sábado, 16 de novembro de 2013

Intervencao nos assuntos internos de outros paises: uma velha mania do guia genial dos povos

Sempre foi assim, e parece que vai continuar sendo assim: o falastrão interferiu em TODAS as campanhas eleitorais de TODOS os paises onde houvesse um candidato que ele considerava "progressista", desde o início (2003) até agora, isso multiplicado "n" vezes em casos de crises políticas em todos esses países também (à exceção da Argentina).
Ou seja, ele é absolutamente ANTICONSTITUCIONAL, obriga o Brasil a também sê-lo e ainda acha que está fazendo o certo.
Nunca antes, MESMO!!!!!!
Paulo Roberto de Almeida
Ai, ai… O Foro de São Paulo ainda não desistiu e pretende tomar conta de Honduras de qualquer jeito. No próximo dia 24, o país realiza eleições gerais, inclusive para presidente. O Artigo 236 da Constituição estabelece que vence aquele que obtiver a maioria simples dos votos, num único turno. É claro que se trata de um modelo de risco. E o perigo já se anuncia. Há nove candidatos. Xiomara Castro Zelaya, mulher do ex-presidente e ainda maluco Manuel Zelaya, está entre os favoritos. É a candidata de um partido inventado e liderado por seu marido, o LIBRE (Libertad y Refundación). Uma das principais propostas de Xiomara é realizar uma Assembleia Constituinte, caminho que usam os bolivarianos para golpear as instituições. Até a presidente Dilma quer uma — mas só para fazer a reforma política… Ah, bom!
Muito bem! O ex-presidente Lula, uma dos chefões do Foro de São Paulo, decidiu gravar um vídeo em apoio à candidata de Xiomara, a exemplo do que que fez para Nicolás Maduro, aquele que fala com Chávez por intermédio de passarinhos e que vê a imagem do comandante até em reboco descascado. Aliás, o humor dos venezuelanos na Internet é impagável. Deram para descobrir o tirano morto nos locais mais, como direi?, escatológicos… Segue o vídeo. Volto em seguida.

Voltei
O vídeo de Lula em apoio a Xiomara pegou mais mal do que bem. Houve uma forte reação nos meios políticos hondurenhos, que consideraram a peça publicitária uma ingerência nos assuntos internos do país. O presidente do Tribunal Supremo Eleitoral, David Matamoros, encaminhou uma reclamação formal ao embaixador do Brasil no país, Zenik Krawctschuk. As TVs hondurenhas pararam de exibir o vídeo, e os adversários de Senhora Zelaya passaram a acusá-la de estimular a interferência de estrangeiros nas questões que dizem respeito apenas a Honduras. Imaginem se Barack Obama decidisse pedir votos para o candidato do PSDB ou do PSB em 2014. Pra começo de conversa, saiba,  a legislação eleitoral impediria que o vídeo fosse ao ar.

Não custa lembrar que Lula se meteu na eleição venezuelana, e Nicolás Maduro não perdeu por muito pouco. O Apedeuta, com a sua vocação para presidente do “planetinha” (como ele se refere à Terra), deve achar que o mundo inteiro o vê com os olhos com que vê a si mesmo.

Qual a fonte das dificuldades economicas e sociais brasileiras, alem dacorrupcao? - Carlos Brickmann

Além da roubalheira generalizada, que ocorre em todos os níveis e para todos os lados, mas sempre envolvendo ou dinheiro público ou alguma (des)regulação pública, feita justamente para isso mesmo, a fonte mais visível, evidente, inevitável, do baixo crescimento, das desigualdades sociais e de todas as deformações e distorções que atingem (é o caso de se empregar esse verbo) o Brasil e seu sistema bizarro de (des)organização orçamentária é o agigantamento estatal, o crescimento desmesurado do ogro famélico, e com ele a proliferação de todos os mandarins e marajás que se julgam no direito de exigir (e extorquir) tratamento compatível com suas pretensões megalomaníacas.
Poucos países no mundo são tão idiotas a ponto de exigir, e impor, uma carga tributária total de aproximadamente 40% do seu sistema produtivo e de seus consumidores.
Os que praticam a primeira distorção se tornam absolutamente inviáveis no plano da competitividade internacional (e para dentro do país, cabe lembrar) e suas empresas perdem os dois mercados até fecharem.
Os que praticam a segunda distorção, possuem rendas per capita cinco ou seis vezes superiores à dos brasileiros, e compensam a extração fiscal com o oferecimento de serviços públicos compatíveis com tal carga fiscal.
Em todo caso, países normais que exibem níveis elevados de taxação possuem também graus elevados de produtividade do capital humano e do sistema produtivo em geral, podendo, portanto, funciobar e ser competitivo ainda assim (Alemanha, Japão, EUA).
O Brasil, simplesmente, não é um país normal, a começar pela praga dos "dez vezes sem juros" ( um disfarce para juros embutidos de 50 a 100% do preço final do bem ou serviço) e por algumas outras distorções como estas relatadas na coluna do jornalista Carlos Brickmann.
Paulo Roberto de Almeida

Por trás das notícias
Coluna Carlos Brickmann
17/11/2013

OK, Mensalão, prisões, corrupção - chega! Noticiário político virou noticiário policial e esta coluna cansou. O mais importante é o que a fumaça da ladroeira encobre: que um assalto muito maior esfola o cidadão. O total de impostos pagos neste ano já superou R$ 1,4 trilhão. Esse monumental volume de dinheiro entregue aos governos reduz a capacidade de investimentos das empresas e a possibilidade de compra dos indivíduos; desestimula a iniciativa individual - pois, num bom número de casos, ganhar mais significa receber menos, já que o imposto dá um salto. É tanto dinheiro que permite gastos públicos injustificáveis - dos milhares de funcionários do Congresso à gigantesca frota de carros para governantes e políticos em geral, de recursos para o Mensalão às mordomias oficiais.

No ano passado o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo levou 12 dias a mais para atingir R$ 1,4 trilhão. São os impostos crescendo, ano a ano.
Corrupção? Café pequeno, mesmo sendo muita. No excelente Blog do Noblat (http://oglobo.globo.com/pais/noblat/) do dia 15, além do Mensalão, há cinco casos de corrupção, envolvendo diversos partidos, diversos Estados e Municípios, diversos níveis de poder. O ministro Luís Roberto Barroso diz que "a corrupção não tem partidos (...) Nestes poucos meses, explodiram escândalos em um Ministério, em um importante Estado e em uma importante prefeitura". 

É muita corrupção e combatê-la é importante. Mas não tão importante quanto a Grande Esfola Tributária, mãe de todos os casos de ladroeira governamental.

Lá...
O ex-presidente alemão Christian Wulff está sendo julgado em Hannover. Motivo: um amigo, produtor de cinema, pagou sua visita à Oktoberfest de Munique e sua conta de hotel, no alor total de R$ 2.170 (700 euros). É pouco? Por isso, Wulff teve de renunciar à Presidência e abandonou os planos de candidatar-se a primeiro-ministro, na sucessão de Angela Merkel. Os promotores lhe ofereceram um acordo, desistindo da acusação se admitisse a culpa e pagasse € 20 mil de multa. 

Wulff recusou: disse que preferia ser julgado e defender sua honra.

...e cá
Sete deputados federais brasileiros, para cumprir três compromissos em Nova York nesta segunda, 18, viajaram na última quarta, recebendo diárias pelo período integral. Henrique Alves (PMDB) tem direito a US$ 550 por dia; Fábio Faria (PSD), Márcio Bittar (PSDB), Esperidião Amin (PP), André Figueiredo (PDT), Danilo Fortes (PMDB) e Eduardo da Fonte (PP) recebem US$ 428 de diária. Os sete pegaram jatinho da FAB de Brasília para São Paulo, seguindo então, sempre por conta da Câmara, para Nova York. Todos foram com as esposas - estas sem diárias. Dois assessores viajaram antes, para preparar tudo. 

E quais os compromissos tão importantes? Na segunda, encontrarão o presidente da Assembléia Geral da ONU, John Ashe, e o presidente do Conselho de Segurança, Liu Ji-ey. E darão entrevista à Rádio ONU. Cada passagem custa R$ 19 mil, ida e volta.

Mensalao: orgulhosos de serem quadrilheiros - Reinaldo Azevedo


Reinaldo Azevedo, 16/11/2013
 às 6:47

Estão como pinto no lixo!

Nossa!
Sabem aqueles caras financiados por estatais? Sim, trata-se de uma forma de mensalão. Estão como pinto no lixo. Afetam indignação com a prisão dos companheiros, mas mal conseguem disfarçar a alegria. É como se dissessem: “Tá vendo, Dilma, como nós somos necessários? Tá vendo, PT, como é bom contar com a gente? Afinal, estamos aqui numa espécie de competição interna para ver quem elogia mais o Zé Dirceu, quem ataca mais o Supremo, quem xinga mais o Joaquim Barbosa, quem hostiliza mais a imprensa…”
Faz sentido. Se não forem eles a defender o crime, será quem? Nem o Marcola e o Fernandinho Beira-Mar fariam isso, né? Nos “salves” do PCC e do Comando Vermelho, os marginais não se tomam por santos, mas por aquilo que são: bandidos.
Por Reinaldo Azevedo

Estudantes Pela Liberdade recebem premio da Atlas Network

EPL recebe prêmio de melhor grupo estudantil do mundo em 2013!

Em fevereiro de 2012, tratava-se de um pouco mais de uma dúzia de estudantes brasileiros. Eram todos jovens, sonhadores, vindos de vários estados do país. Estavam reunidos em Petrópolis/RJ, durante evento do Instituto Ordem Livre. Ali, decidiram reeditar uma ideia surgida um pouco antes, em 2009, no Rio Grande do Sul: uma organização estudantil que conectasse outros jovens, sonhadores, de várias partes do país. Inspirados no Students For Liberty, que surgira nos Estados Unidos, talvez eles conseguissem juntar várias dezenas de jovens, quem sabe até centenas deles.

E então cada um voltou pra sua casa. Mantiveram contato constante pelas redes sociais. Alguns meses depois, tiraram do papel o primeiro projeto. Era o Diagrama de Nolan, hotsite que ajuda o usuário a identificar a sua própria posição política. Feito de modo completamente colaborativo e financiado através de plataformas de crowndfunding. A ideia não deu simplesmente certo. O que se viu ali foi um sucesso absoluto, estrondoso. Simplesmente o projeto liberal de melhor desempenho já feito no Brasil no quesito número de pessoas alcançadas/custo de implementação.
A integração surgida com força na internet gerou uma empolgação em todos aqueles jovens – e nos vários outros que passaram a sonhar juntos aquele mesmo sonho. As atividades online passaram a se multiplicar na vida real. E os amantes da liberdade começaram a se encontrar pessoalmente e mudar a rotina de universidades Brasil afora. Às vezes em grupos reduzidos, de 3 ou 4 pessoas. Às vezes em grupos expressivos, de 40 a 50 estudantes debatendo ideias de liberdade. Outras, como se viu em Fortaleza na última semana, atraindo centenas de curiosos para ouvir o que a liberdade tem a dizer.
Aquela dúzia de sonhadores cresceu. Agora são quase 20 mil seguidores em todo Brasil. E, hoje, agora há pouco, no Liberty Forum, evento promovido por uma das maiores organizações internacionais em defesa da liberdade, a Atlas Network, os Estudantes Pela Liberdade venceram o Smith Student Outreach Prize, o prêmio de melhor organização estudantil do ano.
Um reconhecimento fantástico por todo o trabalho desempenhado até aqui. Mas muito mais do que isso: um combustível para avançarmos ainda mais, melhor e mais rapidamente na construção de nosso objetivo. Estudantes Pela Liberdade – Academia livre, sociedade livre.

Obrigado a todos os estudantes, professores, profissionais e admiradores que compõem e colaboram com a rede Estudantes Pela Liberdade!

O Brasil se "imbecilizou", ou os estupidos estao tomando conta do pais? - L. F. Ponde, Orlando Tambosi

Apenas dois exemplos do estado de indigência mental em que mergulhou o país, depois de anos, décadas de doutrinação idiota, que ensina que ser capitalista é uma coisa perversa e negativa para o país.
Conheço os meios universitários, e posso assegurar que, na minha tribo, mais da metade corresponde exatamente ao perfil desenhado nestas matérias.
A nota contra a formação de empresas juniores na UFSC é um primor da estupidez consumada, o suprasumo da idiotice coletiva que pode atingir um grupo dominado por uma minoria militante; ela é absolutamente representativa de uma pequena minoria, mas que consegue prejudicar um coletivo de milhares de passivos.
Nem tudo está perdido, porém. Um punhado de abnegados dentre o pessoal discente, os "Estudantes Pela Liberdade", resiste bravamente à essa onda de imbecilização e de estupidez concentrada que se manifesta através dos "batalhadores contra o capital".
Vai ser preciso muito mais, e vai durar mais tempo, mas em algum momento as pessoas vão ficar razoáveis e proclamar que os bizarros da luta de classes pertencem mais ao museu das antiguidades do que aos cenáculos acadêmicos normais...
Paulo Roberto de Almeida

Eu acuso
Luis Felipe Pondé
Folha de S.Paulo, 04/11/2013
Muitos alunos de universidade e ensino médio estão sendo acuados em sala de aula por recusarem a pregação marxista. São reprovados em trabalhos ou taxados de egoístas e insensíveis. No Enem, questões ideológicas obrigam esses jovens a "fingirem" que são marxistas para não terem resultados ruins.
Estamos entrando numa época de trevas no país. O bullying ideológico com os mais jovens é apenas o efeito, a causa é maior. Vejamos.
No cenário geral, desde a maldita ditadura, colou no país a imagem de que a esquerda é amante da liberdade. Mentira. Só analfabeto em história pensa isso. Também colou a imagem de que ela foi vítima da ditadura. Claro, muitas pessoas o foram, sofreram terríveis torturas e isso deve ser apurado. Mas, refiro-me ao projeto político da esquerda. Este se saiu muito bem porque conseguiu vender a imagem de que a esquerda é amante da liberdade, quando na realidade é extremamente autoritária.
Nas universidades, tomaram as ciências humanas, principalmente as sociais, a ponto de fazerem da universidade púlpito de pregação. No ensino médio, assumem que a única coisa que os alunos devem conhecer como "estudo do meio" é a realidade do MST, como se o mundo fosse feito apenas por seus parceiros políticos. Demonizam a atividade empresarial como se esta fosse feita por criminosos usurários. Se pudessem, sacrificariam um Shylock por dia.
Estamos entrando num período de trevas. Nos partidos políticos, a seita tomou o espectro ideológico na sua quase totalidade. Só há partidos de esquerda, centro-esquerda, esquerda corrupta (o que é normalíssimo) e do "pântano". Não há outra opção.
A camada média dos agentes da mídia também é bastante tomada por crentes. A própria magistratura não escapa da influência do credo em questão. Artistas brincam de amantes dos "black blocs" e se esquecem que tudo que têm vem do mercado de bens culturais. Mas o fato é que brincar de simpatizante de mascarado vende disco.
Em vez do debate de ideias, passam à violência difamatória, intimidação e recusam o jogo democrático em nome de uma suposta santidade política e moral que a história do século 20 na sua totalidade desmente. Usam táticas do fascismo mais antigo: eliminar o descrente antes de tudo pela redução dele ao silêncio, apostando no medo.
Mesmos os institutos culturais financiados por bancos despejam rios de dinheiro na formação de jovens intelectuais contra a sociedade de mercado, contra a liberdade de expressão e a favor do flerte com a violência "revolucionária".
Além da opção dos bancos por investirem em intelectuais da seita marxista (e suas similares), como a maioria esmagadora dos departamentos de ciências humanas estão fechados aos não crentes, dezenas de jovens não crentes na seita marxista soçobram no vazio profissional.
Logo quase não haverá resistência ao ataque à democracia entre nós. A ameaça da ditadura volta, não carregada por um golpe, mas erguida por um lento processo de aniquilamento de qualquer pensamento possível contra a seita.
E aí voltamos aos alunos. Além de sofrerem nas mãos de professores (claro que não se trata da totalidade da categoria) que acuam os não crentes, acusando-os de antiéticos porque não comungam com a crença "cubana", muitos desses jovens veem seu dia a dia confiscado pelo autoritarismo de colegas que se arvoram em representantes dos alunos ou das instituições de ensino, criando impasses cotidianos como invasão de reitorias e greves votadas por uma minoria que sequestra a liberdade da maioria de viver sua vida em paz.
Muitos desses movimentos são autoritários, inclusive porque trabalham também com a intimidação e difamação dos colegas não crentes. Pura truculência ideológica.
Como estes não crentes não formam um grupo, não são articulados nem têm tempo para sê-lo, a truculência dos autoritários faz um estrago diante da inexistência de uma resistência organizada.
Recebo muitos e-mails desses jovens. Um deles, especificamente, já desistiu de dois cursos de humanas por não aceitar a pregação. Uma vergonha para nós.


Luiz Felipe Pondé, pernambucano, filósofo, escritor e ensaísta, doutor pela USP, pós-doutorado em epistemologia pela Universidade de Tel Aviv, professor da PUC-SP e da Faap, discute temas como comportamento contemporâneo, religião, niilismo, ciência. Autor de vários títulos, entre eles, "Contra um mundo melhor" (Ed. LeYa). Escreve às segundas na versão impressa de "Ilustrada".
=======

Orlando Tambosi, 15/11/2013

No Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC (CFH), onde impera o discurso ideológico, não há lugar para empreendedores. O Centro, ao qual pertence a atual reitora, proíbe que os estudantes se relacionem com o mercado, isto é, criem empresas juniores. Para uma universidade que mantém um entreposto bolivariano, o tal de Iela, a proibição não chega a surpreender. Capitalismo, liberalismo e livre-mercado são expressões condenadas no vocabulário do campus. Viva o marxismo!

Cito a nota divulgada no site do CFH:

Com 553 pessoas credenciadas, entre estudantes técnicos/as e professores/as, e o saguão e galerias do prédio de salas de aula totalmente lotados, a assembleia geral que reuniu nesta quarta, 13 de novembro, a comunidade do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC, deliberou, por 329 votos a 160, por não autorizar a criação de empresas juniores no Centro. O voto majoritário foi: “O entendimento desta assembleia geral do CFH é de que as empresas juniores não são coerentes pedagogicamente com o papel da universidade pública. Portanto, a posição desta assembleia é de que não se credencie/autorize a criação de empresas juniores neste centro.”

A assembleia foi o desfecho de um processo de várias semanas de debates chamados pelo Conselho de Unidade e por diversos setores do Centro. Após uma rodada de 

trinta inscrições, em que posições contrárias e favoráveis à criação de EJs no Centro foram defendidas, procedeu-se à votação por meio dos cartões cor-de-rosa recebidos no credenciamento.
Havia um grande número de estudantes de outros centros presentes, o que evidencia a importância da discussão feita no Centro, inédita na UFSC, e da decisão tomada.
O resultado da assembleia, convocada em caráter consultivo pelo Conselho do CFH, será apreciada por este ainda no mês de novembro.

O "Cesare Battisti" brasileiro: quadrilheiro Pizzolato se refugia na Italia

O jornal pertence ao chefe da quadrilha, mesmo que ele não apareça como proprietário. Ele é o dono, intelectual, desse pasquim dos mensaleiros.

‘Mensalão’: Pizzolato segue para Itália e escapa à sentença do STF
Correio do Brasil, 15/11/2013 
Redação - do Rio de Janeiro

Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil e condenado a 12 anos e 7 meses de cadeia no julgamento da Ação Penal 470, conhecido como ‘mensalão’, já estaria na Itália, segundo fontes ouvidas pela reportagem do Correio do Brasil, nesta sexta-feira. Pizzolato tem cidadania italiana e, segundo as leis daquele país, ele detém, em tese, o direito de ser julgado por uma corte romana. Advogados ouvidos pelo CdB disseram também que há brechas na Lei de Extradição assinada entre os dois países, que podem impedir que Pizzolato seja conduzido de volta ao Brasil, para o cumprimento das penas exigidas pelas autoridades.
– O Artigo V do Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e a República Italiana, que trata dos Direitos Fundamentais, afirma que tampouco haverá o retorno forçado do cidadão ao país de origem se, “pelo fato pelo qual for solicitada, a pessoa reclamada tiver sido ou vier a ser submetida a um procedimento que não assegure os direitos mínimos de defesa”, como é o caso de Pizzolato que, como cidadão comum, foi julgado por um tribunal de última instância, sem direito à apelação – afirmou um jurista que, por razões pessoais, prefere manter o anonimato.

As condições miseráveis dos presídios brasileiros também servirá de argumento para que Pizzolato seja mantido na Itália, pois, ainda segundo aquele advogado, “qualquer corte italiana concordaria que ‘se houver fundado motivo para supor que a pessoa reclamada será submetida a pena ou tratamento que de qualquer forma configure uma violação dos seus direitos fundamentais’, o réu deverá ser protegido”. Pizzolato, desde o início do julgamento do ‘mensalão’, denunciou o relator, ministro Joaquim Barbosa, por esconder o fato de que o dinheiro do Visanet (empresa conjunta entre o Banco do Brasil e a empresa multinacional de cartões de crédito Visa, entre outros sócios) foi aplicado de forma correta e não se trata de recursos públicos.

A Polícia Federal em Brasília informou que os 12 mandados são referentes aos seguintes réus:
José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil
- Pena total: 10 anos e 10 meses
- Crimes: formação de quadrilha e corrupção ativa
José Genoino, deputado federal licenciado (PT-SP)
- Pena total: 6 anos e 11 meses
- Crimes: formação de quadrilha e corrupção ativa
Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT
- Pena total: 8 anos e 11 meses
- Crimes: formação de quadrilha e corrupção ativa
Marcos Valério, apontado como “operador” do esquema do mensalão
- Pena total: 40 anos, 4 meses e 6 dias
- Crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
José Roberto Salgado, ex-dirigente do Banco Rural
- Pena total: 16 anos e 8 meses
- Crimes: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas
Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural
- Pena total: 16 anos e 8 meses
- Crimes: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas
Cristiano Paz, ex-sócio de Marcos Valério
- Pena total: 25 anos, 11 meses e 20 dias
- Crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro
Ramon Hollerbach, ex-sócio de Marcos Valério
- Pena total: 29 anos, 7 meses e 20 dias
- Crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Marcos Valério
- Pena total: 12 anos, 7 meses e 20 dias
- Crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas
Romeu Queiroz, ex-deputado pelo PTB
- Pena total: 6 anos e 6 meses
- Crimes: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do extinto PL (atual PR)
- Pena total: 5 anos
- Crimes: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil
- Pena total: 12 anos e 7 meses
- Crimes: formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro.

A prisao dos quadrilheiros e as trapalhadas do Congresso - editorial Estadao

Editorial O Estado de S.Paulo, 15/11/2013

O julgamento da Ação Penal 470 teve seu ponto culminante há 11 meses, em dezembro de 2012, quando o Supremo Tribunal Federal (STF), após 49 sessões que se estenderam por quatro meses e meio, condenou 25 dos 40 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por vários crimes relacionados com o plano urdido por então dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) para garantir apoio parlamentar ao governo Lula mediante o pagamento de propina a parlamentares e dirigentes da chamada base aliada.

A decisão tomada por unanimidade na última quarta-feira pela Suprema Corte, de determinar a execução imediata das penas ─ inclusive para condenados, como o ex-ministro José Dirceu, que ainda podem ter revistas partes de suas sentenças ─, é apenas o desdobramento natural de um processo longo, quase interminável, complexo e extremamente polêmico, que apesar de todos os pesares permitiu à consciência cívica do país vislumbrar o início do fim da histórica tradição de impunidade dos poderosos.
O desdobramento natural do processo do mensalão, de qualquer modo, representa mais um episódio relevante na história jurídica e política do país, não apenas porque só era esperado pela maioria dos observadores para o próximo ano, mas, principalmente, porque dá uma resposta clara aos cidadãos que já começavam a se sentir afrontados pela desfaçatez e empáfia com que alguns condenados ─ não por acaso os mais notórios ─ vinham tentando desqualificar a decisão da Suprema Corte e desmoralizar os ministros por ela responsáveis.
Não é fácil para o cidadão comum compreender a razão pela qual o julgamento do mensalão se arrasta já por oito anos e ainda tem pela frente um tempo indefinido que será consumido na apreciação de recursos que o processo penal brasileiro garante aos réus ─ especialmente àqueles que dispõem de meios para pagar as melhores bancas advocatícias. Essa é uma distorção que, desde logo, compromete a prática da boa justiça. Mas é de esperar que, ao colocar em evidência essa faceta perversa da Justiça, o processo do mensalão enseje a abertura de uma ampla discussão nacional sobre a necessidade de expurgar do ordenamento jurídico o viés retrógrado que aqui e ali ainda perdura.
Por outro lado, o avanço no processo do mensalão com a decretação da prisão dos condenados vai colocar mais uma vez em xeque o Congresso Nacional. Depois de, em nome de uma visão equivocada de autonomia que reflete apenas um corporativismo primário, terem cometido o absurdo de garantir o mandato de um deputado condenado e preso, os parlamentares terão que decidir o que fazer com os quatro colegas que a Ação Penal 407 está colocando atrás das grades.
Senadores e deputados estão aparentemente empenhados na aprovação de projeto de emenda constitucional que acaba com o voto secreto nas decisões sobre a cassação de mandatos de seus pares. Seria uma maneira de inibir a repetição do vexame que transformou em deputado-presidiário Natan Donadon, que cumpre pena no presídio da Papuda, no Distrito Federal, e que por essa singela razão está impedido de comparecer à Câmara dos Deputados para cumprir as obrigações que o mandato impõe. Esse absurdo seria apenas cômico, se não fosse revelador do ponto a que chegou a degradação dos valores éticos entre os representantes eleitos pelo povo.

Mas, como senadores e deputados não se entendem, patrocinando projetos conflitantes, o impasse será certamente debitado, por parlamentares docemente constrangidos, aos regimentos internos das duas Casas. E tudo permanecerá como lhes é de gosto, até que o instinto de sobrevivência diante de eventual recrudescimento das manifestações populares e da proximidade das eleições acabe colocando algum juízo nas nobres cabeças dos representantes do povo. Afinal, o processo do mensalão, agora revigorado pela decisão unânime dos ministros do Supremo, continua estimulando a consciência cívica do povo brasileiro.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...