Fui consultado por uma jornalista que esclareceu sua afiliação evangélica: "jornalista de publicação informativa do segmento evangélico e de circulação nacional". Ela mandou-me uma pesquisa Gallup sobre relações entre religião e desenvolvimento, ou nível de prosperidade material, e formulou uma série de perguntas, todas elas muito interessantes e inteligentes.
Como sei que minhas respostas serão aproveitadas apenas parcialmente, e como sei que este tema sempre desperta curiosidade nos estudiosos de ciências humanas em geral, permito-me transcrever aqui minhas respostas, não como religioso, mas como simples estudioso das religiões e, sobretudo, do desenvolvimento econômico e social em escala comparada.
Acredito que o tema é relevante, mas desde já me posiciono contra a posição fundamentalista que está vinculada a certas confissões evangélicas, no sentido de apoiar o criacionismo e se posicionar contra o evolucionismo. Aqui não é uma questão de fé ou de postura anti-religiosa. Acredito que essa posição é errada, e é profundamente danosa para o desenvolvimento do espírito científico, em qualquer país, em qualquer época, com qualquer religião.
Como disse em uma das minhas respostas: esses fundamentalistas serão, eventualmente salvos, pelo avanço da pesquisa científica em matéria de doenças e procedimentos terapêuticos, mas dificilmente, ou JAMAIS, poderão colaborar para a descoberta da cura ou de inovações levando a melhor condição de vida enquanto ficarem presos a essas concepções ingênuas e no fundo anti-racionalistas.
Paulo Roberto de Almeida
Pesquisa sobre Religião e Desenvolvimento
Paulo Roberto de Almeida
Respondendo a perguntas colocadas por repórter de confissão evangélica.
Perguntas:
1) Que relação pode haver entre a religiosidade de um povo e seu nível de renda?
PRA: Não existe um padrão universal e uma correlação unívoca – ou seja, de causa a efeito, numa só direção – entre religião e prosperidade, ou entre religião e nível de vida de um povo, pois as situações são as mais diversas possíveis e têm mais a ver com a formação histórica e cultural de um povo do que propriamente com o seu nível de vida. Todos os povos têm, naturalmente, religiões, alguma emergindo naturalmente, como o antigo paganismo ou politeísmo, outras surgindo com base em profetas ou figuras carismáticas (Cristo, ou Maomé, por exemplo). Alguns povos “importam” suas religiões – como o budismo na China e no Japão, por exemplo, propagado a partir da Índia, a partir de monges missionários, mercadores, viajantes, etc. Outros povos são levados à conversão por colonização ou dominação externa, como a maior parte dos povos autóctones da América Latina. Ou seja, as situações são muito diversas, pois entre todos esses povos encontramos nações extremamente desenvolvidas (como Europa e Estados Unidos, onde o cristianismo se propagou por evangelização ao longo dos séculos) e outras totalmente miseráveis (como a índia secular, por exemplo, basicamente hinduísta, mas também muçulmana e dotada de dezenas de outras religiões, inclusive o próprio budismo, no qual existem povos hoje desenvolvidos, como os japoneses, e outros ainda “atrasados”, como no Nepal, Butão, o próprio Tibete, etc.
A nação mais avançada do mundo, que é indiscutivelmente os EUA, pelo menos em termos científicos e tecnológicos, é, também, a mais religiosa, ou parece ser, com uma profusão de cultos, sobretudo evangélicos e protestantes (mas aberta a todas as confissões, num sistema tão livre quanto anárquico, de religiões, de opiniões, de iniciativas individuais, enfim, de ampla liberdade). Ao lado, temos o México e os países da América Central, todos uniformemente católicos e relativamente atrasados, com um nível de renda per capita 5 ou 6 vezes menor do que nos EUA.
Em resumo, não há um padrão, e muita tinta já se gastou, desde Max Weber, em tentativas de correlação entre uma coisa e outra, sem muito sucesso aparente.
2) Em sua opinião, há uma influência recíproca entre religião e economia?
PRA: Sim e não, dependendo do que se pretende como fatores causais. Essa influência pode ser positiva, ou seja, levar um povo a prosperar com base em suas habilidades próprias. Mas as relações reais são muito complexas. Acredito, por exemplo, que uma religião que coloca a mulher em papel subordinado, como ocorre no islamismo em grande medida, atua num sentido negativo para fins de desenvolvimento social e prosperidade. Religiões que atribuem forte papel à mulher, como mãe e responsável pela educação dos filhos – como ocorre na tradição judaica, e parcialmente no cristianismo – podem ser extremamente positivas na inovação e na prosperidade. Os judeus, por exemplo, constituem menos de 1% da população mundial, mas contribuíram de maneira absolutamente “desproporcional” para o progresso da humanidade, nos mais diversos campos do saber, da ciência, da cultura. Basta ver a proporção de Prêmios Nobel ganhos por pessoas de origem judia. Creio que o grande papel, aqui, é o da mãe e da família judia, extremamente focadas no desenvolvimento dos filhos, na sua educação, numa vida digna e voltada para o benefício da comunidade. Não se encontra esse tipo de motivação e de vocação entre todas as religiões. Mas fatores causais podem ser mais de origem cultural, ou costumeira, do que propriamente religiosa, pois o patriarcado, ou dominação masculina, e a conseqüente opressão da mulher, existem em várias religiões.
3) De acordo com a pesquisa, quanto mais religiosos são os habitantes de um país, mais pobre ele tende a ser. O senhor concorda com essa conclusão?
PRA: Não concordo, absolutamente, e o exemplo já citado dos EUA nega esse tipo de afirmação. Mas, mais uma vez, essa relação é complexa, e não se pode, sem ser leviano, estabelecer uma correlação entre o grau de “religiosidade” – o que isto quer dizer?; trata-se aqui de conceito essencialmente subjetivo – de um povo e o nível de sua prosperidade material. Certas religiões podem contribuir para certa estagnação – ou falta de inovação de certos povos, como determinadas variantes do islamismo, a partir de certa fase – e outras permitirem o desenvolvimento.
Tudo depende, em minha opinião, da capacidade de ser exercido o chamado “espírito criativo”, algo que, como a religião, parece ser inato no homem (ou nos seres humanos). As religiões que “congelam” determinados conceitos sociais e impedem o avanço da pesquisa e da inovação – em matérias científicas, como biologia, história, etc. – contribuem para o atraso de seus povos. Aquelas que permitem a chamada “exegese”, ou seja, a interpretação dos “livros sagrados”, para adaptar as mensagens religiosas à dinâmica econômica e científica, contribuem para o desenvolvimento dos povos, e isso ocorreu no cristianismo. Mas esse itinerário ainda não foi conhecido no islamismo, pelo menos em várias de suas interpretações literais; pode ser que o islamismo evolua para esse mesmo tipo de secularização que permita uma interpretação alusiva, e não literal, da palavra escrita, ou seja, que permita a exegese (algo mais ligado à tolerância do que ao dogmatismo). Não devemos esquecer, por outro lado, que a Europa conheceu terríveis guerras de religião, responsáveis por morticínios inacreditáveis na concepção moderna dos direitos humanos.
Acredito que o fanatismo, a intolerância, o dogmatismo e o exclusivismo religiosos podem ser, sim, fatores de atraso, ao passo que a tolerância, o espírito aberto, a capacidade de absorver e integrar novas descobertas na cultura religiosa dominante são, ou podem ser, fatores de progresso e de prosperidade.
4) A pesquisa aborda a questão de forma genérica, no entanto, não deveriam ter levado em consideração as diferenças doutrinárias de uma religião para outra, já que essas diferenças poderiam ter apontado outro resultado, a exemplo de Max Weber que considerou o Protestantismo melhor para o desenvolvimento econômico do que o Catolicismo?
PRA: A tese de Max Weber é extremamente controversa, sempre foi aliás. Ele escreveu numa época – começo do século 20 – quando os povos protestantes pareciam ser a vanguarda do desenvolvimento econômico mundial, e de fato a Europa e os EUA estavam na dominação indisputada do mundo, exercendo uma extraordinária hegemonia econômica, tecnológica e cientifica. Mas, o capitalismo – que esteve na base desse excepcional desenvolvimento – nasceu na Itália católica, e não nos povos setentrionais protestantes. É certo que o comportamento mais aberto às inovações financeiras levaram protestantes a se desenvolverem mais rapidamente, e que o preconceito cristão, ou católico, contra o lucro e a usura pode ter contribuído para um desenvolvimento capitalista mais lento, mas mesmo essa tese é sujeita a caução. Se dizia, algumas décadas atrás, que os povos asiáticos, que possuem dezenas de religiões, mas poucos são cristãos ou protestantes, estavam condenadas ao atraso e à miséria, mas nas ultimas três décadas são os que mais avançaram no mundo em termos de prosperidade material, deixando para trás a América Latina quase toda ela católica, que décadas atrás aparecia como mais promissora para fins de crescimento e riqueza. Tudo isso NÃO TEM a ver com religião, e sim com as políticas econômicas corretas e, sobretudo, com a educação do povo. Mais do que as religiões, são as instituições sociais que podem ser “colaborativas” ou “impeditivas” do progresso.
5) A seu ver, é a religião que leva uma população à pobreza ou é a riqueza que tende a afastar as pessoas da religiosidade?
PRA: De modo algum; todas as situações são encontradas nos mais diferentes povos, locais e épocas históricas. Existe, aparentemente, uma correlação entre prosperidade material e uma atitude menos “religiosa”, ou seja, mais laica, ou secularizada, como ocorre entre os povos nórdicos, por exemplo, onde se pode notar uma forte diminuição da assistência a cultos religiosos, do pagamento de contribuições às Igrejas e do ensino religioso, de forma geral. Mas, acredito que a religião é um traço civilizacional que vai acompanhar as comunidades humanas sempre, independentemente do grau de seu desenvolvimento (ou ausência de) prosperidade material.
6) A religião desempenha um papel importante no desenvolvimento econômico de um país?
PRA: Eu diria que esse papel é em geral neutro e não depende da religião em si, ou seja, da “mensagem sagrada”, e sim das instituições que determinam a criação de riqueza. Certas instituições são mais favoráveis a isso, como o instituto da propriedade, o respeito aos contratos, o chamado rule of Law, ou seja, o respeito à lei e à legalidade jurídica num pais, etc. Tudo isso pode ser, e é, positivo para fins de desenvolvimento, independentemente da religião específica de um povo. Mas, se uma religião se atém, por exemplo, a uma leitura literal e obrigatória sobre determinados fenômenos naturais, e recusa a abertura à pesquisa e à inovação, ela pode, sim, ser fator de atraso. Por exemplo, não se pode ter carreira cientifica em biologia, ou nas ciências de modo geral, sem aderir a alguns pressupostos da teoria da seleção natural, de origem darwiniana (mas a evolução é um fato, que independe de teorias). Quem não aceita esses pressupostos simplesmente não consegue fazer biologia, ou até geologia ou, no limite, a história e a arqueologia. Tudo isso pode representar fatores de atraso absoluto no desenvolvimento material, pois a tecnologia só pode avançar com plena utilização do espírito cientifico. Todas as pessoas podem ser salvas pela medicina avançada, mesmo recusando seus pressupostos básicos, e negando a teoria evolucionista, por exemplo. Mas essas pessoas JAMAIS contribuirão para aquela solução cientifica que salva as suas vidas se elas não aderirem a certas metodologias científicas que uma determinada vertente religiosa, intolerante e dogmática, pretende banir do ensino laico (que deve ser aberto a todo e qualquer desenvolvimento científico, pois isso é importante e crucial para a humanidade).
Eu me proclamo, apenas para fins de honestidade intelectual, como uma pessoa irreligiosa – ou seja, não me posiciono quanto às religiões, embora as respeite historicamente – e essencialmente como um racionalista. Sou, sim, um grande estudioso das religiões, como deveria ser todo espírito aberto e propenso ao progresso material e espiritual da humanidade.
Paulo Roberto de Almeida (Beijing, 14.10.2010)
==========
Agora a pesquisa que motivou a consulta:
Pesquisa: 80% da população mundial vê a religião como importante .
Qui, 02 de Setembro de 2010
Fonte: Christian Post – Link: http://www.christianpost.com/article/20100901/over-8-in-10-worldwide-see-religion-as-important/
Mais de oito em cada dez adultos em todo o mundo dizem que a religião é uma parte importante de suas vidas diárias, de acordo com pesquisas do Gallup realizada em 114 países.
E, como pesquisas anteriores encontraram, ainda há uma forte correlação entre o nível socio-econômico do país e a religiosidade de seus moradores.
Nos países mais pobres do mundo - aquelas com renda média per capita de 2000 dólares ou menos - a proporção mediana que dizem que a religião é importante em suas vidas diárias é de 95 por cento, informou nesta terça-feira Gallup.
Em contraste, a mediana para os países mais ricos - aqueles com renda média per capita acima de USD $ 25.000 - é de 47 por cento
"Os cientistas sociais têm colocado diante inúmeras explicações possíveis para a relação entre a religiosidade de uma população e o seu nível de renda média," observou o editor Steve Gallup Crabtree.
"Uma teoria é que a religião desempenha um papel mais funcional nos países mais pobres do mundo, ajudando muitos moradores a lidarem com uma luta diária para prover a eles e suas famílias. A análise anterior Gallup apoia esta idéia," acrescentou.
Na análise da Gallup de 2009, inquéritos realizados em 143 países, nos três anos anteriores, a organização concluiu que a relação entre religiosidade e bem-estar emocional é mais forte entre aqueles nos países pobres do que entre aqueles no mundo desenvolvido.
Em seu último relatório, Gallup disseram que a religião era considerada importante por 95 por cento das pessoas em países com 2.000 dólares ou menos renda per capita. E para os países com renda per capita acima de USD $ 2.000, mas menos de USD $ 5.000, 92 por cento das pessoas disseram que a religião é uma parte importante da sua vida quotidiana.
Depois de 5.000 dólares, os números declinaram mais, com 82 por cento considerando a religião como importante para os países dentro do grupo USD $ 5.001-12,500. Para renda de USD $ 12.501-25.000, 70 por cento disseram o mesmo. E para os países com renda per capita mais USD $25.001, apenas 47 por cento disseram que a religião é uma parte importante da sua vida quotidiana.
Tal como em inquéritos anteriores, no entanto, os Estados Unidos estão entre os países ricos, que vêm escapando à tendência.
Segundo a última pesquisa Gallup, 65 por cento dos americanos dizem que a religião é importante em suas vidas diárias. Outros países de alta renda mais propensos a enfatizar a importância da religião incluem Itália, Grécia, Singapura e países do Golfo Pérsico.
Os seis principais países com maior porcentagem de pessoas colocando importância da religião foram Bangladesh, Nigéria, Iêmen, Indonésia, Malawi, e Sri Lanka - com pelo menos 99 por cento em cada comunicação a religião como importante em suas vidas diárias.
Os seis países com os menores percentuais foram a Estónia (16 por cento), Suécia (17 por cento), Dinamarca (19 por cento), Japão (24 por cento) e Hong Kong (24 por cento).
Resultados de pesquisas Gallup são baseados em entrevistas telefônicas e presenciais, realizadas em 2009 com cerca de 1.000 adultos em cada país.
Fonte: Folha Gospel
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Contra o dolar depredador; viva a nova moeda (so podia ser ele...)
Quem mais poderia ser? Ele mesmo, nosso profesor de economía al revés.
Chávez ainda vai conseguir -- aliás já está fazendo -- destruir completamente a economia da Venezuela, provocando desinvestimento, desabastecimento, fuga de capitais, inflação, câmbio negro, enfim, o cortejo de tragédias habituais que acontecem nos países dominados por dirigentes totalmente irresponsáveis no plano econômico, como sempre autoritários no plano político.
A chamada Rodésia do Sul, desde a independência Zimbabue, foi simplesmente convertida em economia moribunda pelo seu "líder", Roberto Mugabe.
Chávez parece seguir o mesmo caminho.
Pobre Venezuela.
Paulo Roberto de Almeida
Presidente Chávez calificó al Sucre como un sistema monetario liberador
(11.10.2010)
El presidente Hugo Chávez Frías calificó este lunes al Sistema Unitario de Compensación Regional (Sucre) como una nueva moneda liberadora en los planos económico y político.
Afirmó que con ese nuevo sistema monetario se rompen los paradigmas “del dólar depredador!!”, y se refirió a la compra aceite de soya a Bolivia mediante el Sucre, lo que convierte a las naciones en “libres económicamente”.
El pasado viernes 8, Venezuela y Bolivia cerraron la primera negociación pagada en Sucres. La transacción facturó en 4.241.680 sucres, y el pago correspondió a la compra de 5.000 toneladas cúbicas de aceite crudo de soya.
Aseveró que la nueva moneda es “liberadora en los económico y político... Viva la Independencia económica Latinoamericana. Es tiempo de los Pueblos!!”, expresó.
Chávez ainda vai conseguir -- aliás já está fazendo -- destruir completamente a economia da Venezuela, provocando desinvestimento, desabastecimento, fuga de capitais, inflação, câmbio negro, enfim, o cortejo de tragédias habituais que acontecem nos países dominados por dirigentes totalmente irresponsáveis no plano econômico, como sempre autoritários no plano político.
A chamada Rodésia do Sul, desde a independência Zimbabue, foi simplesmente convertida em economia moribunda pelo seu "líder", Roberto Mugabe.
Chávez parece seguir o mesmo caminho.
Pobre Venezuela.
Paulo Roberto de Almeida
Presidente Chávez calificó al Sucre como un sistema monetario liberador
(11.10.2010)
El presidente Hugo Chávez Frías calificó este lunes al Sistema Unitario de Compensación Regional (Sucre) como una nueva moneda liberadora en los planos económico y político.
Afirmó que con ese nuevo sistema monetario se rompen los paradigmas “del dólar depredador!!”, y se refirió a la compra aceite de soya a Bolivia mediante el Sucre, lo que convierte a las naciones en “libres económicamente”.
El pasado viernes 8, Venezuela y Bolivia cerraron la primera negociación pagada en Sucres. La transacción facturó en 4.241.680 sucres, y el pago correspondió a la compra de 5.000 toneladas cúbicas de aceite crudo de soya.
Aseveró que la nueva moneda es “liberadora en los económico y político... Viva la Independencia económica Latinoamericana. Es tiempo de los Pueblos!!”, expresó.
A questao do aborto: um artigo esclarecedor - Olavo de Carvalho
Independentemente do que se diga, ou se pense, do autor, notoriamente uma figura controversa no cenério político brasileiro, este artigo de sua lavra toca em todos os pontos fundamentais para uma discussão bem informada, e dotada de rigor lógico, sobre o assunto.
Paulo Roberto de Almeida
Lógica do abortismo
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 12.10.2010
O aborto só é uma questão moral porque ninguém conseguiu jamais provar, com certeza absoluta, que um feto é mera extensão do corpo da mãe ou um ser humano de pleno direito. A existência mesma da discussão interminável mostra que os argumentos de parte a parte soam inconvincentes a quem os ouve, se não também a quem os emite. Existe aí portanto uma dúvida legítima, que nenhuma resposta tem podido aplacar. Transposta ao plano das decisões práticas, essa dúvida transforma-se na escolha entre proibir ou autorizar um ato que tem cinqüenta por cento de chances de ser uma inocente operação cirúrgica como qualquer outra, ou de ser, em vez disso, um homicídio premeditado. Nessas condições, a única opção moralmente justificada é, com toda a evidência, abster-se de praticá-lo. À luz da razão, nenhum ser humano pode arrogar-se o direito de cometer livremente um ato que ele próprio não sabe dizer, com segurança, se é ou não um homicídio. Mais ainda: entre a prudência que evita correr o risco desse homicídio e a afoiteza que se apressa em cometê-lo em nome de tais ou quais benefícios sociais hipotéticos, o ônus da prova cabe, decerto, aos defensores da segunda alternativa. Jamais tendo havido um abortista capaz de provar com razões cabais a inumanidade dos fetos, seus adversários têm todo o direito, e até o dever indeclinável, de exigir que ele se abstenha de praticar uma ação cuja inocência é matéria de incerteza até para ele próprio.
Se esse argumento é evidente por si mesmo, é também manifesto que a quase totalidade dos abortistas opinantes hoje em dia não logra perceber o seu alcance, pela simples razão de que a opção pelo aborto supõe a incapacidade – ou, em certos casos, a má vontade criminosa – de apreender a noção de “espécie”. Espécie é um conjunto de traços comuns, inatos e inseparáveis, cuja presença enquadra um indivíduo, de uma vez para sempre, numa natureza que ele compartilha com outros tantos indivíduos. Pertencem à mesma espécie, eternamente, até mesmo os seus membros ainda não nascidos, inclusive os não gerados, que quando gerados e nascidos vierem a portar os mesmos traços comuns. Não é difícil compreender que os gatos do século XXIII, quando nascerem, serão gatos e não tomates.
A opção pelo abortismo exige, como condição prévia, a incapacidade ou recusa de apreender essa noção. Para o abortista, a condição de “ser humano” não é uma qualidade inata definidora dos membros da espécie, mas uma convenção que os já nascidos podem, a seu talante, aplicar ou deixar de aplicar aos que ainda não nasceram. Quem decide se o feto em gestação pertence ou não à humanidade é um consenso social, não a natureza das coisas.
O grau de confusão mental necessário para acreditar nessa idéia não é pequeno. Tanto que raramente os abortistas alegam de maneira clara e explícita essa premissa fundante dos seus argumentos. Em geral mantêm-na oculta, entre névoas (até para si próprios), porque pressentem que enunciá-la em voz alta seria desmascará-la, no ato, como presunção antropológica sem qualquer fundamento possível e, aliás, de aplicação catastrófica: se a condição de ser humano é uma convenção social, nada impede que uma convenção posterior a revogue, negando a humanidade de retardados mentais, de aleijados, de homossexuais, de negros, de judeus, de ciganos ou de quem quer que, segundo os caprichos do momento, pareça inconveniente.
Com toda a clareza que se poderia exigir, a opção pelo abortismo repousa no apelo irracional à inexistente autoridade de conferir ou negar, a quem bem se entenda, o estatuto de ser humano, de bicho, de coisa ou de pedaço de coisa.
Não espanta que pessoas capazes de tamanho barbarismo mental sejam também imunes a outras imposições da consciência moral comum, como por exemplo o dever que um político tem de prestar contas dos compromissos assumidos por ele ou por seu partido. É com insensibilidade moral verdadeiramente sociopática que o sr. Lula da Silva e sua querida Dona Dilma, após terem subscrito o programa de um partido que ama e venera o aborto ao ponto de expulsar quem se oponha a essa idéia, saem ostentando inocência de qualquer cumplicidade com a proposta abortista.
Seria tolice esperar coerência moral de indivíduos que não respeitam nem mesmo o compromisso de reconhecer que as demais pessoas humanas pertencem à mesma espécie deles por natureza e não por uma generosa – e altamente revogável -- concessão da sua parte.
Também não é de espantar que, na ânsia de impor sua vontade de poder, mintam como demônios. Vejam os números de mulheres supostamente vítimas anuais do aborto ilegal, que eles alegam para enaltecer as virtudes sociais imaginárias do aborto legalizado. Eram milhões, baixaram para milhares, depois viraram algumas centenas. Agora parece que fecharam negócio em 180, quando o próprio SUS já admitiu que não passam de oito ou nove. É claro: se você não apreende ou não respeita nem mesmo a distinção entre espécies, como não seria também indiferente à exatidão das quantidades? Uma deformidade mental traz a outra embutida.
Aristóteles aconselhava evitar o debate com adversários incapazes de reconhecer ou de obedecer as regras elementares da busca da verdade. Se algum abortista desejasse a verdade, teria de reconhecer que é incapaz de provar a inumanidade dos fetos e admitir que, no fundo, eles serem humanos ou não é coisa que não interfere, no mais mínimo que seja, na sua decisão de matá-los. Mas confessar isso seria exibir um crachá de sociopata. E sociopatas, por definição e fatalidade intrínseca, vivem de parecer que não o são.
Paulo Roberto de Almeida
Lógica do abortismo
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 12.10.2010
O aborto só é uma questão moral porque ninguém conseguiu jamais provar, com certeza absoluta, que um feto é mera extensão do corpo da mãe ou um ser humano de pleno direito. A existência mesma da discussão interminável mostra que os argumentos de parte a parte soam inconvincentes a quem os ouve, se não também a quem os emite. Existe aí portanto uma dúvida legítima, que nenhuma resposta tem podido aplacar. Transposta ao plano das decisões práticas, essa dúvida transforma-se na escolha entre proibir ou autorizar um ato que tem cinqüenta por cento de chances de ser uma inocente operação cirúrgica como qualquer outra, ou de ser, em vez disso, um homicídio premeditado. Nessas condições, a única opção moralmente justificada é, com toda a evidência, abster-se de praticá-lo. À luz da razão, nenhum ser humano pode arrogar-se o direito de cometer livremente um ato que ele próprio não sabe dizer, com segurança, se é ou não um homicídio. Mais ainda: entre a prudência que evita correr o risco desse homicídio e a afoiteza que se apressa em cometê-lo em nome de tais ou quais benefícios sociais hipotéticos, o ônus da prova cabe, decerto, aos defensores da segunda alternativa. Jamais tendo havido um abortista capaz de provar com razões cabais a inumanidade dos fetos, seus adversários têm todo o direito, e até o dever indeclinável, de exigir que ele se abstenha de praticar uma ação cuja inocência é matéria de incerteza até para ele próprio.
Se esse argumento é evidente por si mesmo, é também manifesto que a quase totalidade dos abortistas opinantes hoje em dia não logra perceber o seu alcance, pela simples razão de que a opção pelo aborto supõe a incapacidade – ou, em certos casos, a má vontade criminosa – de apreender a noção de “espécie”. Espécie é um conjunto de traços comuns, inatos e inseparáveis, cuja presença enquadra um indivíduo, de uma vez para sempre, numa natureza que ele compartilha com outros tantos indivíduos. Pertencem à mesma espécie, eternamente, até mesmo os seus membros ainda não nascidos, inclusive os não gerados, que quando gerados e nascidos vierem a portar os mesmos traços comuns. Não é difícil compreender que os gatos do século XXIII, quando nascerem, serão gatos e não tomates.
A opção pelo abortismo exige, como condição prévia, a incapacidade ou recusa de apreender essa noção. Para o abortista, a condição de “ser humano” não é uma qualidade inata definidora dos membros da espécie, mas uma convenção que os já nascidos podem, a seu talante, aplicar ou deixar de aplicar aos que ainda não nasceram. Quem decide se o feto em gestação pertence ou não à humanidade é um consenso social, não a natureza das coisas.
O grau de confusão mental necessário para acreditar nessa idéia não é pequeno. Tanto que raramente os abortistas alegam de maneira clara e explícita essa premissa fundante dos seus argumentos. Em geral mantêm-na oculta, entre névoas (até para si próprios), porque pressentem que enunciá-la em voz alta seria desmascará-la, no ato, como presunção antropológica sem qualquer fundamento possível e, aliás, de aplicação catastrófica: se a condição de ser humano é uma convenção social, nada impede que uma convenção posterior a revogue, negando a humanidade de retardados mentais, de aleijados, de homossexuais, de negros, de judeus, de ciganos ou de quem quer que, segundo os caprichos do momento, pareça inconveniente.
Com toda a clareza que se poderia exigir, a opção pelo abortismo repousa no apelo irracional à inexistente autoridade de conferir ou negar, a quem bem se entenda, o estatuto de ser humano, de bicho, de coisa ou de pedaço de coisa.
Não espanta que pessoas capazes de tamanho barbarismo mental sejam também imunes a outras imposições da consciência moral comum, como por exemplo o dever que um político tem de prestar contas dos compromissos assumidos por ele ou por seu partido. É com insensibilidade moral verdadeiramente sociopática que o sr. Lula da Silva e sua querida Dona Dilma, após terem subscrito o programa de um partido que ama e venera o aborto ao ponto de expulsar quem se oponha a essa idéia, saem ostentando inocência de qualquer cumplicidade com a proposta abortista.
Seria tolice esperar coerência moral de indivíduos que não respeitam nem mesmo o compromisso de reconhecer que as demais pessoas humanas pertencem à mesma espécie deles por natureza e não por uma generosa – e altamente revogável -- concessão da sua parte.
Também não é de espantar que, na ânsia de impor sua vontade de poder, mintam como demônios. Vejam os números de mulheres supostamente vítimas anuais do aborto ilegal, que eles alegam para enaltecer as virtudes sociais imaginárias do aborto legalizado. Eram milhões, baixaram para milhares, depois viraram algumas centenas. Agora parece que fecharam negócio em 180, quando o próprio SUS já admitiu que não passam de oito ou nove. É claro: se você não apreende ou não respeita nem mesmo a distinção entre espécies, como não seria também indiferente à exatidão das quantidades? Uma deformidade mental traz a outra embutida.
Aristóteles aconselhava evitar o debate com adversários incapazes de reconhecer ou de obedecer as regras elementares da busca da verdade. Se algum abortista desejasse a verdade, teria de reconhecer que é incapaz de provar a inumanidade dos fetos e admitir que, no fundo, eles serem humanos ou não é coisa que não interfere, no mais mínimo que seja, na sua decisão de matá-los. Mas confessar isso seria exibir um crachá de sociopata. E sociopatas, por definição e fatalidade intrínseca, vivem de parecer que não o são.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
"My" Economic Cold War: not so bad, anyway...
Now, an Economic Cold War: Old Realities, New Prospects
Paulo Roberto de Almeida *
Old Realities
The geopolitical Cold War is definitely closed, it seems. Besides “normal” political tensions and trade frictions between major powers, there are no more totally opposed conceptions about how to organize the world economically or politically. No one is saying something like “we’ll bury you”, as done in the past by a Soviet leader.
We are having now an economic Cold War, or sort of. Indeed, there is nothing capable of starting a full-scale confrontation among major powers. What we do have now are trade frictions and currency misalignments, over a post-crisis adjustment process. There is a dispute over how national economic policies should take into account their impacts over other countries’ economic situation. But, as Mark Twain could have argued, rumors about a global currency war are greatly exaggerated. We have not yet outlived the current financial crisis; this is just one among many others that affect dynamic markets since the beginnings of capitalism.
It is not entirely true that this crisis was created by the deregulation of the financial markets, although low regulation can indeed have facilitated the expansion of existing bubbles in some markets. The main culprit for the bubble, though, is the low level of interest rates established by central banks during too long a period. In the same manner, albeit in very different ways, that the old Lords of Finance of the Twenties created the crisis of the 1930s, by their action or inaction, the present crisis is the result of misguided policies by the new Lords of Finance.
It is also not true that this crisis is severe enough to justify a new Bretton Woods-like redrafting of the world economic order. Talks about a new financial architecture, or even about a redistribution of world economic and political power, are totally in contradiction with the more prosaic realities of our days. We are not at all in a post-major crisis arrangement, a sort of diplomatic complete reordering of the world after a cataclysmic seism, touching all and every major actor of the international scene. We are very far from that. Let’s look the precedents.
We are not in Wesphalia-1648. We are not in Vienna-1815. We are not in Paris or Versailles-1919. And we are not in Bretton-Woods-1944, or San Francisco-1945. We are not in any major re-founding of the international political and economic order. We simply are, nowadays, in the middle of our 1930s, trying to manage a big crisis by national responses, each one fitted to the specific circumstances of each country, and delinked from a major disaster affecting everyone and all countries.
To be more precise, we are somewhere between 1931 and 1933, still in the middle of a recession, but not in a depression. The level of unemployment is not as high as in 1933, and is probably in line with patterns of our days. World trade and financial flows are not as disrupted as in the 1930s, although economic liberalization regressed: we reverted to a light version of trade protectionism, without quotas.
This new economic Cold War arises from structural changes in the world economy, already on the move since the Eighties, when China started to flex its muscles again. At the same time, developing countries ceased to rely on national, inward-looking, projects for national development and opened themselves to foreign investment. Since then, the world economy has been transformed irrevocably.
But not everything, of course, has changed. The major decision-making institutions are still the same, with the same distribution of voting rights. IMF and World Bank are in the middle of their travails to find a new distribution of quotas. The collective voting power of China, India and Brazil is 20% less than that of Belgium, Netherlands and Italy, despite the fact that the joint GDP of the former countries is four times greater the size of their European counterparts; they have a population 29 times greater. Those are the reasons for this new economic Cold War.
How to manage those new realities in the economic realm, having as political leverages the same old structures of the decision-making process? That’s a tricky question, with no clear answer to the dilemma. To manage the world economy is a pretension that even the old G7 never reached to attain in its glorious days. Developed countries controlled then a big proportion of the world’s GDP, trade and financial flows. But they were never capable of coordinating their macroeconomic policies among themselves; never mind establishing rules and goals for the rest of the world.
Nowadays, with a painful free-fall in advanced economies, it is difficult to see what could be done to restore growth rates from their stagnating levels. Besides the cyclical problems affecting major economies, with the possible exception of China, India and a few other countries, we still have global challenges ahead, like poverty in less developed countries, decisions to be made regarding environmental matters, human rights violations in non-democratic countries, and many other relevant issues.
One single strategy would be the establishing of just one big goal for the world community: that has to be the promotion of global development, not exactly through assistance (the traditional Official Development Assistance), but primarily through real trade liberalization, especially in the farm sector, the only real possibility for the less-developed countries to become integrated into the world economy. The United States and European Union have a main responsibility in this domain.
It is highly unlikely that consensual proposals concerning global development could be arising from such a large body as the financial G20, too heterogeneous to be able to reach common positions. Perhaps, the best hope would be to have an evolution from the current G8 to a new G13. That means joining the leaders of the G8 together with five other big countries, namely Brazil, China, India, South Africa, and, either Indonesia or Mexico. Experience shows that small, informal bodies are more likely to deliver something meaningful than large institutionalized groups that get involved in bureaucratic foot-dragging and political entanglements.
New Prospects
What is to be done? The biggest problem in this approach of a G20-minus is acquiring the legitimacy that is involved in the act of speaking for the whole world community from the starting point of only 13 countries. To solve this quandary implies that the political leaders of these 13 countries would have to find a terrain of reciprocal confidence between them that has to be compatible with the representation at large they would be pretending to have from the whole community of nations.
Finding common grounds is a hard task to achieve. It will quite difficult to attain a perfect coordination of agendas between the big advanced and emerging countries and, together, among them and the international institutions. The world is simply not as globalized as required to attain this kind of interaction. Disparities of interests, differences of levels of development, imbalances between countries, many factors collude to render almost impossible this exercise of coordination.
A modest approach could be a more frequent interaction – once a year – between the leaders of the new G13. Sherpas of a special quality, meeting twice a year, could then be mobilized to discuss trade matters, environmental affairs, human rights protection, UN peace-keeping missions and the like, with specific mandates from their political leaders. But, don’t look at the UN for the organization of their agenda. It is difficult to implement anything through the UN, a too large and chaotic a body. Better to rely of the coordination of agendas of the three more important agencies for globalization: IMF, World Bank and WTO.
The main task of the “new sherpas” is to look for international economic coordination around relevant issues for the global community. A possible suggestion would be to try to establish a “global new deal”, exchanging extensive protection to investments and to proprietary riches (patents and the like), as well as other good microeconomic conditions for productive activity, from the side of developing countries (the recipients of FDI), against extensive licensing and effective investments and trade liberalization by rich countries and investors alike. This kind of deal, by extending property rights for the rich, could entail the strengthening of trade, financial and investment flows to the poor, giving a pretty little boost to globalization.
Traditional assistance for development, because it is ineffective, should be replaced, essentially, by a focus on educational improvements, that is, an extensive program for human resources qualification. Assistance as such should be limited to the implementation of a consistent program for eradicating most of infectious diseases in African countries and in some other developing countries. The main reason for the persistence of poverty in those countries is not the lack of resources, but the absence of governance and their non-integration into the world economy through trade links.
Assuming that the questions of democratic governance and human rights protection can be a conundrum for countries like China, or perhaps even Russia, the main target for the agenda of the new G13 could be the adoption of high standards for public governance in the technical meaning of this expression. It is a little too early to make democratic governance and respect for the human rights the decisive criteria for bilateral and-or multilateral cooperation. But these should be the ultimate goals of any kind of new global governance.
* Paulo Roberto de Almeida
Brazilian Diplomat, International Political Economy; Professor at University Center of Brasilia (Uniceub); (www.pralmeida.org)
[Shanghai, October 12, 2010]
Paulo Roberto de Almeida *
Old Realities
The geopolitical Cold War is definitely closed, it seems. Besides “normal” political tensions and trade frictions between major powers, there are no more totally opposed conceptions about how to organize the world economically or politically. No one is saying something like “we’ll bury you”, as done in the past by a Soviet leader.
We are having now an economic Cold War, or sort of. Indeed, there is nothing capable of starting a full-scale confrontation among major powers. What we do have now are trade frictions and currency misalignments, over a post-crisis adjustment process. There is a dispute over how national economic policies should take into account their impacts over other countries’ economic situation. But, as Mark Twain could have argued, rumors about a global currency war are greatly exaggerated. We have not yet outlived the current financial crisis; this is just one among many others that affect dynamic markets since the beginnings of capitalism.
It is not entirely true that this crisis was created by the deregulation of the financial markets, although low regulation can indeed have facilitated the expansion of existing bubbles in some markets. The main culprit for the bubble, though, is the low level of interest rates established by central banks during too long a period. In the same manner, albeit in very different ways, that the old Lords of Finance of the Twenties created the crisis of the 1930s, by their action or inaction, the present crisis is the result of misguided policies by the new Lords of Finance.
It is also not true that this crisis is severe enough to justify a new Bretton Woods-like redrafting of the world economic order. Talks about a new financial architecture, or even about a redistribution of world economic and political power, are totally in contradiction with the more prosaic realities of our days. We are not at all in a post-major crisis arrangement, a sort of diplomatic complete reordering of the world after a cataclysmic seism, touching all and every major actor of the international scene. We are very far from that. Let’s look the precedents.
We are not in Wesphalia-1648. We are not in Vienna-1815. We are not in Paris or Versailles-1919. And we are not in Bretton-Woods-1944, or San Francisco-1945. We are not in any major re-founding of the international political and economic order. We simply are, nowadays, in the middle of our 1930s, trying to manage a big crisis by national responses, each one fitted to the specific circumstances of each country, and delinked from a major disaster affecting everyone and all countries.
To be more precise, we are somewhere between 1931 and 1933, still in the middle of a recession, but not in a depression. The level of unemployment is not as high as in 1933, and is probably in line with patterns of our days. World trade and financial flows are not as disrupted as in the 1930s, although economic liberalization regressed: we reverted to a light version of trade protectionism, without quotas.
This new economic Cold War arises from structural changes in the world economy, already on the move since the Eighties, when China started to flex its muscles again. At the same time, developing countries ceased to rely on national, inward-looking, projects for national development and opened themselves to foreign investment. Since then, the world economy has been transformed irrevocably.
But not everything, of course, has changed. The major decision-making institutions are still the same, with the same distribution of voting rights. IMF and World Bank are in the middle of their travails to find a new distribution of quotas. The collective voting power of China, India and Brazil is 20% less than that of Belgium, Netherlands and Italy, despite the fact that the joint GDP of the former countries is four times greater the size of their European counterparts; they have a population 29 times greater. Those are the reasons for this new economic Cold War.
How to manage those new realities in the economic realm, having as political leverages the same old structures of the decision-making process? That’s a tricky question, with no clear answer to the dilemma. To manage the world economy is a pretension that even the old G7 never reached to attain in its glorious days. Developed countries controlled then a big proportion of the world’s GDP, trade and financial flows. But they were never capable of coordinating their macroeconomic policies among themselves; never mind establishing rules and goals for the rest of the world.
Nowadays, with a painful free-fall in advanced economies, it is difficult to see what could be done to restore growth rates from their stagnating levels. Besides the cyclical problems affecting major economies, with the possible exception of China, India and a few other countries, we still have global challenges ahead, like poverty in less developed countries, decisions to be made regarding environmental matters, human rights violations in non-democratic countries, and many other relevant issues.
One single strategy would be the establishing of just one big goal for the world community: that has to be the promotion of global development, not exactly through assistance (the traditional Official Development Assistance), but primarily through real trade liberalization, especially in the farm sector, the only real possibility for the less-developed countries to become integrated into the world economy. The United States and European Union have a main responsibility in this domain.
It is highly unlikely that consensual proposals concerning global development could be arising from such a large body as the financial G20, too heterogeneous to be able to reach common positions. Perhaps, the best hope would be to have an evolution from the current G8 to a new G13. That means joining the leaders of the G8 together with five other big countries, namely Brazil, China, India, South Africa, and, either Indonesia or Mexico. Experience shows that small, informal bodies are more likely to deliver something meaningful than large institutionalized groups that get involved in bureaucratic foot-dragging and political entanglements.
New Prospects
What is to be done? The biggest problem in this approach of a G20-minus is acquiring the legitimacy that is involved in the act of speaking for the whole world community from the starting point of only 13 countries. To solve this quandary implies that the political leaders of these 13 countries would have to find a terrain of reciprocal confidence between them that has to be compatible with the representation at large they would be pretending to have from the whole community of nations.
Finding common grounds is a hard task to achieve. It will quite difficult to attain a perfect coordination of agendas between the big advanced and emerging countries and, together, among them and the international institutions. The world is simply not as globalized as required to attain this kind of interaction. Disparities of interests, differences of levels of development, imbalances between countries, many factors collude to render almost impossible this exercise of coordination.
A modest approach could be a more frequent interaction – once a year – between the leaders of the new G13. Sherpas of a special quality, meeting twice a year, could then be mobilized to discuss trade matters, environmental affairs, human rights protection, UN peace-keeping missions and the like, with specific mandates from their political leaders. But, don’t look at the UN for the organization of their agenda. It is difficult to implement anything through the UN, a too large and chaotic a body. Better to rely of the coordination of agendas of the three more important agencies for globalization: IMF, World Bank and WTO.
The main task of the “new sherpas” is to look for international economic coordination around relevant issues for the global community. A possible suggestion would be to try to establish a “global new deal”, exchanging extensive protection to investments and to proprietary riches (patents and the like), as well as other good microeconomic conditions for productive activity, from the side of developing countries (the recipients of FDI), against extensive licensing and effective investments and trade liberalization by rich countries and investors alike. This kind of deal, by extending property rights for the rich, could entail the strengthening of trade, financial and investment flows to the poor, giving a pretty little boost to globalization.
Traditional assistance for development, because it is ineffective, should be replaced, essentially, by a focus on educational improvements, that is, an extensive program for human resources qualification. Assistance as such should be limited to the implementation of a consistent program for eradicating most of infectious diseases in African countries and in some other developing countries. The main reason for the persistence of poverty in those countries is not the lack of resources, but the absence of governance and their non-integration into the world economy through trade links.
Assuming that the questions of democratic governance and human rights protection can be a conundrum for countries like China, or perhaps even Russia, the main target for the agenda of the new G13 could be the adoption of high standards for public governance in the technical meaning of this expression. It is a little too early to make democratic governance and respect for the human rights the decisive criteria for bilateral and-or multilateral cooperation. But these should be the ultimate goals of any kind of new global governance.
* Paulo Roberto de Almeida
Brazilian Diplomat, International Political Economy; Professor at University Center of Brasilia (Uniceub); (www.pralmeida.org)
[Shanghai, October 12, 2010]
Economic Cold War: Warnings of Currency Conflict
As Mark Twain could argue, rumors about a global currency war are greatly exaggerated.
Paulo Roberto de Almeida
Economist Raghuram Rajan Warns of Currency Conflict
Der Spiegel, October 12, 2010
In a SPIEGEL interview, renowned Chicago-based economist Raghuram Rajan discusses the dangers of a global currency war, the risks of persistently low interest rates and the growing income and wealth inequality in the United States
http://www.spiegel.de/international/business/0,1518,722520,00.html#ref=nlint
Paulo Roberto de Almeida
Economist Raghuram Rajan Warns of Currency Conflict
Der Spiegel, October 12, 2010
In a SPIEGEL interview, renowned Chicago-based economist Raghuram Rajan discusses the dangers of a global currency war, the risks of persistently low interest rates and the growing income and wealth inequality in the United States
http://www.spiegel.de/international/business/0,1518,722520,00.html#ref=nlint
Brasilianistas: uma lista de obras "classicas"
Percorrendo agora "velhas" páginas de trabalhos publicados e livros editados, deparei-me com a página de um livro que editei em 2001, sobre os brasilianistas, cujo sumário segue abaixo.
Fiz uma página especial para ele, neste link.
Também linkei a reportagem da revista VEJA sobre o livro, neste link.
Mas, o mais interessante (e eu havia completamente esquecido) é que eu tinha mandado para a Veja uma relação de obras importantes dos brasilianistas, que está linkada na matéria da Veja, mas não imediatamente disponível em minha página.
Creio que vale conferir (sabendo que é um levantemento de quase dez anos atrás):
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/010502/brasilianismo.html
O Brasil dos Brasilianistas: um guia dos estudos sobre o Brasil nos Estados Unidos, 1945-2000
Paulo Roberto de Almeida, Marshall C. Eakin e Rubens Antonio Barbosa (editores)
(São Paulo: Editora Paz e Terra, 2002, ISBN: 85-219-0441-X)
Sumário:
Perfil dos autores
Apresentação: Os estudos brasileiros nos Estados Unidos: um projeto em desenvolvimento - Rubens Antonio Barbosa
1. Introdução: Uma certa idéia do Brasil: as afinidades eletivas dos brasilianistas - Marshall C. Eakin e Paulo Roberto de Almeida
Primeira Parte
Desenvolvimento geral dos estudos brasileiros nos Estados Unidos
2. Tendências e perspectivas dos estudos brasileiros nos Estados Unidos, 1945-2000 - Paulo Roberto de Almeida
3. Pesquisa: fontes e materiais de arquivos, instituições relevantes, abordagens - Robert M. Levine
4. Ensinando o Brasil: uma revisão dos programas sobre o Brasil nos Estados Unidos - Theodore R. Young
Segunda Parte
Pesquisa disciplinar e produção seletiva publicada, 1945-2000
5. Língua portuguesa e estudos brasileiros - Carmen Chaves Tesser
6. Literatura e cultura - K. David Jackson
7. Artes e Música - Jose Neistein
8. História - Judy Bieber
9. Antropologia - Janet Chernela
10. Economia - Werner Baer
11. Ciências Sociais - Marshall C. Eakin
12. Relações internacionais - Scott D. Tollefson
13. Geografia - Cyrus B. Dawsey III
14. Brasiliana nos Estados Unidos: referências e fontes documentais - Ann Hartness
Terceira Parte
Informação sobre a produção acadêmica brasilianista, 1945-2001
15. Uma cronologia das relações Brasil-EUA e da produção acadêmica, 1945-2001 - Paulo Roberto de Almeida
16. A contribuição britânica ao brasilianismo acadêmico - Leslie Bethell
17. Desenvolvimento comparado do estudo do Brasil nos Estados Unidos e na França - Edward A. Riedinger
18. Bibliografia seletiva - Paulo Roberto de Almeida
Apêndices:
Informação sobre outros colaboradores
Fiz uma página especial para ele, neste link.
Também linkei a reportagem da revista VEJA sobre o livro, neste link.
Mas, o mais interessante (e eu havia completamente esquecido) é que eu tinha mandado para a Veja uma relação de obras importantes dos brasilianistas, que está linkada na matéria da Veja, mas não imediatamente disponível em minha página.
Creio que vale conferir (sabendo que é um levantemento de quase dez anos atrás):
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/010502/brasilianismo.html
O Brasil dos Brasilianistas: um guia dos estudos sobre o Brasil nos Estados Unidos, 1945-2000
Paulo Roberto de Almeida, Marshall C. Eakin e Rubens Antonio Barbosa (editores)
(São Paulo: Editora Paz e Terra, 2002, ISBN: 85-219-0441-X)
Sumário:
Perfil dos autores
Apresentação: Os estudos brasileiros nos Estados Unidos: um projeto em desenvolvimento - Rubens Antonio Barbosa
1. Introdução: Uma certa idéia do Brasil: as afinidades eletivas dos brasilianistas - Marshall C. Eakin e Paulo Roberto de Almeida
Primeira Parte
Desenvolvimento geral dos estudos brasileiros nos Estados Unidos
2. Tendências e perspectivas dos estudos brasileiros nos Estados Unidos, 1945-2000 - Paulo Roberto de Almeida
3. Pesquisa: fontes e materiais de arquivos, instituições relevantes, abordagens - Robert M. Levine
4. Ensinando o Brasil: uma revisão dos programas sobre o Brasil nos Estados Unidos - Theodore R. Young
Segunda Parte
Pesquisa disciplinar e produção seletiva publicada, 1945-2000
5. Língua portuguesa e estudos brasileiros - Carmen Chaves Tesser
6. Literatura e cultura - K. David Jackson
7. Artes e Música - Jose Neistein
8. História - Judy Bieber
9. Antropologia - Janet Chernela
10. Economia - Werner Baer
11. Ciências Sociais - Marshall C. Eakin
12. Relações internacionais - Scott D. Tollefson
13. Geografia - Cyrus B. Dawsey III
14. Brasiliana nos Estados Unidos: referências e fontes documentais - Ann Hartness
Terceira Parte
Informação sobre a produção acadêmica brasilianista, 1945-2001
15. Uma cronologia das relações Brasil-EUA e da produção acadêmica, 1945-2001 - Paulo Roberto de Almeida
16. A contribuição britânica ao brasilianismo acadêmico - Leslie Bethell
17. Desenvolvimento comparado do estudo do Brasil nos Estados Unidos e na França - Edward A. Riedinger
18. Bibliografia seletiva - Paulo Roberto de Almeida
Apêndices:
Informação sobre outros colaboradores
AOS HISTORIADORES: Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil
Tenho o prazer de informar aos historiadores, aos pesquisadores das relações internacionais do Brasil e aos interessados nas relações bilaterais Brasil-Estados Unidos que terminei de revisar a última versão deste Guia, elaborado quase dez anos atrás, e que ficou aguardando que o Itamaraty se decidisse pela sua publiação:
Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil: Coleções documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos
(Shanghai, 12 outubro 2010, 231 p.)
Revisão completa do trabalho n. 1125 (Washington, 28 set. 2003, 247 pp.), este, por sua vez, versão corrigida do trabalho n. 966 (Washington, 11 out. 2002, 226 p.), que tinha sido circulado entre especialistas e pesquisadores, em seminário de estudos brasileiros em Washington; longo processo de negociação com editoras interessadas em edição, agora a cargo da Funag-MRE. Em fase de revisão. Relação de originais n. 2200.
Transcrevo abaixo o Índice desse volume:
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS 13
APRESENTAÇÃO AO VOLUME 15
APRESENTAÇÃO GERAL DO PROJETO RESGATE 23
Esther Caldas Bertoletti, Biblioteca Nacional - IHGB
PREFÁCIO 29
Embaixador Rubens Antonio Barbosa
INTRODUÇÃO
Paulo Roberto de Almeida e Francisco Rogido Fins 31
1. NATIONAL ARCHIVES AND RECORDS ADMINISTRATION 51
1.1. Informações gerais 52
1.2. Principais Record Groups relacionados com o Brasil 56
1.2.1. RG 39 – Department of Treasury, Bureau of Accounts 56
1.2.2. RG 40 – Department of Commerce 56
1.2.3. RG 43 – International Conferences, Commissions and Expositions 56
1.2.4. RG 59 – Department of State 57
1.2.5. RG 63 – Committee on Public Information 57
1.2.6. RG 65 – Federal Bureau of Investigation 57
1.2.7. RG 84 – Foreign Service Posts of the Department of State 57
1.2.8. RG 90 – Public Health Service 58
1.2.9. RG 122 – Federal Trade Commission 58
1.2.10. RG 166 – Foreign Agricultural Service 58
1.2.11. RG 169 – Foreign Economic Administration 58
1.2.12. RG 229 – Office of Inter-American Affairs 58
1.2.13. RG 263 – Central Intelligence Agency 58
1.2.14. RG 275 – Export-Import Bank of the United States 59
1.2.15. RG 333 – International Military Agencies 59
1.3. Materiais referentes ao Brasil 59
1.3.1. Disponíveis no Brasil 59
1.3.2. Disponíveis nos EUA 61
2. BIBLIOTECAS PRESIDENCIAIS 65
Materiais históricos doados 66
Arquivos presidenciais 66
Materiais históricos presidenciais da Administração Nixon 67
2.1. Herbert Hoover Library 68
2.1.1. Informações gerais 68
2.1.2. Materiais referentes ao Brasil 69
2.2. Franklin D. Roosevelt Library 71
2.2.1. Informações gerais 71
2.2.2. Materiais referentes ao Brasil 73
2.3. Harry Truman Library 76
2.3.1. Informações gerais 76
2.3.2. Materiais referentes ao Brasil 77
2.4. Dwight D. Eisenhower Library 79
2.4.1. Informações gerais 79
2.4.2. Materiais referentes ao Brasil 80
2.5. John F. Kennedy Library 85
2.5.1. Informações gerais 85
2.5.2. Materiais referentes ao Brasil 85
2.6. Lyndon B. Johnson Library 89
2.6.1. Informações gerais 89
2.6.2. Materiais referentes ao Brasil 89
2.7. Nixon Presidential Materials Staff 97
2.7.1. Informações gerais 97
2.7.2. Materiais referentes ao Brasil 98
2.8. Gerald R. Ford Library and Museum 99
2.8.1. Informações gerais 99
2.8.2. Materiais referentes ao Brasil 100
2.9. Jimmy Carter Library 104
2.9.1. Informações gerais 104
2.9.2. Materiais referentes ao Brasil 105
2.10. Ronald Regan Library 107
2.10.1. Informações gerais 107
2.10.2. Materiais referentes ao Brasil 107
2.11. George Bush Library 112
2.11.1. Informações gerais 112
2.11.2. Materiais referentes ao Brasil 113
2.12. William J. Clinton Presidential Library and Museum 117
2.12.1. Informações gerais 117
2.12.2. Materiais referentes ao Brasil 118
2.13. George W. Bush Presidential Library 119
2.13.1. Informações gerais 119
2.13.2. Materiais referentes ao Brasil 119
3. OUTRAS BIBLIOTECAS E INSTITUIÇÕES 121
3.1. Library of Congress – Washington, DC 122
3.1.1. Informações gerais 123
3.1.2. Materiais referentes ao Brasil 124
3.2. Oliveira Lima Library – Washington, DC 133
3.2.1. Informações gerais 134
3.2.2. Materiais referentes ao Brasil 135
3.3. Benson Latin American Collection – Austin, TX 138
3.3.1. Informações gerais 139
3.3.2. Materiais referentes ao Brasil 139
3.4. John Carter Brown Library – Providence, RI 141
3.4.1. Informações gerais 141
3.4.2. Materiais referentes ao Brasil 142
3.5. Columbus Memorial Library – Washington, DC 145
3.5.1. Informações gerais 145
3.5.2. Materiais referentes ao Brasil 146
3.6. Yale University – New Haven, CT 147
3.6.1. Informações gerais 147
3.6.2. Materiais referentes ao Brasil 148
3.7. Howard-Tilton Memorial Library – New Orleans, LA 150
3.7.1. Informações gerais 150
3.7.2. Materiais referentes ao Brasil 151
3.8. Joseph Mark Lauinger Library – Washington, DC 152
3.8.1. Informações gerais 152
3.8.2. Materiais referentes ao Brasil 153
3.9. Newberry Library – Chicago, IL 154
3.9.1. Informações gerais 154
3.9.2. Materiais referentes ao Brasil 155
3.10. Smithsonian Institution – Washington, DC 156
3.10.1. Informações gerais 156
3.10.2. Materiais referentes ao Brasil 157
3.11. New York Public Library – New York, NY 166
3.11.1. Informações gerais 166
3.11.2. Materiais referentes ao Brasil 167
3.12. National Security Archive – Washington, DC 168
3.12.1. Informações gerais 168
3.12.2. Materiais referentes ao Brasil 169
3.13. Center for Research Libraries - Latin American Microform Project 170
3.13.1. Informações gerais 170
3.13.2. Materiais referentes ao Brasil 171
4. APÊNDICES 173
4.1. RG 59 – General Records of the Department of State 175
4.1.1. Microfilmes disponíveis no Brasil 175
4.1.2. Microfilmes disponíveis nos EUA 202
4.2. RG 263 – Central Intelligence Agency 210
4.3. Chefes de Missão dos Estados Unidos no Brasil, 1825-2010 216
4.4. Chefes de Missão do Brasil nos Estados Unidos, 1824-2010 218
4.5. Modelo de carta para recurso ao FOIA 220
4.6. Recursos para pesquisa online 221
4.7. Feriados nacionais nos Estados Unidos 222
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 223
NOTAS SOBRE OS ORGANIZADORES 229
Link para download desta versão para editoração, que poderá ser imediatamente consultado pelos Interessados.
Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil: Coleções documentais sobre o Brasil nos Estados Unidos
(Shanghai, 12 outubro 2010, 231 p.)
Revisão completa do trabalho n. 1125 (Washington, 28 set. 2003, 247 pp.), este, por sua vez, versão corrigida do trabalho n. 966 (Washington, 11 out. 2002, 226 p.), que tinha sido circulado entre especialistas e pesquisadores, em seminário de estudos brasileiros em Washington; longo processo de negociação com editoras interessadas em edição, agora a cargo da Funag-MRE. Em fase de revisão. Relação de originais n. 2200.
Transcrevo abaixo o Índice desse volume:
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS 13
APRESENTAÇÃO AO VOLUME 15
APRESENTAÇÃO GERAL DO PROJETO RESGATE 23
Esther Caldas Bertoletti, Biblioteca Nacional - IHGB
PREFÁCIO 29
Embaixador Rubens Antonio Barbosa
INTRODUÇÃO
Paulo Roberto de Almeida e Francisco Rogido Fins 31
1. NATIONAL ARCHIVES AND RECORDS ADMINISTRATION 51
1.1. Informações gerais 52
1.2. Principais Record Groups relacionados com o Brasil 56
1.2.1. RG 39 – Department of Treasury, Bureau of Accounts 56
1.2.2. RG 40 – Department of Commerce 56
1.2.3. RG 43 – International Conferences, Commissions and Expositions 56
1.2.4. RG 59 – Department of State 57
1.2.5. RG 63 – Committee on Public Information 57
1.2.6. RG 65 – Federal Bureau of Investigation 57
1.2.7. RG 84 – Foreign Service Posts of the Department of State 57
1.2.8. RG 90 – Public Health Service 58
1.2.9. RG 122 – Federal Trade Commission 58
1.2.10. RG 166 – Foreign Agricultural Service 58
1.2.11. RG 169 – Foreign Economic Administration 58
1.2.12. RG 229 – Office of Inter-American Affairs 58
1.2.13. RG 263 – Central Intelligence Agency 58
1.2.14. RG 275 – Export-Import Bank of the United States 59
1.2.15. RG 333 – International Military Agencies 59
1.3. Materiais referentes ao Brasil 59
1.3.1. Disponíveis no Brasil 59
1.3.2. Disponíveis nos EUA 61
2. BIBLIOTECAS PRESIDENCIAIS 65
Materiais históricos doados 66
Arquivos presidenciais 66
Materiais históricos presidenciais da Administração Nixon 67
2.1. Herbert Hoover Library 68
2.1.1. Informações gerais 68
2.1.2. Materiais referentes ao Brasil 69
2.2. Franklin D. Roosevelt Library 71
2.2.1. Informações gerais 71
2.2.2. Materiais referentes ao Brasil 73
2.3. Harry Truman Library 76
2.3.1. Informações gerais 76
2.3.2. Materiais referentes ao Brasil 77
2.4. Dwight D. Eisenhower Library 79
2.4.1. Informações gerais 79
2.4.2. Materiais referentes ao Brasil 80
2.5. John F. Kennedy Library 85
2.5.1. Informações gerais 85
2.5.2. Materiais referentes ao Brasil 85
2.6. Lyndon B. Johnson Library 89
2.6.1. Informações gerais 89
2.6.2. Materiais referentes ao Brasil 89
2.7. Nixon Presidential Materials Staff 97
2.7.1. Informações gerais 97
2.7.2. Materiais referentes ao Brasil 98
2.8. Gerald R. Ford Library and Museum 99
2.8.1. Informações gerais 99
2.8.2. Materiais referentes ao Brasil 100
2.9. Jimmy Carter Library 104
2.9.1. Informações gerais 104
2.9.2. Materiais referentes ao Brasil 105
2.10. Ronald Regan Library 107
2.10.1. Informações gerais 107
2.10.2. Materiais referentes ao Brasil 107
2.11. George Bush Library 112
2.11.1. Informações gerais 112
2.11.2. Materiais referentes ao Brasil 113
2.12. William J. Clinton Presidential Library and Museum 117
2.12.1. Informações gerais 117
2.12.2. Materiais referentes ao Brasil 118
2.13. George W. Bush Presidential Library 119
2.13.1. Informações gerais 119
2.13.2. Materiais referentes ao Brasil 119
3. OUTRAS BIBLIOTECAS E INSTITUIÇÕES 121
3.1. Library of Congress – Washington, DC 122
3.1.1. Informações gerais 123
3.1.2. Materiais referentes ao Brasil 124
3.2. Oliveira Lima Library – Washington, DC 133
3.2.1. Informações gerais 134
3.2.2. Materiais referentes ao Brasil 135
3.3. Benson Latin American Collection – Austin, TX 138
3.3.1. Informações gerais 139
3.3.2. Materiais referentes ao Brasil 139
3.4. John Carter Brown Library – Providence, RI 141
3.4.1. Informações gerais 141
3.4.2. Materiais referentes ao Brasil 142
3.5. Columbus Memorial Library – Washington, DC 145
3.5.1. Informações gerais 145
3.5.2. Materiais referentes ao Brasil 146
3.6. Yale University – New Haven, CT 147
3.6.1. Informações gerais 147
3.6.2. Materiais referentes ao Brasil 148
3.7. Howard-Tilton Memorial Library – New Orleans, LA 150
3.7.1. Informações gerais 150
3.7.2. Materiais referentes ao Brasil 151
3.8. Joseph Mark Lauinger Library – Washington, DC 152
3.8.1. Informações gerais 152
3.8.2. Materiais referentes ao Brasil 153
3.9. Newberry Library – Chicago, IL 154
3.9.1. Informações gerais 154
3.9.2. Materiais referentes ao Brasil 155
3.10. Smithsonian Institution – Washington, DC 156
3.10.1. Informações gerais 156
3.10.2. Materiais referentes ao Brasil 157
3.11. New York Public Library – New York, NY 166
3.11.1. Informações gerais 166
3.11.2. Materiais referentes ao Brasil 167
3.12. National Security Archive – Washington, DC 168
3.12.1. Informações gerais 168
3.12.2. Materiais referentes ao Brasil 169
3.13. Center for Research Libraries - Latin American Microform Project 170
3.13.1. Informações gerais 170
3.13.2. Materiais referentes ao Brasil 171
4. APÊNDICES 173
4.1. RG 59 – General Records of the Department of State 175
4.1.1. Microfilmes disponíveis no Brasil 175
4.1.2. Microfilmes disponíveis nos EUA 202
4.2. RG 263 – Central Intelligence Agency 210
4.3. Chefes de Missão dos Estados Unidos no Brasil, 1825-2010 216
4.4. Chefes de Missão do Brasil nos Estados Unidos, 1824-2010 218
4.5. Modelo de carta para recurso ao FOIA 220
4.6. Recursos para pesquisa online 221
4.7. Feriados nacionais nos Estados Unidos 222
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 223
NOTAS SOBRE OS ORGANIZADORES 229
Link para download desta versão para editoração, que poderá ser imediatamente consultado pelos Interessados.
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Liberando um artigo que passou um ano no limbo: Mercosul e União Europeia: a longa marcha da cooperação à associação Recebo, em 19/12/2025,...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Homeric Epithets: Famous Titles From 'The Iliad' & 'The Odyssey' Word Genius, Tuesday, November 16, 2021 https://www.w...
-
Textos sobre guerra e paz, numa perspectiva histórica e comparativa Paulo Roberto de Almeida 5136. “A Paz como Projeto e Potência”, Brasília...
-
Sobre isto: A presidente Dilma Rousseff empossou nesta quarta-feira, em Brasília, os sete integrantes da Comissão Nacional da Verdade, gr...
-
Minha preparação prévia a um seminário sobre a ordem global, na UnB: 5152. “ A desordem mundial gerada por dois impérios, contemplados por...
-
Documentos extremamente relevantes sobre a queda do muti de Berlim, o processo de unificação da Alemanha e as garantias que os então estadi...
-
The world in 2026: ten issues that will shape the international agenda - Nota Internacional (CIDOB) Hi Paulo Roberto, Today, CIDOB’s newslet...
-
I will tell you about the Ukrainian flag today Yaroslava When did the story begin? The blue and yellow flag appeared in the mid-19th cen...