Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
A cleptocracia no poder? Assim parece: Assessor do Planalto envolvido na mafia... - Estadao
O mito dos 53 por cento de afrodescendentes: a despeito dos dados a empulhacao continua...
Na verdade, pelos critérios dos autodeclarados afrodescendentes eles já são maioria, ou mais de 53% (certamente em busca de alguma prebenda estatal, trazida pelos racistas no poder).
Aqui vai mais um trabalho.
Paulo Roberto de Almeida
Prata da Casa, Boletim ADB – 3ro. trimestre 2013: livros de, ou com a participacao de diplomatas
Em todo caso, seguem agora, tal como publicadas no Boletim ADB (ano 20, n. 82, julho-agosto-setembro 2013, p. 30-32; ISSN: 0104-8503).
Já publiquei dezenas de miniresenhas como estas, mas não tenho certeza de te-las postado todas. Em todo caso vou fazer um levantamento.
Paulo Roberto de Almeida
Poesia rima com diplomacia? Talvez. A
obra discorre sobre poesias e poetas em todos os seus estados, inclusive os
maus poetas e os suicidas. Impressionante o volume de citações: as obras
citadas chegam a quase 600, duas ou três por página. Sem prefácio, o livro tem
um posfácio dedicado justamente às citações: na esteira de Montaigne e de
Walter Benjamin, o autor certifica que as suas foram todas garimpadas bona fide nos inumeráveis livros que
percorreu em 50 anos de leituras, para nos oferecer o que é, possivelmente, a
maior enciclopédia do poema já publicada no Brasil. Poesia tem tradução? Talvez,
mas ficou faltando a tradução de serendipity.
Em todo caso, os tradutores, para Stephen Spender, são os “embaixadores oficiais
da linguagem” (The Making of a Poem,
1962: p. 113). Bem, pelo menos isso.
A “diplomacia das drogas”, se ela
existe, começa em Xangai, em 1909, mas o problema é mais antigo, secular mesmo.
Surgida em virtude das guerras do ópio, promovidas pelo imperialismo inglês,
até hoje ela não logrou resultados satisfatórios, mas os Estados continuam
tentando limitar os danos. Esta tese de CAE representa o esforço mais
abrangente para circunscrever a questão do ponto de vista brasileiro: do
proibicionismo às soluções alternativas, o caminho ainda é longo para se
vislumbrar uma solução aos problemas do comércio ilegal e crimes associados. O
Brasil parece dotado de instrumentos adequados, mas, como outros países da
região, pouco atuou na construção dos mecanismos de controle e pode ser vítima
deles, como também da “diplomacia cocalera”. Muitos sugerem a liberalização;
seria essa a resposta?
O trabalho tem qualidades inegáveis,
ao apontar as inúmeras dificuldades no tratamento dos fundos soberanos. Mas, à
diferença do que diz o prefaciador, o FSB não está voltado para o gerenciamento
das reservas brasileiras (tarefa a cargo do Banco Central), e sim tem sido
usado mais para fins de economia doméstica (como a sustentação da Petrobras). O
Brasil, aliás, tem todas as condições para NÃO ter um fundo desse tipo, já que
não tem excedentes fiscais ou de transações correntes. Seja como for, esta tese
de CAE ilumina o funcionamento desses fundos e os problemas a eles associados. Se
e quando o Brasil dispuser de um fundo verdadeiro, a obra oferece desde já um
panorama muito claro de como se movimentar no intrincado cenário de ganhos
econômicos e ambições políticas que caracteriza sua existência corrente.
Dos cadernos do ex-ministro, notas
sobre momentos cruciais, de 2002 a 2004 (e alguns desdobramentos ulteriores),
da diplomacia “ativa e altiva”, como ele designa a sua gestão; mais adiante se
acrescentou “soberana” à dita política externa. Trata-se de uma explicação e
uma justificativa, pro domo sua, de
alguns episódios desses anos: a invasão do Iraque pelos EUA, as tribulações do
coronel Chávez, a implosão da Alca, o golpe de truco em Cancun, a aliança com a
Índia e a África do Sul, as origens da Unasul e as andanças pela África. A
história completa ainda vai ser contada, mas os escritos do ministro, entre
eles Conversas com Jovens Diplomatas
(2011), podem ser fontes primárias, desde que se confronte interpretações
pessoais com análises independentes: a historiografia serve, justamente, para filtrar
tais tipos de relatos.
Com a Copa das Confederações já
realizadas, chegando a Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas (2016), nada melhor
do que refletir sobre os vínculos entre esporte e diplomacia, o que faz este
trabalho antigo, mas ainda plenamente válido. O trabalho vai muito além de uma
simples “diplomacia do futebol”, o que o Brasil já fez no Haiti, por exemplo, e
trata da utilização política, no bom e no mau sentido, das competições
esportivas para o atingimento de objetivos estratégicos ou táticos pelos países
que possuem algum peso nessa arena. Mas mesmo pequenas ou grandes coalizões de
países (os árabes, por exemplo) podem fazer pressão “esportiva” sobre outros
atores (Israel, no caso) para a obtenção de algum ganho diplomático. O
Itamaraty e o Ministério do Esporte formam um time alinhado a tal objetivo.
O que era Bric virou Brics, embora a
expansão numérica, para incluir a África do Sul coincidiu, na verdade, com a
redução do impacto desse grupo de emergentes na economia e na agenda mundiais,
em vista do arrefecimento do crescimento em vários deles. Diplomatas e
acadêmicos trataram, em seminários realizados em 2011 e em 2012, das
possibilidades e limitações dos países membros, sob diferentes aspectos e em
abordagens complementares. Gelson Fonseca, no texto inicial, formula a questão
de saber se os Brics conseguirão influenciar a ordem mundial, e em qual sentido?
Rubens Ricupero pergunta, por sua vez, se eles não seriam os “monster
countries” mencionados pelo diplomata americano George Kennan, o que não deixa
de colocar o tema da democracia. Boa questão, aliás ainda não respondida.O mito do esgotamento do petroleo - Juan Morillo Bentue
¿Se agota el petróleo?
Juan Morillo Bentué
Uno de los sofismas económicos más difundidos por quienes buscan aprovecharse de la ignorancia económica de la gente es que los recursos naturales se están agotando. Esto, dicen sus defensores, acabará con la civilización actual debido a la crisis energética que provocará la carestía de las fuentes energéticas como, por ejemplo, el petróleo. Sin ir más lejos, en 1972 el Club de Roma dijo en su apocalíptico libro Los Límites del Crecimiento que no habría petróleo más allá de 1992.
Prácticamente desde los inicios de la Revolución Industrial oímos que los seres humanos están agotando los recursos naturales del planeta y los niveles de vida empezarán a declinar a menos que se tomen medidas inmediatas.
No deja de ser un mito. La realidad es muy distinta. Centrándonos en el petróleo, observamos que¡las reservas no dejan de aumentar! En 1882 se consideraba que las reservas eran de 97 millones de barriles; en 1932, 10.000 millones; en 1950, 100.000 millones; en 1980, 656.000 millones; en 1991 ya superaba el Billón de barriles; y en 2012 se cifran las reservas mundiales en casi 1,5 Billones de barriles de petróleo.
¿Cómo es posible esto si desde hace más de un siglo nos están diciendo que queda petróleo para 30 años?
Veamos. Cuando la demanda de un bien aumenta también lo hacen sus precios y los beneficios de las empresas que proporcionan ese bien. El petróleo no es una excepción. Este aumento de beneficios del sector hace que sea rentable comenzar buscar nuevas fuentes de petróleo en zonas que hasta ahora eran muy costosas de explorar. De esta manera se descubren yacimientos que hacen aumentar las reservas mundiales de petróleo.
Asimismo, nuestro conocimiento científico ha aumentado notablemente, pudiendo utilizar los medios de forma más eficiente, así como desarrollar nuevas técnicas y vías de descubrimiento y extracción de petróleo.
Vemos como los precios actúan de señal para que los productores y empresarios decidan qué hay que producir, en qué cantidad y para quién. Sólo de esta manera los recursos se asignan de forma eficiente generando riqueza. Únicamente los procesos de mercado (de forma espontánea y evolutiva) pueden ofrecer esa información relevante.
En este sentido, cuando el petróleo comience a escasear verdaderamente, el aumento considerable de precios hará que se desarrollen rápidamente sustitutos a esta fuente energética. De hecho, ya existen múltiples fuentes alternativas al petróleo, pero de momento no son rentables, asequibles y viables.
Lo importante no es que el petróleo se acabe. Quizás se acabe, quién sabe. Para entonces el ser humano tendrá otras muchas fuentes de energía desarrolladas. Lo único que necesita la civilización para que esto sea posible es que se respete el sistema de precios y la propiedad privada.
Conversao de arquivos digitais em arquivos de textos - OCR, by Guardamoria
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Paulo Werneck
Blog Guardamoria, 19 Sep 2013 07:59 PM PDT
Os textos apresentados aqui no Guardamoria são, em geral, obtidos na Internet, sob a forma de arquivos de imagem (jpg, pnt) ou pdf, e convertidos para texto. Alguns, felizmente poucos, são copiados em bibliotecas.
Algumas conversões foram feitas na base da cópia pura e simples, ou seja, alguém lê o texto e o digita, mas existem ferramentas denominadas OCR, acrônimo de Optical Character Recognition, em vernáculo Reconhecimento Ótico de Caracteres, que fazem o trabalho de conversão automaticamente.
O primeiro problema é que os textos são cópias de textos antigos, impressos há séculos, com caracteres irregulares, muitas manchas de oxidação do papel ou da tinta, umidade, insetos, além do formato dos caracteres muitas vezes ser bem diferente do formato atual, em especial o "ſ", forma antigamente usada para o "s" em algumas posições na palavra, nunca no final, e que se parece extremamente com o "f".
Essas características acabam ocasionando muitos erros de conversão, que precisam ser corrigidos manualmente, pela comparação visual entre o texto original e o convertido mecanicamente.
Um segundo problema é o próprio software OCR. Há versões pagas, há versões on line. Guardamoria prefere as gratuitas, on line e simples de usar, que tenham razoável taxa de acertos, ou baixa taxa de erros.
Assim recomenda o Free Online OCR, da Smart Soft, disponível em free-online-ocr.com, uma ferramenta bem simples de usar: basta subir o arquivo (PDF, GIF, BMP, JPEG, TIFF or PNG), selecionar o formato de saída (DOC, PDF, RTFou TXT) e pressionar o botão "Convert".
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Cuba: companheiros continuam sustentando a economia moribunda - The Economist
Cuba: Additional agricultural agreement signed with Brazil
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