quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Diálogos com Marco Aurélio Nogueira - Instituto de Estudos e Pesquisas para o Fortalecimento da Democracia (IEPfD) e Ateliê de Humanidades

 Um programa exemplar:


"Diálogos com Marco Aurélio Nogueira" é um inovador programa de debates promovido pelo Instituto de Estudos e Pesquisas para o Fortalecimento da Democracia (IEPfD) e pelo Ateliê de Humanidades. Neste espaço de reflexão, convidados especiais, como o ilustre Cristovam Buarque, ex-senador, governador e ministro da educação, são instigados a compartilhar suas percepções sobre questões contemporâneas que moldam nossa sociedade.

O programa aborda uma variedade de temas relevantes, desde as novas dinâmicas de relacionamento e família até os desafios da representação política, passando por questões como democracia digital, inteligência artificial, crises ambientais e tensões internacionais. O foco está em promover diálogos produtivos e criativos, livres de dogmas e narrativas restritivas, proporcionando uma compreensão ampla dos processos que influenciam nosso mundo atual.

Em meio a um cenário de polarizações e desafios para a democracia, "Diálogos com Marco Aurélio Nogueira" emerge como um farol de esperança, reiterando a importância do diálogo construtivo para navegar pelos tempos turbulentos que enfrentamos. Junte-se a nós nesta jornada de descoberta e debate, contribuindo para um futuro mais compreensivo e inclusivo.

**Não perca essa oportunidade de aprofundar seu entendimento sobre as forças que moldam nosso presente e futuro. Inscreva-se em nosso canal no YouTube [@iepfd](https://youtube.com/iepfd) e participe da conversa!**
João Rego – presidente
IEPfD | Instituto de Estudos e Pesquisas para o Fortalecimento da Democracia.

Terei a chance, proximamente, de figurar numa dessas entrevistas da série de "Diálogos com Marco Aurélio Nogueira", que poderá ulteriormente ser seguido por meio deste link:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLZQlj-1Z3uuLPjPXcFVvFA6vxtWkGyjn9

terça-feira, 14 de outubro de 2025

O BRIC, BRICS, BRICS+ são uma boa ideia para o Brasil? - Paulo Roberto de Almeida

O BRIC, BRICS, BRICS+ são uma boa ideia para o Brasil?

Diplomatas são, pelo senso comum, preparados para informar, representar e negociar; esta é a tríade que todo jovem secretário ouve nas aulas do Instituto Rio Branco. As arengas dos "barões" da Casa, por sua vez, insistem nos dogmas militares que sempre considerei inadequados para a atividade diplomática: hierarquia e disciplina.
Sempre achei que antes de informar, representar e negociar, os diplomatas deveriam ser instruídos a pensar, isto é, examinar cada assunto na agenda de trabalho com base no conhecimento adquirido ao longo da preparação para o concurso e na experiência obtida nos anos daquelas primeiras três missões, supostamente exclusivas e suficientes.
A questão é que nem sempre as instruções recebidas de cima refletem exatamente a realidade das relações internacionais ou os chamados interesses nacionais, uma vez que podem ser emanadas de líderes políticos que possuem um entendimento paracial e limitado dessas questões, ou que são influenciados por preconceitos políticos ou concepções ideológicas das relações internacionais.
Penso, por exemplo, na questão do BRIC, proposta pela primeira vez em 2004-2005, posta em movimento a partir de 2006, em nível ministerial, e convertida em reuniões anuais de cúpula, sem que a ideia tenha sido jamais discutida abundamentemente e de modo suficiente com a sociedade brasileira ou com o próprio Itamaraty. Simplesmente se decidiu acatar aquela decisão presidencial, como se ela represente o nec plus ultra do interesse nacional e das possibilidades de cooperação em nível internacional. Funcionou apenas o "hierarquia e disciplina" e ocorreu muito pouco pensamento em torno dessa ideia, que pela primeira vez na história da diplomacia, na redemocratização, colocava o Brasil em colaboração direta com duas grandes autocracias, detentoras de um poder sobre os assuntos da grande estratégia geopolítica que nunca esteve ao alcance do Brasil, como potência média.
Sempre refleti sobre essa proposta e sobre ela escrevi extensivamente, baseando-me exclusivamente em dados objetivos da situação de cada um dos países, e refletindo sobre o que de melhor o Brasil poderia esperar dessa nova "condição". Expressei minhas dúvidas sobre a correção e o interesse ou adequação da decisão para o interesse nacional, e sei que minhas ponderações não foram bem recebidas pelos "de cima".
Reproduzo aqui os registros de apenas alguns trabalhos sobre essa importante questão, e uma lista final anterior. Outros trabalhos mais recentes serão processados para divulgação:

Trabalhos do autor sobre o Bric, Brics, Brics+:

To Be or Not the Bric”, Inteligência (Rio de Janeiro: Ano: XI - 4º trimestre, 12/2008, p. 22-46; XI; disponível na plataforma Academia.edu:
https://www.academia.edu/144450047/1920_To_Be_or_Not_the_Bric_2008_; divulgado no blog Diplomatizzando (13/10/2025; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2025/10/to-be-or-not-bric-paulo-roberto-de.html).

O Bric e a substituição de hegemonias: um exercício analítico (perspectiva histórico-diplomática sobre a emergência de um novo cenário global)”, in: Renato Baumann (org.): O Brasil e os demais BRICs: Comércio e Política (Brasília: CEPAL-Escritório no Brasil/IPEA, 2010, p. 131-154). Disponível na plataforma Academia.edu (link: http://www.academia.edu/5794579/086_O_Bric_e_a_substitui%C3%A7%C3%A3o_de_hegemonias_um_exerc%C3%ADcio_anal%C3%ADtico_perspectiva_hist%C3%B3rico-diplom%C3%A1tica_sobre_a_emerg%C3%AAncia_de_um_novo_cen%C3%A1rio_global_2010_).

Brasil no Brics”, in: Jorge Tavares da Silva (ed.), Brics e a Nova Ordem Internacional (Casal de Cambra: Caleidoscópio; Aveiro: Mare Liberum, 2015, p. 71-115); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/10200076/108_Brasil_no_Brics_2015_).

A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2022; ASIN: B0B3WC59F4; disponível na Amazon.com; link: https://www.amazon.com/grande-ilus%C3%A3o-Brics-diplomacia-brasileira-ebook/dp/B0B3WC59F4/ref=sr11?keywords=A+grande+ilus%C3%A3o+do+Brics+e+o+universo+paralelo+da+diplomacia+brasileira&qid=1656513882&sr=8-1).

BRIC-BRICS: da pré-história à situação atual”, Brasília, 19 junho 2023, 19 p. Dossiê divulgado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/103587411/4421_BRIC_BRICS_da_pré_história_à_situação_atual_2023_); divulgado no blog Diplomatizzando (link:
https://diplomatizzando.blogspot.com/2023/06/bric-brics-da-pre-historia-situacao.html


segunda-feira, 13 de outubro de 2025

To Be or Not the Bric - Paulo Roberto de Almeida (Insight Inteligência)

To Be or Not the Bric

Paulo Roberto de Almeida
Insight Inteligência (Rio de Janeiro: Ano: XI - 4º trimestre, 12/2008, p. 22-46)

Sumário:
Introdução: a caminho da briclândia
1. Radiografia dos Bric
2. Ficha corrida dos personagens
3. De onde vieram, para onde vão?
4. New kids in the block
5. Políticas domésticas
6. Políticas econômicas externas
7. Impacto dos Bric na economia mundial
8. Impacto da economia mundial sobre os Bric
9. Consequências geoestratégicas
10. O Brasil e os Bric
Alguma conclusão preventiva?

Resumo: Radiografia do conceito Bric, questionando a realidade subjacente a um exercício intelectual que levou em conta realidades puramente econômicas, sem maiores preocupações com as implicações político-diplomáticas do novo grupo. São analisadas suas políticas e posicionamentos diplomáticos, constatando-se uma grande diversidade de posições. Enfatiza a necessidade de uma agenda positiva dos Bric, não puramente defensiva ou de confronto com relação ao atual G7.
Palavras-chave: Bric. Brasil. Rússia. Índia. China. Relações econômicas internacionais.

In our paper, originally published in 2008, we explore the BRIC concept, critically examining its economic foundations while highlighting the diverse political and diplomatic realities that shape this group. We argue for a proactive agenda for BRIC nations, moving beyond mere defensive postures against the G7. This eesay was one of my first reflections over this important concept and diplomatic endeavor of the Brazilian diplomacy under Lula.

Disponível na plataforma Academia.edu:

https://www.academia.edu/144450047/1920_To_Be_or_Not_the_Bric_2008_  

The Decline of Russia - Volodymyr Ohryzko

The Decline of Russia

“The goal of the free world is not to negotiate with Russia, but to speed up the collapse of the system that keeps it captive. Russia no longer has the resources or strength for a total war with the West, and the Kremlin regime is in irreversible decline.”

❝Putin cannot capitulate, because that would mean his political and, most likely, physical end. He will fight to the last Russian soldier. But the problem is not only Putin, it is the entire Russian Federation, this pseudo-empire, which is doomed. The economy cannot endure, and society is collapsing. Crack the system a little, and the fractures will spread through the whole state.

Without war, the regime loses its very purpose. That is why we must not delude ourselves into thinking we can negotiate with it. The only real dialogue with Russia concerns the terms of its capitulation to the civilized world.

Europe, the United States, and Ukraine must together show Russia what power truly means. Only then can there be genuine dialogue, not about compromise, but about surrender.

If we force Russia to stop the war, it will begin to retreat. But true victory is not the restoration of the 1991 borders, it is the destruction of the fascist regime that rules Russia today. Only then can there be real peace.

If the regime does not fall, we will forever remain in the same position—merely waiting for the next attack.❞

— Ukrainian diplomat Volodymyr Ohryzko

Como prosperar pela democracia, pela educação, por políticas econômicas sólidas e integradas ao mercado internacional- IA

 Comando (para a IA):

Dê exemplos de países que, no passado, tinham uma desigualdade social alarmante, governo corrupto, enfim índices de democracia e IDH péssimos; mas, atualmente, estes mesmos países são referência positiva em democracia e igualdade social.

Resposta (gerada pela IA):
Exemplos de países que superaram graves problemas sociais, políticos e de corrupção para se tornarem referências positivas incluem a Coreia do Sul, Chile e Portugal. Todos os três passaram por regimes autoritários, pobreza e alta desigualdade, mas alcançaram níveis elevados de desenvolvimento humano e consolidação democrática. 
Coreia do Sul
A Coreia do Sul é um dos exemplos mais notáveis de transformação. 
No passado: Após a Guerra da Coreia na década de 1950, o país estava devastado, com um Produto Interno Bruto (PIB) per capita comparável aos dos países mais pobres do mundo. As décadas seguintes foram marcadas por regimes militares autoritários e uma desigualdade social considerável, herança da ditadura.
Atualmente: É uma das economias mais avançadas do mundo, com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito elevado (12ª posição em 2024). A transição para a democracia, nos anos 1980, foi crucial para a estabilidade política. O país investiu maciçamente em educação e tecnologia, transformando sua força de trabalho e impulsionando grandes conglomerados como Samsung e Hyundai. 
Chile
O Chile passou de uma ditadura brutal para uma democracia estável. 
No passado: A ditadura militar de Augusto Pinochet, entre 1973 e 1990, foi um período de forte repressão, instabilidade política e desigualdade social. Apesar do crescimento econômico em alguns períodos, a desigualdade se aprofundou e a corrupção era controlada pelo regime.
Atualmente: Após a redemocratização, o país conquistou um dos maiores IDHs da América Latina. Embora ainda enfrente desafios, como a herança neoliberal e debates constitucionais, o Chile consolidou suas instituições democráticas e conseguiu abordar abertamente as feridas do passado autoritário. 
Portugal
A transição portuguesa é um modelo de democratização bem-sucedida. 
No passado: Até 1974, Portugal vivia sob o regime autoritário do Estado Novo, que sufocava a liberdade e mantinha o país isolado e subdesenvolvido em relação ao resto da Europa Ocidental. A falta de democracia, a repressão e a guerra colonial contribuíam para a pobreza e a ausência de desenvolvimento social.
Atualmente: A Revolução dos Cravos, em 1974, abriu caminho para a democracia, o que permitiu o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o social, consolidando um sistema de bem-estar. Portugal é hoje uma democracia plena e um país de referência em políticas sociais.

Fonte:
https://www.google.com/search?q=D%C3%AA+exemplos+de+pa%C3%ADses+que%2C+no+passado%2C+tinham+uma+desigualdade+social+alarmante%2C+governo+corrupto%2C+enfim+%C3%ADndices+de+democracia+e+IDH+p%C3%A9ssimos%3B+mas%2C+atualmente%2C+estes+mesmos+pa%C3%ADses+s%C3%A3o+refer%C3%AAncia+positiva+em+democracia+e+igualdade+social.&rlz=1C2GCEA_enBR1094BR1098&sca_esv=bb558130a597fb8c&source=hp&ei=FFbsaPrzEfX65OUP0qiIgAQ&iflsig=AOw8s4IAAAAAaOxkJDR9DRcHgeHqm1DspPvqKWYo6je2&aep=22&udm=50&ved=0ahUKEwj6zdyjg6CQAxV1PbkGHVIUAkAQteYPCAc&oq=&gs_lp=Egdnd3Mtd2l6IgBIAFAAWABwAHgAkAEAmAEAoAEAqgEAuAEByAEAmAIAoAIAmAMAkgcAoAcAsgcAuAcAwgcAyAcA&sclient=gws-wiz&mtid=bFfsaM_BE_LB5OUPh4LW0As&mstk=AUtExfB9gc-5Ld4zKo2OZJONla-kUcL7dbBRdNYjvDTgy9FQlq4NqMxMmEOgGuNNvmGyXCUxdc9t96zb42hyt5ILwRiwPcVGg6CCH_qegimsROJJg776Qiazi_oWjq71pUnatTwbctj3HKaVA5RkkwEG7JvFXx_hboXRYSw&csuir=1


domingo, 12 de outubro de 2025

Diminuição da influência da esquerda junto aos eleitores brasileiros: pesquisa de opinião

Diminuição da influência da esquerda junto aos eleitores brasileiros: pesquisa de opinião

Esse estudo é relevante e precisa ser lido e conhecido com toda cautela, pois que tendências eleitorais podem mudar em função da própria dinâmica política em função de eventos insesperados. Infelizmente, só disponho da imagem da capa, que pode ser aumentada para leitura mais confortável.



A Rússia também é um país do Oriente Próximo - Stephen Kotkin (Axess Television)

 A Rússia também é um país do Oriente Próximo

Stephen Kotkin
(Axess Television)
109.824 visualizações, 10 de set. de 2025

A Rússia sempre foi difícil de definir – ao mesmo tempo europeia, asiática e do Oriente Próximo, mas convicta de sua própria civilização distinta. Nesta entrevista, o professor Stephen Kotkin explora a posição geopolítica única da Rússia, sua longa tradição de governo patrimonial e a tensão persistente entre suas aspirações e capacidades, traçando uma linha que vai dos Romanov à União Soviética e à Rússia de Putin hoje.


Stephen Kotkin é membro sênior da Kleinheinz na Hoover Institution, Universidade Stanford, e professor emérito de História e Relações Internacionais da antiga Escola Woodrow Wilson de Relações Internacionais e Públicas, Universidade de Princeton.

A entrevista, conduzida pelo historiador e editor Mattias Hessérus, foi gravada como parte de um seminário de três dias sobre a história do Oriente Médio, intitulado Impérios da Fé.

https://www.youtube.com/watch?v=ek5DUuKBH3A&t=507s

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...