sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Jamil Chade: Amazonia queimando é o maior revés diplomático do Brasil em 50 anos

Amazônia vira maior revés da imagem do Brasil em 50 anos, dizem diplomatas
Jamil Chade, UOL, 23/08/2019

Com protestos previstos para está sexta-feira pelo mundo, Itamaraty confirma que embaixadas brasileiras já reforçaram sua segurança. Ao colocar Amazônia no G7, Macron alerta que não vai dar seu apoio ao acordo Mercosul-UE e manda mensagem de que Bolsonaro não tem capacidade de lidar, sozinho, com a crise. "Jamais tivemos nos últimos 50 anos um desastre de imagem tão catastrófico e irreparável como esse", afirmou ex-ministro Rubens Ricupero.

GENEBRA – A fumaça das queimadas na Amazônia já sufocou o governo Jair Bolsonaro, pelo menos em sua imagem no exterior. No plano internacional, observadores apontam que a crise já poderia ser considerada como o maior revés do Brasil no cenário externo em meio século. Em apenas sete dias, mais de 10 milhões de tuítes foram publicados sobre a crise no país.
O acordo comercial entre Mercosul e UE também está ameaçado, depois que França e Irlanda anunciaram nesta sexta-feira que vão se opor ao tratado diante da postura brasileira no clima. Até mesmo um pedido de sanções contra o País foi lançado no Reino Unido, enquanto se proliferam pedidos da sociedade civil para que governos se distanciem de Bolsonaro.
Emmanuel Macron, que recebe os líderes do G-7 neste fim de semana, decidiu colocar a Amazônia em sua agenda e chamou o tema de "crise internacional". No fundo, a manobra é vista como tendo o potencial de criar uma pressão internacional sobre o Brasil em termos ambientais.
O UOL apurou que a França, antes de fazer a sugestão, já havia estabelecido um entendimento de que teria o apoio da Alemanha e da chanceler Angela Merkel, ridicularizada por Bolsonaro. A alemã suspendeu sua colaboração para o Fundo Amazônia e, como resposta, recebeu do presidente brasileiro a sugestão de usar o dinheiro para reflorestar a Alemanha.
O cenário desenhado é de que, ao tratar da crise, Macron estipule que Bolsonaro, sozinho, não tem como lidar com a situação da Amazônia.
Nesta sexta-feira, Merkel já saiu em apoio à proposta francesa e declarou a situação no Brasil como sendo uma "emergência aguda".
Em Bruxelas, a Comissão Europeia afirmou estar "profundamente preocupada" com a situação e disse que está disposta a ajudar o Brasil. A UE ainda apoiou a ideia de Macron de tratar da crise durante a reunião do G7.
Em Dublin e Paris, os governos já deixam claro que poderão simplesmente vetar o acordo com o Mercosul, assinado há poucas semanas, abrindo uma crise na relação entre a Europa e o Brasil.
Macron ganhou ainda o sinal verde de Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá e que também estará no G7.
Além da pressão, os governos poderiam lançar um apelo para que o Brasil se comprometa a retomar iniciativas como o Fundo Amazônia ou simplesmente aceitar recursos estrangeiros. Em qualquer um dos casos, isso significaria um monitoramento estrangeiro do que ocorre no Brasil e uma tentativa de blindar o desmonte da política ambiental do País.

Brasil sem voz no G7 só contaria com Trump
Não por acaso, a iniciativa deixou parte do governo enfurecido, diante do risco de que decisões sejam tomadas no fim de semana sem sequer consultar o Brasil. Um dos negociadores que estará na reunião acredita que, ainda mais prejudicial, será o fato de o país não poder se defender diante de um grupo que conta com Macron e Merkel.
Para os funcionários da chancelaria francesa, a dúvida é se Donald Trump sairá ao resgate de seu novo aliado, Jair Bolsonaro. Entre diplomatas brasileiros, a percepção é de que, mesmo que a Casa Branca monte uma blindagem para o Brasil, ela não o fará sem um custo. "Nada é feito nos EUA sem uma contrapartida", admitiu um diplomata.
O ex-ministro do Meio Ambiente e embaixador Rubens Ricupero foi contundente. "No dia 21 de agosto, percorri todos os principais noticiários da televisão mundial: RAI 1, France 2, BBC, CNN. Todos, até na seção de previsão de tempo, dedicavam atenção principal às queimadas na Amazônia", disse à reportagem.
"Jamais tivemos nos últimos 50 anos um desastre de imagem tão catastrófico e irreparável como esse", afirmou o embaixador. "É muitas vezes pior em intensidade, horário nobre, repercussão junto a estadistas e gente do povo do que sucedeu nos piores momentos do regime militar", alertou.
Segundo Ricupero, está sendo destruído "em poucas horas um esforço que se iniciou na época de Sarney e demandou mais de 30 anos e enormes esforços e recursos".
"Houve dois momentos em que o Brasil começava a recuperar um pouco sua imagem. O primeiro foi quando Sarney ofereceu o Rio de Janeiro para sediar a maior conferência do clima de todos os tempos, a Rio 92 e Collor honrou o compromisso, um momento alto da diplomacia ambiental brasileira", argumentou.
"O segundo foi mais recente, a partir do ano em que a taxa de desmatamento principiou a cair e assim permaneceu durante alguns anos. Mesmo assim, a imagem geral, aquela que ficava lá no fundo da mente das pessoas, é que o Brasil era um país agressor do meio ambiente, uma vez que, mesmo nos bons momentos, não faltavam episódios lamentáveis de invasão de terras de índios por garimpeiros, assassinatos de líderes ambientais como o de Chico Mendes e atentados de todo tipo. Agora, o que está ocorrendo pôs tudo a perder", alertou.

"Desmantelamento"
Ele, porém, não vê uma saída clara. "A situação desta vez é mais grave. Nos governos anteriores, existia uma vontade sincera, mais ou menos eficaz de tentar controlar a destruição. Infelizmente, mesmo os ministros e governos melhor intencionados lutavam em posição desfavorável, uma vez que os empenhados na destruição -grileiros, madeireiros, garimpeiros, fazendeiros pecuaristas – se encontravam presentes em toda a região amazônica, ao contrário do governo, cuja presença era débil e precária", disse.
"Às vezes, reservas maiores que um país europeu tinham apenas dois funcionários na vigilância! Faltava tudo: aviões, helicópteros, equipamento moderno de comunicação, viaturas. O pouco que se obteve foi graças a doações como as do Fundo Amazônia, que o atual desgoverno está em vias de liquidar", afirmou.
Para Ricupero, Bolsonaro e seu "antiministro do Meio Ambiente estão consciente e deliberadamente empenhados em destroçar todas as instituições e mecanismos de fiscalização e controle".
"Desde o começo, o governo intimidou os fiscais, desmoralizou a fiscalização ao denunciar o que chamou de "indústria das multas", quando é mais sabido que mais de 90% das multas nunca são pagas. Em seguida, afastou os funcionários de carreira e nomeou para dirigir o IBAMA e o Instituto Chico Mendes oficias da PM de São Paulo que prosseguiram o trabalho do desmantelamento", alertou.
Para ele, é falsa a percepção de que Bolsonaro "peca apenas pela língua, pelas suas desastrosas declarações". "Na verdade, o governo federal a rigor nem precisa fazer nada de especial para que o desmatamento aumente. Basta cruzar os braços, já que os destruidores estão apenas esperando o sinal verde para agir. Sinal que este governo vem fornecendo a cada dia, a cada hora, por meio da impunidade", disse.
"O que está ocorrendo lembra um episódio sinistro de nossa história: o fim do tráfico de escravos. Foi preciso que a esquadra inglesa começasse a capturar navios tumbeiros dentro de águas territoriais brasileiras e até dentro de nossos portos para que finalmente o governo imperial se decidisse em 1850 a colocar fim ao tráfico. Por que do contrário, os ingleses o fariam. É isso que deseja Bolsonaro?", questionou.

Na ONU
A percepção de Ricupero ecoa dentro da ONU, onde o Brasil vê sua reputação afetada. Dois embaixadores que pedem para não ser identificados confirmam que, em décadas, jamais viram uma reação internacional contra o Brasil de tal magnitude. "Não me lembro da última vez que o Brasil passou a ser tratado como um pária, como está sendo hoje", admitiu um deles.
O caso foi considerado como sendo de tal gravidade que Antônio Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, saiu de seu tradicional silêncio em temas polêmicos para pedir que a Amazônia seja protegida. "Estou profundamente preocupado pelo fogo na floresta amazônica", escreveu, alertando que o mundo não poderia se dar ao luxo de perder tal "fonte de oxigênio".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também se pronunciou, alertando que os acontecimentos no Brasil revelam o risco que enfrenta o planeta.
Fontes na entidade apontam que a crise não se limitará aos assuntos ambientais. Para diplomatas, a capacidade de o Brasil liderar esforços ou campanhas em outras áreas deve ser afetada. "O Brasil é hoje meio tóxico e são poucos os que estão dispostos a embarcar em algum projeto com o país", disse um experiente negociador.
Pela Europa, parlamentares que terão de votar uma ratificação do acordo comercial com o Mercosul estão sendo pressionados por seus eleitores a não chancelar o tratado com o Brasil. Numa rua de uma cidade austríaca, nesta semana, jovens simularam um enforcamento. Enquanto o gelo aos seus pés derretia, seguravam um cartaz contra o Mercosul e Bolsonaro.
Diplomatas que conversaram com a reportagem do UOL admitiram que as imagens enfraquecem o governo brasileiro e ameaçam até mesmo ser traduzidas em perdas reais para as exportações.
Com os partidos ambientalistas ganhando força pela Europa, deputados sabem que precisam dar uma roupagem "climática" para seus discursos. O resultado, com um Brasil debilitado, pode ser a transformação de Bolsonaro numa espécie de "bola da vez" para que políticos locais mostrem que estão comprometidos com o meio ambiente.

Sanções
No Reino Unido, uma petição foi lançada ao Parlamento Britânico solicitando que o governo faça pressão para que sanções sejam impostas contra o Brasil, por conta da floresta. Até a manhã de sexta-feira (horário europeu) e em poucas horas, a petição já contava com 40 mil assinaturas.

Não faltaram ainda aqueles que, se aproveitando de um clima deteriorado para o Brasil, embarquem numa nova campanha para minar as exportações brasileiras e evitar a concorrência.
Na Noruega, que negocia um acordo de livre comércio com o Mercosul, a Associação dos Produtores Agrícolas alertou ao governo de Oslo que os consumidores noruegueses precisavam ser respeitados e que um acordo com o Brasil não deveria ser fechado.
Para eles, um norueguês deve poder comer uma carne "sem ter de ter a consciência pesada" por estar desmatando a Amazônia. Mas sua real preocupação era outra: a capacidade dos produtos agrícolas do Brasil de minar a rentabilidade de seus próprios agricultores.
Na França, entidades de agricultores que sempre foram contra um acordo com o Mercosul agora adotaram o lema ambientalista para justificar seu pedido por barreiras.
De fato, em Brasília, o governo oficialmente instruiu seus diplomatas a defender a soberania do país sobre a Amazônia e a colocar em questão as reais intenções de ONGs. O discurso ainda inclui uma tentativa de qualificar os ataques contra o Brasil como uma espécie de estratégia de protecionismo comercial.
Mas, entre uma parcela menos radical do governo, o temor é de que não apenas as chamas na floresta saíram do controle. Com uma ampla campanha internacional, a percepção é de que a imagem do País queima junto com sua floresta. E os prejuízos podem ser enormes, politicamente e em termos comerciais.

Segurança reforçada
No centro do mundo e na periferia do Brasil, a realidade é que a floresta conseguiu unir artistas, políticos de diferentes partidos e, acima de tudo, a opinião pública contra o chefe de estado brasileiro.
Para esta sexta-feira, protestos estão sendo organizados diante de embaixadas do Brasil pelo mundo, enquanto nos bastidores do Itamaraty muitos temem depredações e ações mais contundentes. Desde o início do governo, foram pelo menos quatro incidentes e quase todos com recados sobre a situação ambiental do país.
Ao UOL, o Itamaraty confirmou que "os postos no exterior já adotaram medidas de reforço de segurança, conforme avaliação da necessidade local".
Grupos de estudantes querem usar o dia de protestos, nesta sexta-feira, para também dedicar uma mensagem especial ao presidente brasileiro.
Nesta semana, personalidades como Leonardo DiCaprio e Greta Thunberg usaram as redes sociais para denunciar a destruição da floresta, levando críticas a Bolsonaro a milhões de seguidores.
Em diversos países europeus, o assunto se transformou em um dos "trending topics" das redes sociais, obrigando até mesmo membros do governo a postar mensagens em inglês.
Dentro da ONU, um antigo chefe de negociações de desarmamento comentava ao ver estampada as imagens da Amazônia em chamas na imprensa de todo o mundo, na prateleira de uma banca de jornais dentro das Nações Unidas.
"Bom, quem até agora não conhecia Bolsonaro, agora sabe quem é: aquele que está permitindo a destruição da floresta", completou.

Paises balticos sob dominacao sovietica: paises que nunca aceitaram, EUA e Brasil

Permito-me esclarecer que a diplomacia brasileira, que reconhecia os países bálticos como independentes, no período de entre-guerras, jamais aceitou a soberania soviética sobre os três Estados. Quando ingressei no Itamaraty, e comecei a trabalhar na Divisão de Europa Oriental, surpreendi-me ao encontrar maços sobre cada um dos países nos arquivos da Divisão. Logo aprendi que nós nunca tínhamos aceitada a invasão soviética de 1940, e continuávamos mantendo maços sobre os três países, alimentados, em grande parte, pelos materiais produzidos pelas rádios e instituições de pesquisa americanas, financiadas pela CIA, Radio Free Europe e Radio Liberty.
Este artigo do ex-diplomata americano Nicholas Burns – que acaba de publicar um livro devastador sobre o afundamento da diplomacia americana nos tempos que correm – permite reconsiderar o caso dos países bálticos.
Paulo Roberto de Almeida

From: Belfer Center, Harvard University
Dear Colleagues and Friends,
I enclose below my Atlantic article on the remarkable event that took place thirty years ago today when more than two million citizens of the Baltic republics of the U.S.S.R. engineered one of the most dramatic and successful mass protests in Soviet history.
Men, women and children linked hands in a continuous human chain over 400 miles long to protest the secret agreement that had been made on that date fifty years earlier between Hitler and Stalin to divide control of Eastern Europe between them in the Molotov-Ribbentrop Pact. That odious backroom deal allowed Stalin to invade Estonia, Latvia and Lithuania in 1940, erase their national identities and incorporate them by terror and force into the Soviet Union for more than half a century.
Every president starting with Franklin Delano Roosevelt refused to recognize the incarceration of the Baltic countries in the Soviet empire. And four recent American presidents—George H.W. Bush, Bill Clinton, George W. Bush and Barack Obama—all worked to right a historic wrong. Bush 41 helped to liberate the Baltics from Soviet rule. Clinton helped to negotiate the departure of Russian troops from Estonia and Latvia. Bush 43 led in bringing them into NATO. Obama protected them from further Russian aggression. 
It is a remarkable story of American commitment and long-term bipartisan strategy to help democracy be reborn in three countries on the northern rim of Europe. 
I conclude by arguing that President Donald Trump has failed to continue this long-term American effort to support democracies at risk in Europe. In fact, I fear our NATO allies cannot truly depend on the U.S. as long as he is in the Oval Office.
As always, I welcome your comments.
Nick Burns
Faculty Chair, Project on Europe and the Transatlantic Relationship

The Lasting Lesson of the Molotov-Ribbentrop Pact

For the first time in its history, NATO does not have a strong, principled American leader to guide it.


Thirty years ago this week, on August 23, 1989, more than 2 million citizens of the Baltic republics of the U.S.S.R. engineered one of the most dramatic and successful mass protests in Soviet history. Men, women, and children linked hands in a continuous human chain more than 400 miles long that they called the “Baltic Way,” connecting the Estonian capital of Tallinn in the north with the Latvian capital of Riga in the center and the Lithuanian capital of Vilnius in the south.
Soviet Foreign Commissar Vyacheslav Molotov signs the German-Soviet nonaggression pact; Joachim von Ribbentrop and Josef Stalin stand behind him. Moscow, August 23. 1939.
Soviet Foreign Minister Vyacheslav Molotov signs the German-Soviet nonaggression pact; Joachim von Ribbentrop and Josef Stalin stand behind him, Moscow, August 23. 1939.
(U.S. National Archives & Records Administration)
They were protesting what was then the 50th anniversary of one of modern history’s most brutal and cynical backroom deals—the secret agreement made 80 years ago on August 23, 1939—by Adolf Hitler and Joseph Stalin to divide Eastern Europe between them on the eve of the Second World War. The Molotov-Ribbentrop Pact (named after Soviet Foreign Minister Vyacheslav Molotov and Nazi Foreign Minister Joachim von Ribbentrop) divided Poland, giving Hitler a free path to go to war against it 10 days later and Stalin the green light to invade Estonia, Latvia, and Lithuania in May and June of 1940.
The three young Baltic states were stripped of their national identities and incorporated by terror and force into the U.S.S.R. in the summer of 1940. Stalin’s secret police murdered many of the Baltic government, business, and cultural leaders. Thousands of others were sent to the Soviet Gulag prison system east of the Ural Mountains. Against their will, three independent nations were imprisoned as puppet republics of the Soviet Union for more than half a century until they liberated themselves in September 1991, just before the Soviet empire itself disintegrated.
By 2004, in a remarkable transformation, all three were admitted to NATO. They joined the European Union that same year. The story of how these three small countries on the northern rim of Europe made their way from prisoners in the Soviet Union to members of the two great institutions of the West has lessons for us at a time when President Donald Trump is abandoning the American leadership role in Europe that was so critical in bringing the Cold War to a peaceful and democratic end.
President Franklin D. Roosevelt refused in 1940 to recognize the takeover of the three countries by Stalin. He froze Baltic gold reserves and other financial assets to deny their use by the Soviets. Backed by President Dwight Eisenhower, Congress established in 1959 a Captive Nations Committee to illuminate the imposition of communist rule on formerly free nations, including the three Baltic states. Through the long decades of the Cold War, however, very few American officials would have given good odds that the trio would ever regain their independence from Moscow.
When I joined the National Security Council staff in 1990, I became its liaison to the three Baltic legations in Washington, D.C. It was impossible not to admire Estonian Ambassador Ernst Jaakson and Latvian Ambassador Anatol Dinbergs. Jaakson had arrived in the United States as a young diplomatic representative of Estonia in 1929 and stayed all through the lean and seemingly hopeless years of the Soviet occupation of his country to independence in 1991. Dinbergs came to the U.S. in 1937 and, like Jaakson, never left. They came to work every day for more than five decades to represent governments that had ceased to exist at the start of World War II. Along with Lithuanian Ambassador Stasys Lozoraitis, who represented Lithuania in Washington after 1987, they kept faith with their country and the dream that some far-off day in the future, the Baltic states might be reborn. There is simply nothing like it in modern diplomatic history.
The Balts are the real heroes of this story. They liberated themselves against great odds. They did, however, receive critical support from the U.S., Canada, and Europe in the waning months of the dying Soviet Union.   
Bush pushed the Soviet leader Mikhail Gorbachev in the summer and autumn of 1991 to let the Baltic states go free, arguing against the use of force by Moscow. When Secretary of State James Baker later visited the three capitals, he pledged full support for their independence.
President George W. Bush pushed NATO leaders to admit the three Baltic countries into NATO in 2004. As Bush’s ambassador to NATO at the time, I believed the Baltic countries would be truly free only when they were inside the alliance, protected by its Article 5 mutual-defense guarantee.
Before the end of his presidency, Obama and NATO leaders deployed a battalion of NATO troops to each of the Baltic countries and Poland as a visible symbol of that commitment—that the independence of the states Russia had dominated in the past would be secure.
The Cold War ended peacefully in large part because of the constancy and determination of the U.S. and its NATO allies. Each American president had a shared sense of what was at stake and a common strategy to deploy U.S. military and diplomatic strength to defend freedom.  
Together, they held the line for five decades to help Europe resist communism, even when the odds seemed slim that it would ever be vanquished. John F. Kennedy and Ronald Reagan’s historic speeches at the Berlin Wall best symbolized that common will and commitment.  
When the wall finally fell in 1989 and the Soviet Union itself dissolved two years later, President George H. W. Bush proclaimed that a Europe “whole and free” had been reborn and a “democratic peace” had taken root across the continent. This decades-long U.S.-led campaign is surely one of the great foreign-policy achievements in our history. Every American should take pride in it.
President Trump, however, sees the world through a radically different lens than his predecessors did. He is dismantling, block by block, the foundations of our power that made America great from FDR’s time to Obama’s.
As antidemocratic populists contest power across Europe, Trump has effectively sided with such leaders in Hungary and Italy against true friends such as Germany’s Angela Merkel and France’s Emmanuel Macron. Just this week, Trump bullied the NATO ally Denmark and canceled a state visit to Copenhagen because its government had the temerity to refuse to sell Greenland to the U.S. The reaction among the usually stolid Danes has been anger and bewilderment that an American president would treat them with such disrespect.
And on the eve of this weekend’s G7 Summit, Trump is calling publicly for Russia to be reinstated in the group, even as it continues to occupy Crimea and parts of eastern Ukraine.
The 20th century was the American century not just because the U.S. wielded enormous military and diplomatic power. The U.S. became the leading nation in the world because all of its presidents, until Trump, believed in helping Europe to become a united, democratic continent after centuries of war and division.
The lasting message of the Molotov-Ribbentrop Pact is that evil triumphs when democracies fail to stand up to it. And the message of the Baltic Way protests is that America is at its greatest when it stands up for freedom where it is at risk. The Baltic governments that previous presidents worked so hard to defend must now be worried that, if Russia threatens, Trump will not heed those lessons.
As Americans reflect on the 2020 election and the prospect of Trump gaining another term in office, we must come to one simple conclusion: We simply can’t afford it. Two and a half years into his presidency, Trump has demonstrated beyond a shadow of doubt that America can’t be great in the world, and our allies can’t truly depend on him, while he remains in the Oval Office. 


Trajetória do pensamento brasileiro: 200 anos de produção intelectual - Paulo Roberto de Almeida

O seminário não está aberto ao público externo, sendo reservado unicamente aos alunos do mestrado e doutorado em Direito do Uniceub.
Mas, vou aproveitar para compor novos ensaios ou recuperar textos já escritos sobre cada um dos autores focados no esquema abaixo (existem vários outros), que poderão integrar uma nova obra, a ser publicada oportunamente: 

SEMINÁRIO JURÍDICO AVANÇADO 
Trajetória do pensamento brasileiro:
200 anos de produção intelectual
Tema: Formação do pensamento político, econômico e social no Brasil
Prof. Dr. Paulo Roberto de Almeida – MRE/UniCEUB
Datas: 25 de setembro, 02 e 09 de outubro/2019 
Horário: das 19h30 às 22h30 nas quartas-feiras. 
Local:  25 de setembro e 09 de outubro:  sala 3005 - 02 de outubro: sala 3001
Carga horária: 09h/a
Coordenador do seminário: Dr. Marcelo Dias Varella  
INSCRIÇÕES: Para se inscrever entre em contato com a secretaria 3966-1304 ou 1305, informando nome completo, RA e E-mail. 
Limites de vagas: 35
Informações adicionais:
- Para aproveitamento do seminário são necessários 100% de presença e entregar resumo ou atividade que o professor definir, se for o caso (entrega até 11/10/2019).
Objetivo instrucional: Colocar os participantes do curso em contato com as grandes obras do pensamento político, econômico e social do Brasil, da independência a nossos dias, examinando as grandes obras de cada produtor de ideias sobre o Brasil no seu contexto histórico e intelectual, fornecendo as referências primárias sobre essas obras e a literatura secundária sobre cada um deles.

Programa temático:
1. Dois pais fundadores da nação: Hipólito José da Costa; José Bonifácio de Andrada e Silva
2. Duas concepções de Estado e de Nação: Francisco Varnhagen; Irineu Evangelista de Souza
3. Dois monarquistas na República: Joaquim Nabuco; Barão do Rio Branco
4. Dois lutadores republicanos: Ruy Barbosa; Oswaldo Aranha
5. Dois promotores da modernidade: Monteiro Lobato; Fernando de Azevedo
6. Duas vias para o papel do Estado na economia: Roberto Simonsen; Eugênio Gudin
7. Dois juristas prolíficos: Raymundo Faoro; Afonso Arinos de Mello Franco
8. Dois economistas humanistas: Celso Furtado; Roberto Campos
9. Dois acadêmicos influentes: Gilberto Freyre; Caio Prado Jr.
10. Dois liberais da atualidade brasileira: Antonio Paim; Gustavo Franco
Bibliografia: seleção de títulos e fontes primárias
A literatura sobre os personagens citados é extensa e metodologicamente variada, compondo-se de obras próprias e fontes secundárias. Uma lista das obras mais significativas desses autores e personalidades públicas, assim como biografias e estudos elaborados por terceiros será fornecida aos inscritos no curso.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...