sábado, 15 de maio de 2010

Sempre se pode piorar o que ja é ruim...

Dilma diz que, se eleita, vai implantar cotas raciais também na pós-graduação
Por Ranier Bragon, na Folha Online (15.05.2010):

A petista Dilma Rousseff afirmou na noite desta sexta-feira, na abertura do Encontro Nacional de Negras e Negros do PT, que se eleita ampliará a política de cotas raciais no ensino “queiram eles ou não”. E chegou a apoiar manifestação do público defendendo a adoção do sistema para o ingresso em mestrado e doutorado.

“O que nos une é o compromisso de que nós vamos fazer políticas afirmativas ou de cotas queiram eles ou não”, discursou Dilma, que acolheu depois manifestação vinda da plateia: “Isso, cota pra mestrado, pra pós-graduação”.

O governo, que desde 2004 tenta aprovar no Congresso um modelo de cotas raciais para a graduação das universidades federais, adota hoje a política no ProUni, o programa de subsídio nas universidades particulares a estudantes de baixa renda.

Na pauta de julgamentos do STF (Supremo Tribunal Federal) há uma ação que questiona a constitucionalidade do sistema.

No discurso de ontem Dilma afirmou que “entre os pobres há um contingente enorme da população negra” e também defendeu a presença de negros no Itamaraty. Ela afirmou no encontro que o presidente Lula dará o nome “Zumbi dos Palmares” ao próximo petroleiro brasileiro.

Como torrar o dinheiro publico e fazer demagogia ao mesmo tempo

Pague os craques
O presidente Lula propôs a criação da Bolsa-Bola, para premiar com R$ 100 mil cada jogador que tenha participado das Seleções campeãs do mundo de 1958, 1962 e 1970. Além disso, cada craque terá direito a R$ 3.400,00 mensais, para ele ou a família. Destrinchando: há jogadores, como o meia Moacir, reserva de Didi na Copa de 1958, que ficaram pobres e estão doentes. Mas há Zagalo, Rivelino, Tostão, Leão, Gerson, Dino, Zito, Carlos Alberto, Pelé e tantos outros que não estão propriamente mal de vida. Tostão já recusou a Bolsa-Bola.

E já foram pagos
Todos os astros da Seleção, a propósito, eram profissionais: recebiam salários e prêmios para jogar. Não era tanto dinheiro quanto hoje, mas estava bom para a época. Além disso, em 1958, o presidente Juscelino Kubitschek ofereceu a cada craque um emprego público, o que também era um absurdo. Só Zagalo se apresentou para o trabalho (hoje está aposentado). Os demais não se interessaram.

Não são necessários comentários. Basta a constatação...

Conselheiros da Petrobras, ops, do BNDES

Um post, neste blog, sobre os famosos (alguns obscuros) conselheiros da Petrobras, que recebiam uma grana firme por alguns conselhos eventuais (alguns nem isso) em períodos esparsos, foi o que mais rendeu comentários, alguns raivosos, sobre o assunto.
Não importa tanto o dinheiro em si, pois se trata de empresas, com contabilidade supostamente aferida pelo mercado, ou pelas agências públicas de controle. O que se está mencionando é a "qualidade" (ou falta de) dos conselheiros, na verdade apenas indicados para complementação salarial (entre companheiros, claro).

Pague a ministra
A substituta de Dilma Rousseff na Casa Civil, Erenice Guerra (aquela do dossiê contra a falecida Ruth Cardoso), já tem novo complemento de salários: foi nomeada pelo presidente Lula para o Conselho de Administração do BNDES. Erenice é, desde o início de 2008, membro do Conselho Fiscal do BNDES. Recebe, a cada reunião, realizada de três em três meses, o jeton de R$ 15.370,00. Recebe também o salário de ministra, R$ 11.240 mensais.

PS: Já espero vários comentários, alguns raivosos. Ofensas serão deletadas, comentários sem foco no objeto também. Apenas um aviso preventivo (PRA).

E agora, de volta a um velho tema: corrupcao no Brasil...

Calculando a ladroeira
Coluna Carlos Brickmann
Coluna de domingo, 16 de maio

Qual o custo da corrupção no Brasil? De acordo com estudo da Fiesp, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, pode variar entre R$ 41 bilhões e R$ 69 bilhões por ano. É mais do que se gasta em segurança pública, é metade do orçamento da saúde; e, reduzido, permitira que a renda média do brasileiro tivesse crescido uns 15% nos últimos oito anos. Os números estão explicados aqui (este colunista acha que a ladroeira é maior).

É um estudo muito interessante, especialmente nas comparações: o que poderia ser feito se a corrupção fosse menor - não se fala em corrupção zero, porque isso não existe nem onde se cumpre a lei. Seria possível aumentar em um quarto as verbas para a Educação, quase dobrar o objetivo de construção de habitações para a baixa renda, aumentar em um quinto a meta federal de construção de estradas, elevar em 89% o número de leitos do SUS, dobrar o saneamento básico.

E como combater a corrupção? O estudo da Fiesp sugere três caminhos, todos de longo prazo: limitação do poder de funcionários públicos e instituições, com a implantação de regras claras e completas; tornar a corrupção mais perigosa, até com o incentivo à delação; a realização de auditorias frequentes e o reforço do sistema judiciário; e reformas econômicas que simplifiquem os procedimentos administrativos, legais e tributários, de maneira a dificultar os atos de corrupção.

É um bom começo para, como diria o Bóris Casoy, passar o Brasil a limpo.

Decadencia da Argentina: uma opiniao sincera

Tenho exatamente a mesma ideia, sem ser historiador, ou sequer especialista na história argentina. Mas basta examinar a realidade e conhecer um pouquinho a história econômica dos últimos cem anos...

Opinión
¿El mejor gobierno de la historia argentina?
Por Roberto Cachanosky
La Nacion, Viernes 14.05.2010

Tal vez llevado por el calor de la tribuna política, Néstor Kirchner dijo que el gobierno de su esposa era el mejor de la historia de la Patria. Desde mi punto de vista luce un tanto desproporcionado sostener que el gobierno de Cristina Fernández superó al de Sarmiento, Mitre, Roca o Pellegrini. Por dar algunos ejemplos, entre 1881 y 1900 llegaron y se quedaron a vivir en el país 1.489.000 extranjeros. Entre 1901 y 1910 llegaron a la Argentina 1.764.000 personas (Fuente: Díaz Alejandro. Ensayo sobre la historia económica argentina ). Italianos, españoles, franceses, alemanes, polacos y rusos, entre otras nacionalidades, venían al país porque ofrecía oportunidades de progreso. Francamente, no se percibe que hoy, bajo el gobierno del matrimonio, tengamos una inmigración de esa envergadura. Más bien nuestros hijos se plantean en qué país, que no sea éste, pueden tener un futuro mejor.

Por más que quiera descalificarse a la generación del 80, inspirada políticamente en las ideas de la generación del 37, lo cierto es que transformó a la Argentina de un desierto a uno de los países más prósperos del mundo de esos años.

Ya en la década del 20 la Argentina tenía un comercio exterior (exportaciones + importaciones) que representaban el 50,1% del conjunto de los siguientes países: Brasil, Chile, Uruguay, Perú, Colombia, Bolivia, Venezuela, Ecuador y Paraguay. En 2007, aún con el viento a favor del mundo (real y euro fuertes frente al dólar, aumento de los precios de los commodities y el mundo creciendo a tasas anuales del 4 al 5 por ciento) nuestro comercio exterior representó solamente el 15% del conjunto de los países mencionados. Una diferencia de nada menos que 35 puntos porcentuales.

En La Economía Argentina de Alejandro Bunge, pueden encontrarse los siguientes datos. Hacia la década del 20, de los 88.000 kms. de líneas férreas que había en América latina, el 42,7% estaba en la Argentina. Hoy todavía estamos esperando el tren bala y, por la forma en que la gente viaja en los trenes suburbanos, no podríamos afirmar que somos un modelo de país ferroviario.

Es más, en esos años se transportaba el 60% de la carga total y el 57% del total de pasajeros de América latina. Además, de las 349.000 líneas telefónicas que había en los países mencionados, 157.000 estaban en la Argentina. De los 214.000 automóviles que había en la región, el 58% correspondía al país. Hoy, nuestro mercado automotor deber ser el 10% del de Brasil.

Otro dato interesante es que desde principios del siglo XX y hasta la crisis del 29, las exportaciones argentinas representaban entre el 2 y el 3 por ciento de las exportaciones mundiales y en 2008, con el mundo a favor, nos mantuvimos en el 0,4% que teníamos en las décadas del 80 y del 90. Para ubicarnos en contexto, si la Argentina hubiese mantenido su participación del 2% del comercio mundial, deberíamos estar exportando U$S 321.000 millones anuales.

Es cierto que en los últimos años las exportaciones argentinas crecieron, pero con toda sinceridad, todo parece indicar que crecieron no por las políticas aplicadas por el matrimonio sino a pesar del matrimonio. Ejemplo, entre 2003 y 2008 las exportaciones nacionales se multiplicaron por 2 y las chilenas por 3. Actualmente Chile exporta casi el mismo valor absoluto que la Argentina mientras Brasil está en el orden de los U$S 198.000 millones anuales.

Por supuesto que uno no puede pedir que en 7 años se transformen por completo décadas de decadencia, pero en rigor de verdad si Cristina Fernández festeja que entrega subsidios para 3,5 millones de niños, implementa los planes Trabajar por los cuales se pelean los diferentes grupos piqueteros y una batería de otros planes sociales, quiere decir que en vez de mejorar estamos empeorando. Puesto en otros términos, si el modelo fuera tan exitoso y el mejor de toda la historia de la Patria, los padres de familia tendrían que poder mantener a sus hijos con el fruto de su trabajo y no mediante subsidios que le otorga el Estado. Me animaría a afirmar que si los $ 180 se entregan plenos a condición de que los chicos vayan al colegio, la Argentina ha caído en un nivel de degradación muy grande, porque si tenemos que entregar subsidios a los padres de familia para que sus hijos estudien, muy bien no estamos funcionando. Ni económica ni moralmente. Un modelo exitoso se traduciría en nuevos puestos de trabajo, mejor remunerados y los padres de familia manteniendo a sus hijos y mandándolos al colegio por el futuro de ellos y no por cumplir con un plan social.

Francamente no se observa hoy en día el aluvión de inversiones que atraía nuestra patria a fines del siglo XIX y principios del siglo XX, y mucho menos una corriente inmigratoria fenomenal buscando un porvenir. Más bien se observa a empresarios analizando en qué otro país van a invertir que no sea la Argentina, a dirigentes piqueteros peleando por las migajas de los planes trabajar y otros subsistiendo en base a subsidios que se los devora la inflación.

En definitiva, si comparamos la Argentina del primer centenario en que la gente venía a radicarse porque con su trabajo y esfuerzo progresaba, con la actual en que se ha impuesto la cultura de la dádiva en reemplazo de la cultura del trabajo, me parece que estamos utilizando parámetros muy diferentes para definir cuál fue el mejor gobierno de la historia de la Patria. Algunos consideraremos que el mejor es aquel que crea las condiciones para que la gente pueda tener la dignidad de vivir del fruto de su trabajo. Otros consideran que estamos en presencia del mejor gobierno de la historia cuando, por falta de seguridad jurídica no hay inversiones y, por lo tanto, falta el trabajo y la gente tiene que vivir de la dádiva del gobierno de turno.

Progresar por el esfuerzo personal o vivir de las dádivas del Estado son dos modelos de país diferente. En el primer centenario de nuestra patria, la gente vivía de su trabajo. Hoy depende de la dádiva. ¿Cuál es el mejor gobierno de la historia?

O relativismo cultural comeca a contaminar o bicentenario...

O Brasil, posso apostar, não estará imune a esse tipo de besteirol pré-colombiano, os "puros" dos "povos originários", que de puros e originários não tem nada.
Sim, vamos ter de contar com as ONGs pretensamente humanitárias que vão começar a desfilar o festival de bobagens como sempre ocorre nessas ocasiões.

Los indígenas argentinos exigen un Estado plurinacional
ALEJANDRO REBOSSIO
El País, 13/05/2010

Tres marchas por el Bicentenario recorren el país

Buenos Aires - Más que un festejo por el bicentenario de la independencia de Argentina, los indígenas de este país prefieren la protesta. No rechazan las celebraciones por la Revolución de Mayo de 1810, pero miles de kollas, guaraníes, mapuches, huarpes, wichíes, mocovíes, diaguitas y qom-tobas, entre otros pueblos, iniciaron ayer tres marchas desde el noroeste, el noreste y el sudeste de Argentina hasta Buenos Aires para reclamar un Estado plurinacional, como el que acaba de inaugurar la Bolivia de Evo Morales.

En Argentina, la población indígena representa el 1,4% de sus 40 millones de habitantes, a lo que se puede añadir otro 6,5% de mestizos. No es como en Bolivia, donde el 60% pertenece a etnias originarias y otro 27,5%, es mestizo.

La Marcha Nacional de Indígenas tiene tres ramas que confluirán hoy en la capital argentina. La del noroeste se inició en La Quiaca, en la frontera con Bolivia; la del noreste, en Formosa y Posadas (ambas en el límite con Paraguay), y la del sudeste, en Mendoza y Bariloche. Los indígenas caminarán por las 25 ciudades por las que pasen, pero entre una y otra irán en 200 autobuses alquilados. El próximo día 21, los organizadores esperan reunir a 10.000 personas para marchar desde el Congreso hasta la Plaza de Mayo, donde está la Casa Rosada (de Gobierno) y donde esperan ser recibidos por la presidenta de Argentina, Cristina Fernández de Kirchner. Esto sucederá cuatro días antes del 25 de mayo, cuando este país sudamericano festejará los 200 años de la revolución que significó la independencia real de España, aunque la ruptura formal del vínculo se materializó en 1816.

Un dirigente diaguita, Santiago Mamaní, recordó que "había cerca de 200 pueblos que hablaban 300 lenguas antes de la conquista [española] que fueron atacados y casi desaparecieron", pero además apuntó contra los diversos Gobiernos argentinos que también los combatieron: "El Estado [argentino] fue una imposición". El Documento Fundacional de la marcha advierte que ya han pasado "dos siglos de desprecio, invisibilidad y exclusión de la diversidad cultural". De todos modos, Mamaní aclara que no quieren enfrentarse ahora con el Estado argentino: "Queremos hacer que los argentinos no se peleen con sus pueblos indígenas". De hecho, entre las organizaciones que se manifiestan figura la kirchnerista Organización Barrial Tupac Amaru, de la provincia de Jujuy (noroeste). "No nos oponemos a que se festejen los 200 años, vamos a acompañar los festejos", aclaró Milagro Sala, líder de la Tupac Amaru.

El Estado plurinacional implicaría, según los indígenas, el acceso al título de propiedad de los territorios comunitarios, la entrega a sus pueblos de tierras del Estado, el cumplimiento de la ley que ordenó en 2006 un censo de sus territorios ancestrales, el reconocimiento de sus lenguas como idiomas oficiales de Argentina, la creación de centros educativos propios, la eliminación del festivo del 12 de octubre, la declaración del agua como recurso "sagrado", la ley de protección de glaciares que ha vetado Fernández, la formación de tribunales ambientales y la constitución de un fondo para el desarrollo de sus comunidades.

La columna del noroeste pasará por Tucumán y protestará frente a los tribunales por la muerte de un diaguita, Javier Chocobar, el pasado 12 de octubre, a manos de un terrateniente y dos ex policías. Un vídeo grabado por uno de ellos y colgado en YouTube ilustra el enfrentamiento.

No todos los colectivos indígenas se han adherido a la marcha. Por ejemplo, el autodenominado Parlamento Mapuche de la provincia de Río Negro (sur de Argentina), que alega que fue convocado sólo por la kirchnerista Tupac Amaru.

Otros que la rechazan son los mbya guaraní de la provincia de Misiones (noreste). "Es un debate ideológico, no se trata sólo de subir a un colectivo [autobús] y participar de los festejos, que para nosotros son una fecha más", declaró el dirigente guaraní Alejandro Méndez.

Ecologismo literario nas paginas do NYRBooks: vale ler...

Para os mais ecológicos que frequentam este blog, recomendo a leitura destas resenhas publicadas no New York Review of Books. Não sou adepto da religião, mas os artigos do NYRB são sempre de qualidade...
Paulo Roberto de Almeida

The Message from the Glaciers

by Orville Schell
NYRBooks, May 27, 2010

A full listing of sources appears at the end of this article.

Climate Change 2007: The Physical Science Basis
Working Group I Contribution to the Fourth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change
Cambridge University Press, 996 pp., $90.00 (paper)

When the Rivers Run Dry: Water—The Defining Crisis of the Twenty-first Century
by Fred Pearce
Beacon, 324 pp., $16.00 (paper)

Too Smart for Our Own Good: The Ecological Predicament of Humankind
by Craig Dilworth
Cambridge University Press, 546 pp., $90.00; $29.99 (paper)

Black Soot and the Survival of Tibetan Glaciers
by Baiqing Xu, Junji Cao, James Hansen, and others
Proceedings of the National Academy of Sciences, December 29, 2009

On Avoiding Dangerous Anthropogenic Interference with the Climate System: Formidable Challenges Ahead
by Veerabhadran Ramanathan and Y. Feng
Proceedings of the National Academy of Sciences, September 23, 2008

The Great Melt: The Coming Transformation of the Arctic
by Alun Anderson
World Policy Journal, Winter 2009/2010

It was not so long ago that the parts of the globe covered permanently with ice and snow, the Arctic, Antarctic, and Greater Himalayas (“the abode of the snows” in Sanskrit), were viewed as distant, frigid climes of little consequence. Only the most intrepid adventurers were drawn to such desolate regions as the Tibetan Plateau, which, when finally surveyed, proved to have the planet’s fourteen highest peaks. Because these mountains encompass the largest nonpolar ice mass in the world—embracing some 46,298 glaciers covering 17 percent of the area’s land and since time immemorial have held water in frozen reserve for the people of Asia—they have come to be known as “The Third Pole.”

Ler todo o artigo, em três partes, neste link.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...