terça-feira, 14 de outubro de 2014

Mercosul: um peso morto e uma camisa de forca? - Juan Hidalgo

Hora de livrar-se da camisa de força do Mercosul
Juan Carlos Hidalgo
El País, 10/10/2014

O descontentamento com a zona livre de comércio cresceu à medida em que o bloco se converteu em uma aliança política de governos de esquerda

O futuro do Brasil e do Uruguai dentro do Mercosul se tornou um dos principais temas de campanha nas eleições presidenciais depois que os candidatos de oposição expressaram suas intenções de buscar acordos comerciais bilaterais com outras nações e blocos. Embora não tenham largado como favoritos na corrida eleitoral, se Aécio Neves e Luis Lacalle Pou chegarem à presidência no Brasil e no Uruguai, respectivamente, haverá uma importante reconfiguração política e comercial na América do Sul.
O descontentamento com o Mercosul veio crescendo à medida em que esse grupo deixou de ser uma promissora zona de livre comércio para se tornar uma aliança política de governos de esquerda. Embora em seus primeiros anos o bloco tenha sido muito bem-sucedido em abolir as barreiras comerciais entre seus membros, nos últimos 10 anos, sucumbiu às inclinações protecionistas de seus dois maiores sócios, Argentina e Brasil. Prova disso é que, após mais de 20 anos de existência, o Mercosul não conseguiu materializar dois de seus principais objetivos: o livre comércio absoluto entre seus membros e a implementação de acordos comerciais importantes com atores como os Estados Unidos ou a União Europeia.
Essa degeneração de propósitos atingiu seu zênite com a incorporação da Venezuela ao grupo em 2011 depois da suspensão temporária do Paraguai por causa do julgamento político do presidente Fernando Lugo. A legalidade desse ato foi resumida naquela altura pelo presidente uruguaio José Mujica, quando disse que “o político superava amplamente ao jurídico”. Embora tenha sido admitida no Mercosul, a Venezuela não entrou para a união aduaneira, o que confirma a atual primazia dos fins políticos sobre os comerciais.
Essa ênfase não teve consequência aparente na última década, quando os países do Mercosul desfrutavam de uma bonança em suas exportações resultante do alto preço das matérias primas. Durante esse período, do outro lado do continente, países como Chile, Peru e Colômbia negociavam ativamente acordos comerciais com os Estados Unidos, a União Europeia e até a China. Entretanto, quando começaram a minguar os ventos de popa das condições externas favoráveis e as economias do Mercosul desaceleraram, o bloco começou a ser percebido mais como uma camisa de força do que como uma plataforma de oportunidades.
Em particular, está em jogo a chamada “Decisão 32/00”, que não permite que um país membro do Mercosul assine acordos comerciais com outras nações sem o consentimento prévio do bloco. Essa cláusula foi usada pelos governos protecionistas, principalmente o da Argentina, para sufocar qualquer tentativa de outros estados membros, em especial dos dois pequenos, de assinar tratados bilaterais de livre comércio. Assim, o Paraguai teve, recentemente, de engavetar as negociações que mantinha com o México ante a resistência de seus parceiros do Mercosul.No Brasil, a necessidade de abrir mercados externos se tornou cada vez mais evidente. A paralisia da Rodada da Doha e o estancamento das negociações entre o Mercosul e a União Europeia iniciadas em 1999 – devido principalmente à reticência argentina – fortaleceram as vozes para que Brasília negocie o tratado de livre comércio por conta própria. Aécio Neves propôs “flexibilizar” o Mercosul de tal forma que seu país possa alcançar o tão ansiado acordo com a UE, que é o principal parceiro comercial do Brasil. Os números ressaltam a lógica dessa posição: enquanto as exportações brasileiras ao restante do Mercosul constituem 11,6% do total, as vendas à UE representam 21,4%. Aécio ressaltou que o bloco sul-americano deveria copiar o exemplo “dinâmico” da Aliança do Pacífico, formada por México, Colômbia, Peru e Chile.
No Uruguai, o candidato nacionalista Luis Lacalle Pou também mencionou a necessidade de o Mercosul permitir que seus sócios negociem tratados comerciais com outros países e blocos. No passado, o Uruguai sondou um tratado de livre comércio com os Estados Unidos e é agora um dos principais interessados em materializar a negociação com a UE. Lacalle Pou indicou que, como presidente, lutaria para eliminar a Decisão 32/00.
Entretanto, cabe destacar que essa cláusula constitui uma trava política, mas não jurídica para os países interessados em buscar acordos bilaterais. A Decisão 32/00, que não é parte do Tratado de Assunção de 1991, foi pactuada entre os Executivos do Mercosul em 2000, mas nunca foi ratificada pelos respectivos parlamentos nacionais. Assim, sua validade é simbólica mas não legal, já que os ordenamentos constitucionais desses países estabelecem que os tratados internacionais devem ser ratificados pelo Legislativo para entrar em vigor. Assim, se forem eleitos, tanto Aécio como Lacalle Pou estão em condições de assinalar que o Brasil e Uruguai não contam com um impedimento legal para materializar acordos comerciais com outras nações. O Paraguai muito provavelmente se juntará a eles, já que há vários anos deixou muito clara sua insatisfação com o Mercosul.
Se Aécio e Lacalle Pou quiserem mesmo buscar o livre comércio, devem se livrar da camisa de força em que se transformou o Mercosul.
 
Juan Carlos Hidalgo é analista de políticas públicas sobre a América Latina no Centro para a Liberdade e Prosperidade Global do Cato Institute em Washington, DC.

Eleicoes 2014: pesquisas eleitorais (alguem confia?), apenas para registro, segundo turno

Nem vou comentar, sequer ler todas elas, pois seria perda de tempo, mas meu amigo Maurício David coletou várias e faz o comentário inicial.
A serviço de quem gosta desse tipo de coisa. Prefiro debates, que aliás tem sido miseráveis.
Paulo Roberto de Almeida

Assustada com avanço de Aécio, campanha de Dilma pede socorro ao Bispo Macedo (dono da Igreja Universal e da Rede Record de Televisão) para apresentar pesquisa "montada" para favorecê-la. A Igreja Universal, como se sabe, vive de fazer milagres... Aparece então uma misteriosa "pesquisa" da Vox Populi encomendada pela TV Record ( Vox Populi é a empresa que fez a campanha do Collor em 1989 e que hoje trabalha com exclusividade contratada pelo PT e pele revista CartaCapital, porta-voz extra-oficial do governo e mantida com verbas das empresas estatais).
Maurício David

Pesquisas Eleitorais para Presidente
14/10/2014
Tal como no filme famoso do Román Polanski 'A Dança dos Vampiros", quanto mais a eleição se aproxima da reta final, mas as campanhas "providenciam" pesquisas favoráveis para segurar os militantes.
Agora, o Vox Populi ( que trabalha para a campanha da Dilma via contratos com o PT e com a publicação pró-governo CartaCapital), providenciou uma para negar as evidências de que o Aecio está com  vários pontos à frente da Dilma, depois do apoio da Marina, do PSB e demais partidos, e do super-escândalo da Petrobrás...
Vejamos o tira-teima com o Ibope e a DataFolha amanhã, quarta-feira...

Vox Populi - Pesquisa Presidente 2º Turno
A última pesquisa Vox Populi encomendada pela TV Record, Record News e Portal R7, referente ao segundo turno da eleição presidencial em 2014, divulgada dia 13 de outubro, mostra Dilma numericamente na primeira posição, mas empatada tecnicamente com Aécio Neves.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Válidos)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Dilma (PT) -  51%
Aécio Neves (PSDB) - 49%

A Justiça Eleitoral chega aos resultados oficiais da eleição através dos votos válidos, procedimento que retira da amostra os votos em branco, nulos e os votos dos eleitores indecisos. Para um candidato ser eleito no segundo turno, ele precisa atingir a maioria dos votos.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Totais)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Dilma (PT) - 45%
Aécio Neves (PSDB) - 44%
Branco/Nulo -  5%
Indecisos - 5%
A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 12 de outubro de 2014 com 2.000 eleitores em 147 cidades brasileiras de todas as regiões. A margem de erro é 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada do TSE sob o protocolo nº BR-01079/2014 e foi divulgada no site r7.com.

Sensus - Pesquisa Presidente 2º Turno
Na mais recente pesquisa Sensus/Istoé sobre o segundo turno da eleição para presidente em 2014, divulgada dia 11 de outubro, Aécio Neves aparece com 17,6 pontos percentuais a mais que a presidente Dilma, no que se refere aos votos válidos.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Válidos)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 58,8%
Dilma (PT) - 41,2%
Nos votos válidos, são retirados os votos em branco, os nulos e os eleitores indecisos, este é o procedimento utilizado pela Justiça Eleitoral para alcançar o resultado oficial da eleição. O candidato precisa atingir 50% dos votos válidos mais um para ser eleito no segundo turno.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Totais)
Candidato -  Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 52,4%
Dilma (PT) - 36,7%
Indeciso/Branco/Nulo - 11%
Quando os nomes dos candidatos não foram exibidos, Aécio Neves foi mencionado por 52,1%, Dilma por 35,4% e os indecisos totalizaram 12,6%.

Os entrevistados também foram questionados sobre qual candidato não votariam de forma alguma, neste cenário, Dilma foi a mais rejeitada com 46,3% das citações, enquanto Aécio Neves foi mencionado por 29,2%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 07 e 10 de outubro de 2014 com 2.000 eleitores em cinco regiões, 24 Estados e 136 municípios brasileiros. A margem de erro é 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada do TSE sob o protocolo nº BR-01076/2014 e foi divulgada no site istoe.com.br.

Datafolha - Pesquisa Presidente 2º Turno
O Datafolha divulgou dia 09 de outubro a primeira pesquisa do instituto sobre o segundo turno da disputa presidencial em 2014. Sob encomenda da TV Globo e do jornal "Folha de S.Paulo", a pesquisa revela Aécio Neves na liderança, mas empatado tecnicamente com Dilma, que vem na sequência com dois pontos percentuais de diferença.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Válidos)
Candidato  - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 51%
Dilma (PT) - 49%
Para chegar aos votos válidos, é retirado da amostra os votos em branco, os nulos e os eleitores indecisos. Este método, é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para determinar o resultado oficial da eleição. O candidato para ser considerado eleito no segundo turno, deverá alcançar 50% dos votos válidos mais um.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Totais)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 46%
Dilma (PT) - 44%
Branco/Nulo - 4%
Não Sabe/Não Respondeu - 6%
A pesquisa foi realizada entre os dias 08 e 09 de outubro de 2014 com 2.879 eleitores. A margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada do TSE sob o protocolo nº BR-01068/2014 e foi divulgada no site Globo.com.

Ibope - Pesquisa Presidente 2º Turno
No levantamento referente ao segundo turno da eleição para presidente em 2014 realizada pelo Ibope, encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo", divulgada dia 09 de outubro, Aécio Neves aparece numericamente na primeira posição, mas empatado tecnicamente com a presidente Dilma.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Válidos)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 51%
Dilma (PT) - 49%
Para a obtenção dos votos válidos, procedimento usado pela Justiça Eleitoral para chegar aos resultados oficiais da eleição, é realizado ao excluir os votos em branco, nulos e os votos dos eleitores indecisos. Para um candidato ser eleito no segundo turno, é necessário que obter a maioria dos votos.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Totais)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 46%
Dilma (PT) - 44%
Branco/Nulo/Nenhum - 6%
Não Sabe/Não Respondeu - 4%
Em relação a rejeição dos candidatos, quando os eleitores são questionados sobre qual candidato não votariam de forma alguma, Dilma foi a mais rejeitada com 41% das menções, enquanto Aécio Neves obteve 33%.

Perguntaram ainda aos entrevistados quem eles achariam que venceria a eleição, independentemente da intenção do voto. Neste cenário, 49% acham que Dilma será reeleita, enquanto 40% acreditam que Aécio vencerá e 11% não sabem ou não responderam.

A pesquisa foi realizada entre os dias 07 e 08 de outubro de 2014 com 3.010 eleitores. A margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada do TSE sob o protocolo nº BR-01071/2014 e foi divulgada no site Globo.com.

Veritá - Pesquisa Presidente 2º Turno
A pesquisa eleitoral sobre o segundo turno para presidente em 2014 do Instituto Veritá, realizada com recursos próprios e divulgada dia 09 de outubro, mostra Aécio Neves na frente da disputa com 9,6 pontos percentuais de diferença para a presidente Dilma.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Válidos)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 54,8%
Dilma (PT) - 45,2%
O cálculo dos votos válidos é feito retirando os votos em branco, nulos e os votos dos eleitores indecisos. Este é o mesmo procedimento usado pela Justiça Eleitoral para revelar os resultados oficiais da eleição. A vitória no segundo turno é alcançada pelo candidato que alcançar a maioria dos votos.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Totais)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 47,8%
Dilma (PT) - 39,4%
Branco/Nulo - 7%
Não Sabe/Não Respondeu - 5,8%
Quando os nomes dos candidatos não foram apresentados, Aécio Neves recebeu 42% das menções dos entrevistados, enquanto Dilma obteve 36,1%. Os votos em branco ou nulo somaram 4,5% e os que não sabem ou não responderam 17,4%.

Neste levantamento os eleitores foram questionados sobre qual candidatos eles acreditam que irá vencer, onde Aécio Neves foi citado por 53,1% e Dilma por 46,9% dos inquiridos.

A pesquisa foi realizada entre os dias 06 e 08 de outubro de 2014 com 5.165 eleitores nas 27 Unidades da Federação. A margem de erro é 1,4 pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada do TSE sob o protocolo nº BR-01067/2014 e foi divulgada no site brasil247.com.

Paraná Pesquisas - Pesquisa Presidente 2º Turno
O Instituto Paraná Pesquisas, sob encomenda da Revista Época, divulgou dia 08 de outubro o primeiro levantamento eleitoral para o segundo turno da disputa para presidente em 2014, onde Aécio Neves apareceu com oito pontos percentuais a frente de Dilma, no que se refere aos votos válidos.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Válidos)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 54%
Dilma (PT) - 46%
A Justiça Eleitoral utiliza apenas os votos válidos para a obtenção do resultado oficial da eleição, excluindo os votos em branco e os nulos. Para ser considerado eleito no segundo turno, o candidato precisa alcançar 50% dos votos válidos mais um.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Totais)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 49%
Dilma (PT) - 41%
Nenhum - 5%
Não Sabe - 5%
Na pesquisa espontânea, onde os nomes dos candidatos não são exibidos, Aécio Neves foi citado por 45% dos entrevistados, enquanto Dilma recebeu 39% das menções.

Os eleitores também foram questionados sobre qual dos candidatos não votariam de forma alguma, onde Dilma foi rejeitada por 41%, enquanto Aécio Neves não seria votado por 32%. Os que declararam que poderia votar em qualquer um dos candidatos totalizaram 16% e os que não souberam ou não responderam 8%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 06 e 08 de outubro de 2014 com 2.080 eleitores de 19 Estados e 152 municípios. A margem de erro é 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada do TSE sob o protocolo nº BR-01065/2014 e foi divulgada no site epoca.globo.com.

Islandia: um bastiao avancado do Estado Islamico? -

Visita hoje o Brasil o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Islândia, Gunnar Bragi Sveinsson, mas não se sabe o que ele terá discutido com as autoridades brasileiras.
O que se sabe sobre as relações do Brasil com a Islândia?
Aparentemente são distantes e frias, não querendo abuser da geografia e da climatologia.
Mas a Islândia tem excelentes fontes de energia geotérmica, razão pela qual "roubou", se ouso dizer, algumas empresas brasileiras que preferiram se expatriar para lá por uma razão muito simples: custo da energia.
Num momento em que o custo médio mundial da energia anda em torno de 31 dólares por Mgw/hora (ou qualquer outra unidade parecida, pois eu cito de cabeça, mas as proporções são válidas), o Brasil cobra de suas empresas o dobro disso.
Empresas altamente dependentes de eletricidade, como as de alumínio, se mudaram para a Islândia, passando a importar do Brasil apenas a material prima. Perdeu o Brasil, ganhou a Islândia.
É o que dá ter tarifas muito altas de energia, e não é porque a produção e os insumos sejam caros, não, eles estão entre os mais baratos do mundo. É porque no Brasil o imposto aumenta em 100%, eu disse 100% o custo final.
Pronto, agora vem outra notícia, menos agradável:


Why the Islamic State is interested in Iceland 


The Washington Post, October 14 at 2:01 PM 
 
The extremist militants of the Islamic State have surprised many with their sophisticated social media strategy and slick propaganda videos. New details show how the militants' quest for PR professionalism has led its cyber warriors to an unlikely location.
Last Sunday, an Icelandic company announced it had closed down a Web site with the domain khilafah.is that it believed was affiliated with the Islamic State. Iceland's general Web site domains, which end with '.is,' are likely to have drawn a special interest by the Islamic State, which is often abbreviated to IS as well.
The site's purpose was unambiguous: "This is the news publishing website of the Islamic State," the homepage reportedly read, featuring visual material showing the murder of hostages and other gruesome propaganda videos. Now, the site appears to be offline.
According to ISNIC (Internet á Íslandi), the private company in charge of Iceland's web domain registration, the decision was made last Sunday, but the site had reportedly been online since mid-September. "Never before has ISNIC suspended a domain on grounds of a website's content," a statement on the company's Web site read. The decision was welcomed by Iceland's Prime Minister Sigmundur David Gunnlaugsson, who told the daily Morgunbladid: "This has nothing to do with freedom of expression, but criminal and monstrous conduct. We have to be able to shut that down."
Apart from legal reasons, ISNIC took into account the possibility that the Icelandic domain's reputation could be threatened "to a great extent," one of the company's legal advisers, Steindor Dan Jensen, told The Washington Post.
Iceland's decision to shut the alleged Islamic State Web site down also drawn criticism. Wikileaks, for instance, condemned the crackdown in several tweets, saying "everyone has the right to see and judge the arguments of IS." It continued.
Helgi Hrafn Gunnarsson, an Icelandic member of parliament representing the Internet-savvy Pirate Party, criticized the decision on Facebook. Instead of discussing whether Islamic State militants should have the right to feature their content under an Icelandic domain the debate should focus on the rights of Icelandic citizens "to be informed about what it is that the Islamic State says, believes and wants," in order to draw own conclusions, according to the politicians' Facebook account.
"ISNIC finds the question of censorship not applicable, since it is not a government entity, but a private company protecting its business," legal adviser Jensen told The Post, reacting to the criticism.
The Islamic State and users affiliated with the militants continue to operate Web sites under other domains, but none of them draw such an obvious connection to a country as in the case of Iceland.
American companies have been particularly harsh in dealing with Islamic State affiliated users: Both Twitter and Facebook have cracked down on online propaganda distributed via their social networks, forcing Islamic State militants to search for less popular alternatives or to face the possibility of having their accounts suspended.
Rick Noack writes about foreign affairs. He is an Arthur F. Burns Fellow at The Washington Post.

Eleicoes 2014: companheiros usam estatais como feudo privado: CEF e Serpro

PT usa Caixa e Serpro na campanha eleitoral
Diário do Poder, 13/10/2014

Após o uso dos Correios na campanha eleitoral do PT, Caixa e Serpro são alvo de acusação idêntica de funcionários. O Caixa-Mail, sistema interno de comunicação do banco, foi usado para espalhar acusações contra o candidato do PSDB. No Serpro, funcionária ligada ao PT, Ana Maria Amorim, mulher do ministro Celso Amorim (Defesa), disparou e-mail de teor eleitoral pró-PT na rede interna da repartição pública.

O e-mail eleitoral na Caixa, de posse desta coluna, repete a velha mentira de que o banco será “privatizado”, no caso de vitória tucana.

Tudo nosso
Ocupando boquinha no Serpro desde 2007, em seu email Ana Amorim compara os governos do PSDB e PT, usando dados não confirmados.

Privacidade
O Serpro desconversa, dizendo que “não pode monitorar e-mails internos”, mas não se fala em punição pelo uso eleitoral da rede.

Aparelhamento
O deputado federal tucano William Dib (SP) também foi procurado por funcionários da Caixa que denunciaram o uso eleitoral do Caixa-Mail.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Dia do professor e da professora, uma singela homenagem pelo dia 15 de outubro - Verly Campos

Um texto singelo, mas altamente emotivo, e sobretudo fiel, um retrato de uma educação que se foi para nunca mais voltar...
Paulo Roberto de Almeida

15 de outubro, dia do professor e da professora
Verly Campos
13/10/2014

Eu tive a felicidade de contar com excelentes professores durante toda a minha vida. Do ensino primário ou fundamental e, até, a universidade sempre houve, em meus períodos escolares, alguns professores excepcionais. Seria injusto se escrevesse os nomes dos meus queridos mestres e das minhas queridas professoras, pois foram tantos e correria o risco de esquecer alguns.
Lembro-me em 1949 e 1950, a primeira professora quantas coisas me ensinou que até hoje são muito úteis. Depois, guardo ainda a caderneta escolar dos anos 1951 e 1952 com a melhores notas, salvo a nota em procedimento do último mês, imposto pela diretora por desavença nossa. Um absurdo à parte. Depois foi a vez do ginasial de que, hoje, faria parte do fundamental. Também ali tive excelentes professores e alguns foram êmulos para que eu prosseguisse nos estudos. Já na capital, nos anos 1960, fiz parte do segundo grau no Colégio Municipal que contava com os melhores professores do país. Fiz, de 1963 a 1965,  o curso técnico de agrimensura, de onde, ainda hoje, apresento ao meu filho professores daqueles tempos. Na universidade tive os melhores mestres que abriam minha mente para um estágio de vida bem melhor como pessoa.
Volto aos tempos de criança. Naqueles anos, especialmente no interior, ainda não se comemorava a semana da criança com tanto destaque como hoje, porém, o dia 15 de outubro era sagrado: O DIA DA PROFESSORA. Naquela ocasião, na cidade de Pompéu, interior de Minas Gerais, só existiam professoras, do gênero feminino.
Foi num mês de outubro de 1952, que por lá apareceu um músico que marcou a nossa vida: Mozart Bicalho e seu violão elétrico. Um show nunca visto na minha vida até então. E foi ele quem no palco do Cine Teatro Marabá, recém inaugurado cantou para nossas professoras: “Professoras brasileiras, é linda vossa missão. Muitos cantos muitas flores e também muita alegria. São pequenos os louvores para a glória desse dia. “Professoras pompeanas, nós queremos vos saudar; por estas lutas insanas, Deus vos há de abençoar”. Depois vinha um refrão bem amplo: “Viva o Brasil, nossa pátria amada, viva o Brasil, terra abençoada.”
E mais não ficou na minha memória. O que recordo é que todos nós sentíamos um tremendo orgulho de nossas mestras. No período escolar, estudávamos a vida das primeiras mestras da cidade: Mestra Don’Ana, Mestra Pequenina, ficaram gravadas.
Lembrarei sempre da Dona Olga Maciel Garcia, Dona Eldira Campos, Dona Maria de Lourdes, Dona Dejanira Chagas, Dona Elza Tavares e Dona Zizinha, apenas para citar algumas das melhores professoras do meu tempo de aluno no Grupo Escolar Jacinto Campos.
Atualmente, no entanto, a situação está um tanto diferente. Hoje, pela manhã, quando fazia minha caminhada, escutei, sem querer, o lamento de uma professorinha, sobre o desrespeito que a elas têm os alunos de hoje. É claro que são as exceções. Porém é lastimável.
Há, na atividade do magistério um verdadeiro sacerdócio. Os professores e professoras, diferentemente de tantas outras profissões, se obrigam a uma presença constante diante dos mesmos alunos que poderiam ser seus filhos ou irmãos. E ali fazem das tripas o coração para transmitir o que sabem e estimular os alunos a irem muito além.
Minha proposta é que os pais conversem com os filhos e retomem a linha de pensamento antiga de respeito e consideração com aquelas abnegadas pessoas – hoje homens e mulheres – que se submetem ao rigor de ensinar e despertar a sede de saber nas crianças, jovens e adultos.
Viva o dia dos professores e professoras que constroem a base do futuro de nosso país.

Eleicoes e mistificacoes: as mentiras companheiras - Samuel Pessoa


Bruna Marquezine e a retórica petista
Samuel Pessoa  
Folha de S.Paulo, 12/10/2014
via Instituto Millenium, 13/10/2014 
 
Com o início da campanha do segundo turno na quinta-feira, o programa eleitoral da presidente Dilma Rousseff apresentou diversas manchetes de jornais com vários dados referentes à década de 90 e outros referentes à década de 2000. Há nesta estratégia uma série de truques de retórica.
Ao primeiro chamaremos de “efeito Bruna Marquezine”. Circula na internet um divertido meme com a foto da criança Bruna nos anos FHC, e outra, da bela mulher em que se transformou, nos anos Lula. A brincadeira é que a retórica petista sugere que a transformação é consequência das políticas dos governos petistas.
Inúmeras melhoras ocorridas na sociedade brasileira nos últimos 30 anos são avanços vegetativos associados à evolução natural da sociedade. Boa parcela da queda da desigualdade na última década segue da melhora educacional –que tem ocorrido desde os anos 40, com forte aceleração em seguida à redemocratização– em associação ao fim de nossa transição demográfica. Pela primeira vez somos uma sociedade com escassez de trabalho. Nada disto deve-se ao PT no governo.
O arsenal retórico do PT pode ajudar a reeleger Dilma. Em nada ajuda a evolução da sociedade
A propaganda petista gosta de apresentar números impressionantes que fulguram ante cifras bem menores da era FHC. Em muitos casos essas comparações representam a evolução natural de programas e realizações a partir de largadas necessariamente modestas na fase que se seguiu ao fim do caos hiperinflacionário. Foi um período no qual o país teve de concentrar recursos escassos e energia política nas penosas reformas estruturantes, que foram a base para os avanços posteriores e contra as quais o PT lutou com todas as forças.
O segundo truque retórico é a descontextualização da informação. Por exemplo, a dívida pública no governo FHC cresceu. O que não se fala é que mais da metade do crescimento da dívida pública no período resultou da assunção de dívidas passadas que não estavam contabilizadas. Este fato está bem documentado no texto para a discussão de janeiro de 2004 do Ipea “Os Passivos Contingentes e a Dívida Pública no Brasil: Evolução Recente (1996-2003) e Perspectivas (2004-2006)”.
Por exemplo, afirmar que a inflação foi mais elevada com FHC do que com o PT é não reconhecer que antes de FHC havia hiperinflação e que a sociedade melhorou: 7% ao ano no período FHC é conquista; 7% hoje é derrota.
O terceiro truque retórico, que remete ao gênio da comunicação nazista Joseph Goebbels, é repetir uma mentira até que seja verdadeira. Por exemplo, repetir que FHC quebrou o país três vezes quando naquele período nunca quebramos. Monica de Bolle na seção “Tendências e Debates” da Folha de sexta-feira (10) elucida a questão.
O quarto truque retórico é escolher estatísticas e bases de comparação de forma oportunista. Este é o caso quando se afirma que o desempregou caiu 7,6 pontos percentuais, dos 13,0% de 2003 para os 5,4% de 2013. Esta informação de desemprego refere-se à Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. Abrange somente seis regiões metropolitanas. A taxa de desemprego medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, que abrange todo o território nacional, apresenta redução de 3,2 pontos percentuais, de 9,7% em 2003 para 6,5% em 2013.
Se tomarmos como base de comparação 2002, último ano de FHC, o desemprego caiu 2,6 pontos percentuais, de 9,1% para 6,5%. Queda bem menos brilhante se considerarmos a dinâmica demográfica muito favorável.
O quinto truque retórico é simplificar um debate ao máximo de forma a demonizar seu adversário e incutir medo na população. Esta estratégia foi empregada à larga para desconstruir Marina Silva.
Fui recentemente alvo dessa estratégia. Na coluna de 29 de junho abordei o tema da cobrança de mensalidade em universidades, públicas ou privadas. O tema foi tratado de forma conceitual e no contexto das dificuldades de financiamento da USP e do reconhecimento do enorme sucesso do Fies, uma das vitrines, com todos os méritos, do atual governo. Na retórica petista eu quero privatizar as universidades federais, algo que nunca passou pela minha cabeça.
O arsenal retórico do PT pode ajudar a reeleger Dilma. Em nada ajuda a evolução da sociedade.
Sobre:
Samuel Pessoa
Samuel de Abreu Pessôa é professor da pós-graduação em economia da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro (EPGE/FGV), chefe do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV) e editor da revista “Pesquisa e Planejamento Econômico”. É doutor em economia pela Universidade de São Paulo (USP), bacharel e mestre em física pela mesma universidade. É especialista em crescimento, flutuações e planejamento econômico. Participou da organização do livro "Desenvolvimento econômico - Uma perspectiva brasileira" (Editora Campus, 2012).

Brazilian Studies: Researching Brazil (data base)

Um excelente portal para pesquisas sobre o Brasil:

Base de dados bibliográfica  
Researching Brazil

A base de dados bibliográfica Researching Brazil, atualmente, abrange 120 periódicos científicos brasileiros e 2000 artigos indexados sobre história brasileira e temas de ciências sociais.

Acesse o link: http://www.indiana.edu/~liblatam/researching-brazil/

Atenciosamente,
Secretaria da ABPHE

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Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...