terça-feira, 7 de maio de 2013

Bolsa Familia: o maior programa assistencialista do mundo (e grande curral eleitoral...)


Blog do Augusto Nunes, 06/05/2013

REYNALDO ROCHA
O Bolsa Família completa em 2013 dez anos de existência nos moldes em que foi criado. Ao longo desse tempo, foi vendido como o programa de inserção social mais exitoso do mundo. O degrau para a ascensão social de classes menos assistidas. A grande obra que permitiu retirar da miséria milhões de brasileiros.
Os que ousaram criticar a falta de uma “porta de saída” eram rotulados de insensíveis ou defensores da desigualdade social ou coisas muito piores. Como sempre, demonizavam quem se dava ao trabalho de raciocinar.  Não entenderam sequer que os opositores tucanos não poderiam ser contra o programa. Afinal, foi invenção deles. Criação de Ruth Cardoso. Em outro modelo.
Há sempre uma componente que o PT não consegue falsificar nem controlar: o tempo. Que, por vezes, é mais lento do que gostaríamos. Mas é implacável.
O Bolsa Família já tem a segunda geração de dependentes! Netos de mulheres atendidas são hoje a condição para que filhas passem a receber o benefício.
São famílias dependentes. Avó, mãe e netos. Uma cadeia de horror, uma prova irrefutável da falência das políticas sociais do lulopetismo. A miséria preservada.
Foram dez anos (e haverá mais dois!) de nenhuma alteração no quadro social do Brasil. Mesmo para os dependentes dos auxílios federais.
Qual o nome que pode ser dado a isto, senão fracasso?
Lula e Dilma criaram uma classe média de fantasia. De cenário de filme, onde só existem as paredes dos sets de filmagem. Alavancada por um crédito fácil. Que se acabou. Ou pelo imenso endividamento de quem acreditou no paraíso petista ou pelo juro excessivo embutido em suaves prestações. Um novo “milagre brasileiro”. Que, como os outros, não levou ao céu. O inferno era previsível. O outro nome dele é inflação.
A imensa massa de dependentes (financeiros e eleitorais) criada pelo PT com o Bolsa Família é humilhante para o país. Não há porta de saída! Não há incentivo para que se abandone este auxílio que um dia Luiz Gonzaga chamou de esmola: “Mas doutô, uma esmola a um homem qui é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão!” O que seria um suporte para um futuro é hoje o bilhete de permanência no passado.
Não fazíamos criticas. Gritávamos alertas! E apoiamos o amparo aos menos assistidos, pobres e miseráveis. E pedíamos um passo além! O resgate da dignidade. A ajuda que não seria nunca, permanente, mas temporária. E sabíamos que este auxílio era um fim em si mesmo. Para aumentar um imenso curral de miseráveis manobrados por quem descobriu na miséria um dos eixos (o outro é a corrupção) do projeto de poder aloprado e criminoso. Mas sempre maléfico ao Brasil. E ao ser humano.
O resultado aí está. Não é opinião. São fatos.
O que dizer de um regime que por 10 anos deteve mais poder que qualquer outro (nem mesmo a ditadura militar chegou a tanto, pois lhe faltava apoio de civis engajados na loucura) e se sustenta na permanência da miséria como combustível eleitoral?
Que não teve a mínima competência para criar uma ponte e preferiu construir um muro? Com gente dentro…
Vejam este trecho de reportagem do Globo: “Grávida de seis meses, Danielle estuda à noite, no 1º ano do ensino médio, e diz que só espera a criança nascer para solicitar o benefício. – Ela está fazendo a família dela e vai ter o próprio Bolsa Família, diz a mãe”.
Não é só uma jovem que fez da maternidade o acesso ao que “vicia o cidadão”. São 50 milhões de brasileiros beneficiados. Sem porta de saída. Sem saber de onde vem o dinheiro. Sem ter a noção que a dignidade está na educação e na efetiva inclusão social.
Jamais houve um náufrago que, sobrevivendo num bote de emergência, quisesse nele permanecer.O PT criou a profissão em que não se trabalha mas se tem a paga pelo que não se fez.
Já não são só os miseráveis que se beneficiam. São brasileiros (famílias na segunda geração) que preferem receber sem produzir. São incentivadas pelo governo do PT, que prefere miseráveis dependentes a cidadãos informados e produtivos, na totalidade.
Não estou criticando quem necessita do Bolsa Família. Nem do próprio programa de amparo. Mas ACUSO o governo do PT de instrumentalizar a miséria, perder 10 anos de nossa história, usar miseráveis como combustível desta máquina de compadrios e corrupção, ignorar a educação (que nunca valorizou) como a ÚNICA porta de saída do programa assistencialista e deturpar o sentido da palavra DIGNIDADE.
Nada deu errado. Esse era o plano. Deu certo.
Para eles, uma massa eleitoral sob controle. Para nós um passo da manutenção do projeto de poder que nos envergonha!
Em 10 anos, perdemos 10 anos.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Venezuela aumenta o salario minimo: ja vimos esse filme antes e conhecemos o final...

Os venezuelanos talvez não tenham ainda conhecido uma experiência de hiperinflação controlada, que faz parte de nossa história (mais de uma vez aliás), com esse mesmo cenário: o governo aumenta o salário mínimo, os preços nem esperam o reflexo no bolso dos trabalhadores e já começam a subir a ladeira...
Enfim, eles vão descobrir que aumentos de 20% ou mais, produzem o triplo de inflação...
Paulo Roberto de Almeida

Salario mínimo venezolano aumenta a $390

Ayer miércoles 1 de mayo entró en vigencia el aumento de 20 % del salario mínimo mensual para los trabajadores venezolanos, con lo que la remuneración básica se ubica en 2.457,02 bolívares (390 dólares).

De este modo, la jornada diurna se sitúa en 81,90 bolívares (13 dólares), según lo establece el decreto número 30 publicado en la Gaceta Oficial ordinaria número 40.157 del pasado martes 30 de abril.

A partir del próximo 1 de septiembre se producirá un nuevo incremento, de 10%, que llevará el salario mínimo a 2.702,73 bolívares mensuales (429 dólares), y el 1º de noviembre habrá otro ajuste, de entre 5% y 10%, "tomando como referencia el comportamiento del Índice Nacional de Precios al Consumidor (INPC) durante 2013". 

En el primer trimestre del año la inflación varió 7,9 %.

Asimismo, el decreto precisa el mismo porcentaje de aumento para los sueldos de los adolescentes aprendices, de modo que quedan en 1.826,91 bolívares (289,9 dólares) desde ayer y en 2009,60 bolívares (318,9 dólares) desde septiembre.

El nuevo monto del salario mínimo significa también que se incrementan las pensiones y jubilaciones de la Administración Pública y del Instituto Venezolano de los Seguros Sociales (IVSS). 

Maduro anunció el ajuste el pasado 9 de abril, cuando era candidato a la Presidencia. Ayer, Día Internacional del Trabajador, firmó el decreto para la entrada en vigencia del aumento salarial, en medio de una masiva movilización de la clase obrera en el centro de Caracas.
Agencia Venezolana de Noticias (AVN) (Jueves 02/05/2013) 

Ensino de Portugues para brasileiros nos EUA - Movimento Educacionista


Canal internacional da Globo anuncia curadora do programa “Aprendendo Português” nos Estados Unidos

Nesta sexta-feira, dia 03, o canal internacional da Globo anunciou a curadora do programa “Aprendendo Português” nos Estados Unidos, Arlete Falkowski.  A nomeação foi feita por Alejandra Moreno, gerente de marketing do canal, durante a oitava edição do Focus Brasil-EUA, fórum cultural brasileiro que todos os anos acontece em Fort Lauderdale, na Flórida.

Criado em 2012, o programa “Aprendendo Português” é uma iniciativa da Globo que tem como propósito apoiar instituições de ensino da língua portuguesa que buscam preservar e promover ações de educação e integração cultural da comunidade brasileira que vive fora do país.

Vice-Presidente da Fundação do Movimento Educacionista dos EUA, Arlete é mestre em Educação e Desenvolvimento Humano, professora de Português como língua estrangeira e autora do livro “Turminha Animada de Lucy e Tuca - Princípios de Alfabetização”. Sua participação no “Aprendendo Português” foi celebrada pela Globo.  “Estamos muito felizes com esta parceria.  A experiência de Arlete, seu conhecimento sobre a língua portuguesa de herança e a sua proximidade com organizações educacionais que atuam nos Estados Unidos, serão de extrema importância para a continuidade do programa, o seu processo seletivo e o acompanhamento das atividades de instituições que forem apoiadas”, comentou Alejandra.

As primeiras instituições que receberam apoio da emissora no último ano foram a ABRACE - Associação Brasileira de Cultura e Educação, que atua no estado da Virginia, e a Contadores de Estórias/ IBEC, sediada na Califórnia. Além dos Estados Unidos, o “Aprendendo Português” está presente no Japão, sob a curadoria de Arthur Muranaga, da IPCTV, e Inglaterra, com curadoria de Carlos Mellinger, diretor da Casa do Brasil em Londres.

O Focus Brasil-EUA é um evento dedicado à discussões sobre os mais variados temas e aspectos da presença internacional do Brasil e da comunidade brasileira no exterior.

Foto: Alejandra Moreno, gerente de marketing da Globo, Arlete Falkowski, curadora e Emília.
Crédito: TV Globo/ Reid Harrison

Para mais informações, entre em contato com Fernanda Vio: fernanda.vio@tvglobo.com.br

 São Paulo, 03 de maio de 2013
Mais informações Globo.com/canalinternacional

domingo, 5 de maio de 2013

A milicia pretoriana dos companheiros

Parece que o fascismo está de fato assumindo as roupagens do velho fascismo italiano, que por sua vez se apoiava nos fasci litori do antigo Império Romano, em qualquer hipótese, uma força a serviço dos governantes do momento.
Paulo Roberto de Almeida

A nova guarda pretoriana de Dilma Rousseff
João Rafael Diniz * | 04/04/2013 - 13:41

Alteração do decreto de criação da Força Nacional é inconstitucional e quebra pacto federativo, na medida em que confere ao Poder Executivo força policial própria

Instituída por César Augusto, primeiro dos grandes imperadores de Roma, a Guarda Pretoriana foi um corpo militar especial, destacado das legiões romanas ordinárias, que serviu aos interesses pessoais dos imperadores e à segurança de suas famílias. Era formada por homens experientes, recrutados entre os legionários do exército romano que demonstrassem maior habilidade e inteligência no campo de batalha. No seu longo período de existência (mais de três séculos) a Guarda notabilizou-se por garantir a estabilidade interna de diversos imperadores, reprimindo levantes populares e realizando incursões assassinas em nome da governabilidade do império.

Passou quase despercebido mas, há algumas semanas, a Presidência da República publicou no Diário Oficial o decreto n.º 7.957/2013, que, dentre outros, alterou o decreto de criação da Força Nacional de Segurança Pública. A partir daí, o Executivo passou a contar com sua própria força policial, a ser enviada e “aplicada” em qualquer região do país ao sabor de sua vontade.

Numa primeira análise, chamou a atenção de alguns jornalistas e profissionais da causa ambiental a criação da “Companhia de Operações Ambientais da Força Nacional de Segurança Pública”. Essa nova divisão operacional dentro da Força Nacional terá por atribuições: apoiar ações de fiscalização ambiental, atuar na prevenção a crimes ambientais, executar tarefas de defesa civil, auxiliar na investigação de crimes ambientais, e, finalmente, “prestar auxílio à realização de levantamentos e laudos técnicos sobre impactos ambientais negativos”.

Não é preciso lembrar que uma das notícias mais importantes da semana passada foi o envio de tropas militares da Força Nacional de Segurança Pública para os municípios de Itaituba e Jacareacanga, no sudoeste paraense. O objetivo da incursão militar, solicitada pelo ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, é exatamente “apoiar” (leia-se: garantir pela força) o trabalho de 80 técnicos contratados pela Eletronorte para os levantamentos de campo necessários à elaboração do Estudo de Impacto Ambiental dos projetos de barramento do rio Tapajós, para fins de aproveitamento hídrico (construção de hidrelétricas, pelo menos 7 delas).

Inconstitucionalidade
A criação dessa companhia especial, seguida da operação de guerra que invadiu terras, inclusive áreas de caça das aldeias indígenas do povo Munduruku, acabou por obscurecer outra pequena alteração efetuada pela Presidência no ato de criação da Força Nacional (decreto 5.289/2004), mais especificamente sobre a legitimidade para solicitar o auxílio dessa tropa.

O art. 4º do decreto original tinha a seguinte redação:
“Art. 4º A Força Nacional de Segurança Pública poderá ser empregada em qualquer parte do território nacional, mediante solicitação expressa do respectivo Governador de Estado ou do Distrito Federal.

Após a alteração, passou a vigorar assim:
“Art. 4º A Força Nacional de Segurança Pública poderá ser empregada em qualquer parte do território nacional, mediante solicitação expressa do respectivo Governador de Estado, do Distrito Federal ou de Ministro de Estado.”


A partir de agora, qualquer ministro pode solicitar o emprego da Força Nacional para defender os interesses do governo federal, sem a necessidade de qualquer autorização judicial, nem mesmo aquiescência do governo do estado
A inclusão dessas cinco palavras mágicas ao final do artigo 4º acabou por subverter por completo a razão de ser do decreto e, de quebra, burlou as determinações da Constituição Federal sobre a repartição de responsabilidades entre os entes da Federação (municípios, estados e União), o que pode ser considerado inclusive como quebra do pacto federativo. A partir de agora, qualquer ministro de Estado (todos eles subordinados à Presidência) pode solicitar ao Ministério da Justiça o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em qualquer parte do país, para defender os interesses do governo federal, sem a necessidade de qualquer autorização judicial, nem mesmo aquiescência do governo do estado em questão.

Para entender melhor a gravidade da situação, é preciso ter em mente que a Força Nacional de Segurança Pública não é uma polícia, mas um “programa de cooperação federativa” (art. 1º do decreto), ao qual podem aderir livremente os governos estaduais, e cujo objetivo é a “preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio” em situações excepcionais em que as polícias militares dos estados necessitem, e peçam, o apoio de tropas vindas de outros estados. Isso porque a Constituição Federal determina que a responsabilidade por “polícia ostensiva e a preservação da ordem pública” é das polícias militares dos estados, subordinadas aos respectivos governadores (art. 144, §§ 4º e 5º). À União restam duas possibilidades: intervenção federal no estado (art. 34), ou decreto de estado de defesa (art.136), ambas situações excepcionalíssimas de garantia da segurança e integridade nacionais, em que serão acionadas as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).

A chave para compreender a mudança é que, até o mês passado, era preciso “solicitação expressa do respectivo Governador de Estado ou do Distrito Federal” para motivar o envio da Força Nacional de Segurança Pública a qualquer parte do país, por tratar-se essencialmente de um programa de cooperação federativa entre estados e União.


Esse contingente
militar de repressão
poderá ser usado
contra populações afetadas
pelas diversas obras de interesse do Governo
Agora não mais. A recente alteração do art. 4º do decreto 5.289/2004, transformou a Força Nacional de Segurança Pública na nova Guarda Pretoriana da presidente Dilma Rousseff. Retirou das mãos dos estados a responsabilidade pela polícia ostensiva e preservação da ordem pública, nos locais em que os ministros entenderem ser mais conveniente a atuação de uma força controlada pelo Governo Federal. Esse contingente militar de repressão poderá ser usado contra populações afetadas pelas diversas obras de interesse do Governo, que lutam pelo direito a serem ouvidas sobre os impactos desses projetos nas suas próprias vidas e no direito à existência digna, tal como já está ocorrendo com os ribeirinhos e indígenas do rio Tapajós.

Não por acaso, essa profunda alteração no caráter da Força Nacional foi levada a cabo sem maiores alardes, no corpo de um decreto que tratava de outros assuntos. A inconstitucionalidade do ato é evidente, viola uma série de regras e princípios constitucionais além de atentar contra o próprio pacto federativo, um dos poucos alicerces da jovem república brasileira.

* João Rafael Diniz é advogado e membro do grupo Tortura Nunca Mais – SP

Leia também:
No Tapajós, complexo de hidrelétricas ameaça indígenas e ribeirinhos

Tags: Direitos humanos, Força Nacional, segurança pública, Tapajós
29 comentários

Marcus Pessoa disse:
4 de abril de 2013 às 17:57
É algo preocupante mesmo.

Seria interessante apresentar esse caso a alguma das entidades com poderes para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal.

Rômulo Castro disse:
4 de abril de 2013 às 18:59
DILMA. Diagnóstico: Síndrome de Estocolmo. Vestígios de Geisel em seu DNA.

Armando da Silva Soares disse:
4 de abril de 2013 às 20:36
Penso que o Marcus tem razão! A ação de inconstitucionalidade e a manifestação popular podem mudar os rumos de Sra. Dilma e de seus sequitos.

Fernando Ruy disse:
4 de abril de 2013 às 21:54
Pronto, agora já têm a força que vai possibilitar a implantação da parte rural do PNDH.
A ditadura comunista, esta cada dia mais escancarada, mas o brasileiro so pensa na copa, então….

The new Praetorian guard of Dilma Rousseff | Indigenous Brazil~ disse:
4 de abril de 2013 às 22:58
[...] ~ http://reporterbrasil.org.br/2013/04/a-nova-guarda-pretoriana-de-dilma-rousseff/ [...]

“A nova guarda pretoriana de Dilma Rousseff” | Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos disse:
4 de abril de 2013 às 23:55
[...] Alteração do decreto de criação da Força Nacional é inconstitucional e quebra pacto federativo, na medida em que confere ao Poder Executivo força policial própria Por João Rafael Diniz – via Repórter Brasil [...]

Amélia A. Oliveira disse:
5 de abril de 2013 às 16:41
Agora: OAB EM AÇÃO? Já tarda.

A nova guarda pretoriana de Dilma Rousseff | O Pesadelo dos Políticos disse:
5 de abril de 2013 às 19:53
[...] http://reporterbrasil.org.br/2013/04/a-nova-guarda-pretoriana-de-dilma-rousseff/ [...]

Thiago disse:
5 de abril de 2013 às 20:48
Ditadura socialista chegando?

Tadeu Bahia disse:
5 de abril de 2013 às 21:00
Preocupante demais esta situação, nem nos tempos ditatoriais de outrora não vivemos nem convivemos com este tipo de situação. Um ato (?) em que grande parte da população brasileira passou despercebida. Agora, iguais aos “grandes proprietários e latifundiários rurais” com os seus “cangaceiros” sempre a postos, até os Ministros podem manobrar as Forças Nacionais ao seu bel prazer e capricho!

Samya disse:
6 de abril de 2013 às 5:12
Será que vai passar na TV? O povo só sabe de BBB, novelas, copa…
E os jovens estão cada vez mais no baile funk e tomando vodga com rede bull…Olha o PNDH-3 aí meu povo @_@ que o ex presidente diz que assinou sem LER &_& rs …São lobos com carinha de ovelhinhas…
Deus nos ajude!!! Agora só resta o povo protestando…Pois um politico corrupto com uma caneta na mão….MATA mais que um revolver de bandido….

Laudicea disse:
6 de abril de 2013 às 9:59
O abuso de autoridade no Brasil ja e absurdo! Pelo jeito agora so aumentara. Quando assisto a reportagens acompanhando a policia, diferentes autoridades, ja acho um abuso a forma que agem em abordagens. Todos os cidadaos sao tratados como criminosos, ate que provem que sao honestos. Entao as autoridades so dizem: ‘Desculpe ai’. E, nem todos. So poucas vezes. Sem contar que, quando a midia esta acompanhando eles, a forma de abordagem e mais ‘educada’, sozinhos ea historia e outra! Agora entao, a coisa so vai piora! Respeito e adquirido, nao imposto! Tratamos os outros como gostariamos de ser tratados. Esta e uma regra de ouro!

Marlon Morais disse:
6 de abril de 2013 às 23:39
Seria uma ADPF para sanar o vicio, pois a chefe do Poder Executivo Federal está fazendo valer seu decreto baseando não sei em que ou qual artigo da CF está baseado o decreto 5289/2004.

Ailton C. de Oliveira disse:
7 de abril de 2013 às 5:31
Para não ser ignorante – ao menos no aspecto das referidas leis – fiz uma leitura parcial do conteúdo que possuía uma relação conjunta do assunto.
Pegando por primeiro o decreto Nº 5.289, que discplina sobre o envolvimento que a administração federal tem com o a Força Nacional de Segurança Pública. Disciplina a organização e o funcionamento da administração pública federal, para desenvolvimento do programa de cooperação federativa denominado Força Nacional de Segurança Pública – FNSP, e dá outras providências.

O decreto Nº 7.957, cria o Gabinete Permanente de Gestão Integrada para a Proteção do Meio Ambiente -GGI-MA, com atuação integrada das FORÇAS ARMADAS (atentem-se a essas palvras), e altera o decreto acima resumido, dando a possibilidade da intervenção do Ministro de Estado ( Ministro de Estado é do Executivo, nada mais é que uma pessoa com poderes delados da Presidência da República). O conteúdo dentre outras coisas regulamenta a atuação das Forças Armadas na proteção ambiental. Veja que isso é uma possibilidade, um facitador para um golpe de estado. Ou vai dizer que eu estou exagerando? Siscutimos sobre diversos aspecto sobre a instauração do regime militar. A compreensão já está sacramentada em nossas mentes de como surgem fatos de consequências desta natureza.
…Mas isso é uma hipótese. O assunto de fato não é esse.

Continuando, e fazendo uma soma agora com o artigo 34:
I – manter a integridade nacional;

III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;

VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: (distribuído com suas alíneas)

Dentre tantas outras relacionadas no mesmo artigo, revelam a possibilidade de intervenção federal nos Estados, assim colocando a margem a FNSP poder intervir nos Estados, o que antes só poderia segundo o Decreto Nº 5.289, sem a alteração, somente o Estado (ente federativo) poderia fazer o pedido antes da alteração advinda com o decreto Nº 7.957. Sinta que é uma brecha na lei que produziu essa inserção da FNSP, pois sem a decratação do estado de defesa pelo Presidente da República, ou do repectivo Estado, não haveria tal possibilididade. Uma peça para ligar o circuito:
Eu sou Presidente da República Federativa do Brasil, quero a FNSP lá no Rio de Janeiro. Simples. Converso com qualquer dos Ministros que quero a FNSP lá e vou decretar o estado de defesa no RJ (sempre cosiderando os trâmites legais) e assim abrirei uma porta legal para a FNSP assim agir com o ato de uma dos MInistros que compõem o GGI-MA.
Lembrando que é em aspecto AMBIENTAL. Se esse aspecto A-M-B-I-E-N-T-A-L não será usado como uma máscara, alegando um motivo ambiental que cause assim a legalidade do ato, mas com uma intensão de se obter resultados diversos ao planejado. Não me pergunte sobre isso. Ninguém pode imaginar o que uma pessoa pode maquinar em sua consciência.

Yara Brasil disse:
10 de abril de 2013 às 18:37
A filha do Seu Pétar Rússеv é bem mais Bulgara do que Brasileira… se até comemorar a vitória a Presidencia do Brasil na Bulgaria ela foi.. e ainda com nosso dinheiro… gastou cerca de 5 milhoes de reais na sua viagem a nossas custas… E desde que entro… ta favorecendo mais a Europa do que o Brasil… Patriotazinha de merda… vai saber o que rolou na epoca da Ditadura===???? roubos a banco e tudo mais.. nunca recuperaram o dinheiro… tudo muito misterioso…

Roní Piagetti Souto disse:
10 de abril de 2013 às 22:20
Esta força nacional na verdade é um organismo constituído por policiais militares de vários estados e na verdade é a criação da mente doentia desses comunistas que assaltaram o poder . É uma cópia das milicias do ditador , felizmente morto, Chaves , que na Venezuela tem mais do dobro do efetivo do Exército, Não existe sentido para sua existência e pelo rumo que vai demonstra a tendência de se tornar um instrumento de domínio do governo federal para o controle do povo, uma vez que os comunistas não confiam nos militares , que outrora os derrotaram em sua intenção de domínio absoluto e que atualmente tentam atingir .

» A nova guarda pretoriana de Dilma Rousseff disse:
11 de abril de 2013 às 9:37
[...] Fonte: http://reporterbrasil.org.br/2013/04/a-nova-guarda-pretoriana-de-dilma-rousseff/ [...]

Erich Orlando Hoeller disse:
11 de abril de 2013 às 16:59
Este governo fora do poder usava um discurso e hoje no poder usa outro, este acontecimento começou com a greve do DPRF e do DPF, onde uns aceitaram negociar com o governo e outros não, onde a situação estava saindo do controle, principalmente nos aeroportos.
Mediante esses acontecimentos, as forças armadas se agilizaram procurando conquistar o espaço que tinham perdido, e ai esta, estão conseguindo, como temos um governo extremista, mesmo sendo inconstitucional ou não ele age de acordo com as suas conviniências.

José Campos disse:
12 de abril de 2013 às 0:00
No Gover. do PT tudo é Possivel.

Have a wonderful weekend | Ana e o bar disse:
12 de abril de 2013 às 9:52
[...] .Tenso: http://reporterbrasil.org.br/2013/04/a-nova-guarda-pretoriana-de-dilma-rousseff/ … [...]

LOURENÇO BARROS disse:
13 de abril de 2013 às 15:34
ALTO LA. DONA DILMA, Respeite nosso Povo,e a Constituição que vç jurou cumprila, Vç esta Presidente,nao é dona,como o PT tambem nao é dono,cuidado.

José Celso Malta disse:
18 de abril de 2013 às 20:24
A passos largos estamos voltando a ditadura. A presidente com uma guarda pretoriana!( Igual a dos imperadores romanos que a usaram para interesses próprios por três SÉCULOS). Onde governadores, ministros e a presidente podem mandar sua guarda, a hora que quiserem, defender os direitos deles, não os nossos. Como estas pessoas esquecem que juraram defender a constituição e o povo brasileiro. Mas como sempre esquecem assim que conquistam o poder e só seus interesses são lembrados e adquiridos.

Almanakut Brasil disse:
19 de abril de 2013 às 17:14
Por la integración del República Bolivariana del América del Sur: “Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás.”

Almanakut Brasil disse:
19 de abril de 2013 às 17:44
Desordem sem Progresso

https://www.youtube.com/watch?v=G1Uzul73HYg

Ronaldo disse:
24 de abril de 2013 às 23:43
Não vou entrar no mérito, mas é engraçado que as Guardas Municipais também podem ser classificadas como guardas pretorianas dos prefeitos das capitais e de outros tantos municípios. A princípio foram criadas com a finalidade de guarda patrimonial. Depois passaram a serem usadas no policiamento ostensivo e também como tropa de choque contra grevistas, em geral a mando do executivo local. Ninguém lembrou disso né?

Ari disse:
26 de abril de 2013 às 23:40
O Governo Federal tem tratado a Polícia Federal com desprezo, abandono, sucateamento, falta recursos, faltam servidores, um órgão de reconhecimento nacional e internacional, vem a cada dia sendo massacrado é tanto que todos os servidores das Agências reguladoras tiveram os cargos reestruturados só a PF que não. Hoje, o nível médio da Polícia Federal, assim que são tratados os EPAS, Escrivães, Papiloscopistas e Agentes, como cachorros, só come do resto, atualmente nem do resto estão comendo, ou seja vão morrer de fome ou vão pra outros órgãos. Este decreto nada mais é uma estratégica famigerada do Governo, pois os EPAS estão se mobilizando para nova greve agora, durante a Copa das Confederações, visita do papa, etc.

BISMARQUE AGUIAR disse:
27 de abril de 2013 às 16:49
Só faltava essa, essse povo não tem limites, daqui a pouco eles vão depor o Governador que for de opisição, por não está de acordo com seus projetos, aí vai a força nacional para fazer cumprir a vontade do executivo. Não tenho dúvidas que há um levante na América Latina de ideologia de esquerda, para alterar todos os principios democráticos, essa gemte nunca foram a favor da democracia, o que eles querem é usar esse principio pra chegar ao poder, e aos poucos eles vão tentando mudar as leis para acabar com o nosso maior tesouro, a democracia.

Otavio Corrêa disse:
2 de maio de 2013 às 15:59
Bem colocada a opinião do Ronaldo.
Os Municípios, podem ter sua Guarda Pretoriana.
Os Estados, com as polícias militares, Brigada Miliar (RS) , PM no Rio e S.Paulo, etc., para bater em grevistas, dispersar manifestantes, etc.
Mas , o Governo Federal, o Executivo de maior poder e hierarquia não pode!
Se cria uma tropa elitizada já passa a ser Guarda Pretoriana.
Fala sério !
OC

Medida que permite que ministros convoquem Força Nacional é questionada no Congresso Nacional » Repórter Brasil disse:
3 de maio de 2013 às 13:36
[...] força policial própria. A alteração foi tema do artigo publicado pela Repórter Brasil “A nova guarda pretoriana de Dilma Rousseff”, de João Rafael Diniz, advogado e membro do grupo Tortura Nunca Mais – SP.


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Mensagem:


O maior criminoso da historia diminuido: Hitler como gnomo de jardim (Der Spiegel)


Hitler's Little Helpers: Nazi Garden Gnomes Invade German Town

Visitors to the Bavarian town of Straubing will be startled at the sight of a mass of black gnomes standing in military formation and doing the Hitler salute this week. It is a temporary art installation by a German sculptor who wants to portray the little figures as "symptoms of a political disease."
One of artist Otmar Hörl's Nazi garden gnomes. Zoom
dpa
One of artist Otmar Hörl's Nazi garden gnomes.
A total of 1,250 gnomes with their little arms outstretched in the Hitler salute will be placed in a Bavarian town square this week as an art installation. Made of black plastic, they will stand to attention in tight military formation on Ludwigsplatz square in the town of Straubing from Oct 15 to 19.
While locals are referring to the art installation as the "Hitler dwarves," their creator, artist Ottmar Hörl, prefers to call his work "Dance With the Devil."

The gnomes, he says, are a "historical societal gesture" and the "the symptom of a political disease."
25 Million Garden Gnomes
Earlier this year Hörl, 59, attracted attention by exhibiting a golden gnome making the Hitler salute in an art gallery in Nuremberg. Someone filed a complaint against him but the public prosecutor's office said it would not press any charges because the 40-centimeter sculpture was clearly meant as satire.
Garden gnomes remain a firm fixture in Teutonic gardens and the gnome population is estimated at 25 million. However, there is a growing trend towards gnomes that make obscene gestures, commit suicide or engage in sexual activity, and courts have ordered figures to be removed if they offend neighbors.
Hörl has a predilection for mass reproductions and once put up 7,000 hare figures that copied Albrecht Dürer's famous hare.
SPIEGEL Staff

O filosofo como farsa: Marx transformado em gnomo de jardim (Der Spiegel)


Philosopher as Farce: Artist Immortalizes Marx as Garden Gnome

Photo Gallery: Gnomes of the World, Unite!
Photos
DPA
Ottmar Hörl gained international notoriety in 2009 by designing garden gnomes giving Nazi salutes. Now he hopes to stimulate debate with 500 gnome-like figurines of Karl Marx in Trier, but he might not hit his mark.
Pedestrian shopping areas in Germany are usually filled with people pondering such mundane issues as which nail polish to buy or whether to grab a pretzel. But who says that these bargain hunters couldn't wrangle with more lofty and abstract philosophical questions, such as Marx's critique of capitalism, especially if they come packaged in something as down-to-earth as the good ol' German garden gnome?

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Political artist Ottmar Hörl captured headlines far away from his hometown of Nuremberg in 2009 when he created garden gnomes performing Nazi salutes. And now he's back to making what he hopes will be another controversial statement. In honor of Karl Marx's 195th birthday, Hörl has spread out 500 plastic figurines of the famous thinker in Trier, the western German city near the border with Luxembourg where Marx was born. Each miniature sculpture, which stands less than a meter (3.3 feet) tall, portrays Marx in the exact same pose, but in different shades of red.
A nifty idea, sure. But what could it possibly mean? "I want to inspire pedestrians to think about Karl Marx in a different way," Hörl explains while his installation is being set up next to Trier's historic Roman city gate, Porta Nigra, adding that the German philosopher has often been misinterpreted.
Still, one could say that Hörl himself has fallen pray to this fallacy himself. No matter what we personally think about Marx and his philosophy of history, if he is reduced to the figure of a bearded little chap, the great thinker joins the ranks of other city mascots like the Berlin bear or Hamburg's Hans Hummel. The Marx-gnome may become a popular subject for tourist photos or a favorite for children to climb around on, but it will hardly stir a debate about Marx' ideas -- at least not about anything that goes beyond the simplistic message of Hörl's artwork, which claims that not every shade of red is the same and that Marxism can be interpreted in myriad ways.
The primary insight that Hörl's Marx-gnome communicates is that if Marx is trivialized to the maximum, he hardly even disrupts the consumerist landscape on the shopping mall. Four different shades of red give less food for thought than any nail polish section. Indeed, it would hardly have been possible to ridicule the man who once tried to overcome capitalism more thoroughly.

Fracasso da reforma agraria dos companheiros, de qualquer reforma agraria...

Na verdade, não é por falta de assistência técnica que esse projeto, como tantos outros, aliás a maioria, fracassou. Mesmo se houvesse assistência técnica ele teria fracassado três vezes. Simplesmente, os militantes do MST que forçaram a reforma numa grande propriedade capitalista não tinham capacidade, competência, nenhuma cultura camponesa, ou simplesmente rurícola, para tocar o projeto adiante. Se tratava apenas de uma tese política, a luta contra o capitalismo e o agronegócio, não de reforma agrária, que já tinha ficado ultrapassada no final dos anos 1960. Os companheiros nunca perceberam que o futuro do Brasil está no agronegócio, não na reforma agrária, e a pequena propriedade poderia conviver tranquilamente com esquemas de mercado do agronegócio (do qual também faz parte, na sua escala especializada), desde que princípios de mercado tivessem sido aplicados.
Ninguém pode achar que assistência permanente -- o que significa dependência -- é a solução para os pobres do campo, manipulados por esse partido político neobolchevique que se chama MST.
O Brasil perdeu anos e anos com bobagens, e milhões de reais foram consumidos inutilmente, com as fantasias esquizofrênicas dos companheiros e dos criminosos do MST.
Paulo Roberto de Almeida


De antigo império da soja à maior favela rural no interior do Brasil

GERMANO OLIVEIRA, ENVIADO ESPECIAL
O Globo, 5 Maio 2013

  • Assentamento em MS é símbolo de reforma agrária fracassada, sem assistência técnica



Itamarati é alvo de especulação imobiliária e não garante renda aos trabalhadores rurais
Foto: Michel Filho / O Globo
Itamarati é alvo de especulação imobiliária e não garante renda aos trabalhadores rurais Michel Filho / O Globo
PONTA PORÃ (MS) — O ex-militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Ilmo Ivo Braun, um catarinense de 64 anos, mal consegue caminhar. O pé inchado não o deixa andar pela lavoura de milho, plantada em seu pequeno lote de seis hectares, recebido a título de reforma agrária. Ele mora sozinho, sem filhos, na casinha sem reboco, construída com os R$ 15 mil recebidos do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), há 11 anos. Esse foi o único subsídio recebido desde que ele obteve a terra, depois de passar um ano acampado numa barraca de lona à espera do tão sonhado quinhão de terras. Sem apoio para plantar, Ilmo arrenda o lote para grandes fazendeiros da região. Dinheiro que complementa os R$ 678 que ganha de aposentadoria.
O arrendamento é ilegal. Mas foi a alternativa que encontrou para não cometer o mesmo crime de vizinhos, que aceitaram a tentadora oferta de R$ 150 mil para vender a propriedade.
— Lutei para ter este lote. Não vendo por nada. Seria pior se estivesse na cidade. Já teria morrido de fome. Aqui tenho uns porquinhos e umas galinhas. Vou morrer aqui — prevê Ilmo, um dos agricultores que receberam lotes no Assentamento Itamarati, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, na divisa com o Paraguai, como parte do maior projeto de reforma agrária implantado no país.
Pequenos agricultores não têm crédito e assistência
Ilmo é um exemplo acabado de que a reforma agrária fracassou no local. O governo gastou R$ 245 milhões para desapropriar a área de 50 mil hectares da Fazenda Itamarati, que pertencia ao então “rei da soja” Olacyr de Moraes. Com o empresário à beira da falência, o local foi invadido pelos sem-terra em 2000 e lá foram assentadas pelo Incra a partir de 2002 um total de 2.837 famílias ligadas ao MST, à CUT, à Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) e à associação dos ex-funcionários da propriedade. O Incra perdeu o controle da imensa área, jogando as 16 mil pessoas que lá habitam hoje a toda sorte de infortúnios.
Sem financiamentos ou assistência técnica, os pequenos agricultores não conseguem sobreviver da lida no campo. Até traficantes de drogas arrendam terras por lá. Tem fazendeiro que arrenda até 15 lotes. Para sobreviver, pelo menos 2.000 famílias de assentados recebem Bolsa Família, segundo o prefeito de Ponta Porã, Ludimar Novaes (PPS).
A pobreza do campo ganhou ares de favela na área de 400 hectares que o Incra reservou para ser a vila urbana do assentamento, hoje administrada pela Associação dos Moradores do Assentamento Itamarati (Ampai), com 360 famílias, que moram em barracos sem luz, sem água encanada e com ruas esburacadas. Quase todos ali são invasores, como diz o presidente da Ampai, José Roberto Roberval Barbosa Leila.
— O problema maior é a falta de apoio do Incra. Estou assentado aqui há oito anos e só no ano passado consegui um financiamento de R$ 21 mil do Pronaf. Muitos passam fome, vivem de Bolsa Família ou cestas básicas dadas pelas igrejas e acabam vendendo os lotes para morar na cidade e lá trabalhar como ajudante de pedreiro — resume Barbosa Leila.
O Incra promete iniciar este ano, com atraso de três anos, a titulação das terras, que ainda pertencem à União. Sem documentação, os bancos não liberam financiamentos.
Esse é o caso de José Brasil dos Santos, há oito anos no lote. Nunca conseguiu financiamentos.
— Meu pai pensa em arrendar a terra. Este ano meu tio plantou milho aqui, o que deu uma pequena renda, mas só para a gente não passar fome — diz seu filho José Carlos dos Santos.
MPF denunciou “imobiliária”
Além da dificuldade para a obtenção de empréstimos, o próprio Incra paralisou a análise de novos projetos no estado há três anos, depois que o órgão mergulhou numa profunda crise. O ex-superintendente Waldir Cipriano Nascimento, demitido em agosto de 2010, chegou a ser preso na “Operação Tellus”, desencadeada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF) contra a venda de lotes da reforma agrária no Sul do estado. O desvio apurado no esquema é de R$ 12 milhões. No Itamarati, o escritório do Incra está inativo há dois anos.
Os que conseguem sobreviver da agricultura e ter renda melhor são os que se dedicam à produção de gado e leite. Muitos venderam seus lotes. Estima-se que 1.200 famílias, ou 40% do total assentadas, já comercializaram lotes, mas o Incra só admite que 550 negociaram as terras. No fim do ano passado, o MPF denunciou integrantes do que chamou de uma “imobiliária” que comercializava lotes.
A antiga fazenda Itamarati, transformada no maior assentamento agrário do país, foi praticamente destruída. Silos e armazéns de grãos estão apodrecendo. A casa-sede da fazenda hoje é ocupada pelos padres do assentamento. A prefeitura de Ponta Porã aguarda até o dia em que o Incra conceda a área para o município. Ali, quer que nasça uma nova cidade.
 http://oglobo.globo.com/pais/de-antigo-imperio-da-soja-maior-favela-rural-no-interior-do-brasil-8294519#ixzz2SR1D60JR
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