quarta-feira, 31 de outubro de 2007

795) Carta Internacional (Nupri-USP) - Chamada para artigos

Carta Internacional
Núcleo de Pesquisas em Relações Internacionias da Universidade de São
Paulo - Nupri/USP

Em 2005, a Carta Internacional assumiu o formato de revista eletrônica, de periodicidade quadrimestral, permitindo assim a publicação de artigos maiores, que oferecem análises mais aprofundadas. A revista é disponível gratuitamente para download. Na condição de editor da Revista Carta Internacional aproveito para informar que estamos recebendo contribuições para publicação em nossos próximos números e pedimos a gentileza de divulgarem em mala direta/boletim nossa chamada de artigos que segue abaixo.
Qualquer dúvida, estamos à disposição.
Cordialmente,
Flávio Antonio Gomes de Azevedo
Editor Carta Internacional
(11) 3091-3044/3046/3061

A Carta Internacional está recebendo artigos para publicação em seus próximos números. A revista é quadrimestral e pode ser acessada no site www.usp.br/cartainternacional/modx
As edições da Revista não são temáticas e possibilitam a publicação de artigos que abordem a área de relações internacionais a partir de perspectivas diversas. Aceitamos contribuições em português, inglês, espanhol e francês.
As contribuições devem ser enviadas eletronicamente para os endereços flavioag@usp.br e juviggiano@usp.br Os arquivos devem estar em formato Microsoft Word (DOC ou RTF), de preferência em espaço 1,5, com no mínimo 10 mil caracteres. As matérias deverão vir acompanhadas de uma mini-biografia do autor (com no máximo 50 palavras). As notas de rodapé devem ser curtas e objetivas e reduzidas ao mínimo possível.
Os artigos podem ser enviados a qualquer momento. Propostas de publicação serão submetidas ao parecer de no mínimo um membro do Conselho Científico ou de um profissional da área.
Como a distribuição da nossa revista é gratuita e nossa organização não tem fins lucrativos, infelizmente não podemos remunerar nossos colaboradores. É nesse sentido que tomamos a liberdade de solicitar sua colaboração.

794) A armadilha da pobreza, por um Samuelson (filho)

The Global Poverty Trap
By Robert J. Samuelson
The Washington Post
Wednesday, October 31, 2007; A19

It's nature vs. nurture. One of the big debates of our time involves the causes of economic growth. Why is North America richer than South America? Why is Africa poor and Europe wealthy? Is it possible to eliminate global poverty? The World Bank estimates that 2.5 billion people still live on $2 a day or less. On one side are economists who argue that societies can nurture economic growth by adopting sound policies. Not so, say other scholars such as Lawrence Harrison of Tufts University. Culture (a.k.a. "nature") predisposes some societies to rapid growth and others to poverty or meager growth.

Comes now Gregory Clark, an economist who interestingly takes the side of culture. In an important new book, "A Farewell to Alms: A Brief Economic History of the World", Clark suggests that much of the world's remaining poverty is semi-permanent. Modern technology and management are widely available, but many societies can't take advantage because their values and social organization are antagonistic. Prescribing economically sensible policies (open markets, secure property rights, sound money) can't overcome this bedrock resistance.

"There is no simple economic medicine that will guarantee growth, and even complicated economic surgery offers no clear prospect of relief for societies afflicted with poverty," he writes. Various forms of foreign assistance "may disappear into the pockets of Western consultants and the corrupt rulers of these societies." Because some societies encourage growth and some don't, the gap between the richest nations and the poorest is actually greater today (50 to 1) than in 1800 (4 to 1), Clark estimates.

All this disputes the notion that relentless globalization will inevitably defeat global poverty. To Clark, who teaches at the University of California at Davis, history's most important event was the Industrial Revolution -- more important than the emergence of monotheism, which produced Judaism, Christianity and Islam; or the invention of the printing press around 1450, which spread knowledge; or the American Revolution, which promoted democracy.

Before 1800, says Clark, most societies were stagnant. With some exceptions, people lived no better than their ancestors in the Stone Age. Economic growth was virtually nonexistent. Then England broke the pattern, as textile, iron and food production increased dramatically. Since 1800, English income per person has risen by a factor of 10. Much of Europe and the United States followed.

Almost everything that differentiates the modern era from the preceding millennia dates from this point: the virtual end of hunger in advanced societies; the expectation that living standards will constantly rise; the creation of the welfare state to redistribute income; the destructiveness of contemporary warfare; industry's environmental spoilage. But why did the Industrial Revolution start in England?

It's Clark's answer that convinces him of the supremacy of culture in explaining economic growth. Traditional theories have emphasized the importance of the Scientific Revolution and England's favorable climate: political stability, low taxes, open markets. Clark retorts that both China and Japan around 1800 were about as technically advanced as Europe, had stable societies, open markets and low taxes. But their industrial revolutions came later.

What distinguished England, he says, was the widespread emergence of middle-class values of "patience, hard work, ingenuity, innovativeness, education" that favored economic growth. After examining birth and death records, he concludes that in England -- unlike many other societies -- the most successful men had more surviving children than the less fortunate. Slowly, the attributes of success that children learned from parents became part of the common culture. Biology drove economics. He rejects the well-known theory of German sociologist Max Weber (1864-1920) that Protestantism fostered these values.

Clark's theory is controversial and, at best, needs to be qualified. Scholars do not universally accept his explanation of the Industrial Revolution. More important, China's recent, astonishing expansion (a fact that he barely mentions) demonstrates that economic policies and institutions matter. Bad policies and institutions can suppress growth in a willing population; better policies can release it. All poverty is not preordained. Still, Clark's broader point seems incontestable: Culture counts.

Capitalism in its many variants has been shown, he notes, to be a prodigious generator of wealth. But it will not spring forth magically from a few big industrial projects or cookie-cutter policies imposed by outside experts. It's culture that nourishes productive policies and behavior.

By and large, nations have either lifted themselves or have stayed down. Societies dominated by tribal, religious, ideological or political values that disparage the qualities needed for broad-based growth will not get growth. Economic success requires a tolerance for change and inequality, some minimum level of trust -- an essential for much commerce -- and risk-taking. There are many plausible combinations of government and market power; but without the proper cultural catalysts, all face long odds.

© 2007 The Washington Post Company
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Impact Poverty and Hunger
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www.acton.org/impact/

Economic growth
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terça-feira, 30 de outubro de 2007

793) Meus livros no sebo: bom ou mau sinal?

Não tenho a menor idéia, pois eles tanto podem ter sido "desprezados" pelos seus antigos possuidores, como podem formar parte desse mercado secundário de livros usados que complementa o mercado livresco de primeira geração, indicando, talvez, algum interesse na sua (re)circulação.
Em todo caso, como um aluno me chamou a atenção neste dia (30.10.07) para este sebo virtual, onde adquiriu um dos meus livros, fui verificar, e encontrei varios.

A Grande Mudança
Formação da Diplomacia Econômica no Brasil
O Brasil dos Brasilianistas
O Brasil e o Multilateralismo Econômico
O Estudo das Relacoes Internacionais do Brasil
O Mercosul no Contexto Regional e Internacional
Os Primeiros Anos do Século XXI
Velhos e Novos Manifestos

Onde? Aqui:
http://www.estantevirtual.com.br/

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

792) Churchillianas: pausa para um pouco de humor

RESPOSTAS DE CHURCHILL

Quando Churchill fez 80 anos um repórter de menos de 30 foi fotografá-lo e disse:
"- Sir Winston, espero fotografá-lo novamente nos seus 90 anos!"
Resposta de Churchill:"
- Por que não? Você me parece bastante saudável..."

*****************

Telegramas trocados entre Bernard Shaw (maior dramaturgo inglês do século 20) e Churchill (maior líder inglês do século 20):
Convite de Bernard Shaw para Churchill:
"Tenho o prazer e a honra de convidar digno primeiro-ministro para primeira apresentação minha peça Pigmaleão. Venha e traga um amigo, se tiver. Bernard Shaw"
Resposta de Churchill para Bernard Shaw:
"Agradeço ilustre escritor honroso convite. Infelizmente não poderei comparecer primeira apresentação. Irei à segunda, se houver.
Winston Churchill"

*******************

O General Montgomery estava sendo homenageado, pois venceu Rommel na batalha da África, na IIª Guerra Mundial.
Discurso do General Montgomery:
"- Não fumo, não bebo, não prevarico e sou herói!"
Churchill ouviu o discurso e com ciúme, retrucou:
"- Eu fumo, bebo, prevarico e sou chefe dele..."

******************

Bate-boca no Parlamento inglês. Aconteceu num dos discursos de Churchill em que estava uma deputada oposicionista, que pediu um aparte.
Todos sabiam que Churchill não gostava que interrompessem os seus discursos. Mas foi dada a palavra à deputada e ela disse em alto e bom tom:
"- Sr Ministro, se V. Exª fosse meu marido, eu colocava veneno no seu café!"
Churchill, com muita calma, tirou os óculos e, naquele silêncio em que todos estavam aguardando a resposta, exclamou:
"- Se eu fosse o seu marido, eu tomava esse café!"
[Variante: "Se eu fosse seu marido tomaria o café com muito prazer". (ver abaixo)]

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

791) Fechamento do Centro de Estudos Brasileiros em Oxford

Esta nota foi publicada no jornal O Estado de São Paulo em 26/10/2007:

Sônia Racy - PT vence em Oxford?
O Estado de S. Paulo
26/10/2007

Muita gente não entendeu, no início do ano, quando a Universidade de Oxford fechou o Centro de Estudos do Brasil - um dos raros institutos dessa natureza na Europa. Agora, parece que a luz se fez. O motivo teria sido - é a voz corrente entre acadêmicos e diplomatas brasileiros - um ataque de birra ideológica do governo Lula.
O centro, criado no governo FHC, era financiado em parte pelo Itamaraty e pela Petrobrás, mas Brasília o considerava um foco de atividades tucanas. E seu diretor, o professor inglês Lesley Bethel, teria assinado sua sentença de morte ao recusar uma vaga para o historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira, pensador assumidamente de esquerda, grande amigo do secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães.
Encontrado ontem, Bethel, que está no Rio de Janeiro, não nega que o episódio com Bandeira aconteceu. Mas avisa que houve outras razões este fechamento. Entre elas, a de que já existe em Oxford um Centro de Estudos Latino-Americanos. "Ridículo", classifica Bethel, o pretexto de se cortar a mesada por causa do episódio Moniz Bandeira. Oxford "jamais abrigaria um centro comprometido ideologicamente com qualquer governo", diz ele. E mais. Afirma que Bandeira não foi recusado: "Ele
pleiteou uma vaga num momento em que não tínhamos um cargo adequado, com salário. E não aceitou a oferta de uma visiting fellowship sem verba."
As broncas do PT deixam o professor indignado. Ele diz que tem excelentes relações com tucanos e petistas, que é amigo pessoal de Lula e de FHC.
Aposentado desde o início do mês, o professor batalha por novos apoios para reabrir o centro. Sem Oxford, os estudos sobre o Brasil na Europa se limitam agora à Sorbonne, onde está o historiador Luiz Felipe Alencastro, e centros menores na Espanha. Ao expirar, o centro de Oxford tinha, além de Bethel, cinco ou seis outras pessoas e entre 15 e 20 bolsistas brasileiros.

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No relatorio dos dez anos do Centro, recentemente divulgado, uma
nota final diz o seguinte:

"During the state visit of Preside Luiz Inacio Lula da Silva to UK in March 2006 CAPES, the Ministry of Education and the Instituto Rio Branco, Ministry of Foreign Relations, agreed to fund an annual Rio Branco Visiting Professorship in International Relations at the Centre, but no appointment was made in 2006-7."

As indicacoes disponíveis são as de que o IRBr e o Ministério como um todo estão dirigindo todos os esforços de cooperação e intercambio a outros paises em desenvolvimento, preferencialmente os da América do Sul e o chamado IBAS, formado por Brasil, Africa do Sul e India.
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Paulo Roberto de Almeida

790) Encontro de estudiosos europeus do Brasil

I Encontro de Estudiosos do Brasil na Europa
Fonte: Embaixada em Madri, 25 de outubro de 2007

Foi realizado na Casa de América, nos dias 22 e 23 de outubro corrente, o I Encontro de Estudiosos do Brasil na Europa, idealizado pela Embaixada do Brasil em Madri, em coordenação com a Assessoria Internacional do Ministério da Educação e a Fundação
Cultural Hispano-Brasileira.
O Ministro da Educação, Fernando Haddad, abriu o encontro, que foi coordenado pelo professor Renato Janine Ribeiro, Diretor de Avaliação e Presidente Substituto da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Estiveram representados a Universidade de Colônia, o Instituto de Estudos Brasileiros de Hamburgo, a Universidade de Innsbruck, a Universidade Católica de Louvaine, o Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Salamanca, a Universidade de Comillas de Madri, a Universidade Complutense de Madri, o Centro de Estudos Brasileiros do Instituto Universitário Ortega y Gasset, a Casa do Brasil em Madri, a Universidade Autônoma de Madri, a Universidade de La Laguna, a Universidade de Santiago de
Compostela, a Universidade Autônoma de Barcelona, o Centro de Estudos Brasileiros de Barcelona, a Universidade de Barcelona, a Universidade de Sevilha, a Universidade de Valladolid, a Fundação para as Relações Internacionais e o Diálogo Exterior de Madri, o Centro de Pesquisa sobre o Brasil Contemporâneo da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, a Universidade de Paris X (Nanterre), a Universidade de Leiden, a Universidade de Roma, a Universidade de Bolonha, o Centro de Estudos Brasileiros da Universidade do Porto, o Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de Coimbra e o King's College da Universidade de Londres.
Também participaram representantes da Direção-Geral EuropeAid da
Comissão Européia, do Programa Marie-Curie da Comissão Européia, do escritório espanhol do programa Erasmus Mundus da Comissão Européia, da Fundação Carolina, da Agência Espanhola de Cooperação Internacional, da Secretaria-Geral Ibero-Americana e
do Programa Universia do Grupo Santander.
Os participantes do Encontro coincidiram em apoiar a criação de uma rede de estudos brasileiros na Europa, com o objetivo de reforçar a cooperação entre as diferentes unidades acadêmicas dedicadas ao Brasil nos países europeus mediante, entre outros
instrumentos, a ampliação da mobilidade de professores e alunos, o desenvolvimento de linhas de pesquisa conjuntas, a preparação de programas editoriais comuns e o estabelecimento de um banco de dados e documentos.
Como resultados concretos, foram acordadas (a) a criação de um sítio eletrônico a ser mantido pela Fundação Cultural Hispano-Brasileira - com o duplo objetivo de facilitar a continuidade do diálogo entre centros e instituições iniciado no Encontro de Madri e de reunir informações, estudos e documentos de interesse comum; e (b) a convocação de um congresso multidisciplinar a ser realizado em Salamanca no segundo semestre
de 2008.
Os participantes do encontro reconheceram a relevância para a futura rede do entendimento alcançado entre o Governo brasileiro e a Comunidade Européia, por ocasião da Reunião de Cúpula Brasil-União Européia realizada em Lisboa em 4 de julho de 2007, no sentido de favorecer passos como a disseminação de centros de estudos brasileiros em universidades européias e a adoção de programas de bolsas com vistas a um maior conhecimento mútuo.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

789) A Venezuela no Mercosul

Do boletim diario da lideranca do PT na CD, em 25 de outubro de 2007:

Comissão aprova adesão da Venezuela ao Mercosul

A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou ontem o parecer do deputado Dr. Rosinha (PT-PR) à Mensagem 82/07, do Executivo, que ratifica o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul, assinado em julho do ano passado. O PSDB e o DEM entraram em obstrução e os parlamentares dessas legendas, apesar de presentes à reunião, não votaram. A matéria foi aprovada pela comissão após cinco horas e meia de debates e várias tentativas da oposição de retirar o texto de pauta ou adiar a votação. O texto aprovado deverá ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e pelo plenário.

A adesão da Venezuela ao Mercosul já foi aprovada pelo Uruguai, Argentina e pela própria Venezuela. Falta apenas a aprovação pelo Brasil e pelo Paraguai. Caso seja mantido o texto do protocolo, os produtos originários da Argentina e do Brasil - países mais desenvolvidos do Mercosul - deverão entrar sem tarifas e restrições no mercado venezuelano até 1º de janeiro de 2012, excetuando os denominados produtos sensíveis, para os quais o prazo poderá estender-se até 1º de janeiro de 2014.

Os países de menor desenvolvimento (Paraguai e Uruguai) terão, entretanto, tratamento diferenciado. Embora o prazo limite geral para o ingresso sem restrições dos bens oriundos desses países no mercado da Venezuela seja também 1º de janeiro de 2012, os principais produtos da pauta exportadora do Paraguai e do Uruguai poderão ingressar no mercado venezuelano com tarifa zero logo após a entrada em vigor do Protocolo de Adesão.

O líder da bancada do PT, Luiz Sérgio (RJ), disse que o ingresso da Venezuela fortalece o Mercosul do ponto de vista econômico e político. "Ninguém pode ser contrário ao fortalecimento da integração regional". Ele lembrou que nenhum líder do bloco dita as normas de funcionamento, que são definidas de forma democrática em diferentes instâncias, como o Parlamento do Mercosul, onde as divergências são discutidas.

Sobre críticas de que a Venezuela não teria se adequado em termos de legislação, o líder observou que os processos de integração são continuamente aperfeiçoados. "A União Européia, iniciada há 50 anos, até hoje enfrenta problemas", disse.

Obstrução - De outro lado, os bens produzidos na Venezuela deverão entrar sem restrições nos mercados da Argentina e do Brasil até 1º de janeiro de 2010, excetuando os produtos considerados sensíveis, para os quais o prazo se estende até 1º de janeiro de 2014.

Na avaliação do deputado Dr. Rosinha "o PSDB e DEM, com a obstrução da votação, deram a entender que são contra a entrada da Venezuela no Mercosul". Essa obstrução, segundo o deputado, revela uma "cegueira política". "Não conseguir enxergar que a adesão da Venezuela significa um aporte econômico extraordinário e que faz do Mercosul um dos principais blocos do mundo é uma cegueira política. Um bloco com essa capacidade consegue melhores condições políticas e de inserção em negociações na economia mundial", destacou.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) ressaltou o fortalecimento do Mercosul com a adesão da Venezuela e também criticou os discursos ideológicos da oposição. "Não estamos discutindo a entrada do governo da Venezuela no bloco. Estamos discutindo a entrada do Estado da Venezuela no Mercosul. Isso representa uma série de vantagens para a América Latina, que sai muito mais fortalecida", afirmou.

O deputado Geraldo Magela (PT-DF) lembrou que um dos compromissos do presidente Lula é o de promover a integração e o fortalecimento da América Latina. Magela disse que "não tem simpatia" com o governo Hugo Chávez, mas disse que é preciso "separar as coisas". "O debate não é reconhecermos ou não a democracia venezuelana. O debate que temos que fazer é sobre a lógica das relações comerciais entre os país do Mercosul. Temos total interesse que a Venezuela faça parte dos acordos entre os membros do bloco", disse.

Apoio - A comissão recebeu uma série de ofícios de autoridades de diversos estados brasileiros pedindo a adesão da Venezuela ao bloco. Entre eles, ofícios dos governos da Bahia, Piauí, Acre e Maranhão. Diversas entidades empresariais e comerciais também encaminharam mensagem em favor do ingresso da Venezuela ao bloco.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...