sexta-feira, 26 de agosto de 2011

EConomia e reformas no Brasil: entrevista com Rubens Antonio Barbosa

No Diário do Comércio e Indústria, neste link: http://www.scribd.com/doc/62619196/Especial-da-Semana-com-Rubens-Barbosa-Ex-embaixador-do-Brasil-nos-Estados-Unidos-e-Inglaterra

Entrevista com o Embaixador Rubens Antônio Barbosa
DCI, ESPECIAL DA SEMANA - Sexta-feira, 19 de agosto de 2011

ENTREVISTA
Para o ex-embaixador Rubens Barbosa, é hora de o País findar o ciclo de reformas
Roberto Müller Filho; Liliana Lavoratti
(aqui)

A tragedia educacional brasileira: nao existe nenhum risco de melhorar nos proximos 20 ou 30 anos...

Sou, como muita gente sabe, moderadamente pessimista quanto aos rumos da economia brasileira. Acredito -- não, tenho certeza -- que vamos continuar crescendo a taxas medíocres e acumulando desequilíbrios, desequilíbrios e desigualdades pelo futuro previsível, isso se não ocorrer um desastre maior, mas em princípio acho que vamos apenas continuar na mediocridade de crescimento.
Agora, quanto a educação eu sou ABSOLUTAMENTE pessimista, e continuo mais pessimista ainda, se ouso dizer, ou seja, sou crescentemente pessimista. Acredito que a coisa ainda vai piorar muito, e que não há NENHUM risco de melhorar no futuro previsível, e até onde a vista nem alcança...
Este é o resultado de uma das mais pavorosas deformações da sociedade brasileira, e a tragédia se completa pois praticamente ninguém, salvo meia dúzia de alucinados -- como eu e este jornalista abaixo, Reinaldo Azevedo -- percebe a tragédia em CONSOLIDAÇÃO.
Bem, vou parar de lamentar e simplesmente postar a matéria e o comentário.
Paulo Roberto de Almeida

A miséria da educação no Brasil. Ou: O país que não está nos discursos
Reinaldo Azevedo, 25/08/2011 16:13:21

Do Portal G1:
Uma avaliação feita com alunos que cursaram em 2010 o 3º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas do país mostra que menos da metade (42,8%) das crianças aprendeu o mínimo do que era esperado no conteúdo de matemática para este nível do ensino.

O resultado da Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) mostrou ainda que 56,1% dos alunos aprenderam o que era esperado em leitura, e 53,4% dos estudantes tiveram desempenho dentro do esperado em redação.

Os dados acima consideram a média entre alunos de escolas públicas e privadas. Entretanto, o levantamento registrou diferença significativa no desempenho entre estudantes dos dois grupos. (Veja tabela abaixo)
A avaliação foi feita com alunos do 3º ano do ensino fundamental; ele é o equivalente à 2ª série do antigo ensino primário. Nessa fase, os alunos têm, em média, oito anos.

A Prova ABC mostra ainda uma grande variação entre as regiões do país e as redes de ensino (pública e privada). Sul e Sudeste obtiveram os melhores desempenhos, enquanto Norte e Nordeste mostraram as piores avaliações.

A prova foi aplicada no primeiro semestre deste ano para cerca de 6 mil alunos de escolas municipais, estaduais e particulares de todas as capitais do país para medir seu conhecimento do conteúdo até o 3º ano. A avaliação foi elaborada em uma parceria do Todos Pela Educação com o Instituto Paulo Montenegro /Ibope, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Cada criança respondeu a 20 itens (questões de múltipla escolha) de leitura ou de matemática (o aluno fez testes de apenas uma das duas áreas). Além disso, todas elas escreveram uma breve redação, a partir de um tema único. O objetivo foi avaliar o nível de conhecimento adquirido pelos alunos ao final do terceiro ano, que representa o fim do ciclo básico de alfabetização.

Matemática
Na prova de matemática, o objetivo era obter no mínimo 175 pontos para mostrar domínio da adição e subtração e conseguir resolver problemas envolvendo, por exemplo, notas e moedas. Estes 175 pontos correspondem ao conhecimento esperado dos alunos desta série segundo escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

No total, 42,8% do total das crianças tendo aprendido o que era esperado para esta etapa do ensino em matemática. A média nacional foi de 171,1 pontos, sendo que entre os alunos da rede privada foi de 211,2 pontos, a da rede pública ficou em 158,0 pontos.
“As pessoas acham que alfabetização é apenas saber ler e escrever. Tem que se pensar na alfabetização numérica também, precisamos desde cedo que nossas crianças saibam as operações básicas de matemática”, diz o professor Ruben Klein, da Cesgranrio. “Para que o país possa ter conhecimento tecnológico e formar engenheiros é preciso desde cedo ter uma boa formação em matemática.”

A média de 42 pontos percentuais entre os alunos da rede pública e os da rede privada chamou a atenção na pesquisa.

Os pesquisadores destacam a preocupação em se corrigir o problema ainda na educação básica. “A tendência é este desempenho piorar nas séries mais avançadas”, diz Klein. “Pesquisa com estudantes que estão terminando o ensino médio mostra que só 11% atingem o conhecimento mínimo em matemática.”

Leitura
Na prova de leitura, os alunos, entre outras tarefas, tinham que identificar temas de uma narrativa, localizar informações, identificar características de personagens e perceber relações de causa e efeito contidas nestas narrativas. A média foi de 185,8 pontos na escala, sendo 216,7 pontos entre alunos da rede privada e 175,8 pontos para estudantes da rede pública. A médica nacional (incluindo escolas públicas e privadas) foi de 56,1%

Escrita
Na prova avaliação de escrita, a média esperada do desempenho dos alunos na redação era de 75 pontos. A média nacional ficou em 68,1 pontos, sendo a média das escolas públicas de 62,3 pontos e a das privadas 86,2 pontos.
“Todas as crianças deveriam atingir 100% de aproveitamento. É um direito básico de educação”, afirma Priscila Cruz, diretora executiva do Todos Pela Educação. “É preciso um investimento pesado na formação de professores e na educação infantil. Para reduzir a desigualdade social é também preciso reduzir esta desigualdade educacional.

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A doença da educação brasileira é ideológica. E seu nome é “petismo”
Reinaldo Azevedo, 25/08/2011

No post das 16h13, há um retrato do ensino no Brasil, revelado pela Prova ABC. É uma vergonha! Digam o que disserem, acreditem: não chegamos a isso por falta de verba. Dada a realidade do país, o Brasil gasta bastante com a educação. Não dispomos é de mecanismos eficazes para avaliar a qualidade do trabalho feito nas escolas e intervir para corrigir as deficiências.

Sempre que o debate é colocado, tudo termina na ladainha sindical de sempre: se os professores fossem mais bem pagos, tudo seria diferente. Essa é uma das falácias mais influentes no setor. Seria estúpido afirmar que salários maiores fariam mal aos alunos — e, com efeito, há realidades dramáticas em certas áreas do país. A verdade insofismável, no entanto, é que o aumento da remuneração poderia fazer bem aos professores sem mudar uma vírgula na qualidade de ensino.

Há um coquetel de problemas que resulta nesse desastre. Embora tenham naturezas distintas, têm algo em comum: desprezam o aluno, que deixou de ser o centro da preocupação das escolas — em especial, dos educadores. Vamos ver. Os estados e municípios, pouco importa o salário que paguem, não dispõem de mecanismos para promover os competentes e punir os incompetentes.

O estado de São Paulo, na gestão Serra, instituiu um sistema de promoção salarial por mérito. A escola melhorou, provaram os exames. Os petista-cutistas da Apeoesp foram às ruas protestar. Chegaram a queimar livros didáticos em praça pública, os fascistas! Neste momento, a Apeoesp tenta negociar com a Secretaria da Educação o fim do modelo. Os valentes não querem saber de mérito. Eles gostam é do demérito que iguala todos por baixo. Os alunos que se danem! No Brasil inteiro, a educação é refém da militância política, especialmente a petista — quando não está entregue a radicais à esquerda do PT.

Embora as escolas privadas não sejam lá grande coisa, já demonstraram alguns outros indicadores, a Prova ABC evidencia que o desempenho dos estudantes dessas instituições é muito superior ao das escolas públicas. A razão é simples: a cobrança é maior.

O ensino — também em boa parte das escolas privadas, note-se — está corroído por uma doença ideológica. Boa parte dos “educadores” acredita que sua função não é ensinar português, matemática e ciências, mas princípios de cidadania, com o objetivo de formar “indivíduos conscientes”. Alunos seriam pessoas “oprimidas”, que precisam passar por um processo de “libertação”. O mal que a paulo-freirização fez à escola levará gerações para ser superado. Todos os mitos ideológicos que Paulo Freire criou com seu método de alfabetização de adultos foram transferidos para a educação de crianças e jovens. O resultado é devastador. Escrevo sobre esse assunto há anos. Era um dos temas recorrentes da revista e site Primeira Leitura.

À pedagogia “libertadora” de Paulo Freire se juntou, mais recentemente, a turma da “pedagogia do amor”, de que Gabriel Chalita é um dos formuladores. Em vez de educar, o professor liberta; em vez de educar, o professor ama. Se toda essa conversa mole der errado, há o risco até de a escola ensinar alguma coisa. O fato é que o cruzamento de Freire com Chalita resulta em ignorância propositiva e amorosa.

Enquanto objetivos claros não forem estabelecidos e enquanto as várias esferas do estado não dispuserem de instrumentos de intervenção para exigir qualidade, podem esquecer. A reação bucéfala às medidas modernizadoras implementadas pelo governo Serra, em São Paulo, demonstra que a raiz do problema é, sim, ideológica. O sindicato dos professores foi usado como mero instrumento da luta política. De dia, a presidente da entidade, a notória Bebel, fazia passeata; à noite, encontrava-se com Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, e era tratada como heroína.

E uma última questão por ora: deixem um pouco o sociologismo fora disso. Essa conversa de que é impossível ensinar alunos com fome, vindos de lares desestruturados etc. não cola mais. A fome é exceção no Brasil. A imensa maioria das famílias pobres é mais organizada e hierarquizada do que as de classe média e média-alta — o tal “povo” é bastante conservador nessas coisas. Desorganizado e desestruturado, no que concerne à educação, é o estado brasileiro.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mercosul: selecao de trabalhos de Paulo Roberto de Almeida

Seleção de trabalhos sobre o Mercosul
Paulo Roberto de Almeida.
Compilação efetuada em 24/08/2011

http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/110824MercosulWorks.pdf

2258. “Desenvolvimento histórico do Mercosul: panorama de 20 anos”, revista Digesto Econômico (ano LXVI, n. 463, março-abril-maio 2011, p. 68-82; ISSN: 0101-4218). Relação de Publicados n. 1038.

2247. “Seria o Mercosul reversível?: Especulações teóricas sobre trajetórias alternativas concretas”, Revista Universitas Relações Internacionais (vol. 9, n. 1, jan.-jun. 2011, p, 39-71; ISSN: 1807-2135; link: http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/relacoesinternacionais/article/view/1360/1288). Relação de Publicados n. 1036.

2025. “Percalços da integração”, Conjuntura Econômica (Rio de Janeiro: FGV, vol. 63, n. 09, setembro 2009, ISSN: 0010-5945; p. 58-61); em inglês: “Brazilian Foreign Relations with South America and USA”, The Brazilian Economy: Economy, Politics and Policy Issues (FGV, Brazilian Institute of Economics: vol. 1, n. 8, September 2009) p. 30-33. Postado no website pessoal (link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/2025BrazEconSept09PRAlm.pdf). Relação de Publicados n. 925.

1996. “Brazil’s role in South America and in the global arena”, Urbana, 13 abril 2009, 7 p. Answers to questions presented by M.A. Candidate 2010 of the Latin American & Hemispheric Studies Elliott School of International Affairs - George Washington University. Blog Diplomatizzando (13.04.2009; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2009/04/1063-turismo-academico-13-brazils-role.html).

1994. “O nascimento do Mercosul: impacto do Nafta e dos Estados Unidos”, Urbana, Illinois, 5-6 abril 2009, 10 p. Answers to questions presented PhD candidate – UnB. Blog Diplomatizzando (16.04.2009; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2009/04/1066-o-nascimento-do-mercosul-impacto.html#links).

1974. “O Mercosul na sua fase ascendente”, Brasília, 4-12 de janeiro de 2009, 5 p. Resenha de Renato L. R. Marques: Mercosul 1989-1999: depoimentos de um negociador (Kiev: s.e., 2008, 280 p; ISBN: 978-966-171-170-1). Divulgada no blog de Book Reviews (14.01.2009; link: http://praresenhas.blogspot.com/2009/01/213-mercosul-depoimento-de-um-dos-pais.html#links).

1972. “L’intégration de l’Amérique du Sud: une perspective historique et un bilan”. In: Christian Girault (éd.). Intégrations em Amérique du Sud (Paris: Presses Sorbonne Nouvelle, 2009, 286 p.; ISBN: 978-2-87854-473-2; p. 23-37); link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/Integration2009.html. “A integração na América do Sul em perspectiva histórica: um balanço”, Espaço da Sophia (Tomazina – PR, ISSN: 1981-318X, Ano 2, n. 23, p. 1-17, fevereiro de 2009; edição eletrônica; link: http://www.espacodasophia.com.br/publicacoes/doc_view/146-a-integracao-na-america-do-sul-em-perspectiva-historica-um-balanco?tmpl=component&format=raw). Relação de Publicados n. 893 e 936.

1889. “O regionalismo latino-americano no confronto com o modelo europeu: uma perspectiva histórica de seu desenvolvimento”, Brasília, 17 maio 2008, 34 p. Resumo do trabalho 1844. Revista Novos Estudos Jurídicos (Programa de Pós-Graduação em Ciência Jurídica da Universidade do Vale do Itajaí, Univali; vol. 14, n. 1, 2009, p. 127-146; links: http://siaiweb06.univali.br/seer/index.php/nej/article/view/1626/1332; ficha do trabalho: http://br.vlex.com/vid/regionalismo-latino-confronto-europeu-66330099). Relação de Publicados n. 890.

1842. “Uma pesquisa sobre o Mercosul: sua possível evolução até 2011 e 2021”, Espaço Acadêmico (ano 7, n. 79; ISSN: 1519-6186; dezembro 2007; link: http://www.espacoacademico.com.br/079/79pra.htm). Relação de Publicados n. 801.

1835 “Mercosul: uma avaliação retrospectiva e uma visão prospectiva”, in: Anais: VII Encontro Nacional de Estudos Estratégicos (06 a 08 de novembro de 2007). Brasília: Presidência da República, Gabinete de Segurança Institucional, 2008, vol. 2, ISBN: 978-85-85142-23-0, p. 495-515). Relação de Publicados nºs 871 e 872. Livros Coletivos 69. “Limites do Mercosul no sistema internacional: passado recente e perspectivas futuras” In: Anais: VII Encontro Nacional de Estudos Estratégicos (06 a 08 de novembro de 2007). Brasília: Presidência da República, Gabinete de Segurança Institucional, 2008, vol. 2, ISBN: 978-85-85142-23-0, p. 65-72 e 78-81 (debate). Livros Coletivos 68.

1820. “Mercosul e América do Sul na visão estratégica brasileira: revisão histórica e perspectivas para o futuro”, revista Asteriskos (Corunha; IGESIP, vol. 4, ns. 7-8, 2009, p. 155-185; ISSN: 1886-5860; disponível no site: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1820AsteriskosMercosul.pdf). Relação de Publicados n. 889.

1738. “Quinze anos de Mercosul” [Resenha de Rubens Antônio Barbosa (org.). Mercosul quinze anos (São Paulo: Fundação Memorial da América Latina- Imprensa Oficial do Estado, 2007, 304 p.)], Desafios do Desenvolvimento (ano 4, n. 33, 10 abril 2007, p. ; link: http://desafios2.ipea.gov.br/desafios/edicoes/33/artigo47023-1.php). Publicada em versão completa, como “Mercosul aborrecente” no site Parlata )2007; link: http://www.parlata.com.br/parlata_indica.php?id_geral=82). Relação de Publicados nº 758.

1734. “Sete teses impertinentes sobre o Mercosul”, Via Política (22.04.2007; link: http://www.viapolitica.com.br/diplomatizando_view.php?id_diplomatizando=36). Relação de Publicados nº 760.

1728. “Insegurança jurídica no Mercosul” [Nota sobre o livro de Otávio Augusto Drummond Cançado Trindade: O Mercosul no Direito Brasileiro: incorporação de normas e segurança jurídica (Belo Horizonte: Del Rey, 2007, 180 p.)], Relação de Publicados nº 771.

1710. “Mercosul: uma revisão histórica e uma visão de futuro”, Meridiano 47 (nr. 77, dezembro 2006, p. 7-17; ISSN: 1518-1219; link: http://meridiano47.info/2006/12/). Republicado In: Rubens A. Barbosa (organizador): Mercosul revisitado (São Paulo: Fundação Memorial da América Latina, 2007, 80 p.; Coleção Cadernos da América Latina; p. 57-75). Relação de Publicados n. 727.

1554. “La dimension sociale de l’intégration en Amérique du Sud: politiques stratégiques et options sociales”, in “Symposium de Haut Niveau sur les Dimensions Sociales des processus d’intégration régionale” (Paris: Unesco, série Multilatéralisme régional, n. 6, 15 p.; SHS-2006/WS/MR/6; http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001462/146221F.pdf). Relação de Publicados n. 691.

1550. “Problemas conjunturais e estruturais da integração na América do Sul: a trajetória do Mercosul desde suas origens até 2006”, Meridiano 47 (Brasília, IBRI, n. 68, mar. 2006, p. 4-9). Relação de Publicados n. 635.

1459. “O Mercosul não é para principiantes: sete teses na linha do bom senso”, Espaço Acadêmico (Maringá, a. VI, n. 53, out. 2005; http://www.espacoacademico.com.br/053/53almeida.htm). Relação de Publicados n. 590.

1091. “O Brasil e o processo de formação de blocos econômicos: conceito e história, com aplicação aos casos do Mercosul e da Alca”, in Eduardo Biacchi Gomes e Tarcísio Hardman Reis (orgs.), Globalização e o Comércio Internacional no Direito da Integração (São Paulo: Editora Aduaneiras, 2005; p. 17-38). Relação de Publicados n. 562. “

850b. Mercosul em sua primeira década (1991-2001): uma avaliação política a partir do Brasil, INTAL-BID, (Buenos Aires: Documento de Divulgação nº 14, Série INTAL/ITD/STA, Divisão de Integração, Comércio e Assuntos Hemisféricos, Unidade de Estatística e Análise Quantitiva, Abril 2002, 64 p.; disponível no link http://www.iadb.org/intal/publicaciones/deAlmeida_DD14.pdf. Relação de Publicados nº 313.

850. “Mercosul: antecedentes, desenvolvimento e crise: uma avaliação analítico-descritiva do período 1986-2002”, revista Impulso (Piracicaba, SP: Editora Unimep, ISSN: 0103-7676; vol. 13, nº 31, maio-agosto 2002, pp. 9-45). Relação Publicados nº 353.

798. “O Mercosul e a Alca na perpectiva do Brasil: uma avaliação política sobre possíveis estratégias de atuação”, in Marcos Cintra e Carlos Henrique Cardim (orgs.), O Brasil e a Alca: seminário (Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações: Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, 2002; ISBN: 85-7365-188-1, pp. 97-110; link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/60BrasilAlcaCD2002.html). Publicado na versão original no livro Wagner Menezes (org.), O Direito Internacional no Cenário Contemporâneo (Curitiba: Editora Juruá, 2002, pp. ). Republicado na revista Aldea Mundo (San Cristóbal, Venezuela: Centro de Estudios de Fronteras e Integración (CEFI) da Universidad de los Andes, 1995; ISSN: 1316-6727; ano VI, nº 12, noviembre 2001-abril 2002, pp. 85-95; link: http://www.saber.ula.ve/cgi-win/be_alex.exe?Acceso=T016300001299/8&Nombrebd=SSABER). Relação de Publicados nº 335.

793. Trajetória do Mercosul em sua primeira década (1991-2001): uma avaliação política a partir do Brasil, in Luiz Otávio Pimentel (org.), Direito da Integração: Estudos em Homenagem a Werter R. Faria (Curitiba: Juruá, 2001, 2 v., ISBN 85-7394-855-8; II, p. 305-362). Relação de Publicados n. 283.

792. Mercosul e Alca na perspectiva brasileira: alternativas excludentes?, in Marcos da Costa Lima (org.), O Lugar da América do Sul na Nova Ordem Mundial (São Paulo-Recife: Cortez Editora-FAPEPE, 2001, p. 53-69). Relação de Publicados n. 285.

769. Dez Anos de Mercosul: uma visão brasileira, revista Scientia Juris (Londrina: UEL-CESA, Curso de Mestrado em Direito Negocial, v. IV, 2000, p. 19-50). Relação de Publicados n. 263.

727. Le Mercosud: un marché commun pour l’Amérique du Sud, Paris: L’Harmattan, 2000. Relação de Publicados n. 256.

701. A Experiência de Integração Europeia e a Evolução do Mercosul, Civitas, Revista de Ciências Sociais (Porto Alegre: PPGCS/PUC-RS, a. I, n. 1, jun. 2001, p. 37-53; ISSN: 1519-6089). Relação de Publicados n. 289.

689. O futuro do Mercosul: Os desafios da agenda interna e da liberalização hemisférica, in Marcos Costa Lima e Marcelo de Almeida Medeiros (orgs.), O Mercosul no limiar do século XXI (São Paulo: Cortez; Buenos Aires: CLACSO, 2000, p. 17-26; ISBN 85-249-0749-5). Relação de Publicados n. 261.

686. “Problemas da Integração no Mercosul: Obstáculos Estruturais e Conflitos Negociais”, in Araminta de Azevedo Mercadante e José Carlos de Magalhães (coords.). Solução e Prevenção de Litígios Internacionais, volume II (São Paulo: NECIN-CAPES; Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1999), pp. 469-492. Relação de Publicados nº 246..

674. “Dilemas da soberania no Mercosul: supranacional ou intergovernamental?”, In PIDIG, Programa Interdisciplinar Direito e Globalização, UERJ: Anuário: Direito e Globalizacao, 1: A Soberania. Rio de Janeiro: Editora Renovar, 1999; dossiê coordenado por Celso de Albuquerque Mello; pp. 239-261. Relação de Publicados n° 240.

667. O Brasil e o futuro do Mercosul: dilemas e opções in Paulo Borba Casella (coord.), Mercosul: integração regional e globalização (Rio de Janeiro: Renovar, 2000, p. 13-38). Relação de Publicados n. 251.

651. Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social (São Paulo: LTr, 1999, em coordenação com Yves Chaloult). Relação de Publicados nº 236.

628. Mercosul: Fundamentos e Perspectivas (São Paulo: Editora LTr, 1998, 160 pp). Relação de Publicados n. 227.

612. “O Mercosul no contexto global” in Celso Ribeiro Bastos, Cláudio Finkelstein (coords.), Mercosul. Lições do Período de Transitoriedade (São Paulo: Instituto Brasileiro de Direito Constitucional, 1998, pp. 109-135). Relação de Publicados nº 233b.

559. “O Mercosul e os processos de integração nas Américas no contexto do sistema econômico internacional: uma cronologia comentada”, Boletim de Diplomacia Econômica (Brasília: Ministério das Relações Exteriores, SGIE/GETEC: nº 20/21, 1996/97, pp. 70-76). Relação de Publicados nº 205.

474. L’Intégration latino-américaine et le Mercosud (Paris: Ambassade du Brésil, avril 1995, 68 pp). Brochura sobre o contexto histórico e institucional do processo de integração regional e o Mercosul. Relação de Publicados n° 176.

441. “Mercosul e União Européia: Vidas Paralelas?”, Boletim de Integração Latino-Americana (Brasília: n° 14, julho-agosto-setembro de 1994, pp. 16-25). Relação de Publicados n° 161.

416. “O Brasil e o Mercosul em Face do NAFTA”, Política Externa (São Paulo: vol. 3, nº 1, junho-julho-agosto 1994, pp. 84-96). Republicado, sob o título “Brasil y el Mercosur de Cara al TLC”, nos Cuadernos de Marcha (Montevideo: nº 100, dic. 1995, p. 29-37; ISBN: 0797-2350; referido no Handbook of Latin American Studies, Volume: 57; HLAS Item#: bi 96003830). Relação de Publicados nº 158.

348. O Mercosul no contexto regional e internacional (São Paulo: Edições Aduaneiras, 1993, 204 p.). Relação de Publicados nº 141.

320. “Apresentação”, in José Angelo Estrella Faria, O Mercosul: Princípios, Finalidade e Alcance do Tratado de Assunção (Brasília: NAT/SGIE/MRE, 1993), pp. vii-x.; Publicados n. 123.

Existem mais: www.pralmeida.org

Profecias nao realizadas: megatendencias que fizeram chabu - Foreign Policy en Espanol

Pronto: vou desistir de fazer minhas "previsões imprevidentes" (se bem que estas são para coisas que realmente NÃO vão acontecer). Depois dessa ducha fria de previsões fracassadas, acho melhor aposentar minha pouco promissora carreira de profeta do futuro. Vou ficar com o passado, que tampouco é seguro, mas pelo menos os mortos não vão poder mais reclamar comigo, só os seus sucessores...
Paulo Roberto de Almeida

MEGATENDENCIAS QUE NO ERAN TALES
Joshua Keating
Foreign Policy en Español, agosto 2011

Un repaso a las grandes novedades más vaticinadas, desde el ascenso de Japón a la escasez de recursos.

Del ascenso del resto a las guerras por los recursos, pontificar sobre las grandes tendencias que darán forma al futuro de la política y la economía globales se ha convertido en un gran negocio. Pero la historia puede ser terriblemente cruel con los expertos con bola de cristal. Cualquier cosa, desde una inundación de las que ocurren una vez cada siglo al suicidio de un vendedor de fruta tunecino, puede desbaratar creencias aceptadas durante décadas. Como muestran los siguientes ejemplos, la gran novedad de hoy puede convertirse rápidamente en una tendencia que nunca fue tal, mañana.

La superpotencia japonesa
Los paranoicos de China deben tener cuidado: esta no es la primera vez que EE UU se ha sentido amenazado por una potencia en ascenso procedente de Oriente. En la década de 1980 y principios de los 90, cuando la producción industrial de Japón aumentaba en más de un 50%, nació una industria casera que pronosticaba el predominio económico de este país, que comenzó con el best seller de 1979 de Ezra Vogel, Japan as Number One. Los ejecutivos estadounidenses acudían en manada a seminarios sobre las prácticas niponas en los negocios, mientras acontecimientos reales como la compra por Japón del Rockefeller Center en 1989 y escenarios ficticios como la novela de Michael Crichton de 1992 Rising Sun elevaban lo japonés a la categoría de hombre del saco nacional.

Por supuesto, justo cuando la moda de Japón alcanzó su punto álgido, el país entraba en su década perdida de estancamiento económico. Aunque el imperio el sol naciente todavía era uno de los países más ricos del mundo, fue adelantado por China como la segunda mayor economía en 2010.

El permanente ‘boom’ económico
Sólo hay dos cosas que pueden predecirse sobre los mercados. En primer lugar, que son impredecibles; en segundo lugar, que siempre hay alguien que predice que los buenos tiempos no tienen por qué que terminar. El optimismo desenfrenado ha sido una característica integral del negocio financiero desde que los holandeses padecieran la famosa “locura del tulipán” en el siglo XVII, y era muy evidente en los momentos previos a la actual crisis financiera, cuando los expertos depositaron una fe excesiva en el poder del comercio informatizado, la “innovación financiera” y la burbuja del mercado de la vivienda.

El promedio del índice industrial Dow Jones nunca superó el pico de 2007 de 14,164.53, pero el libro36.000 Dow, de James Glassman y Kevin Hassett, no fue el crimen más atroz, sólo el más conocido; otros dos volúmenes prometieron, en 1999, un Dow a 40.000 y un Dow a 100.000. Podemos citar también a David Lereah, antiguo miembro de la Asociación Nacional de Inmobiliarias y autor, en 2005, de Are you missing the Real Estate boom? (¿Echa de menos el boom inmobiliario?).

Hoy en día, están más de moda títulos pesimistas como Caída libre de Stiglitz y The Great Stagnation de Tyler Cowen. Esperemos que el tiempo sea tan cruel con sus autores como con sus desbocados predecesores.

El pico del petróleo
Es cierto que hay una cantidad finita de crudo en el planeta y que va a agotarse antes o después. Pero determinar la fecha en que comenzará la disminución de la producción mundial ha resultado ser más difícil de lo esperado. En 1956, el geofísico M. King Hubbert creó un modelo ─ahora conocido como pico de Hubbert─ que predijo que la producción global de petróleo alcanzaría su cénit a principios de la década de 1970. No fue así.

Los teóricos del pico del petróleo no tuvieron en cuenta el descubrimiento de nuevos yacimientos de oro negro y los nuevos medios de extracción de reservas difíciles de recuperar, enterradas a gran profundidad bajo el océano o en arenas alquitranadas de la tundra canadiense. En realidad, en los últimos veinte años, las reservas probadas a escala mundial han aumentado en más de 380.000 millones de barriles.

Pese a que los teóricos del pico del petróleo van cambiando la fecha en la que llegaremos al pico de Hubbert ─desde hace cuatro décadas hasta el año próximo─ la teoría sigue siendo popular. Su defensor más destacado en los últimos años fue el fallecido inversor en energías de Texas Matthew Simmons, quien sostuvo que las reservas de Arabia Saudí son mucho más reducidas de lo que se ha reconocido y que es inminente un shock global del crudo. De hecho, hay dudas sobre las reservas saudíes ─a diferencia de otros petroestados, el reino árabe no permite que sus campos sean auditados de forma independiente─ pero los precios del petróleo, aunque han permanecido volátiles, no han vuelto a los niveles previos a la recesión.
Sin duda, tiene sentido buscar alternativas a los combustibles fósiles, pero tratar de determinar con precisión la fecha del apocalipsis petrolífero no parece la mejor manera de fomentarlo.

La escasez de recursos
En 1798, el erudito inglés Thomas Malthus escribió Ensayo sobre el principio de la población, en el que predecía que las enfermedades y el hambre globales acabarían limitando el crecimiento de la población humana. Aunque la población mundial ha aumentado más de seis veces y media desde los tiempos de Malthus, las mejoras en los rendimientos de los cultivos y la salud humana han evitado que sus terribles predicciones se hicieran realidad.

El defensor moderno más conocido del pensamiento maltusiano tal vez sea el biólogo Paul Ehrlich, autor de La bomba demográfica, en 1968, obra en la que advertía de la hambruna y la catástrofe global inminentes a causa del rápido crecimiento demográfico. Ehrlich perdió, también, una de las apuestas más famosas de la historia, cuando apostó contra el profesor de negocios Julian Simon, en 1980, que los precios de cinco metales muy empleados subirían enormemente durante la siguiente década, debido al aumento de la demanda. A pesar de que la población presentaba un rápido crecimiento, los precios de los metales cayeron y Ehrlich perdió la apuesta.

La 'Internetmanía'
‘Comprar’ predicciones demasiado optimistas puede ser peligroso. Pero un excesivo escepticismo también tiene riesgos, sobre todo cuando se trata de tecnología. Por cada enloquecido sueño sobre coches voladores y comida en pastilla, hay aguafiestas como el empresario británico Alan Sugar, quien predijo in 2005 que el iPod estaría kaput en un año, o el entonces presidente de IBM, Thomas Watson, que en 1943 previó que el mercado global de ordenadores sería de “tal vez cinco ordenadores”.
Tomemos el caso del astrónomo y popular autor de obras de ciencia-ficción Clifford Stoll, quien, en su libro de 1995 Silicon Snake Oil y en un artículo en Newsweek se burló de la idea de que “pronto compraremos libros y periódicos directamente por Internet” y sostuvo que “ninguna base de datos online sustituirá nuestro diario”. Citó como prueba que este “centro comercial local hace más negocio en una tarde que todo Internet en un mes”. A veces compensa creerse la propaganda.

Economics 010: la economia al reves del Profesor Chavez

Eu sempre achei que o melhor curso de economia do mundo não se encontrava no MIT, em Harvard, em Yale, Princeton ou na LSE de Londres. No máximo quem poderia concorrer com el Profesor Hugo Chávez seria a Escola de Chicago, desde, claro, que você invertesse completamente os sinais, as prescrições, as análises, os diagnósticos, as curvas de oferta e procura, as leis elementares da microeconomia, o ótimo paretiano, enfim, tudo o que se poder conceber como manual de primeiro ano de economia, aquilo que os americanos chamam de "Economics 101", ou seja, os princípios elementares da análise econômica, tudo isso você vira, pone al revés, et voilà: surge um novo Manual, perfeito para afundar um país.
Graças a El Profesor, o homem que consegue subverter todas as leis econômicas, segundo o princípio de Galileu: Eppur si muove...
Claro, a economia venezuelana ainda não afundou de vez porque a alavanca galileana se chama petróleo, e tudo se sustenta com a vaca patrolífera que vem sendo ordenhada até o fim. Um dia as tetas vão secar, ou a ordenha vai ser tamanha, que esse gigolô de vaca não vai ter de onde tirar mais.
Aí tudo virá abaixo.
Mas, confesso a vocês que eu ficarei com saudades desse professor de economia al revés: nunca mais teremos alguém capaz de desmentir as leis da física como ele.
Prêmio Ignóbil de Economia na próxima seleção.
Enfim, permito-me recordar aqui um artigo que escrevi a respeito:

Falácias acadêmicas, 9: o mito do socialismo do século 21
Brasília, 24 maio 2009, 17 p. Nono artigo da série especial, desta vez sobre as loucuras econômicas de certos conselheiros do príncipe.
Espaço Acadêmico (vol. 9, n. 97, junho 2009, p. 12-24).
Em meu artigo sobra também para esse guru econômico do Chávez, Heinz Dieterich. Bando de malucos econômicos. (A série completa está neste link.)

Mas volto a insistir: acho que todo estudante de economia tem lições gratuitas, práticas, fáceis de aprender, bastante olhar o que Chávez faz; depois, é só inverter o sentido das medidas, e pronto, já tem um manual de economia al revés...
Paulo Roberto de Almeida

Venezuela’s economy
Medieval policies
Another step forward from Hugo Chávez
The Economist, August 20th 2011
Aquinas, Chávez’s latest guru

CARACAS - EIGHT years after Hugo Chávez’s socialist government imposed strict price controls on basic goods, Venezuela has the world’s highest inflation rate to show for the effort. By mid-2011, food prices in Caracas, the capital, were almost nine times higher than when the controls were introduced, according to the Central Bank; wages had risen by 40% less. Last year consumer prices increased by 27%—compared with an average in Latin America of 6%—and they are still rising. With a presidential election due next year, something had to be done. So President Chávez has used legislative powers granted him by the last parliament to decree a Fair Prices and Costs Law, which in effect makes inflation illegal.

According to the decree’s preamble, it is the “flagrant abuses of monopoly power in many sectors of the economy” that have led to “constant price rises for no other reason than the…exploitation of the people”. So the state will now set “fair prices” across the whole economy (only banks are exempted) by determining the cost structure of every type of business. The government says the bureaucracy required to do this will be ready by November. Businesses deemed to be charging “unfair” prices will be fined or temporarily shut down.

The private sector, already hemmed in by many controls, is predictably angry. But there are critics on the left too. Heinz Dieterich, a Mexican-German academic who until recently was a prominent supporter of Mr Chávez, called the law the product of “hallucinations”. The medieval notion of the “just price” (associated with St Thomas Aquinas) was a “phantasmagoric projection like God or the Holy Spirit”, Mr Dieterich wrote.

Venezuelans have been here before. A similar scheme was applied during the 1984-89 government of Jaime Lusinchi, a social democrat. During its first three years of operation, annual inflation rose from 16% to 40%, eventually topping 100% after the controls were lifted.

Just as in the 1980s, the other main effect of Mr Chávez’s price controls has been to reduce the availability of staple goods. In recent months the scarcity indices prepared by the Central Bank and private polling organisations have once again revealed widening gaps on the supermarket shelf.

Hardest to find is cooking oil, but chicken, powdered milk and cheap varieties of cheese, along with sugar and meat, are also scarce. Although things are not nearly as bad as in early 2008, the trend is negative, and the new law seems bound to exacerbate it. The retailers worst hit by supply problems are government chains specifically established to provide a reliable source of cheap food.

In 2008 the government overcame the shortages by spending over $7.5 billion on food imports. But thanks to incompetence and corruption, vast shipments of food rotted before reaching the shops. With prices for Venezuela’s oil exports high, the government will doubtless ramp up imports again rather than see shortages turn into an electoral liability. It is as well for Mr Chavez that nobody has managed to apply a “just price” to oil.

Protecionismo tem brilhante futuro pela frente no Brasil

O Brasil está sofrendo concorrência predatória de produtos estrangeiros?
Provavelmente não. Existem produtos estrangeiros, de qualquer tipo, preço e qualidade, que entram no mercado doméstico para atender a uma demanda que não encontra seus equivalentes, pelo menos em termos de preço, na oferta doméstica.
Independentemente de quais sejam as causas para a perda de competitividade dos produtos brasileiros em relação a seus concorrentes estrangeiros, autoridades, políticos e empresários industriais já concluíram que essa concorrência é "predatória", e por isso tem de ser "contida", barrada, obstada por medidas defensivas internas, e aí se utilizam diversos expedientes para fazê-lo. Acho que vai ser um fracasso, e nós vamos pagar por isto.
Paulo Roberto de Almeida

CAE aprova normas mais rígidas para produtos importados
Djalba Lima
Agência Senado, 24/08/2011

A avalanche de produtos importados no mercado brasileiro pode ser contida. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou na manhã desta terça-feira (23) projeto de lei da Câmara (PLC 176/08), de autoria do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), que visa preservar a indústria nacional da "concorrência predatória e selvagem".

Caso o projeto se torne lei, órgãos responsáveis pela regulamentação técnica federal, como o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), poderão atuar na alfândega, função que antes cabia exclusivamente à Receita Federal. No caso, o Inmetro poderá comprovar se o produto atende às regulamentações técnicas expedidas por ele próprio.

Caso não esteja de acordo com essa regulamentação, o produto poderá ser retido pela autoridade aduaneira. No limite, se não for possível corrigir os problemas detectados, poderá ser destruído. O importador terá de arcar com os custos de armazenamento e de eventual destruição.

Exigências
O objetivo é submeter os produtos importados às mesmas exigências de licenciamento a que se sujeitam os fabricados no Brasil. Segundo o relator da matéria na CAE, senador Eduardo Suplicy (PT-SP), a proposta impede que empresas nacionais sofram concorrência predatória de produtos estrangeiros.

Afinal, os importados não sujeitos aos mesmos requisitos de qualidade e segurança exigidos dos similares nacionais podem ser colocados no mercado brasileiro a custos muito menores.

Na avaliação de Suplicy, a proposta visa proteger também o consumidor, "evitando que mercadorias inadequadas para o consumo cheguem às prateleiras do varejo".

Mudanças

A proposta de Thame - que tem apoio de várias entidades empresariais - recebeu algumas alterações na CAE, ao aprovar o relatório de Suplicy.

O senador recebeu diversas ponderações da Receita Federal e as acolheu em três emendas à proposta original. As emendas, segundo ele, visam corrigir ambigüidades e tornar mais clara a aplicação de penas como suspensão e cancelamento do registro de importador.

Isonomia

Na discussão da proposta, os senadores Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), Armando Monteiro(PTB-PE), José Pimentel (PT-CE), Francisco Dornelles (PP-RJ) e Delcídio Amaral (PT-MS) elogiaram a proposta por estabelecer isonomia entre produtos nacionais e importados na avaliação da qualidade no momento em que são colocados no mercado interno.

Os parlamentares observaram que atualmente os produtos nacionais estão sujeitos a uma série de exigências contidas na regulamentação técnica federal, avaliadas pelo Inmetro. Essas exigências, conforme os senadores, não são feitas em relação aos produtos importados.

Desindustrialização
Luiz Henrique afirmou que a "discriminação às avessas", em prejuízo da indústria nacional, tem levado a um processo de desindustrialização do país, principalmente no setor metal-mecânico.

Armando Monteiro disse que há uma guerra no comércio nacional e que, com a aprovação do projeto, o Brasil reforça seu sistema de defesa comercial sem ferir as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

José Pimentel registrou que o projeto vai ao encontro dos propósitos do Plano Brasil Maior. Francisco Dornelles (PP-RJ) observou que a matéria é tão importante que ele não entende a razão de o governo não tê-la adotado por meio de medida provisória (MP).

Antes de ir ao Plenário, o projeto deverá ser examinado pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

Crise mundial e Unasul: um diagnostico equivocado, tres medidas ineficazes

Primeiro a notícia:

Unasul fecha acordo sobre medidas de combate à crise econômica mundial
Monica Yanakiew
Jornal do Brasil, 25/08/2011

Os chanceleres dos 12 países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) chegaram a um acordo hoje (24) sobre três mecanismos para fazer frente aos efeitos da crise internacional: a criação de um fundo regional de reservas; a implementação do Banco do Sul para financiar obras de infraestrutura e desenvolvimento na região; e o aumento de intercâmbio comercial em moeda local.

A crise internacional tem sido tema de reuniões da Unasul desde reunião de presidentes, em Lima, no ultimo dia 28 de julho. Um dos resultados foi a criação, duas semanas depois, do Conselho Sul-Americano de Economia e Finanças, a fim de fomentar a troca de ideias entre ministros da Economia e presidentes dos Bancos Centrais da entidade. O conselho, por sua vez, criou três grupos de trabalho, que terão um prazo de 60 dias para entregar os resultados.

Uma das tarefas é promover o intercâmbio comercial na região (que hoje alcança US$ 120 bilhões) e diminuir o numero de transações feitas em dólares.

“Chegamos a um acordo, que foi aprovado hoje (quarta-feira) pelos chanceleres, de avançar num sistema multilateral de pagamentos, que use as moedas locais”, disse o vice-ministro da Economia da Argentina, Roberto Foletti. Ele citou como exemplo um acordo que permite o intercâmbio comercial de certos produtos entre o Brasil e a Argentina, sem recorrer ao dólar.

Outros dois mecanismos em estudo são: um fundo de reservas regional, que os países possam usar quando tiverem problemas de balança de pagamentos, e um banco regional, para financiar o desenvolvimento na América do Sul.

“Precisamos ter um banco de desenvolvimento regional próprio e, por isso, queremos criar o Banco do Sul, e fortalecer a Corporação Andina de Fomento (CAF), que desempenhou um papel importante na região durante a crise de 2009”, disse Foletti.

Por enquanto, a crise internacional não atingiu os países da Unasul porque, segundo Foletti, os Bancos Centrais contam com suficientes reservas (US$ 550 bilhões). Mas ele acha fundamental conservar o mercado regional porque existe o perigo de uma “retração da demanda global”.

Amanhã (25), os chanceleres do Foro de Cooperação América Latina – Ásia do Leste (Focalae) se reunirão em Buenos Aires. Um dos temas é o comércio entre os 18 países latino-americanos e 15 da Ásia do Leste – duas regiões em crescimento, apesar da crise que atinge os Estados Unidos e os países da União Europeia.

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Agora meus comentários [PRA]:

Meu primeiro diagnóstico é que o diagnóstico, justamente, é equivocado. Não existe uma crise que afete a Unasul, uma vez que essa região possui baixa densidade de interações recíprocas, não tem políticas comuns, sequer convergentes, e não dispõe de mecanismos para implementar políticas comuns ou que afetem reciprocamente, no plano econômico, esses países. Cada país tem uma forma de interação, entre si e com o sistema internacional, e cada um deve ter respostas próprias aos desafios externos. O equívoco, portanto, é inicial e primário, eu diria até patético.
Quanto às medidas, eu diria que se trata de "tomar carona" nas bondades dos outros, e se enganar quanto ao que deve ser feito. Vejamos:
(a) criação de um fundo regional de reservas
PRA: Quem paga, quem usa, sob quais condições? O Brasil vai colocar US$ 150 bilhões à disposição do FLAR, ou meros US$ 10 bilhões, uma merreca, como se diz? Quem usar não tem condicionalidade: pode pagar salário de soldados e policiais, por exemplo?

(b) implementação do Banco do Sul para financiar obras de infraestrutura e desenvolvimento na região;
PRA: Uma inutilidade e uma duplicação sobre o que já existe: BIRD, BID, CAF, BNDES, etc. Ou seja, dinheiro a rodo, mais dinheiro, com projetos de qualidade duvidosa?

(c) aumento de intercâmbio comercial em moeda local
PRA: Um retrocesso imenso, sobre 80 anos de multilateralização dos pagamentos correntes, uma bobagem contábil e um custo adicional sobre empresas que devem exportar; os BCs agora vão garantir riscos comerciais e cambiais privados?

Finalizando: o Brasil, os países da Unasul pretendem se iludir sobre as soluções.
Desenvolverei estes pontos em próximos trabalhos.
Paulo Roberto de Almeida

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Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...