segunda-feira, 3 de junho de 2013

Brasilianismo americano: livros fundamentais de autores americanos sobre o Brasil - Paulo Roberto de Almeida

Abaixo a tabela que acompanhava uma matéria importante sobre o Brasilianismo americano, que eu ajudei a compor, publicada na revista Veja, mais de dez anos atrás (em 2002), quando eu tinha acabado de compor o livro O Brasil dos Brasilianistas, em fase de publicação no Brasil.
A tabela termina, por sinal, nesse livro:
Barbosa, Rubens A.; Eakin, M. C., Almeida, P. R. (orgs). O Brasil dos Brasilianistas: um guia dos estudos sobre o Brasil nos Estados Unidos, 1945-2000 (São Paulo: Paz e Terra, 2002)
A tabela, que por acaso apareceu em algum link de busca que estava fazendo hoje, pode ser encontrada neste link: http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/010502/brasilianismo.html
Acredito que ainda seja válida para as obras mais importantes do brasilianismo acadêmico.
Paulo Roberto de Almeida

Livros fundamentais do brasilianismo
Ano
Autor e Livro
Observações pessoais
1957
Stein, Stanley J. The Brazilian Cotton Manufacture: Textile Enterprise in a Underdeveloped Area, 1850-1950. Cambridge: Harvard University Press, 1957 (ed. bras.: Origens e Evolução da Indústria Têxtil no Brasil, 1850-1950. Rio de Janeiro: Campus, 1979 )
Um dos papas do brasilianismo acadêmico, certamente um dos mais competentes estudiosos da emergência do Brasil moderno; tem um estudo, do mesmo ano, sobre a comunidade cafeeira de Vassouras
1958
Morse, Richard M. From Community to Metropolis: A Biography of São Paulo, Brazil. Gainesville: University of Florida Press, 1958; New and enl. ed.: New York: Octagon Books, 1974; (ed. bras.: Formação Histórica de São Paulo: da comunidade à metrópole. São Paulo: Difel, 1970)
Uma das primeiras (e raras) tentativas de examinar SP como uma estrutura histórica, dotada de sua lógica e dinâmica próprias; Richard Morse foi o mais original dos brasilianistas, o único talvez a transceder sua condição original e a tentar fazer uma análise do desenvolvimento comparado dos EUA e dos países latino-americanos a partir de um ponto de vista ibérico, e não anglo-saxão (em O Espelho de Próspero)
1962
Boxer, Charles R. The Golden Age of Brazil, 1695-1750: growing pains of a colonial society. Berkeley: Published in cooperation with the Sociedade de Estudos Históricos Dom Pedro Segundo, Rio de Janeiro, by the University of California Press, 1962 (ed.: bras.:A idade de ouro do Brasil: dores de crescimento de uma sociedade colonial. 2ª ed. rev., São Paulo: Companhia Editôra Nacional, 1969)
Por um historiador ingês, livro publicado originalmente nos EUA, o que justifica sua inclusão nesta lista: um olhar novo sobre nosso período colonial, a expansão portuguesa em terras castelhanas, as invasões estrangeiras e a especificidade da sociedade do ouro nas minas gerais, com base num primoroso trabalho de arquivo e na documentação da época
1963
Wagley, Charles. An Introduction to Brazil. New York: Columbia University Press, 1963; rev. ed.: 1971
Durante muito tempo, "o" livro de introdução ao Brasil estudado nas universidades americanas, por um autor que fez trabalho de campo e publicou obras importantes desde os anos 40 e 50, e que participou da famosa pesquisa da Unesco sobre raças e classes sociais no Brasil
1964
Manchester, Alan K. British Preëminence in Brazil: Its Rise and Decline; a study in european expansion. Chapel Hill: University of North Caroline Press, 1933; 2nded., New York: Octagon Books, 1964 (ed. bras.: Preeminência inglesa no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1973)
A primeira edição era de 1933 e esta, de 1964, deu origem à edição brasileira da Brasiliense, bastante estudada no Brasil: o trabalho clássico, a mais de um título, sobre a hegemonia britânica no Brasil, entre a era colonial e os anos 20 do século XX.
1965
Werner Baer. Industrialization and Economic Development in Brazil. Homewood, Ill.: Richard D; Irwin, 1965
O livro tem sido permanentemente atualizado desde então e possui edições brasileiras sucessivas, como prova de sua abordagem bastante completa e isenta sobre aspectos essenciais do processo brasileiro de industrialização
1966
Burns, E. Bradford. The Unwritten Alliance: Rio Branco and Brazilian-American Relations. New York: Columbia University Press, 1966
Um dos primeiros trabalhos de história diplomática a enfocar a questão da aliança entre o Brasil e os EUA: excessivaente otimista, mas bem pesquisado
1967
Skidmore, Thomas E. Politics in Brazil, 1930-1964: An Experiment in Democracy. New York: Oxford University Press, 1967 (ed. bras.:Brasil: de Getúlio Vargas a Castelo Branco, 1930-1964. Rio de Janeiro: Saga, 1969; 10ª ed.: São Paulo: Ed. Paz e Terra, 1996)
Tornou-se a história "standard" (padrão) do Brasil contemporâneo pela inexistência de obras brasileiras capazes de apresentar uma síntese equilibrada sobre as relações civis-militares na era Vargas; fraco nas questões internacionais, passável na análise econômica, mas bastante honesto na parte política; algo pessimista em relação às chances de po Brasil constituir uma sociedade verdadeiramente democrática, esta vista como um intervalo entre duas ditaduras
1968
Graham, Richard. Britain and the Onset of Modernization in Brazil, 1850-1914. Cambridge: Cambridge University Press, 1968 (ed. bras.: Grã-Bretanha e a modernização do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1973)
Outro "clássico" da pesquisa histórica sobre o processo de transformação econômica do Brasil do Império à República, com muita pesquisa de arquivo e uma interpretação honesta, sem parti pris, das principais questões envolvidas
1968
Leff, Nathaniel H. Economic Policy-Making and Development in Brazil, 1947-1964. New York: John Wiley, 1968; Leff, N. The Brazilian Capital Goods Industry, 1929-1964.Cambridge: Harvard University Press, 1968
Dois estudos em profundidade sobre nosso processo de desenvolvimento econômico, revisando "meias verdades" por parte de historiadores como Caio Prado Jr. e Celso Furtado e colocando nosso "atraso" em uma nova perspectiva estrutural
1969
Dean, Warren. The Industrialization of São Paulo, 1880-1945. Austin: University of Texas Press, 1969 (ed. bras.: A industrialização de São Paulo, 1880-1945. São Paulo: Difel, 1971)
Um estudo ainda válido, apesar de já superado pelas novas pesquisas e interpretações do processo industrializador, por um autor que continuou a produzir obras primorosas sobre o Brasil, como seus estudos ecológicos sobre a economia da borracha na Amazônia e sua história da destruição da mata atlântica
1970
Robert M. Levine. The Vargas Regime: the critical years, 1934-1938. New York: Columbia University Press, 1970. (ed. bras.:O Regime Vargas: os anos críticos, 1934-1938. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1970)
O Brasil, entre a constituinte e o Estado Novo, examina o caminho da ditadura Vargas com enorme pesquisa em arquivos e muita sobriedade analítica, por um autor que especializou-se na era Vargas, sendo um dos seus maiores conhecedores
1970
Dulles, John W. F. Unrest in Brazil: Political-Military Crises, 1955-1964.Austin: Texas A & M Press, 1970
A segunda e um ds melhores livros do historiador "improvisado" que tem uma das melhores obras de reconstituição do nosso itinerário político no século XX (sem ser reconhecido pelos demais brasilianistas e pouco apreciado no Brasil); infelizmente nunca traduzido
1971
Love, Joseph. Rio Grande do Sul and Brazilian regionalism, 1882-1930. Stanford: Stanford University Press, 1971 (ed. bras.:O Regionalismo Gaúcho e as Origens da Revolução de 1930. São Paulo: Perspectiva, 1975)
Um dos maiores historiadores da economia e da política brasileira, em pesquisa coordenada outros autores em outros estados, num projeto de história regional do Brasil (Levine para Pernambuco, John Wirth para Minas Gerais e o mesmo Love para São Paulo (São Paulo and the Brazilian Federation, 1889-1937. Stanford: Stanford University Press, 1980 (ed. bras.: A Locomotiva: São Paulo na Federação Brasileira, 1889-1937. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982)
1971
Stepan, Alfred. The Military in Politics: changing patterns in Brazil. Princeton: Princeton University Press, 1971 (ed. bras.:O Militares na Política: as mudanças de padrões na vida brasileira. Rio de Janeiro: Artenova, 1975)
O livro que re(i)novou os estudos sobre os militares enquanto corporação atuante na política brasileira; teve sucesso por abordar os próprios "algozes" da academia brasileira, numa época em que não se ousava analisar os militares por temor de represália; combinava rigor analítico e abertur de opiniões, bastante lido entre os próprios militares, provavelmente pela inexistência de estudos sociográficos do gênero
1972
Toplin, Robert Brent. The Abolition of Slavery in Brazil. New York: Atheneum, 1972; Conrad, Robert E. The Destruction of Brazilian Slavery, 1850-1888. Berkeley: University of California Press, 1972 (ed. bras. Os últimos anos da escravatura no Brasil, 1850-1888. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 1975)
Dois livros que examinam criticamente a tradição herdade de Freyre e de outros historiadores oficiais antes dele no sentido de minimizar a bárbarie da escravidão no Brasil; constatam o quão difícil foi romper com a nefanda instituição e como a classe dominante se aferrou ao princípio escravista contra ventos e marés, até o final…
1973
Dulles, John W. F. Anarchists and Communists in Brazil, 1900-1935. Austin: Texas A & M Press, 1973. (ed. bras.: Anarquistas e Comunistas no Brasil, 1900-1935. Trad. Cesar Parreiras Horta. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1977)
A despeito de muita "pesquisa" por nossos sociólogos e historiadores "operários", não há nada de semelhante no Brasil, e não obstante todo o seu fatualismo sem interpretação, uma história essencial da formação de nosso movimento sindical enquanto fator na política, ostentando uma relação ambígua com a a classe operária; contrasta justamente com o parti pris da maior parte dos trabalhos brasileiros no gênero
1973
Schwartz, Stuart B. Sovereignty and Society in Colonial Brazil: the High Court of Bahia and its judges, 1609-1751. Berkeley, University of California Press, 1973 (ed. bras.:Burocracia e Sociedade no Brasil Colonial: a Suprema Corte da Bahia e seus juízes. São Paulo: Perspectiva, 1979)
Um dos maiores estudiosos da sociedade colonial brasileira, com ênfase na Bahia
1973
Kenneth Maxwell. Conflicts and Conspiracies: Brazil and Portugal, 1750-1808. Cambridge University Press, 1973 (3ª ed. bras.: A devassa da devassa: a Inconfidência Mineira, Brasil-Portugal, 1750-1808. São Paulo: Paz e Terra, 1985)
Por um historiador inglês que depois ficou americano, uma visão nova da "conspiração das elites" mineiras contra a dominação colonial; ele coninuou a estudar o período pombalino, tendo produzido obras sobre seu impacto no Brasil
1974
Skidmore, Thomas E. Black Into White: Race and Nationality in Brazilian Thought. New York: Oxford University Press, 1974 (ed. bras.: Preto no Branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976)
"Apenas" uma história das "idéias", mas fortemente embasada na literatura e documentação da época, para mostrar a ideologia do branqueamento que frequentou nossas elites políticas, a despeito da origem mestiça de muitas delas
1974
Macaulay, Neill. The Prestes Column: revolution in Brazil. New York, New Viewpoints, 1974 (ed. bras.: A Coluna Prestes: revolução no Brasil. São Paulo: Difel, 1977)
O começo da desmi(s)tificação da Coluna Prestes
1974
Chilcote, Ronald. H. The Brazilian Communist Party: conflict and integration, 1922-1972. New York: Oxford University Press, 1974 (ed. bras.: O Partido Comunista Brasileiro: conflito e integração, 1922-1972. Rio de Janeiro: Graal, 1982)
Nossos historiadores "comunistas", ou simplesmente historiadores, foram incapazes, até agora, de produzir algo similar ou equivalente (só pode ser por bloqueio mental). Uma história honesta, relativamente completa, dos meandros do aparato do Partidão, em seu primeiro meio século: Prestes é colocado em seu lugar, sem concessões ao mito
1975
Hilton, Stanley E. Brazil and the great powers, 1930-1939: the politics of trade rivalry. Foreword by José Honório Rodrigues. Austin: University of Texas Press, 1975 (ed. Bras.:brasileira: O Brasil e as Grandes Potências: Os aspectos políticos da rivalidade comercial, 1930-1939. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977); Hilton, Stanley. Brazil and the Internacional Crisis: 1930-1945. Baton Rouge: Louisiana State University Press, 1975 (ed. Bras.:brasileira: O Brasil e a crise internacional (1930-1945). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977).
Um historiador importante, que já foi referência nos estudos sobre a era Vargas, e que provou sua capacidade de trazer novos problemas ao conhecimento dos contemporâneos, graças a uma leitura exaustiva da documentação e um conhecimento impecável das personagens da época. Dois livros de peso na literatura sobre os anos críticos da nossa transição para o Brasil moderno
1979
Evans, Peter. Dependent Development: The Alliance of Multinational, State and Local Capital in Brazil. New Jersey: Princeton University Press, 1979 (ed. bras.: A tríplice aliança: as multinacionais, as estatais e o capital nacional no desenvolvimento dependente brasileiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1980)
A materialização americana da teoria da dependência; um grande estudo sociológico, por um pesquisador honesto e preocupado com os rumos do desenvolvimento brasileiro
1982
Hallewell, Laurence. Books in Brazil: a history of the publishing trade. New Jersey-London: The Scaricrow Press-Metuchen, 1982 (ed. bras.: O Livro no Brasil: sua história. São Paulo: T. A. Queiroz-Edusp, 1985)
A despeito dos trabalhos (já antigos) de Wilson Martins, e das pesquisas mais recente de Marisa Lajolo, não possui equivalente no Brasil; Revela uma enorme pesquisa nas mais diversas fontes, com grande perspicácia quanto ao papel social e político do livro na sociedade brasileira
1987
Topik, Steve. The Political Economy of the Brazilian State, 1889-1930. Austin: University of Texas Press, 1987
Um estudo exemplar por um dos maiores conhecedores da economia cafeeira no Brasil e no mundo
1988
Skidmore, Thomas. The Politics of Military Rule in Brazil, 1964-85. New York: Oxford University Press, 1988 (3ª ed. bras.: Brasil: de Castelo Branco a Tancredo Neves. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989)
Continuidade de seu trabalho de levantamento histórico da era Vargas, faz um levantamento honesto do período ditatorial e que se distingue na literatura da área por falta de equivalentes ou desafiantes brasileiros
1991
Smith, Joseph. Smith, Joseph.Unequal Giants: diplomatic relations between the United States and Brazil, 1889-1930. Pittsburgh: University of Pittsburgh Press, 1991
Uma tese de doutoramento que se converteu em livro importante e pouco conhecido no Brasil: levantamento completo das relações bilaterais durante a República Velha
1991
Andrews, George Reid. Blacks and Whites in São Paulo, 1888-1988. Madison: University of Wisconsin Press, 1991
Revisa a análise "clássica" (mas de certa forma criticável) de Florestan Fernandes em "A Integração do Negro na Sociedade de Classes"
1994
Hanchard, Michael. Orpheus and Power: the Movimento Negro of Rio de Janeiro and São Paulo, Brazil, 1945-1988. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1994
Dá início à fase menos "globalizante" (e mais detalhista) do brasilianismo; enfocando não grandes problemas gerais da sociedade, mas questões mais específicas e "menores", que correspondem a uma certa visão politicamente correta do Brasil
1995
Lesser, Jeffrey. Welcoming the Undesirables: Brazil and the Jewish Question. Berkeley: University of California Press, 1995 (ed. bras.:(Ed. Bras.: O Brasil e a Questão Judaica: imigração, diplomacia e preconceito. Rio de Janeiro: Imago, 1995)
Outro representante do brasilianismo jovem, que reproduz menos a "nova" agenda acadêmica americana sobre o Brasil e que enfoca questões relevantes da formação da nacionalidade, com muita pesquisa primária e uma visão ampla do processo de inserção do Brasil nas grandes correntes migratórias mundiais
1999
Skidmore, Thomas E. Brazil: five centuries of change. New York: Oxford University Press, 1999; Levine, Robert M. Brazil: A History.Westport, CT: Greenwood, 1999;
Dois "velhos" brasilianistas fazem obras de síntese, o primeiro interpretativa, o segundo documental, em formato de "reader"; constituem as referências atuais de introdução aos estudos brasileiros nos EUA
2001
Gordon, Lincoln. Brazil’s Second Chance: en route toward the First World. Washington, D.C.: Brookings Institution Press, 2001; livro sendo publicado no Brasil pela Senac (com introdução de Paulo Roberto de Almeida; 2002)
Uma análise honesta sobre o processo de desenvolvimento brasileiro no século XX, em escala comparada com outros países emergentes, por um "velho" estudioso do nosso processo de industrialização, por acaso também o "embaixador do golpe";
2002
Barbosa, Rubens A.; Eakin, M. C., Almeida, P. R. (orgs). O Brasil dos Brasilianistas: um guia dos estudos sobre o Brasil nos Estados Unidos, 1945-2000 (São Paulo: Paz e Terra, 2002)
Uma seleção de análises por brasilianistas da produção relevante em seus respectivos campos de atuação no último meio século: deve permanecer uma referência para o estudo do brasilianismo americano por algum tempo
Elaboração: Paulo Roberto de Almeida; com base em bibliografia e cronologia constantes de O Brasil dos Brasilianistas; comentários em 16.04.2002

Proliferacao nuclear: relatorio do SIPRI - Le Monde

Chine, Inde et Pakistan continuent de renforcer leur arsenal nucléaire

Le Monde.fr avec AFP |  • Mis à jour le 
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Le Pakistan disposerait de 100 à 120 têtes nucléaires en 2013, contre 90 à 110 en 2012.

Alors que cinq pays disposant de l'arme atomique s'efforce de réduire ou demaintenir leur arsenal nucléaire, trois autres ne cessent d'accroître leur panoplie. La Chine dispose ainsi aujourd'hui de 250 têtes nucléaires contre 240 en 2012, le Pakistan de 100 à 120 contre 90 à 110, et l'Inde de 90 et 110 contre 80 à 100, estime  l'Institut international de recherche sur la paix de Stockholm (Sipri) dans un rapport lundi 3 juin.

Cette course aux armements est d'autant plus inquiétante que le Sipri juge"fragile" la paix en Asie, vu les "tensions croissantes depuis 2008" qui persistent entre Inde et Pakistan, les deux Corées, ou encore la Chine et le Japon. Signataires du traité de désarmement nucléaire START, la Russie (8 500 têtes aujourd'hui) et les Etats-Unis (7 700) ont réduit leurs arsenaux. La France (300 têtes), le Royaume-Uni (225) et Israël (80) le gardent, eux, au même niveau.
Ces chiffres sont des estimations dont le Sipri reconnaît qu'elles sont plus ou moins fiables selon les pays, la Chine maintenant par exemple une opacité totale et la Russie se montrant de moins en moins transparente. L'institut suppose par ailleurs que la Corée du Nord et l'Iran n'ont pas encore réussi à sedoter de l'arme nucléaire.
Pour le centre de recherche, la baisse quantitative de l'armement n'est pas synonyme de réduction de la menace nucléaire. "Les programmes de modernisation à long terme en cours dans ces Etats montrent que les armes nucléaires sont toujours une marque du statut international et de la puissance", observe le coordinateur de la recherche sur le nucléaire au Sipri, Shannon Kile, cité dans un communiqué.
DAVANTAGE DE CONFLITS INTRA-ÉTATIQUES
Dans le domaine des armes chimiques et biologiques, la réduction des stocks pour laquelle milite le Sipri n'a progressé que lentement.  Les Etats-Unis et la Russie n'ont pas détruit toutes leurs armes chimiques en 2012 contrairement à ce qu'ils avaient promis, et la Syrie s'est dite prête à les employer en cas d'attaque étrangère.
Les chiffres du Sipri montrent par ailleurs que "le nombre des soldats de la paix déployés dans le monde a baissé de plus de 10% en 2012, le retrait des forces internationales ayant commencé en Afghanistan". Toutefois, "le nombre des combattants déployés en dehors de (ce pays) a en fait des chances de croître", notamment "au Mali, plus largement au Sahel, et potentiellement en Syrie".
"Ces dernières années, il y a eu une hausse du nombre des conflits intra-étatiques qui se sont internationalisés, à savoir qu'un autre Etat soutient un camp ou l'autre. Une telle implication a souvent eu pour effet d'accroître la mortalité et de prolonger les conflits", a constaté le Sipri, dont le rapport annuel reprend des données déjà publiées.
Les dépenses mondiales en armement ont reculé en 2012 pour la première fois depuis 1998, de 0,5 % en tenant compte de l'inflation. Et la Chine a détrôné la Grande-Bretagne en tant que cinquième exportateur mondial d'armes, derrière les Etats-Unis, la Russie, l'Allemagne et la France.

China: entre Tocqueville e Bismark na modernizacao - Pankaj Mishra(Bloomberg)

What Germany’s Iron Chancellor Can Show Red China

More than a century and a half after it was published, Alexis de Tocqueville’s “The Old Regime and the Revolution” has become an unlikely best-seller in China.
Wang Qishan, China’s anti-corruption czar, is reportedly among the senior leaders obsessed with what he sees as the book’s cautionary message: that increasing prosperity and piecemeal political reform didn’t protect France’s pre-revolutionary regime from violent overthrow.
Pankaj Mishra

About Pankaj Mishra»

Pankaj Mishra is the author of "Temptations of the West: How to be Modern in India, Pakistan, Tibet and Beyond," ... MORE
The mass energies unleashed by large-scale industrialization and urbanization have exposed China’s existing political institutions as weak and inadequate. In Wang’s reading of Tocqueville, Chinese leaders must prepare for more upheaval ahead.
It is easy to see in Tocqueville’s subtle opinions, which can’t be pigeonholed in the contemporary way as “left-wing” or “right-wing,” what you want to see. John Stuart Mill claimed to be inspired by his writings. British conservatives in the 19th century also deployed his criticisms of American democracy to argue against the extension of adult franchise.

Unlikely Gurus

Understandably, Chinese leaders are eager to learn from European thinkers and Europe’s early and immense experience of socioeconomic change. Visiting India two weeks ago, Chinese Premier Li Keqiang quoted both Max Weber and Georg Hegel.
But Tocqueville, an aristocrat, seems an unlikely guru for Chinese leaders, even the “princelings” among them, who may find that 19th-century German philosophers and economists offer more practical instruction than French or English ones.
Germany under Otto von Bismarck came relatively late to industrialization; its leaders were determined to avoid the traumas and upheavals of England and France. The country’s influential economists, mostly opposed to Adam Smith’s laissez-faire individualism, enshrined a major role for the state in running and regulating the modern economy; the state was also supposed to alleviate the class antagonisms and hardships that the great shift from agrarian to industrial societies made inevitable.
Accordingly, Bismarck’s Germany pioneered social welfare guarantees of health insurance, disability and old age pensions; it was also ahead of European nations in enacting legislation aimed at protecting the laboring classes from exploitation and degraded working conditions.
People in other late industrializing societies, including the U.S., took careful note. As the historian Daniel T. Rodgers showed in his study of the Germanic roots of American progressivism, the experience of studying economics in Germany in the 1890s “knocked the provincial blinkers off a cadre of young Americans,” liberating them from “the tightly, syllogistically packaged intellectual paradigms of laissez-faire.”
The American economy has gone through many refinements since the age of robber barons. We no longer remember well “the disordered, violent camping expedition that was the U.S.,” in its early phase of industrialization in the late 19th century.
It was, as Rodgers wrote, “a country on the run, too busy with its private affairs to bother knitting its pieces together, tossing its cast-off goods wherever they might land, scamping public life in its drive to release individual energy.” It was the German-educated Americans who “brought back an acute sense of a missing ‘social’ strand in American politics and a new sense, as unnerving as it was attractive, of the social possibilities of the state.”

Tender Mercies

The Japanese, as the historian Kenneth B. Pyle and others have shown, were even keener students of the German example. Kanai Noburo, Japan’s most influential economist for three decades, studied in Germany about the same time as many American proto-progressives and New Dealers.
Traveling through England, he witnessed the very inadequate protection for the country’s poorest people; he became convinced that the state had a duty to intervene on their behalf. They couldn’t be left to the tender mercies of free marketeers (whose quasi-religious faith in the invisible hand had condemned millions to death in unrelieved famines in British-ruled Ireland and India).
But Kanai, a strong critic of free-market individualism, was no socialist. On the contrary: His ideas were aimed at diminishing class antagonisms, averting violent revolution and maintaining the power of the Japanese bureaucratic state, which alone promised to guarantee national unity and strength.
“If workers are treated like animals,” he wrote, “then after several decades unions and socialism will appear.” And that, he was convinced, would be a very bad thing for a country that was still very weak compared with European nation-states. For Japanese leaders seeking to justify their power, mobilize a sense of nationality and avoid social unrest, this was just the thing they wanted to hear.
Having tasked an agrarian people to build an industrial society through quasi-traditional notions of loyalty and obligation, Japanese leaders faced in the early 20th century fresh problems resulting from their success: widening disparities of income, class cleavages, and the loss of old values of family and community.
Laissez-faire liberalism was no good to them; and it was also in retreat around the world. Fortunately, the Germans had proposed an attractive new identity for the technocratic state: one that, in the words of the German economist Gustav von Schmoller, “legislates above the egoistic class interests, administers with justice, protects the weak and elevates the lower classes.”
That is the persona that the Chinese leadership now seeks for itself as it cracks down ostentatiously on corruption, and enacts progressive legislation aimed at the rural poor. This fresh search for an appealing self-image largely explains its broadening intellectual references, particularly the vogue for Tocqueville.

Ego Boost

For, as the shrewd China-watcher Rebecca Liao writes, “Tocqueville’s conservative admiration of a learned aristocracy with a healthy sense of noblesse oblige is ultimately a validation of the party’s pride in (still maturing) modern Chinese governance.”
Reading Tocqueville, in other words, can be good for the ego. Still, Chinese leaders navigating the global traffic of ideas will find more familiar landmarks in some late 19th century German and Japanese policies -- those meant, as Weber wrote, “to unite socially a nation split apart by modern economic development.”
It remains to be seen whether they -- and the rest of us -- will avoid the perils of yet another big and overly centralized state tasked with both economic growth and social cohesion. The young Max Weber, after all, was an ardent imperialist, convinced, like many of his German peers, that his country’s economic development depended on the acquisition of foreign territories and resources.
Trying to sustain their power both domestically and internationally, Japanese groups controlling the state erected too many ideological defenses against healthy dissent and debate, finally taking their country into an unwinnable war.
In any case, Chinese leaders boning up on Bismarckian and Meiji conservatism or Tocqueville outline a piquant irony: that the Chinese revolution of 1949 -- one of the pivotal events of the 20th century -- has become a deeply conservative project, designed to forestall social fragmentation and unrest and perpetuate the Communist Party’s long monopoly over power.
(Pankaj Mishra is the author of “From the Ruins of Empire: The Revolt Against the West and the Remaking of Asia,” and a Bloomberg View columnist, based in London and Mashobra, India. The opinions expressed are his own.)
To contact the writer of this article: Pankaj Mishra at pmashobra@gmail.com.
To contact the editor responsible for this article: James Gibney at jgibney5@bloomberg.net.

domingo, 2 de junho de 2013

Agronegocio e ciencia: tudo o que o MST nao gosta; mas funciona...

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Agrárias põem Brasil entre universidades tops

USP é considerada 6ª melhor instituição do mundo na área no Urap; Unicamp aparece em 19ª posição no QS World

Ocimara Balmant e Paulo Saldana
O Estado de S. Paulo, 01 de junho de 2013
A vocação das terras brasileiras que encantaram colonizadores continua, após 500 anos, um grande diferencial do País - não apenas na balança comercial, mas também na academia. Pesquisas agrárias brasileiras conquistam destaque mundial e alçam as universidades do País a suas melhores posições em rankings internacionais.
Millor Fernandes do Rosário, pesquisador da Esalq-USP: pesquisa genética de frangos e ovos - Divulgação
Divulgação
Millor Fernandes do Rosário, pesquisador da Esalq-USP: pesquisa genética de frangos e ovos
As edições mais recentes do University Ranking by Academic Performance (Urap) e QS World University confirmam a força do setor. No primeiro ranking, a Universidade de São Paulo (USP) conquistou neste ano a 28.ª posição na classificação geral. Considerando apenas Agricultura e Ciências Ambientais, chegou ao 6.º lugar, atrás de quatro universidades americanas e uma holandesa.
A USP está na 139.ª posição no QS geral. Por área, a brasileira mais bem colocada é a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 19.º lugar em Agricultura e Silvicultura. Em 24.º, vem a USP.
Os rankings mapeiam, entre outros quesitos, a repercussão da produção científica e a reputação internacional. Nos dois levantamentos, as melhores brasileiras têm desempenho superior em agrárias do que na média geral.
O diálogo entre academia e agropecuária ajuda a explicar o desempenho. "Grande parte do PIB (Produto Interno Bruto) provém do agronegócio. Os rankings mostram que temos profissionalismo e rigor científico", diz Carlos Eduardo Pelegrino Serri, presidente da Comissão de Pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), em Piracicaba.
Os pesquisadores se dedicam a encontrar soluções acadêmicas e práticas. Millor Fernandes do Rosário, de 35 anos, estudou por mais de dez na Esalq. Desde o doutorado, defendido em 2008, pesquisa genética de frangos para corte e postura de ovos. "Além do campo, quis trabalhar com a análise laboratorial de DNA, na procura de genes associados a determinadas características dos animais", diz ele, hoje docente da Universidade Federal de São Calos (UFScar).
Referência em pesquisa aplicada, o agrônomo Elibio Rech, de 51 anos, atua em Biologia Molecular. Fez doutorado na Inglaterra nos anos 1980 e voltou para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Criou a primeira soja transgênica do Brasil, com a Basf. "O produto foi desenvolvido a partir de uma patente nossa e outra da empresa", diz ele, que também dá aulas na Universidade de Brasília (UnB).
A relação com o setor produtivo e o pioneirismo nas Engenharias de Alimentos e Agrícola elevam a Unicamp nos rankings, diz a pró-reitora de Pesquisa, Gláucia Pastore. "Temos muita relevância em inovação e criação de patentes no setor de alimentos, o mais competitivo da indústria brasileira."
Motivo de orgulho para a reitora da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Nilda Soares, a boa posição nos rankings - entre as cem melhores - foi divulgada em cartazes. "Queremos que nossos alunos se orgulhem de que estão na universidade que mais contribui para a produção no cerrado."
Referência. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, aponta a fundação da Embrapa, em 1973, como fundamental para que o País chegasse até aqui e pudesse comemorar. "O Brasil tem hoje liderança na agricultura tropical. Nossa força decorre do tamanho continental e das estratégias para a criação da Embrapa, de formar recursos humanos em outros países."
Serri, da Esalq-USP, também considera esse intercâmbio essencial. "A internacionalização faz com que a qualidade do produto final cresça e, consequentemente, aumente o número de citações de nossos pesquisadores em revistas científicas." O protagonismo na agricultura tropical, porém, tem invertido o fluxo do intercâmbio científico. "Antes, a gente tinha de insistir para conseguir parceiros. Hoje, podemos selecionar. Há meses em que recebemos mais de uma delegação por dia de reitores interessados em nosso trabalho", orgulha-se o pesquisador. 

Economia deixa companheiros nervosos, a ponto de "chicotear" ministroscompanheiros...

Pois é, os resultados decepcionantes com crescimento e inflação deixaram os companheiros tão preocupados, que eles agora ameaçam chicotear os seus próprios companheiros em busca de resultados menos piores.
Eles ainda não se convenceram que é justamente a sua mania de querer fazer tudo pelo Estado, com o Estado, para o Estado que está errada. Querem mais: estão reinventando a teoria do Barão de Munchausen: sair do pântano puxando pelos próprios cabelos. Não vai dar certo, mas a gente se diverte, descontando, é claro, a desgraça econômica.
Paulo Roberto de Almeida

Governo se apoia nas concessões para tentar reverter frustração com o PIB

Infraestrutura. Está previsto uma concentração de licitações em setembro e outubro, com a mobilização de investimentos de R$ 489 bilhões; Planalto avalia que sucesso da campanha pela reeleição da presidente Dilma agora depende da economia

Pressionado pelo decepcionante Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, o governo Dilma deixou de lado a estratégia de crescer pelo consumo, uma estratégia que se esgotou, e luta agora para devolver a tarefa aos investimentos. Com isso, a ordem é não mais admitir atrasos no programa de concessões, que deveria ter começado em dezembro e, numa estimativa otimista, terá início em setembro.
Responsáveis pelos principais planos de investimento do governo, o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, vão enfrentar pressão adicional por resultados. Nas palavras de um auxiliar da presidente Dilma Rousseff, os dois serão "chicoteados" para acelerar a execução dos programas. As concessões já anunciadas mobilizarão investimentos de R$ 489 bilhões.
O Palácio do Planalto avalia que o sucesso da campanha pela reeleição de Dilma, em 2014, depende agora da economia. Tudo será feito para que o "pibinho" seja vitaminado e impulsione o crescimento. Além disso, o Planalto busca uma tática para evitar que o problema da inflação contamine as expectativas dos eleitores.
Pesquisas em poder do governo e do PT indicam que a alta do custo de vida está na memória da população e pode influenciar o voto. Não sem motivo o senador Aécio Neves (MG), possível candidato do PSDB à Presidência, adotou o combate à inflação como mote de sua campanha. "País rico é país sem inflação", diz o slogan da propaganda tucana, ironizando o "País rico é país sem pobreza", marca do governo Dilma.
Quando soube que o PIB do primeiro trimestre atingira apenas 0,6%, Dilma ficou furiosa. Apesar de saber que a recuperação seria lenta, ela se surpreendeu com o pífio desempenho da economia e engrossou as cobranças ao ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Ajustes. Para sair da armadilha do baixo crescimento com inflação alta, Dilma quer acelerar os investimentos. Não é simples. As concessões poderão sofrer novos atrasos ou, como diz Bernardo Figueiredo, "ajustes necessários" por causa do Tribunal de Contas da União (TCU).
É preciso, ainda, convencer o setor privado a investir. O governo tem falhado nessa tarefa. Além disso, surge outra dificuldade: um verdadeiro "congestionamento" de leilões em setembro e outubro.
Depois de divulgar vários pacotes de estímulo, a ordem do Planalto, agora, é tirar do papel o que já foi lançado. Há, porém, duas novidades no forno. Na terça-feira, Dilma anunciará um ambicioso plano de financiamento da safra agrícola, de aproximadamente R$ 140 bilhões. Mais: também pretende divulgar, no dia 18, o novo Código de Mineração, com um projeto de lei a ser enviado ao Congresso.
Apesar da alta da Selic, o PT pretende ancorar a campanha de Dilma, no ano que vem, em um tripé de apelo popular, "traduzido" como "energia/comida/juros". Os petistas estão confiantes na queda dos juros no segundo semestre.
Diante desse diagnóstico, se tudo correr como prevê o script, cortes de impostos, dos juros e redução da conta de luz vão embalar a campanha de Dilma. A estratégia é mostrar que a desoneração da cesta básica e a redução do preço da energia, por exemplo, fazem parte de um pacote para distribuir a renda e transformar o Brasil em um país de classe média
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A Turquia e as dores da transicao, para tras (NYTimes)

Protests in Turkey Reveal a Larger Fight Over Identity


Ed Ou for The New York Times
Turkish antigovernment protesters chanted slogans from behind barriers during a clash with police officers in Istanbul on Sunday. More Photos »




ISTANBUL — Across this vast city, a capital for three former empires, cranes dangle over construction sites, tin walls barricade old slums, and skyscrapers outclimb the mosque minarets that have dominated the skyline for centuries — all a vanguard for more audacious projects already in the works.
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For many Turks, though, the development is not so much progress as a reflection of growing autocratic ambitions by Prime Minister Recep Tayyip Erdogan and his government. Anger and resentment boiled over onto the street over the past three days, as the police barraged demonstrators with tear gas and streams from water cannons — and as the protesters attacked bulldozers and construction trailers lined up next to the last park in the city’s center.
In full public view, a long struggle over urban spaces is erupting as a broader fight over Turkish identity, where difficult issues of religion, social class and politics intersect. And while most here acknowledge that every Turkish ruling class has sought to put its stamp on Istanbul, there is a growing sense that none has done so as insistently as the current government, led by Mr. Erdogan’s Islamist-rooted Justice and Development Party, despite growing resistance.
On Sunday, Mr. Erdogan went on television to reject accusations of dictatorial behavior while flatly discounting the protesters’ legitimacy.
“We would not yield to a few looters coming to that square and provoking our people, our nation, based on their misinformation,” Mr. Erdogan said, in a speech that managed to feel provocative even as he called for a return to order, and as protesters returned to Taksim Square. Demonstrators also took to the streets of Ankara, the capital, and several other cities and were met with tear gas from the police.
Edhem Eldem, a historian at Bogazici University in Istanbul, has criticized the government for undertaking large-scale development projects without seeking recommendations from the public. “In a sense, they are drunk with power,” he said. “They lost their democratic reflexes and are returning to what is the essence of Turkish politics: authoritarianism.”
The swiftly changing physical landscape of Istanbul symbolizes the competing themes that undergird modern Turkey — Islam versus secularism, rural versus urban. They highlight a booming economy and a self-confidence expressed by the religiously conservative ruling elite that belies the post-empire gloom that permeates the novels of Istanbul by Orhan Pamuk, Turkey’s Nobel laureate and most famous writer.
Mr. Erdogan’s decade-long rule has dramatically reshaped Turkey’s culture by establishing civilian control of the military. It has broken down rules of the old secular order that now permit the wide public expression of religion, seen in the proliferation of women wearing head scarves, by the conservative masses who make up the prime minister’s constituency. His rule has also nurtured a pious capitalist class, whose members have moved in large numbers from rural Anatolia to cities like Istanbul, deepening class divisions.
The old secular elite, who consider themselves the inheritors of the legacy of Mustafa Kemal Ataturk, modern Turkey’s secular founder, have chafed under these transformations. So, too, have liberals, who do not label themselves Kemalists and are tolerant of public displays of religion. But they object to Mr. Erdogan’s leadership style, which they describe as dictatorial, and are put off by many of the development projects on the grounds of bad taste, a view imbued with a sense of social elitism.
For many, it has also created a sense of resentment and loss — for longtime residents, urban intellectuals and many members of the underclasses who are being pushed from their homes so that upscale housing complexes and shopping malls can be built.
And there is much more on the drawing board that evokes greater ambitions and controversies: the world’s largest airport, the country’s biggest mosque, and a proposed canal that would split Istanbul’s European side and is so audacious that even the project’s most vocal supporter, Mr. Erdogan, has called it “crazy.” Ground has already been broken on a third bridge over the Bosporus, named for a contentious Ottoman sultan who was accused of massacring Alevi Muslims, a large minority in Turkey.
“I was born and raised here, and there is nothing from my youth that I can connect to anymore in this city,” said Ersin Kalaycioglu, a professor of international relations at Sabanci University. “Istanbul is seen as a place where you earn a living, where you get rich. It is a gold rush.”
Reflecting a sense of elitism that is widely shared by secular Turks in Istanbul, he complained that the city had “been invaded by Anatolian peasants” who were “uncultured.”
Ara Guler, who is 84 and Turkey’s most famous photographer, having produced volumes of black-and-white photographs of Istanbul’s cityscapes, sat in a cafe that bears his name. He said there was only one neighborhood left that reminded of him of his city and where he still liked to take pictures: Eyup, a waterside district that is home to a famous mosque and many conservative Muslim families.
“The Istanbul that we grew up with is lost,” he said. “Where is my Istanbul? It’s all about the money.”
A government plan to convert Taksim Square, historically a place of public gathering, into a replica Ottoman-era army barracks and shopping mall — what Mr. Eldem, the historian, called “a Las Vegas of Ottoman splendor” — is what incited the demonstrations. But there are many other contentious projects that have drawn public outrage.
The city’s oldest movie theater was recently demolished for another mall, raising howls of protests, including an objection from Turkey’s first lady, Hayrunnisa Gul, the wife of the Turkish president, Abdullah Gul. A 19th-century Russian Orthodox Church may be destroyed as part of an overhaul of a port. And in ghettos across the city, the urban poor are being paid to leave their homes so that contractors — many with ties to government officials — can build gated communities.
The neighborhood of Avcilar, near the airport and historically a place for Bulgarian immigrants, is another area where residents are being uprooted. As the process unfolds, it has become complicated by opaque property records in which it is sometimes impossible to determine ownership.
“One day we just got a notice, and bam, before we could put up a proper fight, 300 to 400 police came and held us back from intervening with the bulldozers that knocked down our restaurant,” said Coskun Turan, who owned a fish restaurant. “They said we didn’t have deeds for the property, but we do. We showed them. They argued that we only had a deed for part of the property, so they knocked the rest down.”
At 87, Dogan Kuban is perhaps Istanbul’s foremost urban historian. He has written numerous books and worked with the United Nations on preservation issues in Turkey. He complained that he has never been consulted by the current government. “I am the historian of Istanbul,” he said. “They don’t consult with anybody.”
He criticized the government for ignoring the country’s pre-Islamic history by not protecting certain archaeological sites and structures, an issue he cast as highlighting Turkey’s turn away from Western culture under Mr. Erdogan’s rule.
“The only things being preserved are mosques,” he said. “Preservation is a very refined part of the culture. It’s very much a part of European civilization.”
The outcome of the protest movement is still uncertain. With Mr. Erdogan still able to count on the support of religious conservatives, who make up a large voting bloc, few believe that his hold on power is in jeopardy. But there has been a hint of potential political damage, and the pulling back of police forces on Saturday, and allowing tens of thousands of protesters to demonstrate in Taksim Square on Saturday and again on Sunday night, was seen by some as a sign of weakness.
“This is the first battle Erdogan lost in recent memory,” said Soli Ozel, an academic and columnist here. “He overreached — his hubris, arrogance and authoritarian impulse hit a wall.”
But on Sunday, Mr. Erdogan struck a defiant chord, and while he said no shopping mall would be built in Taksim, he vowed to build another mosque in the square.

Companheiros nervosos com o Cavalo de Troia da OTAN: Colombia

E como fica o fabuloso Conselho de Defesa Sul-Americano? Está sem bala na agulha, sem obuses, sem canhão?
A Argentina, nos tempos menemistas, havia pedido um bilhete de ingresso na OTAN, o que parecia geograficamente ridículo, pois ela fica no Atlântico Sul e a OTAN ainda nem havia reformado seus "estatutos" para possuir abrangência universal, tanto temática quanto geograficamente.
A Colômbia, pelo menos, parece situar-se no Atlântico Norte, parece, se o Mar do Caribe pode ser considerado uma seção extraviada do Atlântico.
E o que pretende a Colômbia na OTAN?
Ora, coisas que não consegue obter com seus vizinhos turbulentos... todos eles...
Acho que os companheiros ficarão nervosos, e alguns militares também.
Não deixa de ser irônico...
Não esquecer que a Colômbia foi o único país latino-americano a participar da guerra da Coreia, mas eram outros tempos, de ditaduras e da guerra fria quente...
Paulo Roberto de Almeida


Colombia suscribirá acuerdo con OTAN buscando ingresar al organismo

Juan Manuel Santos, presidente de Colombia / EFE
Juan Manuel Santos, presidente de Colombia / EFE
Colômbia – AFP – 01/06/13.
El ministerio de Defensa de Colombia suscribirá este mes un acuerdo de cooperación con la Organización del Tratado Atlántico Norte (OTAN), con miras al ingreso de este país a la organización internacional de carácter militar, dijo este sábado en Bogotá el presidente colombiano, Juan Manuel Santos. 
“El mes de junio, la OTAN va a suscribir un acuerdo con el gobierno colombiano, con el ministerio de Defensa, para iniciar todo un proceso de acercamiento, de cooperación, con miras también a ingresar a esa organización”, anunció el mandatario en una ceremonia de ascensos de militares. Santos señaló que el Ejército colombiano puede llegar distinguirse a nivel internacional si su gobierno logra en Cuba con la guerrilla comunista Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) un acuerdo de paz, para acabar el conflicto armado interno.
“Si logramos esa paz, nuestro Ejército está en la mejor posición para poder distinguirse también a nivel internacional. Ya lo estamos haciendo en muchos frentes”, declaró el jefe de Estado.
El conflicto armado de Colombia, en el que también han participado otras guerrillas de izquierda, grupos paramilitares de derecha y organizaciones de narcotraficantes, ha dejado más de 3,7 millones de desplazados, 600.000 muertos y 15.000 desaparecidos a lo largo de casi 50 años. “Colombia tiene derecho y puede pensar en grande. Porque, como les decía, estamos dejando el miedo a un lado y llenándonos de razones para ser los mejores, y ya no de la región sino del mundo entero. Tenemos con qué. Lo hemos demostrado”, concluyó.
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