A Adoracao a Lula
Blog do Percival Puggina, 21/01/2013
Atravessou os ultimos sete anos sem esclarecimento cabal a incompatibilidade entre a consagração que o povo brasileiro dedica ao ex-presidente Lula e o que esse mesmo povo diz quando chamado a opinar sobre a moralidade da conduta de terceiros. Alguns analistas consideram, com bastante razão, que o brasileiro médio não consegue conectar o que pensa com o que faz. Simetricamente, as ações e omissões de Lula na vida real não influenciam o juízo que esse mesmo cidadão faz do ex-presidente.
Já saiu de cartaz e vai para a amnésia seletiva a operação da Polícia Federal que revelou as relações promíscuas da personagem Rosemary com pessoas envolvidas em corrupção. Os fatos, que teriam tudo para abalar fortemente a imagem de Lula, sequer lhe fizeram cócegas. No entanto, um breve resumo do que se tornou público mostra a gravidade das revelações. Vejamos: a) Lula tinha um affaire com Rosemary (até aí nada que mereça interesse, a não ser de alguma vizinha fofoqueira); b) para tornar mais fáceis essas relações, ele criou um cargo federal em São Paulo, designou Rosemary para esse posto e transferiu para nós, pagadores de impostos, o ônus de sua manutenção (aqui os problemas já entram para o campo político e penal, de onde não mais sairão, ainda que sobre eles se estejam empilhando as páginas do tempo); c) com o mesmo intuito de favorecer os encontros entre ambos, Lula inseriu a amiga nas comitivas que o acompanharam em dezenas de roteiros internacionais, com livre acesso aos seus aposentos privados, transformando em motel a aeronave presidencial; d) num arroubo tão sem propósito quanto o de Calígula ao incluir seu amado cavalo Incitatus na lista dos senadores de Roma, Lula fez com que fosse fornecido passaporte diplomático à sua teúda e nossa manteúda, dando-lhe status de servidora do país no cenário internacional; e) obviamente, a condição de servidora "pública" em missão diplomática, credenciou Rosemary às diárias pagas aos funcionários em tais situações; f) para ocultar todos esses fatos ao conhecimento da matriz, Lula, contrariando rigorosos dispositivos que regem as viagens aéreas, exigia que o nome da filial fosse suprimido das listas de passageiros embarcados na aeronave presidencial.
Os leitores destas linhas sabem que tudo isto é fato. Aliás, fato que tão logo divulgado constrangeu a presidente Dilma a extinguir o cargo que a nossa manteúda ocupava no tal escritório de representação do governo federal em São Paulo. E o ex-presidente, a despeito de sua situação de homem público e de suas responsabilidades em relação aos próprios atos, manteve-se quieto como, digamos assim, um guri cujas fraldas precisam ser trocadas.
Mesmo assim, o efeito dessas revelações sobre a imagem e o prestígio de Lula é igual a zero. Efeito nenhum. Ora, se forem verdadeiros os sempre altíssimos percentuais de apoio ao ex-presidente, é provável que muitos leitores destas linhas tenham o maior apreço pelo nosso Berlusconi matuto. Mas é inegável que o objeto desse apreço é um perfeito velhaco.
______________
* Percival Puggina (68) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Abra a sua propria Igreja, e fique rico rapidamente...
No seguimento do post sobre os mais ricos pastores da teologia da prosperidade (e da mistificacao) no Brasil, meu amigo Orlando Tambosi,que tambem replicou a nateria da revista Forbes em seu blog, relinkou tb a antiga materia ( de 2009) da FSP sobre como criar a sua propria Igreja ( ou seita), que vai aqui reproduzida.
DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2009
Jornalistas criam nova igreja. É rápido e barato.
Abrir uma empresa, no Brasil, leva muito tempo e custa caro. Em compensação, você pode criar uma nova igreja em dois dias, a um custo mínimo. E tem a vantagem que nenhuma empresa tem: isenção do IR e outros impostos. O articulista Hélio Schwartsman e dois repórteres da Folha criaram a Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio e relatam sua experiência, que surrupio na íntegra:
Bastaram dois dias úteis e R$ 218,42 em despesas de cartório para a reportagem da Folha criar uma igreja. Com mais três dias e R$ 200, a Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio já tinha CNPJ, o que permitiu aos seus três fundadores abrir uma conta bancária e realizar aplicações financeiras livres de IR (Imposto de Renda) e de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Seria um crime perfeito, se a prática não estivesse totalmente dentro da lei. Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para a constituição de uma igreja. Tampouco se exige um número mínimo de fiéis.
Basta o registro de sua assembleia de fundação e estatuto social num cartório. Melhor ainda, o Estado está legalmente impedido de negar-lhes fé. Como reza o parágrafo 1º do artigo 44 do Código Civil: "São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento". A autonomia de cada instituição religiosa é quase total. Desde que seus estatutos não afrontem nenhuma lei do país e sigam uma estrutura jurídica assemelhada à das associações civis, os templos podem tudo.
A Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio, por exemplo, pode sem muito exagero ser descrita como uma monarquia absolutista e hereditária. Nesse quesito, ela segue os passos da Igreja da Inglaterra (anglicana), que tem como "supremo governador" o monarca britânico.
Livrar-se de tributos é a principal vantagem material da abertura de uma igreja. Nos termos do artigo 150, VI, b da Constituição, templos de qualquer culto são imunes a impostos que incidam sobre o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com suas finalidades essenciais.
Isso significa que, além de IR e IOF, igrejas estão dispensadas de IPTU (imóveis urbanos), ITR (imóveis rurais), IPVA (veículos), ISS (serviços), para citar só alguns dos vários "Is" que assombram a vida dos contribuintes brasileiros. A única condição é que todos os bens estejam em nome do templo e que se relacionem a suas finalidades essenciais -as quais são definidas pela própria igreja.
O caso do ICMS é um pouco mais polêmico. A doutrina e a jurisprudência não são uniformes. Em alguns Estados, como São Paulo, o imposto é cobrado, mas em outros, como o Rio de Janeiro e Paraná, por força de legislação estadual, igrejas não recolhem o ICMS nem sobre as contas de água, luz, gás e telefone que pagam.
Certos autores entendem que associações religiosas, por analogia com o disposto para outras associações civis, estão legalmente proibidas de distribuir patrimônio ou renda a seus controladores. Mas nada impede -aliás é quase uma praxe- que seus diretores sejam também sacerdotes, hipótese em que podem perfeitamente receber proventos.
A questão fiscal não é o único benefício da empreitada. Cada culto determina livremente quem são seus ministros religiosos e, uma vez escolhidos, eles gozam de privilégios como a isenção do serviço militar obrigatório (CF, art. 143) e o direito a prisão especial (Código de Processo Penal, art. 295).
Na dúvida, os filhos varões dos sócios-fundadores da Igreja Heliocêntrica foram sagrados minissacerdotes. Neste caso, o modelo inspirador foi o budismo tibetano, cujos Dalai Lamas (a reencarnação do lama anterior) são escolhidos ainda na infância.
Voltando ao Brasil, há até o caso de cultos religiosos que obtiveram licença especial do poder público para consumir ritualisticamente drogas alucinógenas.
Desde os anos 80, integrantes de igrejas como Santo Daime, União do Vegetal, A Barquinha estão autorizados pelo Ministério da Justiça a cultivar, transportar e ingerir os vegetais utilizados na preparação do chá ayahuasca -proibido para quem não é membro de uma dessas igrejas.
Se a Lei Geral das Religiões, já aprovada pela Câmara e aguardando votação no Senado, se materializar, mais vantagens serão incorporadas. Templos de qualquer culto poderão, por exemplo, reivindicar apoio do Estado na preservação de seus bens, que gozarão de proteção especial contra desapropriação e penhora.
O diploma também reforça disposições relativas ao ensino religioso. Em princípio, a Igreja Heliocêntrica poderá exigir igualdade de representação, ou seja, que o Estado contrate professores de heliocentrismo.
Colaboraram os bispos CLAUDIO ANGELO, editor de Ciência, e RAFAEL GARCIA, da Reportagem Local
DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2009
Jornalistas criam nova igreja. É rápido e barato.
Abrir uma empresa, no Brasil, leva muito tempo e custa caro. Em compensação, você pode criar uma nova igreja em dois dias, a um custo mínimo. E tem a vantagem que nenhuma empresa tem: isenção do IR e outros impostos. O articulista Hélio Schwartsman e dois repórteres da Folha criaram a Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio e relatam sua experiência, que surrupio na íntegra:
Bastaram dois dias úteis e R$ 218,42 em despesas de cartório para a reportagem da Folha criar uma igreja. Com mais três dias e R$ 200, a Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio já tinha CNPJ, o que permitiu aos seus três fundadores abrir uma conta bancária e realizar aplicações financeiras livres de IR (Imposto de Renda) e de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Seria um crime perfeito, se a prática não estivesse totalmente dentro da lei. Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para a constituição de uma igreja. Tampouco se exige um número mínimo de fiéis.
Basta o registro de sua assembleia de fundação e estatuto social num cartório. Melhor ainda, o Estado está legalmente impedido de negar-lhes fé. Como reza o parágrafo 1º do artigo 44 do Código Civil: "São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento". A autonomia de cada instituição religiosa é quase total. Desde que seus estatutos não afrontem nenhuma lei do país e sigam uma estrutura jurídica assemelhada à das associações civis, os templos podem tudo.
A Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio, por exemplo, pode sem muito exagero ser descrita como uma monarquia absolutista e hereditária. Nesse quesito, ela segue os passos da Igreja da Inglaterra (anglicana), que tem como "supremo governador" o monarca britânico.
Livrar-se de tributos é a principal vantagem material da abertura de uma igreja. Nos termos do artigo 150, VI, b da Constituição, templos de qualquer culto são imunes a impostos que incidam sobre o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com suas finalidades essenciais.
Isso significa que, além de IR e IOF, igrejas estão dispensadas de IPTU (imóveis urbanos), ITR (imóveis rurais), IPVA (veículos), ISS (serviços), para citar só alguns dos vários "Is" que assombram a vida dos contribuintes brasileiros. A única condição é que todos os bens estejam em nome do templo e que se relacionem a suas finalidades essenciais -as quais são definidas pela própria igreja.
O caso do ICMS é um pouco mais polêmico. A doutrina e a jurisprudência não são uniformes. Em alguns Estados, como São Paulo, o imposto é cobrado, mas em outros, como o Rio de Janeiro e Paraná, por força de legislação estadual, igrejas não recolhem o ICMS nem sobre as contas de água, luz, gás e telefone que pagam.
Certos autores entendem que associações religiosas, por analogia com o disposto para outras associações civis, estão legalmente proibidas de distribuir patrimônio ou renda a seus controladores. Mas nada impede -aliás é quase uma praxe- que seus diretores sejam também sacerdotes, hipótese em que podem perfeitamente receber proventos.
A questão fiscal não é o único benefício da empreitada. Cada culto determina livremente quem são seus ministros religiosos e, uma vez escolhidos, eles gozam de privilégios como a isenção do serviço militar obrigatório (CF, art. 143) e o direito a prisão especial (Código de Processo Penal, art. 295).
Na dúvida, os filhos varões dos sócios-fundadores da Igreja Heliocêntrica foram sagrados minissacerdotes. Neste caso, o modelo inspirador foi o budismo tibetano, cujos Dalai Lamas (a reencarnação do lama anterior) são escolhidos ainda na infância.
Voltando ao Brasil, há até o caso de cultos religiosos que obtiveram licença especial do poder público para consumir ritualisticamente drogas alucinógenas.
Desde os anos 80, integrantes de igrejas como Santo Daime, União do Vegetal, A Barquinha estão autorizados pelo Ministério da Justiça a cultivar, transportar e ingerir os vegetais utilizados na preparação do chá ayahuasca -proibido para quem não é membro de uma dessas igrejas.
Se a Lei Geral das Religiões, já aprovada pela Câmara e aguardando votação no Senado, se materializar, mais vantagens serão incorporadas. Templos de qualquer culto poderão, por exemplo, reivindicar apoio do Estado na preservação de seus bens, que gozarão de proteção especial contra desapropriação e penhora.
O diploma também reforça disposições relativas ao ensino religioso. Em princípio, a Igreja Heliocêntrica poderá exigir igualdade de representação, ou seja, que o Estado contrate professores de heliocentrismo.
Colaboraram os bispos CLAUDIO ANGELO, editor de Ciência, e RAFAEL GARCIA, da Reportagem Local
Protectionism, US style - Steven Malanga (The City Journal)
Storm of Protectionism
Steven Malanga
The City Journal, January 20. 2013
It’s time to repeal the Jones Act.
New York–area
residents facing gasoline shortages in Hurricane Sandy’s aftermath must
have wondered about the federal government’s announcement that it would
suspend the Jones Act to ease long lines at the pump. Most of them had
probably never heard of one of the most onerous pieces of protectionist
legislation of the twentieth century. Still in force nearly 100 years
after its passage, it exacts a significant toll on the economy.
Officially known as the Merchant Marine Act of 1920, the Jones Act requires that all goods and people moving by water from one American port to another travel on American-built, American-owned, American-manned ships. The act’s original proponents argued that it was essential to national security, since it helped preserve a maritime fleet that could support the country’s armed forces and supply the nation during wars. Over time, American shipping interests and powerful maritime unions also became fierce defenders of the act, believing that it protected American jobs. Their defense has largely succeeded. Only in emergencies like Hurricanes Katrina and Sandy does the federal government occasionally suspend the Jones Act to get goods flowing more quickly and cheaply. Those brief pauses reveal how much better the market would work without the act.
Like most protectionist legislation, the act costs more than it generates in economic activity. In a 1996 article in the Canadian Journal of Economics, four researchers (including two economists at the U.S. International Trade Commission) wrote that the act allowed “domestic shippers to charge rates substantially above comparable world prices,” reducing shipping by water in the United States and increasing the annual cost of goods by about $6 billion (in today’s dollars). Older studies, they recalled, estimated the cost as high as $10 billion (again, in today’s dollars). The act might save 15,000 jobs in the American shipping industry, but at a price that reduced national income by hundreds of thousands of dollars per job saved. The only trade restrictions worse for the American economy, the authors concluded, were limitations on textile and garment imports. Those “multi-fiber agreements,” in effect at the time of the economists’ study, have since expired.
The Jones Act has also long outlived its national-security rationale. In a 1991 article in Regulation, Rob Quartel, a commissioner at the Federal Maritime Commission, described how U.S. armed forces in the Gulf War moved massive amounts of matériel and personnel using their own ships and those controlled by NATO allies. Only six of the 59 ships that the military employed were Jones Act–subsidized vessels. As Quartel noted, the country’s merchant-marine fleet has continued to shrink, largely because the Jones Act has made American shippers globally uncompetitive. With a monopoly at home, why get better?
Growing evidence of the act’s cost and ineffectiveness has led to calls to rescind it. In 2003, Hawaii congressman Ed Case introduced legislation to free his state from the Jones Act, saying that it so limited competition among shippers serving the state that it had produced a “crippling drag on an already-challenged economy and the very quality of life in Hawaii.” The protectionist legislation, Case argued, “is just an anachronism: most of the world’s shipping is by way of an international merchant marine functioning in an open, competitive market. And those few U.S. flag cargo lines that remain have maneuvered the Jones Act to develop virtual monopolies over domestic cargo shipping.” Similarly, in 2010, Arizona senator John McCain introduced legislation to repeal the act, observing that it “hinders free trade and favors labor unions over consumers.”
These efforts have failed, mostly because of the power of maritime unions and shipping interests, which would rather preserve their hold on a narrow but uncompetitive slice of the marketplace than compete more forcefully around the world. Over the years, both Democratic and Republican presidential administrations have pledged their allegiance to the act in return for the support of the shipping cartel that benefits from it. The losers are American consumers and businesses. It shouldn’t take acts of God like Sandy to show us that the Jones Act should go.
Officially known as the Merchant Marine Act of 1920, the Jones Act requires that all goods and people moving by water from one American port to another travel on American-built, American-owned, American-manned ships. The act’s original proponents argued that it was essential to national security, since it helped preserve a maritime fleet that could support the country’s armed forces and supply the nation during wars. Over time, American shipping interests and powerful maritime unions also became fierce defenders of the act, believing that it protected American jobs. Their defense has largely succeeded. Only in emergencies like Hurricanes Katrina and Sandy does the federal government occasionally suspend the Jones Act to get goods flowing more quickly and cheaply. Those brief pauses reveal how much better the market would work without the act.
Like most protectionist legislation, the act costs more than it generates in economic activity. In a 1996 article in the Canadian Journal of Economics, four researchers (including two economists at the U.S. International Trade Commission) wrote that the act allowed “domestic shippers to charge rates substantially above comparable world prices,” reducing shipping by water in the United States and increasing the annual cost of goods by about $6 billion (in today’s dollars). Older studies, they recalled, estimated the cost as high as $10 billion (again, in today’s dollars). The act might save 15,000 jobs in the American shipping industry, but at a price that reduced national income by hundreds of thousands of dollars per job saved. The only trade restrictions worse for the American economy, the authors concluded, were limitations on textile and garment imports. Those “multi-fiber agreements,” in effect at the time of the economists’ study, have since expired.
The Jones Act has also long outlived its national-security rationale. In a 1991 article in Regulation, Rob Quartel, a commissioner at the Federal Maritime Commission, described how U.S. armed forces in the Gulf War moved massive amounts of matériel and personnel using their own ships and those controlled by NATO allies. Only six of the 59 ships that the military employed were Jones Act–subsidized vessels. As Quartel noted, the country’s merchant-marine fleet has continued to shrink, largely because the Jones Act has made American shippers globally uncompetitive. With a monopoly at home, why get better?
Growing evidence of the act’s cost and ineffectiveness has led to calls to rescind it. In 2003, Hawaii congressman Ed Case introduced legislation to free his state from the Jones Act, saying that it so limited competition among shippers serving the state that it had produced a “crippling drag on an already-challenged economy and the very quality of life in Hawaii.” The protectionist legislation, Case argued, “is just an anachronism: most of the world’s shipping is by way of an international merchant marine functioning in an open, competitive market. And those few U.S. flag cargo lines that remain have maneuvered the Jones Act to develop virtual monopolies over domestic cargo shipping.” Similarly, in 2010, Arizona senator John McCain introduced legislation to repeal the act, observing that it “hinders free trade and favors labor unions over consumers.”
These efforts have failed, mostly because of the power of maritime unions and shipping interests, which would rather preserve their hold on a narrow but uncompetitive slice of the marketplace than compete more forcefully around the world. Over the years, both Democratic and Republican presidential administrations have pledged their allegiance to the act in return for the support of the shipping cartel that benefits from it. The losers are American consumers and businesses. It shouldn’t take acts of God like Sandy to show us that the Jones Act should go.
Steven Malanga is the senior editor of City Journal and a senior fellow at the Manhattan Institute. His latest book is Shakedown: The Continuing Conspiracy Against the American Taxpayer.
domingo, 20 de janeiro de 2013
Ministro do TST diz que sociedade brasileira e' racista
A propria trajetoria do Ministro desmente os seus dizeres.
Paulo Roberto de Almeida
Política
Sociedade brasileira é 'racista', afirma futuro presidente negro do TST
Para Carlos Alberto Reis de Paula, discriminação é 'uma questão cultural'. Ministro assumirá em 5 de março o comando da Justiça Trabalhista.
20/01/2013 12h43 - Atualizado em 20/01/2013 12h43
O ministro Carlos Alberto Reis de Paula, durante entrevista ao G1 em seu gabinete no TST (Foto: Fabiano Costa / G1)
Por Fabiano Costa
Do G1, em Brasília
Primeiro negro eleito para presidir o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o ministro Carlos Alberto Reis de Paula qualifica a sociedade brasileira como "racista e discriminatória".
"É racista, discriminatória e usa de discriminação por um motivo muito simples: uma questão cultural", disse em entrevista ao G1 .
Reis de Paula assumirá o comando da Justiça trabalhista no próximo dia 5 de março, em um momento em que, também pela primeira vez, outro negro, Joaquim Barbosa , chefia a mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal (STF).
Aos 68 anos – ele completa 69 anos em 26 de fevereiro –, o magistrado eleito por unanimidade para a presidência do TST revela que já foi alvo de racismo ao longo da vida, mas nunca foi discriminado no Judiciário. "Isso acontece, isso é o Brasil", disse.
O ministro se diz um defensor das políticas de cotas para o ingresso de negros nas universidades federais. Ele, no entanto, ressalta que é contra a implantação do sistema para o acesso ao serviço público. "O problema de cota não pode ser uma esmola. Cota é uma questão de justiça social", avalia.
Natural de Pedro Leopoldo (MG), município da regi ão metropolitana de Belo Horizonte, Reis de Paula foi o primeiro negro a ser indicado para um tribunal superior do país (o TST), em 1998. Mestre e doutor em direito constitucional pela Universidade Federal deMinas Gerais (UFMG), ele ingressou na magistratura, em 1979, como juiz do trabalho da 3ª Região (MG).
Casado pela segunda vez, Reis de Paula tem três filhas e cinco netos e é torcedor fanático do América mineiro. Atualmente, concilia as atribuições no tribunal trabalhista com o mandato de conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O ministro, porém, diz que deixará a vaga no CNJ assim que assumir a presidência do TST.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
G1 – Há um simbolismo no fato de um negro assumir pela primeira vez o comando do Tribunal Superior do Trabalho no mesmo momento em que o Supremo Tribunal Federal também é presidido por um magistrado negro?
Carlos Alberto Reis de Paula – É uma coincidência da história, mas é lógico que é um fato simbólico. Só se as pessoas não quiserem ler os fatos. Posso fazer várias leituras. Primeiro, posso olhar para os negros e dizer: é possível chegar lá à custa de trabalho individual, muito empenho e dedicação. Sempre que vou a algum lugar elegante, fico pensando: o negro é exceção. Quantos empresários negros existem no Brasil? Quantos homens de dinheiro e poder existem no país?
G1 – O sr. acredita que os negros estão conseguindo conquistar mais espaço?
Reis de Paula – O Brasil ainda não teve um presidente da República negro. Tenho quase certeza de que vão cobrar muito mais do Joaquim [Barbosa, presidente do Supremo] e de mim do que dos outros. Terão muito menos benevolência nas críticas conosco. Não me assusto com isso. Vou viver minha vida com normalidade. Não quero fazer nada de extraordinário. Quero apenas fazer as coisas ordinárias de forma extraordinária.
G1 – O sr. já foi alvo de racismo?
Reis de Paula – Na minha carreira, não, mas na minha vida, sim. Isso acontece, isso é o Brasil. Mas aí você ascende ao cargo de ministro e ninguém mais o discrimina. Mas eu já fui sujeito de racismo.
G1 – Apesar da ascensão de negros a cargos importantes na estrutura da República, a sociedade brasileira ainda é racista?
Reis de Paula – É racista, discriminatória e usa de discriminação por um motivo muito simples: uma questão cultural. E o pior é que a sociedade não toma consciência porque isso está no seu subconsciente. A sociedade é racista. O fundamental é as pessoas tomarem consciência de que são racistas porque os fatos mostram isso. Espero que a minha gestão e a do Joaquim [Barbosa] mostrem que somos iguais aos demais e temos nossos valores.
G1 – Mesmo defensor das cotas raciais para acesso ao ensino superior, o sr. é contra as cotas para ingresso no serviço público. Por quê?
Reis de Paula – Sustento que devemos habilitar todos, sobretudo os negros, para que possam entrar na universidade, se qualificar e concorrer em igualdade com os outros. Mas essa visão não é apenas para negros, e sim para todos os que são discriminados. Pode ser também para índios e portadores de deficiências físicas. A partir do momento em que eu busco isso, não preciso mais reservar cotas. Não posso admitir cota para magistrado, por exemplo. A meu ver, essa é uma visão simplista. O problema de cota não pode ser uma esmola. Cota é uma questão de justiça social, é uma forma de reparar, mas não fazendo doações.
G1 – Empresários reclamam do suposto excesso de benefícios dos trabalhadores brasileiros. Segundo eles, esses direitos encarecem a mão de obra e, consequentemente, os produtos fabricados no país. Na sua avaliação, há exageros nas leis trabalhistas no Brasil?
Reis de Paula – Há um exagero na leitura dos fatos. Em cima do salário dos empregados, há várias incidências de tributos postas pelo governo. O empregado é que sai caro ou o governo é que faz o empregado sair caro? A primeira pergunta que temos de responder é essa. Um empregado brasileiro não é mais caro do que um empregado estrangeiro. O estrangeiro custa muito mais caro em poder de compra. Eu não trabalho com valores nominais. Quero saber é o que ele [empregado] compra com um salário mínimo de R$ 678. Esse é o raciocínio.
G1 – Durante seu mandato, a presidente Dilma Rousseff implementou políticas pontuais de desoneração da folha de pagamentos, que beneficiaram cerca de 40 segmentos da economia. Na sua avaliação, o governo federal deveria promover uma desoneração mais ampla nos encargos trabalhistas para estimular a economia?
Reis de Paula – Não sou eu que vou pensar sobre administração macroeconômica. Todas essas alterações tiveram uma conotação econômica, não foi trabalhista. Acho que as questões trabalhistas teriam de ser analisadas em primeiro lugar pelos governos. Essas questões pontuais resolvem conjuntura, não resolvem estrutura.
G1 – Justiça do Trabalho, Ministério Público e governo federal deveriam trabalhar articulados para tentar erradicar os trabalhos escravo e infantil?
Reis de Paula – Esse é um dos vexames do país. O índice [de trabalho escravo e infantil] reduziu por causa da influência da OIT [Organização Internacional do Trabalho], mas o patamar ainda é alto. Não sou eu quem fala. Consulte o Ministério do Trabalho. A OIT trabalha com um termo que eu considero muito digno, que é o de "trabalho decente". Esse termo envolve não só a segurança no trabalho, mas também o trabalho valorizado, devidamente remunerado, e em condições dignas e humanas, o que afasta o trabalho escravo e infantil. Devemos despertar a nossa consciência.
O ministro Carlos Alberto Reis de Paula, em seu gabinete no TST
G1 – O sr. é a favor da redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais sem diminuição de salário, bandeira histórica do movimento sindical?
Reis de Paula – Os sindicatos fazem muito charme com isso [a redução da jornada de trabalho], mas acho difícil passar no Congresso. Pergunto: 44 horas semanais é uma jornada de trabalho pesada? São discursos, temas de passeata de rua. Não está nesse ponto a solução das questões trabalhistas, isso eu lhe garanto categoricamente. Acho razoável a jornada de 44 horas semanais. Eu, por exemplo, trabalho muito mais do que isso.
G1 – O sr. pretende tomar alguma medida para acelerar a tramitação dos processos na Justiça trabalhista?
Reis de Paula – No Poder Judiciário, trabalhamos em cima de leis que não foram feitas por nós. Não sou legislador, não posso fazer nada contra a lei. Posso interpretá-la, de forma criativa, mas respeitando-a. Aí você me pergunta: demora? Demora. E por que demora? Porque a lei permite que demore. Eu sempre questiono: a quem interessa uma Justiça rápida no Brasil? Aos que não têm voz, costumo responder.
G1 – O sr. defende a regulamentação do direito de greve no serviço público?
Reis de Paula – A Constituição é de 5 de outubro de 1988. Ela já tem 24 anos. Direito de greve, para mim, decorre do trabalho. Vira e mexe, dizem: vamos regulamentar. Mas não passam de mobilizações. A vantagem de um direito sem regulamentação é que você faz o que quer. O problema é esse. A forma de descumprir a Constituição é se omitir.
G1 – Há carreiras públicas que estão extrapolando o direito de greve?
Reis de Paula – Os professores, por exemplo, têm direito de fazer greve, mas depois têm de compensar as aulas que não foram dadas. Por outro lado, o servidor público entra em greve e não compensa. Me conte um dia no Brasil que o Executivo tenha cortado o ponto de algum grevista ou servidor público.
G1 – O senhor vê restrições no meio jurídico aos magistrados da Justiça do Trabalho?
Reis de Paula – Quando eu estava na Faculdade de Direito da UFMG, dizia-se que a Justiça do Trabalho era uma justiça menor, de balcão de negócios. A verdade é que há maus olhares para a Justiça do Trabalho. O problema é que a Justiça do Trabalho não é conhecida. A sociedade não valoriza o trabalho. Se valorizasse, a Justiça do Trabalho seria extremamente valorizada no país. É um problema cultural.
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Paulo Roberto de Almeida
Política
Sociedade brasileira é 'racista', afirma futuro presidente negro do TST
Para Carlos Alberto Reis de Paula, discriminação é 'uma questão cultural'. Ministro assumirá em 5 de março o comando da Justiça Trabalhista.
20/01/2013 12h43 - Atualizado em 20/01/2013 12h43
O ministro Carlos Alberto Reis de Paula, durante entrevista ao G1 em seu gabinete no TST (Foto: Fabiano Costa / G1)
Por Fabiano Costa
Do G1, em Brasília
Primeiro negro eleito para presidir o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o ministro Carlos Alberto Reis de Paula qualifica a sociedade brasileira como "racista e discriminatória".
"É racista, discriminatória e usa de discriminação por um motivo muito simples: uma questão cultural", disse em entrevista ao G1 .
Reis de Paula assumirá o comando da Justiça trabalhista no próximo dia 5 de março, em um momento em que, também pela primeira vez, outro negro, Joaquim Barbosa , chefia a mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal (STF).
Aos 68 anos – ele completa 69 anos em 26 de fevereiro –, o magistrado eleito por unanimidade para a presidência do TST revela que já foi alvo de racismo ao longo da vida, mas nunca foi discriminado no Judiciário. "Isso acontece, isso é o Brasil", disse.
O ministro se diz um defensor das políticas de cotas para o ingresso de negros nas universidades federais. Ele, no entanto, ressalta que é contra a implantação do sistema para o acesso ao serviço público. "O problema de cota não pode ser uma esmola. Cota é uma questão de justiça social", avalia.
Natural de Pedro Leopoldo (MG), município da regi ão metropolitana de Belo Horizonte, Reis de Paula foi o primeiro negro a ser indicado para um tribunal superior do país (o TST), em 1998. Mestre e doutor em direito constitucional pela Universidade Federal deMinas Gerais (UFMG), ele ingressou na magistratura, em 1979, como juiz do trabalho da 3ª Região (MG).
Casado pela segunda vez, Reis de Paula tem três filhas e cinco netos e é torcedor fanático do América mineiro. Atualmente, concilia as atribuições no tribunal trabalhista com o mandato de conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O ministro, porém, diz que deixará a vaga no CNJ assim que assumir a presidência do TST.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
G1 – Há um simbolismo no fato de um negro assumir pela primeira vez o comando do Tribunal Superior do Trabalho no mesmo momento em que o Supremo Tribunal Federal também é presidido por um magistrado negro?
Carlos Alberto Reis de Paula – É uma coincidência da história, mas é lógico que é um fato simbólico. Só se as pessoas não quiserem ler os fatos. Posso fazer várias leituras. Primeiro, posso olhar para os negros e dizer: é possível chegar lá à custa de trabalho individual, muito empenho e dedicação. Sempre que vou a algum lugar elegante, fico pensando: o negro é exceção. Quantos empresários negros existem no Brasil? Quantos homens de dinheiro e poder existem no país?
G1 – O sr. acredita que os negros estão conseguindo conquistar mais espaço?
Reis de Paula – O Brasil ainda não teve um presidente da República negro. Tenho quase certeza de que vão cobrar muito mais do Joaquim [Barbosa, presidente do Supremo] e de mim do que dos outros. Terão muito menos benevolência nas críticas conosco. Não me assusto com isso. Vou viver minha vida com normalidade. Não quero fazer nada de extraordinário. Quero apenas fazer as coisas ordinárias de forma extraordinária.
G1 – O sr. já foi alvo de racismo?
Reis de Paula – Na minha carreira, não, mas na minha vida, sim. Isso acontece, isso é o Brasil. Mas aí você ascende ao cargo de ministro e ninguém mais o discrimina. Mas eu já fui sujeito de racismo.
G1 – Apesar da ascensão de negros a cargos importantes na estrutura da República, a sociedade brasileira ainda é racista?
Reis de Paula – É racista, discriminatória e usa de discriminação por um motivo muito simples: uma questão cultural. E o pior é que a sociedade não toma consciência porque isso está no seu subconsciente. A sociedade é racista. O fundamental é as pessoas tomarem consciência de que são racistas porque os fatos mostram isso. Espero que a minha gestão e a do Joaquim [Barbosa] mostrem que somos iguais aos demais e temos nossos valores.
G1 – Mesmo defensor das cotas raciais para acesso ao ensino superior, o sr. é contra as cotas para ingresso no serviço público. Por quê?
Reis de Paula – Sustento que devemos habilitar todos, sobretudo os negros, para que possam entrar na universidade, se qualificar e concorrer em igualdade com os outros. Mas essa visão não é apenas para negros, e sim para todos os que são discriminados. Pode ser também para índios e portadores de deficiências físicas. A partir do momento em que eu busco isso, não preciso mais reservar cotas. Não posso admitir cota para magistrado, por exemplo. A meu ver, essa é uma visão simplista. O problema de cota não pode ser uma esmola. Cota é uma questão de justiça social, é uma forma de reparar, mas não fazendo doações.
G1 – Empresários reclamam do suposto excesso de benefícios dos trabalhadores brasileiros. Segundo eles, esses direitos encarecem a mão de obra e, consequentemente, os produtos fabricados no país. Na sua avaliação, há exageros nas leis trabalhistas no Brasil?
Reis de Paula – Há um exagero na leitura dos fatos. Em cima do salário dos empregados, há várias incidências de tributos postas pelo governo. O empregado é que sai caro ou o governo é que faz o empregado sair caro? A primeira pergunta que temos de responder é essa. Um empregado brasileiro não é mais caro do que um empregado estrangeiro. O estrangeiro custa muito mais caro em poder de compra. Eu não trabalho com valores nominais. Quero saber é o que ele [empregado] compra com um salário mínimo de R$ 678. Esse é o raciocínio.
G1 – Durante seu mandato, a presidente Dilma Rousseff implementou políticas pontuais de desoneração da folha de pagamentos, que beneficiaram cerca de 40 segmentos da economia. Na sua avaliação, o governo federal deveria promover uma desoneração mais ampla nos encargos trabalhistas para estimular a economia?
Reis de Paula – Não sou eu que vou pensar sobre administração macroeconômica. Todas essas alterações tiveram uma conotação econômica, não foi trabalhista. Acho que as questões trabalhistas teriam de ser analisadas em primeiro lugar pelos governos. Essas questões pontuais resolvem conjuntura, não resolvem estrutura.
G1 – Justiça do Trabalho, Ministério Público e governo federal deveriam trabalhar articulados para tentar erradicar os trabalhos escravo e infantil?
Reis de Paula – Esse é um dos vexames do país. O índice [de trabalho escravo e infantil] reduziu por causa da influência da OIT [Organização Internacional do Trabalho], mas o patamar ainda é alto. Não sou eu quem fala. Consulte o Ministério do Trabalho. A OIT trabalha com um termo que eu considero muito digno, que é o de "trabalho decente". Esse termo envolve não só a segurança no trabalho, mas também o trabalho valorizado, devidamente remunerado, e em condições dignas e humanas, o que afasta o trabalho escravo e infantil. Devemos despertar a nossa consciência.
O ministro Carlos Alberto Reis de Paula, em seu gabinete no TST
G1 – O sr. é a favor da redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais sem diminuição de salário, bandeira histórica do movimento sindical?
Reis de Paula – Os sindicatos fazem muito charme com isso [a redução da jornada de trabalho], mas acho difícil passar no Congresso. Pergunto: 44 horas semanais é uma jornada de trabalho pesada? São discursos, temas de passeata de rua. Não está nesse ponto a solução das questões trabalhistas, isso eu lhe garanto categoricamente. Acho razoável a jornada de 44 horas semanais. Eu, por exemplo, trabalho muito mais do que isso.
G1 – O sr. pretende tomar alguma medida para acelerar a tramitação dos processos na Justiça trabalhista?
Reis de Paula – No Poder Judiciário, trabalhamos em cima de leis que não foram feitas por nós. Não sou legislador, não posso fazer nada contra a lei. Posso interpretá-la, de forma criativa, mas respeitando-a. Aí você me pergunta: demora? Demora. E por que demora? Porque a lei permite que demore. Eu sempre questiono: a quem interessa uma Justiça rápida no Brasil? Aos que não têm voz, costumo responder.
G1 – O sr. defende a regulamentação do direito de greve no serviço público?
Reis de Paula – A Constituição é de 5 de outubro de 1988. Ela já tem 24 anos. Direito de greve, para mim, decorre do trabalho. Vira e mexe, dizem: vamos regulamentar. Mas não passam de mobilizações. A vantagem de um direito sem regulamentação é que você faz o que quer. O problema é esse. A forma de descumprir a Constituição é se omitir.
G1 – Há carreiras públicas que estão extrapolando o direito de greve?
Reis de Paula – Os professores, por exemplo, têm direito de fazer greve, mas depois têm de compensar as aulas que não foram dadas. Por outro lado, o servidor público entra em greve e não compensa. Me conte um dia no Brasil que o Executivo tenha cortado o ponto de algum grevista ou servidor público.
G1 – O senhor vê restrições no meio jurídico aos magistrados da Justiça do Trabalho?
Reis de Paula – Quando eu estava na Faculdade de Direito da UFMG, dizia-se que a Justiça do Trabalho era uma justiça menor, de balcão de negócios. A verdade é que há maus olhares para a Justiça do Trabalho. O problema é que a Justiça do Trabalho não é conhecida. A sociedade não valoriza o trabalho. Se valorizasse, a Justiça do Trabalho seria extremamente valorizada no país. É um problema cultural.
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Terras: a velha paranoia brasileira contra estrangeiros
Os brasileiros são um povo paranoico, eu até diria ultraparanoico. Basta que estrangeiros comprem um pouco mais de terras e eles já começam a achar que os estrangeiros vão fugir com a terra embaixo do braço, em lugar de fazer como qualquer brasileiro: produzir para o mercado, e se preciso for, exportar 100% da produção...
Não há sentido em limitar a compra de terra por estrangeiros, sobretudo num país aberto e feito por imigrantes como o Brasil. Mas o nacionalismo atávico é mais forte...
Por pura estupidez...
Paulo Roberto de Almeida
Não há sentido em limitar a compra de terra por estrangeiros, sobretudo num país aberto e feito por imigrantes como o Brasil. Mas o nacionalismo atávico é mais forte...
Por pura estupidez...
Paulo Roberto de Almeida
Coluna Esplanada
Estrangeiros têm US$ 60 bilhões em terras no Brasil
Propriedades se concentram nas regiões Centro-Oeste e Norte e pertencem, em grande parte, a empresários da China e Oriente Médio
por Leandro Mazzini
Um relatório do Banco Central sobre investimentos no país, nas
mãos da presidente Dilma, informa que estrangeiros já compraram US$ 60
bilhões em terras no Brasil. A maioria deles é de empresários da China e
Oriente Médio. As propriedades adquiridas concentram-se nas regiões
Centro-Oeste e Norte. A Agência Brasileira de Inteligência tem informes
de que agora os chineses, para driblar eventual desconfiança sobre seus
interesses, têm usado argentinos como ‘laranjas’.
O Opinião e Notícia acrescenta: O Instituto Nacional de Colonização e de Reforma Agrária (Incra) constatou por meio de estudos que 0,6% dos imóveis rurais cadastrados no país estavam de posse de estrangeiros em 2007. O tamanho médio das propriedades estrangeiras é equivalente ao das nacionais.
O Opinião e Notícia acrescenta: O Instituto Nacional de Colonização e de Reforma Agrária (Incra) constatou por meio de estudos que 0,6% dos imóveis rurais cadastrados no país estavam de posse de estrangeiros em 2007. O tamanho médio das propriedades estrangeiras é equivalente ao das nacionais.
Ciencia sem Fronteiras: para criar riquezas ou gerar deficit publico? - Editorial Estadao
Apesar do autor destas linhas pertencer a essa estranha tribo dos masturbadores sociais que são os sociólogos -- invoco em meu favor o fato de nunca ter registrado o título, e de jamais ter exercido a profissão, a não ser como professor, o que não credencia ninguém, pois como já disse um ex-presidente, quem sabe vai trabalhar, quem não sabe vai ensinar... -- eu jamais concordaria em dar bolsas fáceis para todos os adeptos das ditas humanidades, que carecem do mais humano sentimento da lógica elementar.
Os estudiosos e profissionais das chamadas hard sciences costumam produzir riquezas, sob a forma de patentes, inovações, processos e mecanismos produtivos. Os profissionais das humanidades costumam produzir déficit público.
Já o Ciência Sem Fronteiras me parece um programa de férias remuneradas, já que desvinculado de um processo de reaproveitamento dos bolsistas ao cabo de seu estágio no exterior, mas ainda assim pode-se considerar que os estudantes aprendem pelo menos a se expressar em outras línguas (pelo menos os 20% que não se dirige a países ibéricos e latino-americanos, que não possuem uma ciência superior à do Brasil), e até alguns rudimentos do que anda apontando na pesquisa de alguns países...
Mas e as ciências sociais, o que trariam de bom ao Brasil? Suspeito que muito pouca coisa, para não dizer nada...
Paulo Roberto de Almeida
Os estudiosos e profissionais das chamadas hard sciences costumam produzir riquezas, sob a forma de patentes, inovações, processos e mecanismos produtivos. Os profissionais das humanidades costumam produzir déficit público.
Já o Ciência Sem Fronteiras me parece um programa de férias remuneradas, já que desvinculado de um processo de reaproveitamento dos bolsistas ao cabo de seu estágio no exterior, mas ainda assim pode-se considerar que os estudantes aprendem pelo menos a se expressar em outras línguas (pelo menos os 20% que não se dirige a países ibéricos e latino-americanos, que não possuem uma ciência superior à do Brasil), e até alguns rudimentos do que anda apontando na pesquisa de alguns países...
Mas e as ciências sociais, o que trariam de bom ao Brasil? Suspeito que muito pouca coisa, para não dizer nada...
Paulo Roberto de Almeida
O 'Ciência sem Fronteiras'
19 de janeiro de 2013 | 2h 03
Editorial O Estado de S.Paulo
Alegando que o governo tem o direito de estabelecer
prioridades em matéria de financiamento ao ensino e à pesquisa, o
Tribunal Regional Federal (TRF) da 5.ª Região cassou a liminar concedida
pela Justiça Federal do Ceará que determinava a inclusão de 20 cursos
da área de ciências sociais no programa Ciência sem Fronteiras,
beneficiando com isso estudantes de letras, sociologia, artes,
publicidade e comunicação. Segundo o relator do processo no TRF,
desembargador Manoel Erhardt, ao ampliar a abrangência desse programa -
que concentra suas bolsas nas ciências exatas e biológicas, áreas nas
quais o Brasil tem um grande déficit de profissionais qualificados -, a
Justiça Federal cearense "comprometeu a filosofia" do Ciência sem
Fronteiras".
A liminar suspensa pelo TRF da 5.ª Região havia sido concedida em dezembro a pedido do Ministério Público Federal, que acolheu uma reivindicação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Em sua 64.ª reunião, realizada em julho de 2012, a entidade reivindicou a concessão de bolsas para pesquisadores de ciências humanas, sob a justificativa de "aprimorar a área e fortalecer a política nacional de pós-graduação".
Em resposta, os ministros de Ciência e Tecnologia e de Educação alegaram que o déficit de engenheiros, médicos, biólogos, químicos e tecnólogos é um obstáculo para o desenvolvimento do País. "O problema não está na área de ciências sociais, mas, principalmente, nas de engenharias. Nas humanidades, o Brasil já tem uma expressão bastante grande", disse o ministro Aloizio Mercadante.
Embates judiciais e pressões corporativas têm sido um dos principais entraves para a modernização do sistema educacional e do sistema de fomento à pesquisa e qualificação do pessoal do ensino superior. Lançado há um ano, o Ciência sem Fronteiras prevê a concessão de 101 mil bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado no exterior.
As primeiras bolsas se destinaram a estudos nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França e Itália, nas áreas de matemática, física, química e biologia. Os editais seguintes deram prioridade às engenharias e às ciências aplicadas, como nanotecnologia, biotecnologia, computação, tecnologia de comunicação, tecnologia mineral, petróleo, gás e carvão mineral.
O programa tem sido elogiado pela iniciativa privada, que há muito tempo reivindica mão de obra qualificada. O crescimento da economia, ainda que modesto no ano passado, agravou o problema do déficit de profissionais preparados no mercado de trabalho. Na área financeira, a escassez de engenheiros chegou a tal ponto que os bancos, as seguradoras e os fundos passaram a contratar profissionais recém-formados em matemática, física e ciências atuariais para trabalhar em atividades que normalmente são exercidas por especialistas em engenharia financeira, como análise de risco, modelagem, precificação e uso de plataformas de investimentos com base em algoritmos.
A comunidade acadêmica também recebeu bem o Ciência sem Fronteiras, apesar das reivindicações da área de ciências humanas e sociais para ser agraciada com bolsas de estudo no exterior. Por causa dessas pressões, as autoridades educacionais assumiram uma posição ambígua. Apesar de o TRF da 5.ª Região ter cassado a liminar que permitia a participação de universitários da área de ciências humanas e sociais no Ciência sem Fronteiras, as duas agências de fomento responsáveis pelo programa - a Capes e o CNPq - mantiveram as inscrições desses alunos. No entanto, não deixaram claro se, ao final do processo de avaliação dos currículos e dos projetos de pesquisa, eles receberão bolsas - o que pode levar a novos recursos nos tribunais.
O governo acertou ao lançar um programa que reduz a distância entre as universidades brasileiras e as estrangeiras mais conceituadas nas áreas de conhecimento estratégicas para o desenvolvimento do País. Contudo, pressões corporativas e a incerteza causada por decisões judiciais que alteram as regras do jogo podem comprometer o sucesso desse programa.
A liminar suspensa pelo TRF da 5.ª Região havia sido concedida em dezembro a pedido do Ministério Público Federal, que acolheu uma reivindicação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Em sua 64.ª reunião, realizada em julho de 2012, a entidade reivindicou a concessão de bolsas para pesquisadores de ciências humanas, sob a justificativa de "aprimorar a área e fortalecer a política nacional de pós-graduação".
Em resposta, os ministros de Ciência e Tecnologia e de Educação alegaram que o déficit de engenheiros, médicos, biólogos, químicos e tecnólogos é um obstáculo para o desenvolvimento do País. "O problema não está na área de ciências sociais, mas, principalmente, nas de engenharias. Nas humanidades, o Brasil já tem uma expressão bastante grande", disse o ministro Aloizio Mercadante.
Embates judiciais e pressões corporativas têm sido um dos principais entraves para a modernização do sistema educacional e do sistema de fomento à pesquisa e qualificação do pessoal do ensino superior. Lançado há um ano, o Ciência sem Fronteiras prevê a concessão de 101 mil bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado no exterior.
As primeiras bolsas se destinaram a estudos nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França e Itália, nas áreas de matemática, física, química e biologia. Os editais seguintes deram prioridade às engenharias e às ciências aplicadas, como nanotecnologia, biotecnologia, computação, tecnologia de comunicação, tecnologia mineral, petróleo, gás e carvão mineral.
O programa tem sido elogiado pela iniciativa privada, que há muito tempo reivindica mão de obra qualificada. O crescimento da economia, ainda que modesto no ano passado, agravou o problema do déficit de profissionais preparados no mercado de trabalho. Na área financeira, a escassez de engenheiros chegou a tal ponto que os bancos, as seguradoras e os fundos passaram a contratar profissionais recém-formados em matemática, física e ciências atuariais para trabalhar em atividades que normalmente são exercidas por especialistas em engenharia financeira, como análise de risco, modelagem, precificação e uso de plataformas de investimentos com base em algoritmos.
A comunidade acadêmica também recebeu bem o Ciência sem Fronteiras, apesar das reivindicações da área de ciências humanas e sociais para ser agraciada com bolsas de estudo no exterior. Por causa dessas pressões, as autoridades educacionais assumiram uma posição ambígua. Apesar de o TRF da 5.ª Região ter cassado a liminar que permitia a participação de universitários da área de ciências humanas e sociais no Ciência sem Fronteiras, as duas agências de fomento responsáveis pelo programa - a Capes e o CNPq - mantiveram as inscrições desses alunos. No entanto, não deixaram claro se, ao final do processo de avaliação dos currículos e dos projetos de pesquisa, eles receberão bolsas - o que pode levar a novos recursos nos tribunais.
O governo acertou ao lançar um programa que reduz a distância entre as universidades brasileiras e as estrangeiras mais conceituadas nas áreas de conhecimento estratégicas para o desenvolvimento do País. Contudo, pressões corporativas e a incerteza causada por decisões judiciais que alteram as regras do jogo podem comprometer o sucesso desse programa.
Ah, esses vis exploradores capitalistas, imperialistas, americanos arrogantes...
Um pouco como o funcionário público que deixa o paletó na cadeira para fingir que está trabalhando. Esse americano explorava a mão-de-obra chinesa em seu favor. Desse jeito os imperialistas ficam ricos: explorando os mais pobres e oprimidos...
Bem, mas se foram eles que inventaram tudo isso, como é que os chineses poderiam fazer, sem os perversos exploradores americanos? Qual mercado solicitaria suas competências?
Paulo Roberto de Almeida
Bem, mas se foram eles que inventaram tudo isso, como é que os chineses poderiam fazer, sem os perversos exploradores americanos? Qual mercado solicitaria suas competências?
Paulo Roberto de Almeida
Americano é flagrado terceirizando trabalho a chineses para passar o dia navegando na internet
- Desenvolvedor de software deu a chineses acesso remoto ao seu computador na empresa em que trabalhava
- Ele passava o dia assistindo a vídeos no Youtube e navegando em sites como Reddit, eBay e Facebook
- O Globo, 18/01/2013
RIO — Um desenvolvedor de software americano foi flagrado terceirizando
seu trabalho diário para chineses só para passar o dia inteiro
assistindo a vídeos de gatos no Youtube e caçando ofertas no eBay. O
funcionário, identificado apenas como Bob, pagava um quinto do seu
salário anual para uma empresa de Sheniang, na China, realizar suas
tarefas.
A
“malandragem” foi descoberta depois que a firma em que Bob trabalhava —
uma grande empresa da área de infraestrutura cujo nome não foi revelado
— notou atividade anômala em sua Rede Privada Virtual (VPN, na sigla em
inglês) e encomendou uma investigação à operadora Verizon.
Redes
VPN permitem que funcionários acessem de qualquer lugar suas estações
de trabalho. Valendo-se dessa tecnologia, Bob deu acesso ao seu
computador à companhia chinesa. Ele ainda enviou sua chave de segurança
por FedEx ao país asiático para burlar a autenticação que sua
empregadora utilizava.
Segundo
a Verizon, Bob recebia centenas de milhares de dólares por ano no
emprego, enquanto pagava apenas US$ 50 mil aos chineses.
Como
publicou o site “The Next Web”, a investigação concluiu que o dia a dia
de Bob obedecia ao seguinte cronograma: ele chegava às 9h e assistia a
vídeos de felinos no Youtube e navegava no site de compartilhamento de
links Reddit até as 11h30m, quando saia para almoçar. Às 13h era hora de
procurar ofertas no eBay. Ao Facebook e ao LinkedIn ele dedicava duas
horas e meia, entre 14h e 16h30m. Só então Bob fazia alguma coisa
produtiva: enviava um relatório por e-mail ao seu chefe sobre as tarefas
que “realizou”. Às 17h chegava ao fim seu duro dia de “trabalho”.
O
serviço dos chineses era excelente, já que Bob era avaliado como um
funcionário de ótimo desempenho e chegou a receber o título de melhor
desenvolvedor da companhia, pois os códigos de computador que criava
eram elegantes e eficientes.
O
relatório da Verizon descreve Bob como um sujeito de família na casa
dos 40 anos, quieto e inofensivo. Seu pecado mesmo era a preguiça, já
que tinha todas as condições técnicas para realizar o seu trabalho,
sendo versado em diversas linguagens de programação.
O caso foi descoberto em 2012 mas só veio a público esta semana. Bob já não trabalha mais na companhia.
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