- Uma entrevista com Mathias Abramovic, o candidato de pele branca e olhos verdes que se declarou negro ao se inscrever no concurso
- Ex-aluno de colégio de elite e morador de bairro nobre, ele passou na primeira fase graças à reserva de vagas para afrodescendentes
- ‘Bisavó por parte do meu pai é negra. Por parte da minha mãe, tenho avós pardos’, conta ele. ‘Sou uma concentração de minorias’
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
O Apartheid em construcao no Brasil: loucuras das cotas raciais no Itamaraty - O Globo
Tribulacoes de um americano na Eurostagnation - Walter Russell Mead (American Interest)
Ele estava então encantado com a gastança brasileira na Florida: 3 ou 4 bilhões de dólares por ano, sustentando uma economia ainda em recuperação, em 2010 ou 2011.
Gostei desta frase dele:
The currency union [In Europe] would be like an unhappy Italian marriage in the old days: no divorce or official breakup, but mistresses on the side.
Mas eu não diria que a Europa está pegando fogo, mesmo lentamente.
Vamos chamar de Europa blues, no sentido tristeza, talvez...
Enfim, nem americanos, nem europeus, estão no final de suas penas. Aliás o Brasil nem chegou ao começo ainda. Preparem-se para tempos piores, muito piores. E rezem (os religiosos) para a China não implodir...
Paulo Roberto de Almeida
O Brasil esta doente, diz o FMI (e nao e' so' da cabeca...) - Editorial Estadao
Inflação inaceitavelmente alta, para qualquer padrão que se tenha; contas públicas acumulando desequilíbrios crescentes, sendo maquiadas vergonhosamente pelo governo; balanço de pagamentos acumulando déficits crescentes de transações correntes, e investimentos se retraindo, insuficientes para cobrir os buracos que vão se acumulando.
O governo pretende que seu endividamento público é menor do que o de países ricos. Mas quem paga juros de 10% na média? Quem depende dos famosos capitais especulativos para fechar suas contas como o Brasil?
O governo só faz... (vocês completem com o que acharem mais indicado).
Mas essa é apenas a parte econômica, que, finalmente, pode ser corrigida entre 3 e 6 meses, bastando mudar as políticas econômicas e esperar o resultado entre um ano e dois. Essa é a parte fácil.
A parte difícil seria corrigir as mentalidades deformadas, que são as responsáveis por esses erros de políticas econômicas. Sim, porque os keynesianos de botequim do governo, do mais baixo ao mais alto escalão, estão convencidos de que estão fazendo tudo certo, e ainda estimulando a economia com as medidas anti-cíclicas.
A outra parte ainda mais difícil é inverter a deterioração das instituições, já que o Executivo abastardou os outros poderes, e corrompe abertamente o processo legislativo, inclusive aprovando leis ilegais (pois é) e medidas inconstitucionais. O governo, como sempre digo, é o principal fora-da-lei neste país: não sou eu quem diz: basta ver os casos no STF.
Uma outra, finalmente, é praticamente impossível corrigir, pois está entranhada de tal forma na cultura brasileira que vai demorar muitos anos antes de revertermos o desastre. Se trata da miséria educacional do Brasil, sob a influência das saúvas freireanas, os pedagogos que acham o idiota do Paulo Freire o máximo e que continuam imbecilizando crianças e adultos com um ensino muito pior do que sequer ousaríamos imaginar (com a cumplicidade das máfias sindicais de professores).
Sou pessimista?
Acho que não, apenas realista...
Paulo Roberto de Almeida
Dilma e a imagem do Brasil
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Da serie: frases absolutamente questionaveis...
Se não fosse assim, o governo encomendaria uma meta mais baixa, certo?
Os 4,5% de inflação, com uma banda larga como a de cinturão de lutador de sumô, representam uma variação enorme em termos mundiais, raramente encontráveis em outros regimes de metas de inflação. Geralmente os governos procuram ficar entre 1,5 e 2,5%, apenas, o que é suportável, digamos, pois os ganhos de produtividade também se distribuem por essa faixa, anualmente.
Quem encomenda inflação maior, é porque gosta de inflação, segundo a velha receita furtadiana -- e antipobre -- que diz que é melhor mais inflação e mais crescimento, do que menos inflação e recessão e desemprego. Se trata, obviamente, de uma falácia, só aceitáveis para keynesianos de botequim, como os nossos, que ainda confundem economia com receita de bolo.
O Estado, no Brasil, continua a ser o principal fora-da-lei, alias inconstitucional: taxi hereditario???
Até quando vamos conviver com essa vergonha de ter um poder estatal cometendo ilegalidades repetidas.
Neste caso, a vergonha é do Congresso e do Executivo.
O STF deveria imediatamente decretar a inconstitucionalidade dessa medida.
O Brasil é um país que precisa ter um controle de qualidade CONTRA os governantes, ou seja, um órgão que examine a legalidade e a constitucionalidade de cada lei aprovada por esses fora-da-lei que passam por instituições públicas.
Paulo Roberto de Almeida
Táxi hereditário
Esquerda e direita: a confusao mental que prevalece no Brasil atual - Reinaldo Azevedo
Gráficos e tabelas, localizar nas publicações originais.
Paulo Roberto de Almeida
Acho a observação boa. O que se convencionou chamar de “direita” no Brasil adora um cartório e uma “Bolsa BNDES”, não é mesmo? O tema é vasto. Faço essas considerações porque a Folha desta segunda traz reportagem sobre pesquisa feita pelo Datafolha identificando a ideologia dos brasileiros. Em seguida, cruzam-se esses dados com a possível opção de voto em 2014. Vejam isto.
Quais são os critérios para identificar a ideologia? A reportagem do jornal explica:
Para identificar e fazer os agrupamentos ideológicos dos eleitores, o Datafolha faz um conjunto de perguntas envolvendo valores sociais, políticos e culturais, como a influência da religião na formação do caráter das pessoas e o entendimento sobre as causas da criminalidade. As questões com opiniões mais divididas foram a que tratava da hipótese de pena de morte e a que avaliava a importância dos sindicatos. Metade dos entrevistados (50%) respondeu que não cabe à Justiça matar alguém, mesmo que a pessoa tenha cometido um crime grave, posição mais associada a valores de esquerda.Outros 46% disseram que a pena de morte é a melhor punição para crimes graves, ideia mais ligada à direita. Sobre os sindicatos, 48% responderam que eles servem mais para fazer política do que para defender os trabalhadores (direita). Já para 47%, eles são importantes para defender os interesses dos trabalhadores (esquerda).
O critério é válido, sim, mas não é perfeito. A esmagadora maioria dos conservadores católicos que conheço se opõe, por exemplo, à pena de morte, que é, como se sabe, aplicada com dedicação e método em países oficialmente comunistas. Nessas horas, há sempre o risco de se identificar o humanismo como um fundamento da esquerda, o que é uma afronta aos fatos.
Há, já observei, o risco — nesse questionário e em qualquer outro que busque quantificar a população segundo a ideologia — o risco de se confundirem as pessoas generosas com a esquerda, e as mais, digamos assim, severas com a direita. Huuummm… Há uma possibilidade, nesta vereda que abro, de haver um pouco mais de “conservadores” — de direitistas — no Brasil do que aponta a pesquisa. Por quê?
Peguemos as afirmações sobre a posse de armas:
Este seria o primado da esquerda:
Devem ser proibida, pois ameaça a vida de outras pessoas.
Este seria o primado da direita?:
Arma legalizada deve ser um direito do cidadão para se defender
“Arma legalizada deve ser um direito do cidadão; o que é preciso é proibir a arma ilegal”.
“O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”.
Chama-se, muitas vezes, de “pensamento de direita” ou “pensamento conservador” o que é nada além de bom senso. Nesse sentido, ideologia, esta sim, é a engenharia social a que se dedicam as esquerdas, ao tentar impor um ponto de vista ancorado em convicções e crenças que insistem em desafiar a realidade. Uma questão, para mim, é emblemática: a criminalidade
Viés de esquerda:
“A maior causa é a falta de oportunidades iguais para todos (36%)”
Viés de direita
“A maior causa é a maldade das pessoas (61%)”
Não gosto da palavra “maldade”. Ela me parece reducionista em excesso. E se as respectivas formulações fossem estas?
Viés de esquerda
“A pessoa não pratica crime porque quer, mas porque não teve melhores oportunidades”
Viés de direita
“Praticar crime é uma escolha; mesmo com uma vida difícil, o certo é se esforçar para vencer na vida”.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
A NAO parceria estrategica Brasil-Estados Unidos - Peter Hakim
A visita de Estado que não houve
O Brasil a caminho de ser uma Republica Mafiosa, desde a base, alias...
Paulo Roberto de Almeida
Com mais verbas federais, prefeituras são alvo da cobiça
Depois da Constituição de 88, que permitiu incremento de repasses, executivos locais ganharam mais poder
De fato, o estudo, sempre o estudo, como a base de tudo...
Em Minas, Dilma diz que candidatos à Presidência precisam 'estudar muito'
Ron Paul: contra o monopolio estatal na educacao - Mises Daily
One of the justifications for this is that advertising deludes customers. This means that customers are considered not able to sort out fact from fiction when they read or see an advertisement. It is interesting that the same advertising agencies hired by businesses to sell products are also hired by politicians to produce advertisements in election years. In other words, advertising is accepted as a legitimate way to motivate people to take action during election years, but is placed under suspicion when it comes to advertising products and services. People in their capacity as voters are supposedly perfectly capable of making accurate decisions based on advertising. On the other hand, those same people in their capacity as customers supposedly are incapable of making accurate decisions based on advertising. This is utterly illogical, but it is basic to understanding all modern governments in the West ...
Whenever the state intervenes in a market to restrict entry by sellers, it results in higher prices. Customers are not able to buy the kinds of goods and services they want, at a price they are willing to pay. So the producers who would otherwise have entered the market are forced to enter other markets. These markets are less profitable than the restricted markets. Customers in the regulated markets are worse off, and so are marginal suppliers who leave those markets.
We can see this principle at work in the market for education. The supply of education is limited by government restrictions on academic certification. Teachers must go through a specified regimen at the college level in order to be eligible to teach in the nation’s tax-funded school systems. This reduces the supply of teachers who can legally be hired by local school districts. Furthermore, restrictions on school construction by private entrepreneurs limit the amount of competition tax-funded schools face.
So, parents are compelled to send their children to school, but the state restricts the number of schools available to parents. This creates a near monopoly of education, kindergarten through twelfth grade, for the state. The state uses tax funding to build schools, and it uses the regulatory system to restrict the creation of rival schools. This is the classic mark of a monopoly.
The free-market solution is open entry and competition. Competition may be in the form of quality. Some parents want very-high-quality education for their children, and are willing to pay a great deal of money to purchase it. They would not have to pay as much money if there were open entry into the local market for schools. Other parents cannot afford the best education for their children, because they do not have enough money. So, they want price-competitive education. This is also made available by entrepreneurs in the field of private education. These entrepreneurs can decide which programs are affordable for which parents, and which programs will meet the demands of specific parents. As more schools come onstream, the range of choice for parents increases. This is the standard definition of what constitutes economic growth. Economic growth takes place when customers can buy more goods and services than they were able to buy prior to the increase in economic growth ...
Bureaucrats in the field of education, which is almost exclusively nonprofit education, have a bias against price-competitive academic programs. They assume that these programs are of low quality. They think it is a good idea to close the market to sellers of any kinds of curriculum not certified by educational bureaucrats. They have greater control over the content and structure of education when they can restrict entry into the marketplace. In the name of helping children, these promoters of self-interested restrictions on entry conceal the fact that they are able to exercise greater power over education and then charge more for the privilege of doing so.
This is why libertarians believe that there should be open entry into the field of education. They do not trust state bureaucrats to act on behalf of parents, especially parents who have a particular view of the best methodology and content for the education of their children. The bureaucrats operate in their own self-interest, which is to expand their power and income.
This raises the issue of government regulation of schools. First, the government requires compulsory attendance. Second, in order to keep control over the content of the curriculum, governments establish rules and regulations governing those schools. Parents are not allowed to send their children to schools that do not meet these qualifications. The qualifications are set very high, so that not many schools can be established to compete against the public school system. This increases the power of the public school system, and the power of the bureaucrats who run the system.
An example of this kind of regulation can be seen in the requirement that private high schools have libraries of at least 1,500 books. States around America had this requirement or something similar to it in the 1990s. But a student in the early 1990s was able to carry a CD-ROM with 5,000 books on it: the Library of the Future. No matter. A CD-ROM and computer stations did not count as meeting the 1,500-book requirement. The books had to be physical, so tax money had to go toward that. Today students have access to hundreds of thousands of books by means of the cell phones in their pockets. But accredited high schools must still have physical libraries. These libraries must be run by someone with a degree in library science. Conclusion: The library requirement has nothing to do with the number of books in the library. It has everything to do with increasing the cost of building a facility that qualifies as a school that meets the government’s regulations.
The goal of academic regulation is to limit the supply of schools that compete against public schools. This is done in the name of guaranteeing the educational quality of the school, thereby protecting the students. Yet the academic performance of the public schools continues to decline, and has done so since the early 1960s. The scores on the SAT and ACT exams continue to fall. The high point was in the early 1960s. So, regulation has not been successful in guaranteeing the quality of education. But it has been quite successful in restricting entry into the field of education.
In the 1980s there was a great battle over homeschooling. States around the nation passed laws prohibiting parents from substituting homeschooling for schooling in either a tax-funded school or a private school. The private schools were so expensive that only a handful of parents could afford them. This meant that parents would simply have to send their children to the public schools. The appearance of homeschooling in the 1970s and ’80s represented a threat to this strategy of restricting the supply of competing educational programs. States prosecuted parents for teaching their children at home.
A major case was tried in Texas in 1985, Leeper v. Arlington, in which a coalition of homeschool advocates brought a class-action suit against the state. The state lost the case in the state supreme court in 1994. The court required school districts to compensate the parents of the children who brought the suit. This case sent a clear message to local school districts in Texas. Overnight, they removed most of the restrictions against homeschooling. The state of Texas became very friendly toward homeschooling. But it took a court case to achieve this goal ...
There should not be anything resembling a government monopoly of education. Standards that govern the public school system locally should not be imposed on parents who decide to remove their children from that system. Without freedom of parental choice in education, the state will pursue a policy of extending its monopoly over education. Tenured, state-funded bureaucrats will then use this monopoly to screen out ideas that call into question the legitimacy of government interference in many areas of life, including education. The government does not have to burn books in order to persuade the next generation of voters of ideas that favor the government. The government need only screen out books and materials that are hostile to the expansion of the state.
Dr. Ron Paul is a former member of Congress and a Distinguished Counselor to the Mises Institute. See Ron Paul's article archives.