Letras, 2006, 256 p.). Boletim ADB (ano XIV, n. 57, abril-junho 2007, p. 29-30; ISSN: 0104-8503; link: www.adb.org.br).

1778. “Expansão Econômica Mundial: 100 anos de uma obra pioneira”, Brasília, 7 agosto 2007, 3 p. Curto ensaio sobre a obra de Brazílio Itiberê da Cunha, Expansão Econômica Mundial (Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 2 volumes, 1907 e 1908). Publicado na Revista Acadêmica Espaço da Sophia (Tomazina, PR, ISSN: 1981-318X, Ano I, nº 8, p.1-04, novembro 2007. edição eletrônica; link: http://www.espacodasophia.com.br/colunistas/artigos/paulo_roberto/paulo_roberto.pdf). Boletim da Associação dos Diplomatas Brasileiros (ano XIV, n. 59, outubro-dezembro 007, p. 28-30; link: http://www.adb.org.br/boletim/ADB-59.pdf). Republicado Via Política (Porto Alegre: n. 77, 10 dezembro 2007, link: http://www.viapolitica.com.br/diplomatizando_view.php?id_diplomatizando=58).

1779. “Prata da Casa, 3 trimestre 2007”, Brasília, 8 agosto 2007, 2 p. Notas sobre os livros: Carlos Alberto Leite Barbosa: Desafio Inacabado: a política externa de Jânio Quadros (São Paulo: Atheneu, 2007, 352 p.); Brasil. Secretaria de Estado dos Negócios do Império e Estrangeiros: O Conselho de Estado e a política externa do Império: Consultas da Seção dos Negócios Estrangeiros, 1863-1867 (Rio de Janeiro: Centro de História e Documentação Diplomática; Brasília: Funag, 2007, xxviii + 444 p.); Luiz Felipe de Seixas Corrêa (organizador): O Brasil nas Nações Unidas, 1946-2006 (Brasília: Funag, 2007, 768 p.) e Milton Torres: No Fim das Terras e Andaimes (Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2004 e 2006; 223 e 200 p.); para o Boletim da Associação dos Diplomatas Brasileiros (ano XIV, n. 59, outubro-dezembro 2007, p. 32-33; link: www.adb.org.br). Feita nota ampliada sobre o livro de Leite Barbosa: Desafio Inacabado: a política externa de Jânio Quadros, em 27.08.2007, para a revista Desafios do Desenvolvimento (Brasília: IPEA, n. 35, setembro 2007, p. 63; link: http://desafios2.ipea.gov.br/sites/000/17/edicoes/35/pdfs/rd35sec03.pdf). Nota sobre o livro de Seixas Corrêa (organizador): O Brasil nas Nações Unidas, 1946-2006, publicada sob o título de “Abrindo as Assembleias”, na revista Desafios do Desenvolvimento (Brasília: IPEA, n. 36, outubro 2007, p. 63; link: http://desafios2.ipea.gov.br/sites/000/17/edicoes/36/pdfs/rd36sec03.pdf).

1793. “A formação econômica brasileira a caminho da autonomia política: uma análise estrutural e conjuntural do período pré-independência”, Brasília, 2 setembro 2007, 22 p. + bibliografia e quadros estatísticos. Ensaio histórico sobre o contexto econômico do período joanino, destinado a integrar coletânea sobre Os 200 anos da Abertura dos Portos (Editora Senac São Paulo; Federação do Comércio do Estado de São Paulo). Publicado in Luis Valente de Oliveira e Rubens Ricupero (orgs.), A Abertura dos Portos (São Paulo: Senasc-SP, 2007; p. 256-283; ISBN: 978-85-7359-651-9). Relação de Publicados n. 809.

1804. O Moderno Príncipe (Maquiavel revisitado), Brasília, 15 setembro 2007, 158 p. Revisão final e consolidação dos diversos arquivos que constituem o novo livro. Publicado em versão impressa: edições do Senado Federal volume 147: Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2010, 195 p.; ISBN: 978-85-7018-343-9). Relação de Publicados n.s 940 e 1014.

1811. “The Foreign Policy of Brazil under Lula: Regional and global diplomatic strategies”, Brasília, 30 setembro 2007, 25 p. Texto preparado com base no trabalho 1748, com vistas a sua inclusão em livro a ser editado por Joseph Love e Werner Baer, nos EUA (Palgrave), sobre a primeira administração Lula. Revisto em 10.10.07. Revisão do inglês por Peter Beeching; modificado onde pertinente, em 27.10.07, remetido novamente a Love e Baer. Nova revisão em 23.01.2008. Revisão final em 23.08.2008. Publicado sob o titulo de “Lula’s Foreign Policy: Regional and Global Strategies”, como capitulo 9, In: Joseph L. Love and Werner Baer (eds.), Brazil under Lula: Economy, Politics, and Society under the Worker-President (New York: Palgrave-Macmillan, 2009, 326 p.; ISBN: 970-0-230-60816-0; p. 167-183; link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1811BrForPolicyPalgrave2009.pdf). Relação de Publicados n. 884.

1830. “O cão filósofo e o diplomata tout terrain”, 31 outubro 2007, 1 p. Notas sobre os livros: Fernando Reis: Falta um cão na vida de Kant (Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, 251 p.); Flávio de Oliveira Castro: Caleidoscópio: cenas da vida de um diplomata (Rio de Janeiro: Contraponto, 2007, 516 p.). Boletim da Associação dos Diplomatas Brasileiros (ano XIV, n. 59, outubro-dezembro 2007, p. 34; link: www.adb.org.br).

1847. “Do alinhamento recalcitrante à colaboração relutante: o Itamaraty em tempos de AI-5”, Brasília, 31 dezembro 2007, 32 p. Ensaio histórico sobre os efeitos institucionais e o impacto do AI-5 na política externa para Colaboração ao livro coletivo: Tempo negro, temperatura sufocante: o Brasil do AI-5; Organizadores: Oswaldo Munteal (PUC-RJ/UERJ), Jacqueline Ventapane e Adriano de Freixo (CEFET-RJ) (Editora da PUC-Rio e Editora Contraponto). Publicado em Oswaldo Munteal Filho, Adriano de Freixo e Jacqueline Ventapane Freitas (orgs.), “Tempo Negro, temperatura sufocante”: Estado e Sociedade no Brasil do AI-5 (Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, Contraponto, 2008; 396 p. ISBN 978-85-7866-002-4; p. 65-89). Relação de Publicados n. 866.

1849. “Rui Barbosa, diplomata”, Buenos Aires, 6 janeiro 2008, 3 p. Resenha do livro de Carlos Henrique Cardim: A Raiz das Coisas: Rui Barbosa, o Brasil no Mundo (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, 350 p.). Revista Desafios do Desenvolvimento (Brasília: IPEA, ano 5, nr. 39, janeiro 2008, p. 62; link: http://desafios2.ipea.gov.br/sites/000/17/edicoes/39/pdfs/rd39sec03.pdf).

1858. “O Brasil nas relações internacionais do século 21: fatores externos e internos de sua atuação diplomática”, Brasília, 11 fevereiro 2008, 50 p. Ensaio de caráter analítico, baseado na apresentação efetuada em julho de 2007 no III curso de inverno de Direito Internacional, feito em contribuição ao III Anuário Brasileiro de Direito Internacional, editor: Leonardo Nemer Caldeira Brant, Presidente do Centro de Direito Internacional – CEDIN (www.cedin.com.br). Publicado sob o título de “A ordem política e econômica mundial no início do século XXI: Questões da agenda internacional e suas implicações para o Brasil” no III Anuário Brasileiro de Direito Internacional, coordenador: Leonardo Nemer Caldeira Brant (Belo Horizonte: CEDIN, v. 3, n. 2, 2008, ISSN: 19809484; p. 151-189).

1862. “Abrir os portos, foi só o começo...”, Brasília, 15 fevereiro 2008, 3 p. Resenha de Luis Valente de Oliveira e Rubens Ricupero (organizadores), A Abertura dos Portos (São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007, 352 p.; ISBN: 978-85-7359-651-9). Desafios do Desenvolvimento (Brasilia: IPEA; ano 5; nr. 40, fevereiro 2008, p. 63; link: http://desafios2.ipea.gov.br/sites/000/17/edicoes/40/pdfs/rd40sec03.pdf). Reproduzida no blog da Embaixada de Portugal em Brasilia (19.02.2008; link: http://embaixada-portugal-brasil.blogspot.com/2008/02/abertura-dos-portos_19.html). Feita nota curta para o boletim ADB (ano 15, n. 60, jan.-mar. 2008, p. 30-31; link: www.adb.org.br).

1863. “Contos fantásticos, mas assustadoramente normais”, Brasília, 16 fevereiro 2008, 2 p. Resenha de Geraldo Holanda Cavalcanti: Encontro em Ouro Preto: contos fantásticos (Rio de Janeiro: Record, 2007, 188 p.). Feita nota curta para o boletim ADB. Desafios do Desenvolvimento (ano 5, nr. 41, março 2008, p. 63; link: http://desafios2.ipea.gov.br/sites/000/17/edicoes/41/pdfs/rd41sec03.pdf).

1864. “Prata da Casa”, Brasília, 16 fevereiro 2008, 2 p. Notas sobre os livros: Carlos Henrique Cardim: A Raiz das Coisas: Rui Barbosa, o Brasil no Mundo (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, 350 p.); Geraldo Holanda Cavalcanti: Encontro em Ouro Preto: contos fantásticos (Rio de Janeiro: Record, 2007, 188 p.); Luis Valente de Oliveira e Rubens Ricupero (organizadores), A Abertura dos Portos (São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007, 352 p.); Antônio Paulo Cachapuz de Medeiros (organizador): Desafios do Direito Internacional Contemporâneo (Brasília: Funag, 2007, 460 p.) Boletim ADB (ano 15, nr. 60, jan-mar 2008, p. 30-31; link: www.adb.org.br).

1868. “Brazil’s Integration into Global Governance: The rise of the Outreach-5 countries to a G-8 (plus) status”, Brasília, 9 março 2008, 29 p. Versão em inglês, ampliada, em colaboração com Denise Gregory, Diretora Executiva do Cebri, do trabalho 1866. Draft paper prepared for the project Dialogue on Global Governance with the “Outreach” countries - Konrad Adenauer Stiftung, para apresentação em seminário no Cebri, Rio de Janeiro, em 4 de abril. Revisões: 4 de junho; 15 julho; 8 setembro (26 p.). Última revisão: 30 de dezembro. Publicado no volume: Growth and Responsibility: The positioning of emerging powers in the global governance system (Berlin: Konrad Adenauer Stiftung, 2009, 126 p.; ISBN: 978-3-940955-45-6; p. 11-30; link: http://www.kas.de/wf/en/33.15573/-/-/-/index.html?src=nl09-01). Trabalhos publicados n. 887.

1876. “O império em ascensão (por um de seus espectadores): Introdução ao livro de Manoel de Oliveira Lima: Nos Estados Unidos, Impressões políticas e sociais (1899)”, Brasília, 17 de abril de 2008, 20 p. Comentários e apresentação à reedição deste livro pelo Senado Federal. In: Manoel de Oliveira Lima, Nos Estados Unidos, Impressões políticas e sociais (Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2009; 424 p.; p. 9-39). Postado no website pessoal (link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1876OliveiraLimaNosEUABook.pdf). Relação de Publicados n. 910.

1886. “Prata da Casa”, Brasília, 12 maio 2008, 2 p. Notas sobre os livros: Evaldo Cabral de Mello: Nassau: governador do Brasil holandês (São Paulo: Companhia das Letras, 2006, 289 p.); Everton Vieira Vargas: O Legado do Discurso: Brasilidade e Hispanidade no Pensamento Social Brasileiro e Latino-Americano (Brasília: Funag, 2007, 412 p.); Marcelo Böhlke: Integração Regional e Autonomia do seu Ordenamento Jurídico (Curitiba: Juruá Editora, 2007, 264 p.); Maria Nazareth Farani de Azevedo: A OMC e a Reforma Agrícola (Brasília: Funag, 2007, 232 p.). Boletim ADB (ano 15, nr. 61, abr-jun 2008, p. 31-32; ISBN: 0104-8503; link: www.adb.org.br).

1890. “Brazil and the G8 Heiligendamm Process”, 18 maio 2008, 31 p. Paper preparado em colaboração com Denise Gregory, Diretora Executiva do CEBRI para publicação do Centre for International Governance Innovation - CIGI, do Canadá (www.cigionline.org). Publicado in Andrew F. Cooper and Agata Antkiewicz, Emerging Powers in Global Governance: Lessons from the Heiligendamm Process. Waterloo, Canada: Wilfrid Laurier University Press, Studies in International Governance Series, October 2008, p. 137-161; ISBN: 978-1-55458–057-6. © 2008 The Centre for International Governance Innovation (CIGI) and Wilfrid Laurier University Press; Available at: http://www.press.wlu.ca/Catalog/cooper.shtml).

1900. “Brazil: Mileposts to Responsible Stakeholdership”, Brasília-Tóquio, 24 junho 2008, 53 p. Joint text, written with Miguel Diaz, for the project “Mileposts to Responsible Stakeholdership” of the Stanley Foundation (http://www.stanleyfoundation.org/); Published in book form as: Brazil's Candidacy for Major Power Status”, with Miguel Diaz. In: Michael Schiffer and David Shorr (Eds.). Powers and Principles: International Leadership in a Shrinking World (Lanham, MD: Lexington Books, 2009, 328p.; Co-published with: The Stanley Foundation; ISBN Cloth: 978-0-7391-3543-3; $85.00; ISBN Paper: 978-0-7391-3544-0; $32.95; p. 225-251). Link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/109StanleyBook2009.html. Relação de Publicados n. 900.

1902. “Brazil in the world context, at the first decade of the 21th century: regional leadership and strategies for its integration into the world economy”, Rio de Janeiro, 26 junho 2008, 22 p. Essay for the volume edited by Joám Evans Pim (president IGESIP, Corunha; www.igesip.org; evans@igesip.org; and editor Strategic Evaluation), on Brazilian Defense Policy: Current Trends and Regional Implications. Publicado como “Brazil in the International Context at the First Decade of the 21st Century: Regional Leadership and Strategies for Integration” In: Joam Evans (org.), Brazilian Defence Policies: Current Trends and Regional Implications (London: Dunkling Books, 2009, 251 p.; ISBN: 978-0-9563478-0-0; link to book: http://www.lulu.com/content/7719508#), p. 11-26. Disponível no site pessoal (link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1902BrForPolicyStrategies.pdf). Relação de Publicados n. 935.

1904. “Artigos 18 e 19”, Brasília, 2 julho 2008, 22 p. Análise dos artigos 18 (Votação) e 19 (Perda do poder de voto) da Carta das Nações Unidas, para a obra Comentário à Carta das Nações Unidas, artigo por artigo, sob coordenação de Leonardo Nemer C. Brant (Centro de Direito Internacional – CEDIN) e Orlando Daniel Pulvirenti (Universidad de Buenos Aires, UBA). Encaminhado a Pedro Diniz (pedro@cedin.com.br). Publicado in: Leonardo Nemer Caldeira Brant (org.) Comentário à Carta das Nações Unidas (Belo Horizonte: Cedin, 2008, 1340 p.; ISBN: 978-85-99499-02-3; p. 323-346). Relação de Publicados n. 882.

1915. Prata da Casa, Boletim ADB, terceiro trimestre”, Brasília, 12 agosto 2008, 2 p. Notas sobre os livros: Fernando Cacciatore de Garcia: O Príncipe Irreal e o Poeta Errante (Porto Alegre: Editora Nova Roma, 2008, 96 p., il.); Carlos Kessel: Tesouros do Morro do Castelo: Mistério e história nos subterrâneos do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro: Zahar, 2008, 103 p.); Roberto Campos: A Lanterna na Popa: Memórias (4a. ed. rev. e aum.; Rio de Janeiro: Topbooks, 2001-2004, 2 vols.). Boletim ADB (ano XV, nr. 62, jul-set 2008, p. 31-32; link: www.adb.org.br).

1951. Prata da Casa, Boletim ADB, quarto trimestre”, Brasília, 12 novembro 2008, 2 p. Notas sobre os livros: Alexandre Guido Lopes Parola: A Ordem Injusta (Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2007, 508 p.; ISBN: 978-85-7631-087-7); Sérgio Eduardo Moreira Lima: A Time for Change (s.l: Gvanim, s.d [2006], 128 p.); Oswaldo Munteal Filho, Adriano de Freixo e Jacqueline Ventapane Freitas (orgs.), “Tempo Negro, temperatura sufocante": Estado e Sociedade no Brasil do AI-5 (Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, Contraponto, 2008; 396 p. ISBN 978-85-7866-002-4); Omar L. de Barros Filho e Sylvia Bojunga (eds.), Potência Brasil: Gás natural, energia limpa para um futuro sustentável (Porto Alegre: Laser Press, 2008). Boletim ADB (ano XV, nr. 63, out-dez 2008, p. 30-31; link: www.adb.org.br).

1974. “O Mercosul na sua fase ascendente”, Brasília, 4-12 de janeiro de 2009, 5 p. Resenha de Renato L. R. Marques: Mercosul 1989-1999: depoimentos de um negociador (Kiev: s.e., 2008, 280 p; ISBN: 978-966-171-170-1). Divulgada no blog de Book Reviews (14.01.2009; link: http://praresenhas.blogspot.com/2009/01/213-mercosul-depoimento-de-um-dos-pais.html#links).

1981. “Prata da Casa – Boletim ADB, 1o. trimestre de 2009”, Brasília, 29 janeiro 2009, 2 p. Notas sobre os seguintes livros: André Heráclio do Rêgo: Família e Coronelismo no Brasil: uma história de poder (São Paulo: A Girafa, 2008, 380 p.; ISBN: 978-85-7719-034-8); José Roberto de Almeida Pinto: O Conceito de Poder nas Relações Sociais (Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2008, 120 p.; ISBN: 978-85-265-0482-0); Eugênio Vargas Garcia (org.): Diplomacia Brasileira e Política Externa: Documentos Históricos 1493-2008 (Rio de Janeiro: Contraponto, 2008, 752 p.; ISBN: 978-85-7866-009-3); João Alfredo dos Anjos: José Bonifácio, o primeiro Chanceler do Brasil (Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2007, 424 p.; ISBN: 978-85-7631-098-3). Boletim ADB (ano 15, n. 64, jan-mar 2009, p. 31-32; link: www.adb.org.br).

1987. “Uma paz não-kantiana?: Sobre a paz e a guerra na era contemporânea”, Brasília, 5 março 2000, 19 p. Revisão, aprofundada e ampliada, do trabalho n. 1910, para publicação em livro a ser editado pela Associação Brasileira de Estudos de Defesa, ABED; In: Eduardo Svartman, Maria Celina d’Araujo e Samuel Alves Soares (orgs.), Defesa, Segurança Nacional e Forças Armadas: II Encontro da Abed (Campinas: Mercado de Letras, 2009, 376 p.; ISBN: 978-85-7591-112-9; p. 19-38). Postado no website pessoal (link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1987PazNaoKantianaABEDbook.pdf). Relação de Publicados n. 908.

2006. “Prata da Casa – Boletim ADB 2o. trimestre 2009”, Brasília, 18 maio 2009, 2 p. Notas sobre os livros: Adriano Silva Pucci: O Avesso dos Sonhos (Rio de Janeiro: 7Letras, 2008, 176 p.; ISBN: 978-85-757-7547-9); João Almino: Escrita em contraponto: ensaios literários (Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2008, 158 p.; ISBN: 978-85-282-0148-2); Vasco Mariz: Temas da política internacional: ensaios, palestras e recordações diplomáticas (Rio de Janeiro: Topbooks, 2008, 431 p.; ISBN: 978-85-7475-162-7); e Vera Cíntia Alvarez: Diversidade cultural e livre-comércio: antagonismo ou oportunidade? (Brasília: UNESCO-Instituto Rio Branco, 2008, 292 p.; ISBN: 978-85-7652-084-9). Boletim ADB (ano 16, n. 65, abr-mai-jun 2009, p. 30-31; link: www.adb.org.br). Relação de Publicados n. 909.

2036. “Prata da Casa”, Brasília, 15 agosto 2008, 2 p. Notas sobre os livros: Jorge Sá Earp: O Legado (Rio de Janeiro: 7Letras, 2007, 224 p.; ISBN: 978-85-7577-428-1); Alberto da Costa e Silva: Castro Alves: um poeta sempre jovem (São Paulo: Companhia das Letras, 2007, 198 p.; ISBN: 978-85-359-0789-6); Sérgio Corrêa da Costa: Le nazisme en Amérique du Sud: Chronique d’une guerre secrete 1930-1950 (2ème édition; Paris: Ramsay, 2008, 464 p.; ISBN: 978-2-84114-904-9); e Paulo Roberto Palm: A Abertura do Rio Amazonas à Navegação Internacional e o Parlamento Brasileiro (Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2009, 100 p.; ISBN: 978-85-7631-017-4). Boletim ADB (ano 16, n. 66, jul-ago-set 2009, p. 30-31; link: www.adb.org.br). Relação de Publicados n. 924.

2046. “O Brasil e os Estados Unidos antes e depois de Nabuco: uma avaliação de desempenho relativo no plano do desenvolvimento social”, Brasília, 16 setembro 2009, 23 p. Ensaio preparado, com base no trabalho 1999 e aproveitando partes do trabalho 1991, para livro sobre Joaquim Nabuco. In: Severino J. Albuquerque (org.): Joaquim Nabuco e Wisconsin: Centenário da conferência na universidade, ensaios comemorativos (Rio de Janeiro: Editora Bem-te-vi, 2010; ISBN: 978-85-88747-34-0; p. 221-251). Relação de Publicados n. 986.

2065. “Prata da Casa – Boletim ADB 4o. trimestre 2009”, Brasília, 25 novembro 2009, 1 p. Notas sobre os livros: Tarcísio Costa: As duas Espanhas e o Brasil (Rio de Janeiro: Topbooks, 2009, 396 p.; ISBN: 978-85-7475-174-0); Luiz Felipe de Seixas Corrêa: O Barão do Rio Branco: Missão em Berlim – 1901/1902 (Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2009, 140 p.; ISBN: 978-85-7631-161-4). Publicado no Boletim ADB (ano 16, n. 67, outubro-novembro-dezembro 2009, seção “Prata da Casa”, p. 31; link: www.adb.org.br).

2077. “O Bric e a substituição de hegemonias: um exercício analítico (perspectiva histórico-diplomática sobre a emergência de um novo cenário global)”, Brasília, 31 dezembro 2009, 31 p. Ensaio preparado para projeto do IPEA, sob a coordenação de Renato Baumann (Cepal-Escritório no Brasil). Publicado In: Renato Baumann (org.): O Brasil e os demais BRICs: Comércio e Política (Brasília: CEPAL-Escritório no Brasil/IPEA, 2010, 179 p.; ISBN: 85-781-1046-3), p. 131-154. Disponível no site pessoal (link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/2077LivroBRICsPRAlmCap.pdf). Relação de Publicados n. 967.

2112. “España y Brasil: reconocimiento y relaciones en el siglo XIX”, Brasília, 16 fevereiro 2010, 20 p. Ensayo para la obra América Latina en la historia contemporânea, sobre la firma de los tratados de reconocimiento y amistad entre España y las repúblicas latinoamericanas en el siglo XIX, bajo invitación de Carlos Malamud, del Instituto Elcano de Madrid (e-mail: cmalamud@rielcano.org). Para publicación en la série “América Latina en la historia contemporánea", patrocinada por Fundación Mapfre y Santillana”. Relação de Publicados n. .

2113. “Prata da Casa – Boletim Primeiro Trimestre 2010”, Brasília, 25 novembro 2009 e 17 fevereiro 2010, 2 p. Notas sobre os seguintes livros: 1) Flavio Mendes de Oliveira Castro e Francisco Mendes de Oliveira Castro: Dois séculos de história da organização do Itamaraty; 1: 1808-1979; 2: 1979-2008 (Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2009, 640 e 332 p.; ISBN: 978-85-7631-136-2 e 978-85-7631-158-4); 2) Gonçalo de Barros Carvalho e Mello Mourão: A Revolução de 1817 e a História do Brasil: um estudo de história diplomática (Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2009, 352 p.; ISBN: 978-85-7631-171-3); 3) Ovídio de Andrade Melo: Recordações de um Removedor de mofo no Itamaraty: relatos de política externa de 1948 à atualidade (Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2009, 192 p.; ISBN: 978-85-7631-175-5); 4) Jorge Sá Earp: O novelo (Rio de Janeiro: 7 Letras, 2008, 204 p.; ISBN: 978-85-7577-536-3). Boletim ADB (ano 17, n. 68, jan-fev-mar 2010, p. 27-28; link: www.adb.org.br). Relação de Publicados n. 957.

2120. “Prata da Casa – Boletim Segundo Trimestre 2010”, Brasília, 6 março 2010, 2 p. Notas sobre os seguintes livros: 1) Geraldo Holanda Cavalcanti: As desventuras da graça (Rio de Janeiro: Record, 2010, 384 p.; ISBN: 978-85-01-08527-6); 2) Paulo Nogueira Batista Jr. (org.): Paulo Nogueira Batista: Pensando o Brasil, Ensaios e Palestras (Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2009, 336 p.; ISBN: 978-85-7631-174-4); 3) Antonio de Aguiar Patriota: O Conselho de Segurança apos a Guerra do Golfo: a articulação de um novo paradigma de segurança coletiva (2a. ed.; Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2010, 232 p.; ISBN: 978-85-7631-197-3); 4) Luis Gurgel do Amaral: O Meu Velho Itamarati (De Amanuense a Secretário de Legação) 1905-1913 (2a. ed. Revista; Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2008, 504 p.; ISBN: 978-85-7631-105-8). Boletim ADB (ano 17, n. 69, abr-mai-jun 2010, p. 30-31; link: www.adb.org.br).

2128. “Attraction and Repulsion: Brazil and the American world”, Shanghai, 8 abril 2010, 9 p. Ensaio para livro organizado por Sean Clark e Sabrina Hocque, What Lies Ahead?: Debating the Prospects for a ‘Post-American World’ (Routledge: London, 2011), como resposta às teses de Fareed Zakaria em The Post-American World (New York: W.W. Norton, 2009). Encaminhado para Sean Clark (sn861357@dal.ca). Correspondência em 5/03/2011, com Sabrina Hocque (shoque@dal.ca), sobre a publicação; revisão do texto; correções. Versão final em 5/03/2011, reduzida em relação ao original. Publicado in: Clark, Sean and Sabrina Hoque (eds.). Debating a Post-American World: What Lies Ahead? (London: Routledge, 2011).

2130. Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização, Shanghai, 10 abril 2010, 281 p. Coleção de ensaios, composta originalmente em Brasília (26 de dezembro de 2008, sob n. 1967), e disponibilizada parcialmente no site (http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/107Globalizando.html). Refeita, com acréscimo de mais um capítulo, e encaminhada a Diego Campos, para possível edição pela Editora Impetus; desistência da editora e passagem para a Lumen Juris Editora. Diversas revisões em setembro e outubro de 2010. Publicado como: Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização/ Paulo Roberto de Almeida. – Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2011, 281 p. Inclui bibliografia; ISBN: 978-85-375-0875-6. Relação de Publicados n. 1044.

2170. “Prata da Casa, Boletim 3-2010”, Shanghai, 10/08/2010, 2 p. Notas sobre os seguintes livros: (a) Ciro Leal M. Da Cunha: Terrorismo Internacional e Política Externa Brasileira Após o 11 de Setembro (Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2009, 216 p.; ISBN: 978-85-7631-190-4); (b) Rômulo Figueira Neves: Cultura Política e Elementos de Análise da Política Venezuelana (Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2010, 152 p.; ISBN: 978-85-7631-192-8); (c) Marcelo Cid: Os Unicórnios (Rio de Janeiro : Sete Letras, 2010, 168 p.; ISBN: 978-85-7577-637-7); (d) Fernando Cacciatore de Garcia: Fronteira Iluminada: História do Povoamento, Conquista e Limites do Rio Grande do Sul, a partir do Tratado de Tordesilhas (1420-1920) (Porto Alegre: Sulina, 2010, 330+16 p.; ISBN: 978-85-205-0555-7). Boletim ADB (ano 17, n. 70, julho-agosto-setembro 2010, p. 27-28; ISSN 0104-8503; link: www.adb.org.br). Relação de Publicados n. 999.

2184. “La diplomatie de Lula (2003-2010): une analyse des résultats”, Shanghai, 18 setembro 2010, 14 p. Colaboração a livro organizado por Denis Rolland sobre o governo Lula. Publicado In: Denis Rolland, Antonio Carlos Lessa (coords.), Relations Internationales du Brésil: Les Chemins de La Puissance; Brazil’s International Relations: Paths to Power (Paris: L’Harmattan, 2010, 2 vols; vol. I: Représentations Globales – Global Representations, p. 249-259; ISBN: 978-2-296-13543-7). Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/10/relations-internationales-du-bresil.html). Relação de Publicados n. 998.

2200. Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil: Coleções documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos, Shanghai, 12 outubro 2010, 231 p. Revisão completa do trabalho n. 1125 (Washington, 28 set. 2003, 247 pp.). Publicado como Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil: coleções documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos (Brasília: Funag, 2010, ISBN: 978-85-7631-000-6; 85-7631-000-7; com Rubens Antônio Barbosa e Francisco Rogido Fins, orgs.). Relação de Publicados n. 1000.

2243. “Rendas faustianas, punhos wagnerianos...”, Brasília, 6 fevereiro 2010, 5 p. Resenha de Edgard Telles Ribeiro: O Punho e a Renda  (Rio de Janeiro: Editora Record, 2010, 560 p.; ISBN: 978-85-01-09162-8). Revista em 8/02/2011, com base em observações do autor. Inédita. Feita versão reduzida, sob o título “Diplomacia de capa e espada? Quase...”, publicada no Boletim ADB (ano 17, n. 72, jan-fev-mar 2011, p. 29-30; link: www.adb.org). ). Versão completa publicada na Revista de Economia e Relações Internacionais (FAAP-SP; vol. 10, n. 19, julho de 2011, p. 183-186; ISSN: 1677-4973; link: http://www.faap.br/faculdades/economia/ciencias_economicas/pdf/revista_economia_19.pdf). Relação de Publicados n. 1025.

2255. “Prata da Casa – Boletim ADB 1o. trimestre 2011”, Brasília, 13 março 2010, 4 p. Notas sobre os seguintes livros: José Augusto Lindgren Alves: Viagens no Multiculturalismo – O comitê para a eliminação da discriminação racial, das Nações Unidas, e seu funcionamento (Brasília: Funag, 2010, 256 p.; ISBN: 978-85-7631-258-1);  Marcelo Cid (introdução, tradução e notas): Priapeia: Poesia erótica latina em honra ao deus Príapo – edição bilíngue (Jundiaí, SP: Editora Literarte, 2010, 80 p.; ISBN: 978-85-7487-044-3); Edgard Telles Ribeiro: O Punho e a Renda (Rio de Janeiro: Editora Record, 2010, 560 p.; ISBN: 978-85-01-09162-8);  Oscar S. Lorenzo Fernandez: Três Séculos e uma Geração (Brasília: Funag, 2010, 368 p.; ISBN: 978-85-7631-261-1); Paulo Roberto de Almeida, Rubens Antônio Barbosa, Francisco Rogido Fins (orgs.): Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil: coleções documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos (Brasília: Funag, 2010, 244 p.; ISBN: 978-85-7631-274-1); Denis Rolland; Antonio Carlos Lessa (coord.): Relations Internationales du Brésil: Les Chemins de la Puissance; vol. I: Représentations Globales (Paris: Harmattan, 2010, 322 p.; ISBN: 978-2-296-13543-7; 2 volumes); Paulo Roberto de Almeida: O Moderno Príncipe (Maquiavel Revisitado) (Brasília: Senado Federal, 2010, 195 p.; ISBN: 978-85-7018-343-9); Carlos Augusto de Proença Rosa: História da Ciência (3 volumes, 4 tomos) (Brasília: Funag, 2010; ISBNs: 1o.: 978-85-7631-264-2, 496 p.; 2o.: 978-85-7631-265-9, 420 p. e 400 p.; 3o.: 978-85-7631-267-3, 524 p.) e Nelson A. Jobim, Sergio W. Etchegoyen, João Paulo Alsina (orgs.): Segurança Internacional: Perspectivas Brasileiras (Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010, 648 p.; ISBN: 978-85-225-0835-8). Publicadas no Boletim ADB (ano 17, n. 72, jan-fev-mar 2011, p. 31-32; link: www.adb.org.br) as seguintes notas (trabalho 2255a): Almeida: O Moderno Príncipe; Lorenzo Fernandez: Três Séculos e uma Geração; Proença Rosa: História da Ciência e Alsina (orgs.): Segurança Internacional (outras notas reservadas para o Boletim 2/2011, sob n. 2255b). Relação de Publicados n. 1026.

2277. “Prata da Casa – Boletim ADB 2o. trimestre 2011”, Brasília, 26 março 2010, 3 p. Notas sobre os seguintes livros: José Augusto Lindgren Alves: Viagens no Multiculturalismo: O comitê para a eliminação da discriminação racial, das Nações Unidas, e seu funcionamento (Brasília: Funag, 2010, 256 p.; ISBN: 978-85-7631-258-1); Paulo Roberto de Almeida, Rubens Antônio Barbosa, Francisco Rogido Fins (orgs.): Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil: coleções documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos (Brasília: Funag, 2010, 244 p.; ISBN: 978-85-7631-274-1); Denis Rolland; Antonio Carlos Lessa (coord.): Relations Internationales du Brésil: Les Chemins de la Puissance; vol. I: Représentations Globales (Paris: Harmattan, 2010, 322 p.; ISBN: 978-2-296-13543-7; 2 volumes); Michel Arslanian Neto: A Liberalização do Comércio de Serviços no Mercosul (Brasília: Funag, 2010, 408 p.; ISBN: 978-85-7631-255-0); Fernando Cacciatore de Garcia: O Ritual dos Pastores: Memórias de um homossexual na infância (romance) (Porto Alegre: Editora Sulina, 2011, 263 p.; ISBN: 978-85-205-0605-9) e Marcelo Cid (introdução, tradução e notas): Priapeia: Poesia erótica latina em honra ao deus Príapo – edição bilíngue (Jundiaí, SP: Editora Literarte, 2010, 80 p.; ISBN: 978-85-7487-044-3), revisando notas já preparadas sob n. 2255. Boletim ADB (ano 17, n. 73, abr-mai-jun 2011, p. 31-32; link: www.adb.org.br).

2280. Relações internacionais e política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização, Brasília, 2 junho 2011, 440 p. Livro completo, remetido ao Grupo Editorial Nacional (GEN). Publicado em 20/10/2011: Rio de Janeiro: LTC, 2012, 330 p.; ISBN 978-85-216-2001-3; código da obra: 211271; tiragem: 1.500 ex.; Preço de Capa: R$ 59,00; link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/RelaIntPExt2011.html. Relação de Publicados n. 1059.

2301. “Prata da Casa, Boletim ADB 3-2011”, Brasília, 24 agosto 2011, 2 p. Notas sobre os seguintes livros: Celso Amorim: Conversas com Jovens Diplomatas (São Paulo: Benvirá, 2011, 600 p.; ISBN: 978-85-02-13537-6); Antonio Carlos Pereira, Luiz Felipe Lampreia, Marcos Azambuja, Roberto Abdenur, Rubens Ricupero, Sebastião do Rego Barros e Sérgio Amaral: A Política Externa Brasileira: presente e futuro (Brasília: A+B Comunicação, 2009, 112 p.); Edgard Telles Ribeiro: Diplomacia Cultural: seu papel na diplomacia brasileira (2a. edição: Brasília: Funag, 2011, 128 p.; ISBN: 978-85-7631-297-0); Fernando Guimarães Reis: Caçadores de Nuvens: Em busca da Diplomacia (Brasília: Funag, 2011, 512 p.; ISBN: 978-85-7631-302-1). Boletim ADB (ano 17, n. 74, julho-agosto-setembro 2011, p. 31-32; ISSN: 0104-8503; link: www.adb.org.br). Relação de Publicados n. 1049.

Em preparação:
23??. “Prata da Casa, Boletim ADB 4-2011”, Brasília, xx novembro 2011, x p. Notas sobre os seguintes livros: Rubens Barbosa: O Dissenso de Washington: Notas de um observador privilegiado sobre as relações Brasil-Estados Unidos (São Paulo: Agir, 2011, 384 p.; ISBN: 978-85-220-1296-1); Daniel Costa Fernandes: A Política Externa da Inglaterra: Análise Histórica e Orientações Perenes (Brasília: Funag, 2011, 136 p.; ISBN: 978-85-7631-290-1); Sidnei J. Munhoz e Francisco Carlos Teixeira da Silva (orgs.), Relações Brasil-Estados Unidos: séculos XX e XXI (Maringá: Editora da UEM, 2011, 576 p.; ISBN: 978-85-7628-372-0); Paulo Roberto de Almeida: Relações internacionais e política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização (Rio de Janeiro: LTC, 2012, 309 p.; ISBN 978-85-216-2001-3); Renato L. R. Marques: Duas Décadas de Mercosul (São Paulo: Aduaneiras, 2011, 368 p.; ISBN: 978-85-7129-581-0); Fernando Pimentel: Fim da era do petróleo e a mudança do paradigma energético mundial: Perspectivas e desafios para a atuação diplomática brasileira (Brasília: Funag, 2011, x p.; ISBN:978-85-7631-308-3). Boletim ADB (ano 17, n. 75, outubro-novembro-dezembro 2011, p. 31-32; ISSN: 0104-8503). Relação de Publicados n. 10??.

Atualizada em 5 de Novembro de 2011