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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A Post-American World?: Brazil and U.S. - Paulo Roberto de Almeida

Um livro do qual participo com um capítulo sobre o Brasil, mas que ainda vai ser publicado; acabo de corrigir meu capítulo (21); esta é a ficha de minha colaboração: 
Paulo Roberto de Almeida: 
“Attraction and Repulsion: Brazil and the American world” 
in: Clark, Sean and Sabrina Hoque (eds.): 
Debating a Post-American World: What Lies Ahead?
(London: Routledge, 2011, 288 p.; ISBN-10: 0415690552; ISBN-13: 978-0415690553, p. 135-141).
Debating a Post-American World: What Lies Ahead? (Security and Governance) 
by Sean Clark and Sabrina Hoque (Jan 22, 2012)



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PaperbackAvailable for Pre-order. This item will be released on January 22, 2012.$48.95
HardcoverAvailable for Pre-order$155.00$142.97

Product Description

The United States is currently the linchpin of global trade, technology, and finance, and a military colossus, extending across the world with a network of bases and alliances. This book anticipates the possible issues raised by a transition between American dominance and the rise of alternative powers.
While a ‘post-American’ world need not be any different than that of today, the risk associated with such a change provides ample reason for attentive study. Divided into four parts, 50 international relations scholars explore and discuss:
    • Power Transitions: addressing issues including the rise of China; the passing of American primacy and the endurance of American leadership.
    • War and Peace: addressing nuclear weapons; the risk of war; security privatization and global insecurity
    • Global Governance: addressing competition, trade, the UN, sovereignty, humanitarian intervention, law and power.
    • Energy and the Environment: addressing resource conflict, petrol, climate change and technology.
This unique project offers a compilation of disparate arguments by scholars and policy practitioners, encompassing a plurality of disciplines and theoretical perspectives. By providing clarity and focus to this essential debate on the future of the world in the next several decades, Debating a Post-American World will be of interest to students and scholars of International Relations and global politics, American politics, US Foreign policy and International Security.

About the Author

    Sabrina Hoque and Sean Clark are PhD candidates in International Relations and Doctoral Fellows at the Centre for Foreign Policy Studies at Dalhousie University.



    Product Details

    • Paperback: 288 pages
    • Publisher: Routledge (January 22, 2012)
    • Language: English
    • ISBN-10: 0415690552
    • ISBN-13: 978-0415690553

    O petroleo, sempre estrategico - Daniel Yergin

    Eu já havia lido, muitos anos atrás, o livro The Prize, e feito resenhas mais ou menos extensas. Agora surge o seguimento dessa história relevante, que transcrevo mais abaixo, depois de remeter ao primeiro livro.



    09 Jan 2011
    Na verdade, Yergin acrescentou apenas um "Epílogo: A Nova Era do Petróleo" (p. 887-900), trazendo os dados até 2008 (quando o barril do petróleo andava a 147 dólares, ea gasolina custa 4 dólares o galão, nos postos americanos). ...

    Paulo Roberto de Almeida 



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    Tudo sobre petróleo e o mundo à sua volta

    Por Ed Crooks | Do "Financial Times"
    Reuters“The Quest” traz “a mais clara e convincente avaliação das razões que tornaram a invasão do Iraque uma necessidade estratégica difícil, mas necessária”
    “The Quest - Energy, Security
     and the Remaking of
     the Modern World”
    Daniel Yergin. Allen Lane. 816 págs., £ 30
    "The Prize", de Daniel Yergin, publicado pela primeira vez em 1991, é uma obra- prima, um dos poucos livros que, pode-se afirmar, é leitura essencial para quem queira entender a política internacional.
    É um épico, vencedor do Prêmio Pulitzer, sobre a indústria do petróleo, desde o primeiro poço aberto na Pensilvânia, em 1859, até a invasão do Kuwait por Saddam Hussein, em 1990 --, uma história inspiradora em sua abrangência e eletrizante em seu ritmo narrativo. Mais do que simplesmente uma crônica industrial, funciona como uma história oculta do século XX, revelando a frequência com que o petróleo - sua presença ou sua falta - constituiu-se em fator decisivo nos assuntos internacionais.
    Mesmo assim, nas duas décadas desde a publicação de "The Prize", uma série de eventos transformou o mundo da energia: o colapso da União Soviética, a ascensão da China, os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 e as invasões do Afeganistão e do Iraque, e a emergência das mudanças climáticas como questão política. Vale comemorar o fato de Yergin ter retornado com sua visão de perspectiva em um cenário bastante diferente. "The Quest" não atinge exatamente o mesmo nível de seu antecessor, mas, ainda assim, trata-se de outra obra que exige leitura.
    Este segundo livro de Daniel Yergin dá continuidade à sua obra clássica, de 1991, uma espécie de história oculta do século XX
    O novo livro cobre um período de tempo mais curto, mas um campo mais amplo. Começa exatamente onde "The Prize" termina, com as forças iraquianas no Kuwait e a desintegração da União Soviética prestes a se tornar visível. As primeiras 341 páginas dão sequência à história do petróleo e do gás até o presente, com referências à reunião de junho de 2011 da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) e os levantes da Primavera Árabe.
    Daí em diante, a abordagem muda. Yergin volta a fita, recuando para o passado várias vezes para contar histórias sobre outros aspectos do setor de energia: a geração de eletricidade, a discussão sobre mudanças climáticas, a energia renovável e a história acidentada do carro elétrico. O efeito faz "The Quest" parecer quatro ou cinco livros em um, sem a propulsão da narrativa linear de "The Prize". Se o livro anterior era novelístico, "The Quest" é mais parecido com um guia ou livro de instrução para iniciantes.
    É impossível pensar em uma introdução melhor a questões essenciais da energia no século XXI. Na prosa lúcida e fácil de Yergin, as 800 páginas fluem livremente. Há alguns esboços intensos de personagens, como Marion King Hubbert, o brilhante e entusiasmado criador da teoria do "peak oil" (pico do petróleo): a ideia de que o mundo está na taxa máxima de produção de petróleo de todos os tempos, ou perto dela.
    Há também muitas observações admiravelmente reveladoras, além de relatos curtos, como o que envolve John Prescott, então vice-primeiro-ministro britânico e principal negociador europeu na conferência sobre o clima de Kyoto, em 1997, sendo reprimido por seu colega americano para que aceitasse o "cap-and-trade" como único instrumento global de controle dos gases que produzem o efeito estufa. "Cap-and-trade" é o sistema que limita as emissões desses gases e prevê a comercialização de licenças para essas emissões.
    Yergin tem certeza de que os combustíveis fósseis terão papel central no sistema de energia ainda por várias décadas
    É fascinante descobrir que os primeiros Fords T podiam rodar com etanol e que Thomas Edison apresentou em 1910 uma bateria que prometia movimentar um carro por 95 quilômetros com uma única carga - desempenho que parece admirável, se comparado aos 55 quilômetros oferecidos pelo Chevy Volt (que também possui um gerador de apoio movido a gasolina) nos "show rooms" de hoje.
    Acima de tudo, o valor de "The Quest" está na clareza e imparcialidade do pensamento de Yergin. Sobre a invasão do Iraque em 2003, liderada pelos Estados Unidos, ele faz em duas páginas a mais clara e mais convincente avaliação que já vi - certamente mais plausível que qualquer coisa oferecida pelos apologistas da guerra na época - sobre por que ela foi uma necessidade estratégica difícil, mas inevitável. E então, com igual precisão econômica, Yergin exibe a arrogância e a falta de planejamento que condenaram o Iraque à tragédia que se seguiu.
    Sobre as mudanças climáticas, Yergin reconhece corretamente a complexidade da ciência, ao mesmo tempo em que deixa o leitor sem dúvidas quanto ao peso das opiniões científicas.
    Yergin tem um ponto de vista: admira e apoia a indústria do petróleo e do gás. (Ele também é consultor atuante no setor, com a Cambridge Energy Research Associates, sua muito bem-sucedida consultoria, que hoje faz parte do grupo IHS.) Suas análises frequentemente ecoam o que se pode chamar de opinião esclarecida sobre a indústria do petróleo: ele não acredita na teoria do pico do petróleo e tem certeza de que os combustíveis fósseis terão um papel central em nosso sistema de energia por décadas.
    Ele é um eutusiasta do potencial do gás de xisto, produzido a partir de rochas que antes não tinham potencial econômico, por meio da controvertida prática do "fracking" - injeção de água, areia e produtos químicos em rochas enterradas a profundidades de 1,5 quilômetro, para fraturá-las e liberar o gás --, embora reconheça que deverá haver "muita discussão" sobre a segurança e a regulamentação do setor. Recentemente, Yergin participou de um grupo consultivo do governo americano que recomendou a continuidade de aplicação do "fracking", embora com padrões de segurança mais rígidos a serem adotados pelo setor.
    Embora suas posições sobre essas questões possam ser contestadas, e sem dúvida serão, é difícil refutar seus julgamentos. Yergin tem sido criticado por ser excessivamente duro com Hugo Chávez, o demagógico e cada vez mais autocrata presidente da Venezuela. No entanto, da perspectiva de um especialista em petróleo, ver os danos que as políticas de Chávez estão provocando à outrora dinâmica indústria petroleira do país deve ser particularmente difícil evitar ficar furioso e entristecido com o governo venezuelano.
    Enquanto o livro era impresso, o mundo da energia inevitavelmente se mostrava instável. As consequências das revoltas árabes ainda estão se revelando, a reação contra as regulamentações ambientais e outras nos Estados Unidos está ganhando força, e o compromisso da China de produzir energia "limpa", como a eólica e a solar, e carros elétricos, pode continuar no campo das possibilidades. Yergin termina sua análise de vários tópicos com uma observação honesta, mas frustrante, de que "é muito cedo" para saber como isso vai se desenrolar. Datado já ao chegar às livrarias, "The Quest" é, ainda assim, o guia definitivo para se saber como chegaremos lá.
    "The Prize" adquiriu uma condição mística entre aqueles que trabalham no setor de energia e os que o acompanham. Novos jornalistas que estão se iniciando no assunto recebem cópias do livro de colegas mais experientes, como soldados de infantaria sendo presenteados com cópias da Bíblia antes de seguirem para a frente de batalha.
    É difícil antever "The Quest" sendo prestigiado da mesma forma. De todo modo, certamente este novo livro de Yergin se mostrará tão valioso quanto o primeiro.


    ===============



    The Quest: Energy, Security, and the Remaking of the Modern World

    The Quest: Energy, Security, and the Remaking of the Modern WorldBy: Yergin, Daniel
    Published By: Penguin Group US
    Published Date: 20 September 2011
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    In this gripping account of the quest for the energy that our world needs, Daniel Yergin continues the riveting story begun in his Pulitzer Prize-winning book, The Prize. A master storyteller as well as a leading energy expert, Yergin shows us how energy is an engine of global political and economic change. It is a story that spans the energies on which our civilization has been built and the new energies that are competing to replace them. From the jammed streets of Beijing to the shores of the Caspian Sea, from the conflicts in the Mideast to Capitol Hill and Silicon Valley, Yergin takes us into the decisions that are shaping our future.
    The drama of oil-the struggle for access, the battle for control, the insecurity of supply, the consequences of use, its impact on the global economy, and the geopolitics that dominate it-continues to profoundly affect our world.. Yergin tells the inside stories of the oil market and the surge in oil prices, the race to control the resources of the former Soviet empire, and the massive mergers that transformed the landscape of world oil. He tackles the toughest questions: Will we run out of oil? Are China and the United States destined to come into conflict over oil? How will a turbulent Middle East affect the future of oil supply?
    Yergin also reveals the surprising and sometimes tumultuous history of nuclear and coal, electricity, and the "shale gale" of natural gas, and how each fits into the larger marketplace. He brings climate change into unique perspective by offering an unprecedented history of how the field of climate study went from the concern of a handful of nineteenth- century scientists preoccupied with a new Ice Age into one of the most significant issues of our times.
    He leads us through the rebirth of renewable energies and explores the distinctive stories of wind, solar, and biofuels. He offers a perspective on the return of the electric car, which some are betting will be necessary for a growing global economy.
    The Quest presents an extraordinary range of characters and dramatic stories that illustrate the principles that will shape a robust and flexible energy security system for the decades to come. Energy is humbling in its scope, but our future requires that we deeply understand this global quest that is truly reshaping our world.

    segunda-feira, 19 de setembro de 2011

    Ministro das Comunicacoes contra a concorrencia e pelo monopolio...

    O Brasil é um país bizarro, eu diria mesmo anormal.
    Só mesmo aqui se consegue encontrar gente que se posiciona deliberadamente contra a concorrência, pelo  monopólio, pela concentração de poderes, enfim, pelo desserviço ao público, que paga por serviços vagabundos, caros e demorados. Como os dos Correios, por sinal.
    Em outra vertente, esta crônica irônica-jornalística de conhecido jornalista não deixa de ser gozada, aliás parecida com o Brasil, que como eu sempre digo, não é um país normal.
    Decididamente, o Brasil é um país bizarro...
    Paulo Roberto de Almeida


    ATENÇÃO, CONTE COM O PCO PARA SALVAR O CAPITALISMO! OS CAPITALISTAS FORAM TODOS ESTATIZADOS!

    Reinaldo Azevedo, 19/09/2011

    Atenção! O pensamento do ministro Paulo Bernardo é uma luz na escuridão!
    Confesso que nunca tinha visto a coisa por este ângulo, mas sempre é tempo de receber uma iluminação. E o iluminista, no caso, é o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações. Leiam este trecho de um texto do Estadão Online:
    A greve dos funcionários dos Correios já preocupa o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, devido à possibilidade de avanço das empresas concorrentes sobre os serviços de que a estatal não detém o monopólio, como entrega de encomendas e mala direta. “A concorrência está querendo tomar espaço”, disse Bernardo à Agência Estado. O ministro se referiu à veiculação de comerciais no fim de semana pelas concorrentes, o que ele classificou de “oportunismo legítimo” diante da greve. “A gente tem que se preocupar com a concorrência, que está querendo solapar (os Correios)”, ressaltou.
    Voltei
    Entendi. O radicalismo da extrema esquerda colabora com o capitalismo! Se não me engano, os Correios são infiltrados, em São Paulo ao menos, pelo PCO, o Partido da Causa Operária. A idéia que Marx fazia de “operário” não deve remeter a um entregador de cartas, mas vá lá… Os socialistas têm de ir aonde o povo está. O problema é que o povo costuma fugir deles, hehe.
    Mas eu fui aqui tomado de assalto por uma idéia. Os capitalistas perversos deveriam financiar a extrema esquerda para ela promover paralisações nas estatais e, assim, garantir o avanço do capital privado.
    É isto! Só mesmo o PCO para incentivar a iniciativa privada no Brasil! Boa parte do que se chamava antigamente “burguesia” está mamando nas tetas do governo, em busca de subsídios, empréstimos a juros camaradas e leis protecionistas!
    Viva o PCO! Abaixo a burguesia estato-petista!!!

    AInda o tal de debate sobre a desindustrializacao do Brasil


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    A desindustrialização no Brasil

    Por Luiz Carlos Mendonça de Barros
    Volto ao tema da desindustrialização que estaria ocorrendo no Brasil e que aparece com frequência na imprensa brasileira. Entende-se esse fenômeno como a redução estrutural da participação da indústria no PIB em função do crescimento das importações. O real forte seria o grande culpado segundo as lideranças empresariais e alguns membros do governo.
    Em um primeiro momento o governo tentou enfraquecer o real via compras maciças de dólares no mercado de câmbio e a introdução de um IOF na entrada de recursos financeiros de curto prazo. Mais recentemente, atravessou uma fronteira perigosa - e que tinha sido evitada até agora - ao passar a cobrar o IOF nas operações de derivativos cambiais. Apesar de todas essas intervenções nossa moeda continua como uma das mais valorizadas no mundo emergente, o que tem provocado ranger de dentes em Brasília.
    Na última quinta feira o governo resolveu ampliar sua intervenção e decretou um brutal aumento do imposto de importações de automóveis - mascarado por um novo IPI seletivo - na primeira medida direta para reduzir as pressões dos produtos importados. O primeiro alvo nesta nova escalada foi o setor automobilístico que sofre uma concorrência vigorosa de produtos importados. Certamente a influência política dos sindicatos dos metalúrgicos, principalmente do ABC, está por trás dessa escolha. Afinal eles conseguiram generosos aumentos na última rodada de dissídios coletivos e as empresas precisam de espaço para absorver, via preços, esse aumento de custo.
    Sem um entendimento correto das causas de um problema nunca chegaremos a sua solução
    Outros setores da indústria de transformação a partir de agora vão demandar tratamento semelhante e corremos o risco - principalmente o cidadão consumidor - de uma rodada importante de fechamento via impostos de nossa economia, revertendo a tendência dos anos Lula.
    O leitor do Valor sabe que não concordo com a análise simplista de que os problemas que enfrentamos hoje são criados, majoritariamente, pelas importações. Como escrevi em coluna recente neste jornal as causas são mais profundas e complexas e estão associadas às questões micro econômicas internas, como sistema tributário, regras salariais e custos de logística. Mas a medida do aumento diferenciado do IPI mostra que o governo resolveu agir de acordo com suas convicções e caminhar firme na direção da restrição direta às importações. E elas se aproximam muito da política do regime militar, quando Delfim Netto era ministro todo poderoso do governo. Aliás, fala-se muito hoje de sua volta ao centro das decisões econômicas no governo Dilma.
    Vou me valer de dois ensinamentos que trago dos meus tempos de estudante de engenharia na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para continuar minhas reflexões sobre este tema. O primeiro deles, que aprendi com um professor de Física ainda no começo de meus estudos, diz que contra fatos concretos não há argumentos. Por isso, se entendemos a desindustrialização apenas como a redução da participação da atividade industrial no PIB brasileiro e, se olharmos para o passado longínquo do regime militar como período de referência, estamos diante de um fato inquestionável e assustador.
    Nos estertores do regime militar a indústria chegou a representar, em termos nominais, 48% do PIB. Com o colapso do modelo da ditadura e a aceleração da inflação a partir da década dos oitenta do século passado a indústria chegou a 28% do PIB às vésperas do Plano Real. Com a estabilização da economia nos anos FHC tivemos uma pequena recuperação da indústria, que alcançou a marca de 30% do PIB na passagem do governo ao presidente Lula. Hoje essa relação voltou a cair e chegou a 26% do PIB no início do governo Dilma. Não por outra razão temos ainda saudosistas do período militar, quando as restrições draconianas às importações fizeram com que a indústria brasileira chegasse a representar quase metade do PIB. Esse número só foi atingido pela União Soviética na segunda metade do século passado, o que não me parece uma boa referência tanto econômica como política.
    Mas a que custo foi conseguido esse resultado no Brasil? Quantos anos de sacrifício foram necessários para purgar os projetos industriais sem viabilidade que formaram a base desta estrutura industrial artificial? Vamos impor ao consumidor brasileiro novamente os custos de um sistema micro econômico ineficiente e impossível de ser mantido no mundo de hoje?
    Por ter vivido intensamente esse período de ajustes - inclusive como diretor do Banco Central - é que me assustam esses movimentos recentes do governo. E trago aqui o segundo ensinamento dos meus anos de politécnico: "sem um entendimento correto das causas de um problema nunca chegaremos a sua solução".
    E, no caso da perda de musculatura de nossa indústria, a forma como o governo e parte importante da liderança empresarial pretende enfrentar suas causas é um exemplo dessa armadilha. Restringir as importações pela imposição de novas barreiras tarifárias é não tratar das causas corretas além de interromper um caminho de integração de nossas cadeias produtivas que nos levam a uma economia mais eficiente.
    Luiz Carlos Mendonça de Barros, engenheiro e economista, é diretor-estrategista da Quest Investimentos. Foi presidente do BNDES e ministro das Comunicações. Escreve mensalmente às segundas.

    "Protecao do mercado interno"!?; depois nao adianta reclamar do protecionismo dos outros...

    Se é verdade que a presidente vai fazer a "defesa da proteção ao mercado interno contra a guerra cambial" (sic), depois não adianta cobrar abertura dos demais países, ou reclamar que eles são protecionistas.
    Quando é que os políticos -- ainda mais se eles são, supostamente, economistas -- vão aprender que protecionismo comercial só deixa a todos mais pobres e não é solução para nada?


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    Dilma vai à ONU e agenda externa sai do segundo plano

    Por Sergio Leo e Fernando Exman | De Brasília
    Alan Marques/Folhapress/Alan Marques/FolhapressDilma Rousseff: contra políticas recessivas e em defesa da proteção ao mercado interno contra a guerra cambial
    A política externa, posta em segundo plano entre as preocupações de Dilma Rousseff nos últimos meses, ganha papel de destaque a partir da próxima semana, quando a presidente viaja para abrir a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), com agenda considerada "simbólica" no Palácio do Planalto.
    Dilma, que já planejava ir à Bulgária e à Bélgica, incluiu a Turquia no roteiro, para uma agenda bilateral e comercial que deve ganhar forte componente político, com o agravamento da crise diplomática entre aquele país e Israel.
    As turbulências no Oriente Médio devem exigir pronunciamentos de Dilma, já que se discutirá na ONU a reivindicação palestina de constituição de um Estado - tema tabu para Israel, indesejável para os EUA e simpático a alguns governos europeus. Primeira mulher a inaugurar a Assembleia Geral, Dilma ainda não decidiu o formato final de seu discurso. Segundo auxiliares, ele certamente destacará comentários sobre as causas e as responsabilidades pela crise global, com propostas para combatê-la.
    Dilma deve manter, na ONU, o mesmo discurso contra políticas recessivas e de proteção do mercado doméstico contra a guerra cambial e importações com preços desleais. Deverá defender a inclusão social como forma de reduzir os impactos da crise sobre a economia. Na política externa brasileira, a presidente reafirmará o discurso de que a segurança, a paz e a estabilidade decorrem do desenvolvimento econômico e social.
    Na avaliação do governo, o Brasil, por seu histórico, pode contribuir nos debates sobre o assunto. Ainda não se decidiu, no Planalto, se Dilma falará sobre os conflitos nos países árabes ou sobre a criação do Estado Palestino, que ganhou manifestação de apoio do Brasil no governo Lula.
    No fim de semana, ao encontrar autoridades da Turquia, em uma viagem que prepara a ida de Dilma ao país, provavelmente no dia 8 de outubro, o ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, antecipou o tom escolhido pelo Planalto para lidar com as crises na região. Patriota condenou o "excesso de poder militar" no mundo e defendeu saídas diplomáticas negociadas para as crises com os países na região. "A guerra no Iraque e no Afeganistão mostrou os limites do poder militar. País algum solitariamente pode estabelecer a direção do mundo", disse.
    A visita de Patriota também antecipou o clima de tensão que Dilma deverá encontrar na Turquia. O país expulsou o embaixador e diplomatas israelenses após Israel ter se recusado a pedir perdão pelos ataques, com mortes, a embarcações de bandeira turca que levavam ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A crise diplomática levou a boatos de que Israel se preparava para dar apoio aos rebeldes curdos, na fronteira turca com o Iraque. Os rumores foram desmentidos pelo governo israelense, de onde saíram, porém, declarações hostis à Turquia.
    As tensões na região devem fazer parte da conversa que Dilma terá com o presidente dos EUA, Barack Obama, durante a viagem a Nova York. Ela terá encontros também com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, o mexicano, Felipe Calderón, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o secretário-geral da ONU, Ban-Ki-Moon.
    Dilma terá encontros à margem da Assembleia Geral da ONU, nos quais pretende sinalizar preocupações e prioridades de seu governo. Ela participará, por exemplo, de uma reunião sobre o combate a doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer. Dilma enfrentou um linfoma em 2009.
    Ex-integrante da guerrilha contra a ditadura militar, Dilma também irá a um seminário sobre a participação das mulheres na política. E participará de eventos sobre mudanças climáticas, transparência na administração pública e segurança nuclear, além de um encontro do World Leaders Forum, na Universidade de Columbia.
    Entre os outros tópicos que devem entrar no discurso na Assembleia Geral, estão o desenvolvimento sustentável e a reforma do modelo de governança global, de modo que os países emergentes tenham maior voz no processo decisório do sistema internacional. Um dos objetivos do Brasil é obter uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.
    Dilma, em outubro, participará ainda da reunião de cúpula Mercosul-União Europeia, em Bruxelas, como demonstração do interesse em reforçar os laços com os países europeus. Com a Turquia, os ministros preparam uma agenda também de forte conteúdo econômico, que inclui cooperação em vigilância sanitária, energias renováveis e defesa (o Brasil quer vender aviões Supertucano para as Forças Aéreas turcas).
    A agenda externa de Dilma inclui, também, viagem a Durban, na África do Sul, para o encontro de chefes de Estado do Ibas, o grupo de Índia, Brasil e África do Sul. As revoltas na Líbia e Síria serão tema obrigatório do encontro.

    A piada (macabra) da semana: a China e a Terceira Guerra Mundial


    THE PERFECT QUESTION
    The commanding officer at the Russian military academy (the equivalent of a 4-star general in the U.S.) gave a lecture on Potential Problems and Military Strategy. At the end of the lecture, he asked if there were any questions.

    An officer stood up and asked, "Will there be a third world war? And, will Russia take part in it?"
    The general answered both questions in the affirmative.

    Another officer asked, "Who will be the enemy?"
    The general replied, "All indications point to China ."

    Everyone in the audience was shocked.

    A third officer remarked, "General, we are a nation of only 150 million, compared to the 1.5 billion Chinese. Can we win at all, or even survive?"
    The general answered, "Just think about this for a moment: In modern warfare, it is not the quantity of soldiers that matters, but the quality of an army's capabilities. For example, in the Middle East we have had a few wars recently where 5 million Jews fought against 150 million Arabs, and Israel was always victorious."

    After a small pause, yet another officer - from the back of the auditorium asked,
    "Do we have enough Jews?"

    Brasil: para tras, a toda velocidade - Senador Demostenes Torres

    Acho que o Senador exagera um pouco, mas só um pouco...


    DCI
    Brasil pode cair para 40 ª economia mundial
    Abnor Gondim

    Nos próximos 30 anos, o Brasil corre o risco de sair da 7ª para até a 40ª posição no ranking das maiores economias do planeta por falta de investimentos em infraestrutura, educação e tecnologia e por criar resistências aos produtos nacionais no exterior. O alerta é um dos mais contundentes críticos do governo federal no Congresso, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), 50 anos de idade.

    "Ao invés de caminhar para ser a 5ª ou a 4ª economia do mundo, em 30 anos, nós poderemos estar em 30º ou 40º lugar, tudo isso porque não investimos e insistimos apenas em tributar, tributar e tributar", dispara o promotor de Justiça licenciado para exercer o seu primeiro mandato político, em entrevista exclusiva ao DCI.

    O senhor acredita que o discurso da presidente Dilma, às vésperas do 7 de setembro, é o início da campanha dela para reeleição?

    Tenho certeza disso. A presidente foi para a televisão com uma linguagem de horóscopo e falseando a verdade. Ela nos disse que a inflação estava controlada, que o Brasil vive um momento de pleno emprego, que nós estamos muito tranquilos com a situação dos programas sociais e que o País continuava tendo avanços em Educação, Saúde, Segurança Pública. O discurso dela era de total felicidade, quando na realidade notamos o Brasil atravessando seríssimos problemas econômicos.

    O que o senhor achou dela ter dito que o Brasil está forte para enfrentar a crise?

    O governo diz que temos uma reserva de US$ 300 bilhões. Desses, US$ 200 bilhões são títulos da dívida americana. E, para manter essas reservas no exterior, o Brasil tem que gastar US$ 30 bilhões por ano, o que é uma quantia superior à soma dos investimentos em infraestrutura. Além disso, o Banco Central já comprou, apenas nesse ano, US$ 60 bilhões para evitar que os especuladores entrassem aqui. Os juros continuam muito alto, então, no meu entendimento essa reserva é artificial. Ninguém sabe se a crise vem e se vamos cambalear ou não.

    O senhor considera que a melhoria do crédito que ela destacou no discurso foi relevante?

    É obvio que o crédito é algo que não pode ser abruptamente cortado. Até porque implicou realmente em melhorias para a população. Entretanto, está havendo um endividamento muito grande da população brasileira. No Sul do País, por exemplo, 90% das famílias estão endividadas, com a média do endividamento em torno de R$ 1,6 mil por família. O total das dívidas domésticas é de R$ 185 bilhões. No primeiro trimestre desse ano, o endividamento já era de R$ 700 bilhões.

    Então, me parece uma irresponsabilidade incentivar o cidadão a ir às compras, quando, no cenário internacional, a realidade é outra. Se estimular a poupança, diminuiríamos essas dívidas. Esse incentivo ao consumo contrasta com o elevado índice de desemprego. Ela disse claramente "nunca antes na história deste País haver tanto emprego". Mas dados do Ministério do Trabalho apontam queda de 14% nos empregos com carteira assinada nos sete primeiros meses deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. Foi um discurso de horóscopo. Daqueles que só preveem coisas boas. Isso é inaceitável!

    Seria antecipação de campanha?

    Total! Ou ela não desceu do palanque ou está com medo do Lula. A presidente disse que a inflação está controlada. Contudo, o IGP-M deu 7,23%. Acima da meta [6,5%]. Descontrolou completamente!

    O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) vinga?

    Não vinga. Até porque as pessoas preferem fazer o Bolsa-Família do que participar do Pronatec. Uma coisa concorre com a outra. E o Brasil técnico, desenvolvido e educado cede espaço para o Brasil político, eleitoreiro e assistencialista. Então, nosso País, com a 7ª maior economia do mundo, não tem investimentos em infraestrutura, em educação de qualidade e ciência e tecnologia. E ainda conta com uma carga tributária brutal que impede a concorrência e promove a desindustrialização no Brasil. As leis trabalhistas são extremamente protetoras, então as pessoas estão migrando para outros países. Produzir na Argentina é mais barato. Ao invés de caminhar para ser a 5ª ou a 4ª economia do mundo,em 30 anos, nós poderemos estar em 30º ou 40º lugar, tudo isso porque não investimos e insistimos apenas em tributar, tributar e tributar. Como por exemplo, a elevação no valor do imposto para carros importados, que tenham menos de 65% de componentes fabricados no país.

    Mas isso não seria defesa da indústria nacional?

    Sim, mas será essa a única política que temos? Por que, ao invés disso, não baixamos o custo da nossa produção? E se os outros países resolverem fazer represália e retaliar o Brasil, em nossos produtos que não sofrem uma tributação excessiva lá fora? Então, muito melhor do que tomar providências emergenciais é investir, de uma maneira segura, na baixa constante da carga tributária brasileira e fazer reforma na área previdenciária, trabalhista. Assim, o País entra na esfera da competitividade.

    No que se refere ao combate da corrupção, a presidente tem feito avanços?

    O governo da presidente Dilma, nesse aspecto, é muito mais efetivo que o do presidente Lula. Mas todos os institutos que o Brasil tem aumentado muito o seu índice de corrupção.

    Quem é o senador

    Demóstenes Lázaro Xavier Torres (Anicuns, 23 de janeiro de 1961) é um procurador e político brasileiro.

    Nascido em Anicuns, um município no interior goiano, Demóstenes Torres formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás e é integrante concursado do Ministério Público de Goiás desde 1983. Foi Procurador-Geral do órgão antes de ocupar o cargo de Secretário de Segurança Pública, entre 1999 a 2002, no governo de Marconi Perillo.Filiado ao DEM, foi eleito senador da República em 2002 com 1 239 352 votos. Concorreu ao governo de Goiás em 2006 mas obteve apenas 3,5% dos votos, ocupando a quarta posição. Desde fevereiro de 2009 é presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a mais importante Comissão da Casa.

    Como presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Demóstenes Torres participou do I Congresso Mestiço Brasileiro, promovido pelo Nação Mestiça em Manaus, capital do Amazonas, em 20 de junho de 2011, onde discutiu temas como o Estatuto da Igualdade Racial e o sistema de cotas em universidades públicas. Assumiu em março de 2011 a liderança da bancada do Democratas no Senado, substituindo José Agripino Maia. Em 15 de julho de 2011, Demóstenes casou-se com a advogada Flávia Coelho.[4]

    Polêmico, às vésperas do 7 de Setembro, o senador usou da tribuna para dizer que "as palavras da presidente foram mentirosas, não passaram de "golpes publicitários" e anteciparam a disputa eleitoral de 2014. "O discurso em rede nacional de rádio e televisão, que de tão eleitoreiro pode ter sido gravado durante a campanha de 2010, tem dez minutos de promessas e balanços e pouquíssimo sobre a Independência", disse o senador.

    Na interpretação de Demóstenes, a presidente desdenhou da séria crise econômica pela qual passa o mundo atualmente e mentiu ao povo brasileiro ao afirmar que o Brasil é capaz de enfrentar esses difíceis momentos econômicos sem passar dificuldades.

    Questionou a afirmação de Dilma de que as reservas internacionais brasileiras estariam "mais sólidas do que nunca". Para Demóstenes, a afirmação é mentirosa. "Economia que enfrenta terremoto seguido de tsunami e incêndio", acrescentou metaforicamente.

    O senador disse ainda que o pronunciamento foi apenas "marketing oficial", com texto e recursos visuais publicitários com o objetivo de enganar o povo brasileiro e vender um falso otimismo.

    Para Demóstenes, "o brasileiro está com o pescoço na forca dos carnês".

    China: parceiro estrategico?; retaliacao estrategica...


    DCI
    O toma-lá-dá-cá da China
    Da Redação, 19/09/2011

    O Brasil deve esperar retaliação da China ante as restrições às importações de carros chineses em breve. Basta ver a desenvoltura com que o premiê chinês, Wen Jiabao, fez exigências diretas na semana passada em troca de nova ajuda a Estados Unidos e União Europeia para superar a crise. Ele quer o fim de restrições a investimentos chineses nos Estados Unidos e o reconhecimento da China como economia de mercado pela União Europeia. São essas as maiores, mas não as únicas, exigências da China para ajudar a "salvar" a Europa e os EUA da crise, que teve seu epicentro com a quebra de mais de 400 bancos norte americanos desde 2008. E que agora assola a Europa na corrida pela proteção de seus bancos, já afetados desde a crise de 2008, ante a ameaça de quebra de bancos com as carteiras cheias de títulos da dívida de Grécia, Espanha, Portugal e Itália.

    Wen Jiabao não se constrangeu, nem um pouco, em ditar as condições para continuar comprando títulos da dívida dos países europeus, como fez na semana passada coma Itália. Ele, do alto da sua experiência de economia de mercado, disse que as nações ricas devem adotar políticas monetárias e fiscais "responsáveis" e garantir a segurança e a estabilidade dos investimentos, pouco antes de observar que a economia chinesa está em "boa forma".

    Pelos termos de seu acesso à Organização Mundial do Comércio (OMC), a China só teria status de economia de mercado em 2016. Esse reconhecimento dificultaria a imposição de medidas antidumping contra a China, já que os preços de exportação teriam de ser comparados aos que são praticados internamente no País. Hoje são usados preços de terceiros mercados, normalmente superiores aos chineses.

    A reação de alto e bom tom das importadoras e montadoras de carros chineses no Brasil, especialmente a JAC Motors, na última sexta-feira, ante as restrições do IPI aos carros de baixo teor de conteúdo nacional pode implicar retaliações a produtos brasileiros na China, como, por exemplo, o fim do acordo dos chineses coma Embraer na fábrica de Harbin. E a questão é que o Brasil fez uma escolha entre montadoras multinacionais para aplicar o IPI e na eventual retaliação poderá arriscar empresas de capital nacional, como as cooperativas ao agronegócio.

    domingo, 18 de setembro de 2011