quarta-feira, 20 de julho de 2011

Republica Mafiosa do Brasil: os metodos de certo partido...

Ou Republica Federativa da Corrupção...
Vocês escolhem o nome mais apropriado para designar o sistema único de corrupção sistêmica, generalizada, extensiva, abrangente, industrial, organizada, desavergonhada e persistente.
Eu teria muitas outras expressões para caracterizar o que representa hoje o sistema de governança absolutamente deletéria que impera no Brasil, em que criminosos estão organizados para assaltar de forma permanente os recursos públicos através do controle que exercem sobre mecanismos do poder.
Não tenho tempo, nem estômago aliás, para explorar todos os meandros, formas e ferramentas da corrupção geral e amplamente disseminada que tomou conta do Brasil.
Só posso me horrorizar, mas não deixo de pensar sobre como isso se tornou possível.
Acho que o texto abaixo, que transcrevo do blog de conhecido jornalista, ajuda a compreender como chegamos a esse estado lamentável de corrupção mafiosa na política brasileira.
Paulo Roberto de Almeida

Como o PT e Lula se tornaram os principais beneficiários de um dos regimes mais corruptos do mundo. Ou: É preciso cortar a cabeça da Górgona
Reinaldo Azevedo, 19/07/2011

Estão dispostos a encarar? Longo, mas, modéstia às favas, acho que bastante bom. Avaliem.
*
A corrupção no poder não é um problema exclusivamente brasileiro; aqui, no entanto, as coisas estão saindo do, vá lá, razoável. Sim, há certa razoabilidade até no mundo da bandalheira. Quem tem uma posição de mando está permanentemente ameaçado pela tentação de contemplar os próprios interesses. Resistir é uma questão de caráter. É preciso trabalhar com pessoas decentes, pois. Mas, nas democracias organizadas mundo afora, confia-se menos nos homens do que nas instituições; são estas que controlam aqueles, não o contrário. No que diz respeito à coisa pública, é preciso diminuir o espaço do arbítrio, da escolha pessoal, em benefício de um padrão que interessa à coletividade. No Brasil, estamos fazendo o contrário: a cada dia, diminui a margem de escolha dos indivíduos privados, e aumenta o arbítrio do estado. É o modo petista de governar. É claro que isso não daria em boa coisa. Convenham: nós, os ditos “conservadores” — “reacionários” para alguns —, estamos denunciando essa inversão de valores faz tempo.

A forma como o poder está organizado no Brasil facilita a ação dos larápios. Há um elemento de raiz nessa história. O regime saído da Constituição de 1988 foi desenhado para o parlamentarismo até a 24ª hora; na 25ª, pariu-se o presidencialismo, e veio à luz um regime híbrido, de modo que o chefe do Executivo fica de mãos atadas sem a maioria no Congresso, e o Congresso não existe sem a distribuição das prebendas gerenciadas pelo Executivo. Ai do presidente que perder a maioria no Parlamento! É claro que Fernando Collor, por exemplo, caiu por bons motivos, mas os motivos para a queda de Lula em 2005 eram maiores e melhores, e, no entanto, foi socorrido pelo Legislativo. O resto é história.

Isso que se convencionou chamar de “Presidencialismo de Coalizão” se mostra, já escrevi aqui, “Presidencialismo de Colisão com a Moralidade Pública”. Aquele que vence a eleição presidencial precisa começar a construir, no dia seguinte à vitória, a sua base de sustentação no Congresso. Não o faz com base num programa de governo. Sabemos como isso está desmoralizado, não? No máximo, há algumas palavras de ordem. Uma das idéias-força de Dilma Rousseff, por exemplo, era o ataque às privatizações… Agora, ela faz o diabo para tentar acelerá-las no caso dos aeroportos, por exemplo.

Ao buscar o apoio no varejo, o que tem o eleito a oferecer? Como se viu, nem mesmo um programa de governo. Resta negociar com o bem público: “Ô Valdemar, rola o apoio dos seus 40 deputados em troca do Ministério dos Transportes, de porteira fechada?” Claro que rola! Pensem bem: por que um partido quer tanto uma pasta como essa? Vocação natural dos valentes para servir? Expertise adquirida ao longo de sua história, de sua militância? Não! Está de olho na verba da pasta, no seu orçamento. Passam, então, a usar uma estrutura do estado e o dinheiro público com três propósitos:
a - fazer política clientelista com os aliados — distribuindo pontes, asfalto, melhorias aqui e ali segundo critérios partidários;
b - fortalecimento do partido por meio da “caixinha” cobrada de empreiteiros e prestadores de serviços;
c - enriquecimento pessoal.

O interesse público, a essa altura, foi para o diabo faz tempo. O PR sabe que jamais exercerá a hegemonia do processo político; sua principal virtude — ou melhor: a principal virtude do partido para seus próceres — é ter porte médio; é ser importante na composição da maioria, mas sem ter a responsabilidade de governar. Isso ele deixa para os dois ou três grandes aos quais pode se associar, sempre cobrando o ministério de porteira fechada. Torna-se, assim, um ente destinado a fazer negócios, não a implementar políticas públicas.

Fragmentação partidária
A fragmentação partidária, outra herança perversa da Constituinte de 1988, também está na raiz desse mal estrutural, que predispõe o sistema brasileiro à corrupção. Os tais movimentos sociais capitaneados pelo PT e pela igreja, os egressos do exílio, mesmo os liberais que combateram a ditadura militar, toda essa gente se juntou para defender a ampla liberdade de organização partidária, estabelecendo critérios muito frouxos e pouco exigentes para a criação de legendas, que foram se tornando ainda mais relaxados por legislação específica.

“Pra que tanto partido, meu Deus?”, pergunta o meu coração. Para assaltar os cofres públicos! Ou alguém identifica no, sei lá, PR, PP e PRB diferenças ideológicas de fundo, que realmente os diferenciem? Ou ainda: o que eles têm de incompatível com o PMDB, por exemplo, e este com o PSB ou com o PDT? A experiência mundo afora tem demonstrado que dois partidos bastam para fazer uma sólida democracia, eventualmente três. Os demais ou servem à vaidade de líderes regionais — na hipótese benigna e mais rara — ou ao assalto organizado ao caixa. Esses partidos não DÃO apoio a ninguém, mas o VENDEM. Os que não conseguem expressão eleitoral para reivindicar cargos públicos fazem negócios antes mesmo da eleição: negociam seu tempo na televisão.

Dá para ser otimista quanto a esse particular? Não! Os encarregados de fazer uma reforma partidária, por exemplo, são os principais beneficiários da fragmentação partidária. Isso não vai mudar.

Como o PT degradou o que já era ruim
Não! Eu não vou igualar o governo FHC ao camelódromo petista só para que me julguem isento. Até porque deixo a “isenção” para os que não têm independência para se dizer comprometidos com certas idéias e teses. Eu, felizmente, tenho. O tucano também governou segundo esse sistema chamado “presidencialismo de coalizão”, sim; denúncias e casos de corrupção também apareceram em seu governo, mas o fato é que a sua gestão tinha um propósito que, a juízo deste escriba, tirou o Brasil do fim do mundo e o fez um ator importante na ordem global: a modernização da economia, que se expressou por intermédio das privatizações, da abertura ao capital estrangeiro, da reorganização do sistema bancário, da disciplina nas contas públicas, da estruturação da assistência social. E tudo debaixo do porrete petista, é bom lembrar. FHC governou essencialmente com o PSDB e com o PFL, os dois partidos que venceram a eleição.

Os leitores mais jovens não têm como saber, mas eu lembro: quando FHC, então pré-candidato do PSDB à Presidência, anunciou a disposição de fazer uma composição com o PFL, a imprensa “progressista” ficou arrepiada. “Como? O intelectual que veio da esquerda se junta aos conservadores? Que horror!” Seu governo, depois, e isso todos sabem, foi chamado de “neoliberal” pelos intelectuais e jornalistas pilantras do PT. Adiante.

O PT entrou na disputa de 2002 prometendo duas coisas antitéticas — o que gloriosamente apontei na revista Primeira Leitura, que fechou as portas em 2006: “mudar tudo o que está aí” (era o discurso de sempre do petismo) e “preservar tudo o que está aí” — essência da tal “Carta ao Povo Brasileiro”, que Antonio Palocci e outros petistas redigiram na sede de um banco de investimentos. A síntese que fiz à época foi esta, e eu a considero, modéstia à parte, muito esperta até hoje: “O PT é a continuidade sem continuísmo, e Serra (então candidato tucano) é o continuísmo sem continuidade”. Minha síntese é boa, mas algo fica faltando.

Oferecer o quê?
O PT NÃO CONTINUOU FHC num particular: faltava-lhe um projeto de governo. Além da continuidade sem imaginação, levado pelos bons ventos da economia mundial, o que o partido tinha a oferecer? Certa resistência do ex-presidente tucano à feira livre dos cargos, aos lobbies organizados de corporações sindicais e empresariais, à demagogia do “faço-e-aconteço” — e essa era uma das virtudes republicanas de FHC — foram transformadas por Lula num grande defeito, numa evidencia do governante frio e tecnocrata. Ele, Lula, era diferente: abria as portas do Palácio a quem tivesser alguma reivindicação, ouvia todo mundo, atendia a todos os pleitos. O Apedeuta transformou o governo federal, em suma, numa espécie de pátrio dos milagres de quantos queisessem arrancar um dinheirinho dos cofres públicos em troca do apoio ao governo.

O PT JÁ TINHA SE DADO CONTA, ÀQUELA ALTURA, QUE A HEGEMONIA DO PROCESSO POLÍTICO, QUE ESTAVA EM SEU HORIZONTE DESDE A SUA CRIAÇÃO, EM 1980, SE DARIA NÃO COM A MUDANÇA DA CULTURA POLÍTICA, MAS COM A SUA MANUTENÇÃO.

Por isso Lula disparou certa feita a máxima de que governar é fácil. Ele se dava conta de que a simbiose entre Legislativo e Executivo, de que a fragmentação partidária e de que a gigantesca máquina federal concorriam para a construção e consolidação daquela pretendida hegemonia. E não, ele não precisava nem ter nem anunciar projeto nenhum! Bastava manter nas mãos do PT o núcleo duro do poder e distribuir cargos à mancheia. Teria o Congresso, como teve, na palma das mãos. Se a aliança estratégica que FHC fizera no passado com o PFL soou a muitos uma traição, a de Lula com a escória da política foi tida como evidência de uma pensamento estratégico e sinal de amadurecimento do PT.

O PT, FINALMENTE, SE TORNAVA O PRINCIPAL BENEFICIÁRIO DO MODELO CONTRA O QUAL, PARA TODOS OS EFEITOS, SE CONSTRUÍRA.

Um novo sentido moral para a corrupção
Vocês já devem ter lido que Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência e espião oficial de Lula na gestão Dilma, tentou livrar a cara de Luiz Antonio Pagot. O Babalorixá de Banânia, embora diga o contrário, não aprova o desmanche da canalha que incrustada no Ministério dos Transportes. Ainda que Dilma seja, obviamente, beneficiária indireta do modo como Lula construiu o governo, tem lá algumas exigências incompatíveis com aquela máquina de ineficiência e corrupção em que se transformou a pasta. Para o demiurgo tornado o ogro da democracia brasileira, isso é absolutamente irrelevante.

Há muito, desde o antiqüíssimo Caso Lubeca — pesquisem a respeito —, o petismo tenta demonstrar que a corrupção praticada pelo partido e por seus aliados tem um sentido moral diferente daquela eventualmente protagonizada por seus adversários. As lambanças petistas seriam imposições da realidade e buscariam sempre o bem comum; no máximo, admite-se que o partido faz o que todos fazem; censurá-lo, pois, seria evidência de preconceito. Esse juízo chegou ao paroxismo durante o mensalão. Muito bem! O PR não inovou seus métodos nos seis meses de governo Dilma; apenas continuou a praticar o que fez nos oito anos de governo Lula. Não por acaso, Valdemar Costa Neto foi um dos protagonistas do escândalo do mensalão. E com tal evidência que renunciou para não ser cassado. Carvalho, em nome de Lula, tenta segurar Pagot porque entende que o PR é parte da construção da hegemonia partidária. Os petistas deram dignidade à escória da política brasileira.

Como se desarma isso?
Como se desarma isso? Não tenho a pretensão de ter uma resposta definitiva. E acho que não há “a” ação eficaz. A vigilância da imprensa, como provou VEJA, é certamente um elemento poderoso. Os partidos de oposição têm de ampliar sua articulação com a sociedade, que se expressa cada vez mais nas chamadas redes sociais. A cada um de nós cabe denunciar a corja de vigaristas que, sob o pretexto de “mudar o Brasil”, transforma o país no reino da impunidade.

E, definitivamente, é preciso denunciar a ação deletéria do sr. Luiz Inácio Lula da Silva. É preciso cortar a cabeça dessa Górgona barbuda sempre disposta a justificar as piores práticas políticas e a petrificar o juízo crítico. Ele se tornou hoje o símbolo do desastre moral que é a administração pública do Brasil. Não por acaso, enquanto o governo Dilma se quedava ontem entre a paralisia e a evidência da corrupção desbragada, lá estava ele ontem confraternizando com os “governistas” da Fiesp, hoje um dos aparelhos rendidos ao lulo-petismo. Comemorando o quê?

A condição de Lula de chefe de um dos regimes políticos mais corruptos do mundo. Isso, como vimos, não será denunciando pelos “comunistas” da UNE, um cartório do PC do B, sócio do poder. Também não será denunciando pelos supostos “capitalitas” da Fiesp, um cartório dos que estão de olho, ou já os têm, nos empréstimos do BNDES a juros subsidiados ou em alguma exceção fiscal.

É assim que se faz da corrupção um método e quase uma metafísica.

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E aqui o complemento lógica da República Mafiosa do Brasil:

A Górgona barbuda quer transformar a herança maldita em maldição
Reinaldo Azevedo,19/07/2011

Notem que, aos poucos, a agenda de Lula vai sendo incorporada ao noticiário como pauta obrigatória: aonde ele vai, com quem fala, o que disse, quem foi atacado, quem o elogiou, os títulos que recebe, quem ele visita, encontros em palácios com governadores, agenda com prefeitos, reuniões com o seu partido, conversinhas com representantes da base aliada, palestras…

Não passa mais dia sem que saibamos da buliçosa vida de Lula. E olhem que 2012 ainda nem começou. Será ele o grande comandante do PT na disputa pelas Prefeituras.

Está, em suma, reencarnando sem nem ter desencarnado. Acho de uma irrelevância danada saber se ele combinou ou não os movimentos com a presidente Dilma Rousseff. Isso não tem a menor importância. Como ela não vai mesmo romper com ele e com o PT — ou não governa mais —, essa é uma questão vencida.

O fato é que Lula prepara o retorno daquele que não foi. Ninguém acredita que Dilma chegue em condições ótimas para disputar a reeleição em 2014. Segundo gente que freqüenta o ambiente palaciano, nem ela própria. Assim, ele perdeu o pudor de tomar o lugar dela como principal referência da política.

A Górgona barbuda já está em campanha. Quer transformar a herança maldita numa maldição.

terça-feira, 19 de julho de 2011

A frase do ano: um monumento em honra da sinceridade...

Frase do deputado Paulo Wagner, do PV potiguar, em entrevista à Rádio Difusora de Mossoró, citada pelo sempre atento colunista Cláudio Humberto (www.claudiohumberto.com.br):

"Eu prometo ao povo do Rio Grande do Norte que vou me segurar para não meter a mão no dinheiro alheio".


Coletada na coluna diária do jornalista Carlos Brickmann, Quarta-Feira, 20 de julho

Tudo indica que este governo so age comandado pela imprensa...

Pois é, o Partido da Imprensa Golpista, como gostam de dizer certos energúmenos, conseguiu finalmente dar o seu golpe de mestre: mandar no governo.
Um governo inoperante, improvisado, sem capacidade de iniciativa (sequer para descobrir e punir as falcatruas que são cometidas no próprio governo), com muita gente medíocre (intelectualmente) e esperta (financeiramente) espalhada por seus muitos redutos quase indevassáveis, só acaba agindo, no último minuto, sob a pressão do Partido da Imprensa Golpista, o famigerado PIG de blogueiros subservientes (e possivelmente corruptos, também), a serviço de causas inconfessáveis (ambos os lados, se ouso dizer).
Estamos bem de governo: atuando em consonância com a imprensa, golpista ou não...
Paulo Roberto de Almeida

Dilma contraria grupo de Lula, reitera saída de Pagot e pede limpeza total
Por Tânia Monteiro, Leonencio Nossa e Júlio Castro
O Estado de S.Paulo, 19 de Julho de 2011

BRASÍLIA E FLORIANÓPOLIS - A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi encarregada na segunda-feira, 18, pela presidente Dilma Rousseff de anunciar que o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, atualmente em férias, não retornará mais ao cargo.

Dilma orientou ainda o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, a concluir, se possível esta semana, a "limpeza" na pasta, com o afastamento do petista Hideraldo Luiz Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, e de Felipe Sanches, presidente interino da Valec, e outros supostos envolvidos num esquema de corrupção que abala o governo desde o início do mês.

Logo pela manhã, a presidente deu o primeiro recado. Numa reunião no Planalto, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, tentou introduzir na conversa a necessidade da permanência de Pagot. Dilma afirmou que, se fosse para trazê-lo de volta, teria de fazer o mesmo com os outros seis que ela havia demitido, e isso não ocorrerá. Gilberto Carvalho, braço direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vocalizava, no atual governo, a defesa da permanência de Pagot.

A presidente observou ainda, na conversa com o petista, que Pagot tinha responsabilidade sobre a direção do órgão e, portanto, esse assunto é página virada.

Numa entrevista em Santa Catarina, a ministra Ideli Salvatti ratificou oficialmente a demissão de Pagot. "Tudo indica que sim, até pelas reiteradas vezes que ela (Dilma) tem se comportado dessa forma", afirmou. "Operacionalmente, com alguém de férias, você não pode tomar essa medida." Após a declaração, auxiliares diretos confirmaram que Dilma mantém a decisão de afastar o diretor do Dnit.

Mudanças. Em uma conversa, antes do almoço, com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, Dilma o avisou que Pagot, mesmo com as pressões e apoio dentro do governo de auxiliares muito próximos a Lula, é carta fora do baralho. Informou também que é preciso promover, o quanto antes, as mudanças necessárias em todos os órgãos da área de transportes.

Maquiavel agradece aos fieis leitores... e promete outros dois livros, este ano...

Depois do lançamento-debate de meu livro (publicado em 2010, enquanto eu estava na China), "O Moderno Príncipe: Maquiavel revisitado", realizado em 18 de maio em sessão animada por meus amigos Paulo Kramer (da UnB) e Murillo Aragão (da Arko Advice), eu ainda não tinha tido a oportunidade, o tempo e o lazer de agradecer pessoalmente aos muitos amigos, colegas, conhecidos ou simplesmente curiosos, que apareceram nessa simpática soirée, realizada na Casa Thomas Jefferson, em Brasilia:
Maquiavel e a política contemporânea

Pois bem, eu faço isto hoje, registrando simplesmente o nome dos muitos amigos consignados como gentis recipiendários dos livros disponíveis nessa ocasião. Pode ser, é até provável, que eu esqueça ou tenha perdido os nomes de alguns, mas gostaria de agradecer a todos, sobretudo pelas boas perguntas feitas nessa noite que homenageou sobretudo a inteligência do intelectual florentino (sendo que o mesmo não se pode exatamente dizer da política contemporânea, sobretudo em certos países que primam por chamar os eleitores de idiotas e pagadores passivos).

Juliano Cortinhas
Leandro Grôppo
Daniela Nobre
Bergue
Thiago
Isbel Santos Q. Teixeira
Einstein Lincoln Taquary
Eneida Taquary
Celso de Tarso Pereira
Gilberto Moura
Antonio Paulo e Isabel Maria
Ana Paula Andriolli
Pedro Paulo Assumpção
Luiz Paulo
Leandro Rocha de Araujo
Louize Helena
Eleanora Dutra
Miúra Silva Bettim
Luiz Eduardo Costa
Alice Vieira
William Paulino
Moira
Oscar e Elinor Lorenzo
Marcos Magalhães
Deborah Celentano
Luis Dantas
Carlos Ilha
Marcel Garcia
Gustavo
Rolemberg Estevão de Sousa
José Roberto
Carlos Eduardo Vidigal
Livia Sales

A todos eles, e a todos os demais passantes, navegantes, distraídos, incógnitos, não registrados, simples curiosos (mas que certamente se beneficiaram de uma noite de bons debates, e uma bebidinha ao final), meu muito obrigado, em toda sinceridade.

Aproveito para informar que dentro de dois ou três meses, no máximo, deverão adentrar na praça (isso existe?, apenas como figura de estilo), dois outros livros meus:

Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização (Lumen Juris)

Relações Internacionais e Política Externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização (LTC Editora)

Sumários, capa, outras informações na seção livros do autor do meu site:
www.pralmeida.org

Com o seu, com o meu, com o nosso dinheiro, caro leitor: Brasil se torna grande credor dos EUA

Brasil é o 5º maior credor da dívida dos EUA
Montante brasileiro investido em títulos norte-americanos aumentou 30,89% entre maio de 2010 e maio de 2011

Pois é, quem diria?
Que Carmen Miranda fosse capaz, um dia, de comprar Hollywood!?
Surpreso, leitor, que o Brasil seja um grande credor dos EUA?
Eu, nem um pouco.
Aliás, não tinha mesmo o que fazer com essa montanha de dólares acumulados pelo Brasil, supostamente como reserva de garantia para dias difíceis.
A única coisa aparentemente melhor eram mesmo os T-Bonds, os Treasury bonds do governo americano, que devem estar pagando mais ou menos 2,5% para os títulos de 5 anos (sem descontar a inflação).
Ou seja, se o Tesouro toma dinheiro emprestado do distinto público para comprar esses dólares tão desprezados pelo resto do mundo, e com isso paga juros internos de mais ou menos 12,5%, isso significa que o Brasil está PERDENDO, nessa operação, mais ou menos 10% de remuneração por ano, o que, por baixo, deve dar uns US$ 40 bilhões (atenção: eu disse QUARENTA BILHÕES DE DÓLARES).
É isso que custa essa política insana de pretender acumular divisas, usando para isso o seu, o meu, o nosso dinheiro.
Você acha que está certo, caro leitor?
Não acho, pois além dos US$ 40 bi de custo fiscal, tem ainda o chamado custo-oportunidade, ou seja, o que poderíamos fazer com esse dinheiro se ele simplesmente não se perdesse no ar, ou seja, se o Brasil pelo menos se endividasse para investir em escolas, estradas, hospitais, etc.
Eu sinceramente preferiria que as atuais Carmen Mirandas comprassem Hollywood. Pelo menos seria um investimento mais rentável, pois o mundo vai continuar vendo filmes, qualquer filme, de Hollywood. Não acho que o mundo vai continuar eternamente comprando T-bons. Isso é só para os trouxas, como nossos governantes...
Paulo Roberto de Almeida

The end of Civilization (as we know it...)

Será que um bando de irredentistas ludistas fundamentalistas saudosistas (nos EUA tem de tudo, inclusive alguma seita religiosa que certamente vai reagir a essa medida, dizendo que a palavra de Deus foi escrita à mão) não vai sair por aí quebrando computadores?
Grande dúvida: vamos esperar novos desenvolvimentos deste affair, que certamente vai despertar um debate tão inútil quanto enviesado nas próximas semanas, a ser superado por mais alguma medida inútil de alguma autoridade em qualquer coisa...
Paulo Roberto de Almeida

O fim do caderno de caligrafia?
Opinião e Notícia, 19/07/2011

Departamento de Educação do estado de Indiana recomenda que as escolas deixem de ensinar letra cursiva.

Vem provocando polêmica nos EUA nas últimas semanas uma recomendação do Departamento de Educação do estado de Indiana dizendo às escolas que deixem de ensinar as crianças a escreverem com letra cursiva, considerada ultrapassada, focando-se apenas na prática da letra de forma.

“As escolas devem decidir se pretendem ensinar letra cursiva, mas recomendamos que deixem de ensinar e se foquem em áreas mais importantes. Também seria desnecessário encomendar apostilas que ensinem letras cursiva”, diz um memorando do Departamento de Educação de Indiana.

Outros estados devem fazer o mesmo
O argumento é de que atualmente as crianças praticamente não precisam mais escrever com caneta ou lápis. Tendo em vista que quase toda a comunicação acontece hoje por meio de letras de forma nos celulares e computadores, seria mais importante elas aprenderem a digitar mais rapidamente.

Tornado facultativo, o ensino da letra cursiva deverá ser definitivamente banido de Indiana nos próximos anos, uma decisão que pode ser seguida por mais de 40 outros estados norte-americanos que também consideram esta forma de escrever ultrapassada.

Fonte: Veja - EUA passam a abolir ensino de letra de mão nas escolas

Surpresas politicas: Humala, o livre comercio e o neoliberalismo...

Certas pessoas, como este acadêmico queridinho dos altermundialistas, antiglobalizadores e outros alternativos, acham que pessoas de esquerda permanecem de esquerda a vida toda, mesmo quando chegam ao poder.
Creio que vão se decepcionar...


Derrota dos EUA: vitória de Humala desfaz Aliança do Pacífico
Immanuel Wallerstein
Carta Maior, 18/07/2011
Os EUA procuraram contrariar o programa do Brasil de construção de estruturas regionais como a Unasul e o Mercosul, criando a Aliança do Pacífico do México, da Colômbia, do Chile e do Peru, baseada em acordos de livre-comércio. Além disso, a Colômbia, o Peru, e o Chile promoveram um projecto de criação de uma bolsa de valores integrada. E as forças armadas do Peru ligaram-se ativamente ao Comando Sul do Exército dos EUA. Com a eleição de Humala, a contra-ofensiva geopolítica dos EUA, a Aliança do Pacífico, está desfeita.
(neste link)

Calderón y Humala impulsan relación comercial con el TLC Perú-México en ciernes
InfoLAtam Newsletter, 19/07/2011
El mandatario de México, Felipe Calderón, y el presidente electo de Perú, Ollanta Humala, se comprometieron hoy a impulsar su relación comercial en momentos en que el Senado mexicano discute la ratificación de un TLC que ambos países negociaron durante cinco años.
(neste link)

New Leftist Peru President to Keep Central Bank Chief
BY ROBERT KOZAK AND MATT MOFFETT
The Wall Street Journal, July 19. 2011
LIMA, Peru—Leftist President-elect Ollanta Humala said he would retain the government's current central bank president, who is known as a tough inflation fighter, a sign of continuity in economic policy that buoyed investors.
Keeping Brown University-educated Julio Velarde, the first appointee to be announced by the government that takes over July 28, alleviates some of the uncertainties about Mr. Humala's economic philosophy that have depressed financial markets and the broader economy for months, analysts said.
"Velarde's appointment is the first solid indication that Humala has moderated not only his discourse but potentially his ideology as well," said Luis F. Zapata, ...

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...