O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sábado, 22 de fevereiro de 2020

Souvenirs de um Carnaval passado... - Paulo Roberto de Almeida

Na proximidade da segunda-feira de Carnaval, recolho algumas postagens de um ano atrás, aproximadamente, quando eu tentava corresponder à minha natureza aberta ao diálogo e ao debate aberto sobre a política externa brasileira e sua respectiva diplomacia.
Parece que alguns não concordaram...
Paulo Roberto de Almeida
Carnaval de 2020


3422. “A política externa brasileira em debate: Ricupero, FHC e Araújo”, Brasília, 4 março 2019, 18 p. Introdução, em 2 p., à transcrição de três textos relativos à política externa do governo Bolsonaro, de Rubens Ricupero (25/02/2019), de Fernando Henrique Cardoso (03/03/2019), e do chanceler Ernesto Araújo (3/03/2019). Postado no blog Diplomatizzando (4/03/2019; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/03/a-politica-externa-brasileira-em-debate.html); disponibilizado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/s/70710c9869/a-politica-externa-brasileira-em-debate-ricupero-fhc-e-araujo); disseminado no Facebook (link: https://www.facebook.com/paulobooks/posts/2346416628755107). Novamente disponibilizado através do blog Diplomatizzando (10/03/2019; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/03/ricupero-fhc-e-ernesto-araujo-em-debate.html). Comentários dos leitores disponibilizados no blog Diplomatizzando (20/03/2019; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/03/a-politica-externa-brasileira-em-debate_20.html).

3423. “Nota sobre minha exoneração como diretor do IPRI”, Brasília, 4 março 2019, 1 p. Explicando o que se passou. Divulgado no blog Diplomatizzando (4/03/2019; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/03/nota-sobre-minha-exoneracao-como.html), no Facebook (https://www.facebook.com/paulobooks/posts/2347578208638949). “Crônicas do limbo” n. 1.


Revista 200, n. 1 (único), do GT do Bicentenario do MRE (2018): descontinuada

Consegui, finalmente, obter o arquivo digital completo da Revista 200, número 1 e único, mas que pretendia ser o início de uma série para preparar as comemorações do bicentenário da independência do Brasil, sendo que nenhum exemplar foi distribuído formalmente a seus colaboradores e público interessado potencial.
Impressa nos últimos dias de 2018, ela foi trancada, congelada, escondida pela atual administração do Itamaraty, sem que explicações plausíveis fossem oferecidas, o que considero um imenso desrespeito em face do imenso trabalho que tiveram seu editor, o embaixador Carlos Henrique Cardim, e outros diplomatas engajados no trabalho de produzir essa grande realização intelectual, de valor histórico inestimável.
Coloquei o arquivo na plataforma Academia.edu, no link abaixo: 

Revista 200 - GT do Bicentenario da Independencia do MRE (n. 1, 2018, unico)

O sumário da revista segue abaixo: 





sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

IPRI: Percursos Diplomáticos, também descontinuado... - Paulo Roberto de Almeida

Esta série de entrevistas com diplomatas aposentados ou personalidades marcantes da diplomacia brasileira foi instituída por mim, assim que assumi o cargo de diretor do IPRI, em coordenação com o diretor do Instituto Rio Branco, embaixador José Estanislau do Amaral Souza, e se destinava a permitir que experientes diplomatas e ex-chanceleres transmitissem aos alunos do IRBr e aos diplomatas interessados uma avaliação pessoal sobre suas respectivas trajetórias de carreira, num formato aberto e totalmente livre.
Foi inaugurado com a apresentação extremamente concorrida do embaixador Rubens Ricupero, uma unanimidade entre os diplomatas sensatos, só não pelos aloprados. A série foi mantida durante aproximadamente dois anos, numa sequência de uma vez por mês, geralmente as últimas sextas-feiras de cada mês.
Listei abaixo os eventos que pessoalmente organizei, sendo que o primeiro do ano de 2019, previsto por mim e com data marcada, não se realizou, tanto por causa de minha demissão do IPRI, como por outros percalços políticos quando tomou posse a administração atual do Itamaraty, minimalista, por assim dizer, nas suas poucas iniciativas (geralmente antiglobalistas). Esse último convidado por mim teria sido o embaixador Luiz Felipe Seixas Corrêa. 
Depois de minha exoneração, dois ou três outros diplomatas, que também estavam na minha lista foram efetivamente convidados, depois parou, não sei porque. Muitas outras coisas programadas foram interrompidas, descontinuadas, simplesmente eliminadas da agenda, inclusive publicações já comprometidas com seus autores.


Percursos Diplomáticos - IPRI/IRBr
http://www.funag.gov.br/ipri/index.php/percursos-diplomaticos

De março de 2017 a novembro de 2018 
(abaixo em ordem cronológica inversa) 
Relação compilada por Paulo Roberto de Almeida 
Diretor do IPRI de 3/08/2016 a 4/03/2019

Esta série inscreve-se numa programação conjunta do Instituto Rio Branco (IRBr) e do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), destinada a propiciar encontros de personalidades da diplomacia brasileira com estudantes do IRBr, diplomatas e comunidade acadêmica de modo geral, com o objetivo de permitir um debate aberto sobre carreiras e experiências de vida vinculadas à política externa e à diplomacia brasileira, em um ambiente informal.

Abaixo uma relação, na ordem cronológica inversa, dos encontros já realizados nesta série:

23/11/2018: Embaixador Sérgio de Queiroz Duarte https://youtu.be/wDLWLC9GiSU

19/10/2018: Embaixador Osmar Vladimir Chohfi (em preparação)

14/09/2018: Embaixador Jorio Dauster Magalhães e Silva 
https://youtu.be/U-_ppvTfWoE

24/08/2018 Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto https://youtu.be/6gPTjMtlfqE

29/06/2018: Embaixadora Maria Celina de Azevedo Rodrigues https://youtu.be/pSa3vbOCKHY

25/05/2018: Embaixador Ronaldo M. Sardenberg 
https://youtu.be/AArGLQ1nJts

27/04/2018: Ex-Embaixador Celso Lafer
https://youtu.be/BjOuGIY0o-c

23/02/2018: Embaixador Gelson Fonseca 
https://youtu.be/Eh6j8b5vbQg

24/11/2017: Embaixadora Thereza Quintella 
https://youtu.be/e3U4yIFRM90

20/10/2017: Embaixador Rubens Barbosa
https://youtu.be/LmXsvdbV0xI

06/10/2017: Embaixador Roberto Abdenur
https://youtu.be/CHS6NPO1gm8

21/07/2017: Embaixador José Alfredo Graça Lima
https://youtu.be/MJd5z293JPE

26/05/2017: Embaixador Marcos Azambuja
https://youtu.be/idGaq_vbONE

17/03/2017: Rubens Ricupero
https://www.youtube.com/watch?v=OzrS1Fw-ZAk&feature=youtu.be

Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 23/03/2019

Agricultura 5.0: mudanças em curso - Canal Aduaneiro

Recebi do Canal Aduaneiro esta interessante informação sobre as transformações da produção agrícola ao longo do tempo.
Paulo Roberto de Almeida
Cana Aduaneiro: 21 Feb 2020 05:40 AM PST
A Agricultura 4.0 é um conjunto de tecnologias digitais integradas e conectadas por meio de softwares, sistemas e equipamentos.
Essa integração é capaz de otimizar a produção agrícola em todas as suas etapas, significando um melhor monitoramento, gestão e controle da produção agrícola, com redução de custo e desperdícios.
[Estas são as etapas das diversas revoluções agrícolas]
Analisando a história da agricultura no mundo, quando se começou a usar força animal, é que a agricultura se reinventou. 
Porém, foram as máquinas agrícolas trouxeram grande contribuição para aumento da produtividade no campo. Elas também permitiram a produção em larga escala.
Depois, veio a tração baseada no motor à combustão, com tratores e implementos, conhecida como agricultura 2.0. Nos últimos 15-10 anos é que se começou a agricultura de precisão, que consideram as diferenças que existem na área, conhecida como agricultura 3.0. Nos dias atuais, as tecnologias digitais, na chamada agricultura 4.0, estão fazendo a diferença na melhoria da atividade agrícola. Usando as ferramentas adequadas, é possível gerar e analisar uma grande quantidade de dados para o produtor e assim facilitar a operação diária.
Os principais elementos da Agricultura 4.0 são:
  • Gestão, a partir da obtenção e coleta de dados primários e secundários;
  • Produção, a partir de novas ferramentas e técnicas;
  • Sustentabilidade nos processos produtivos, e
  • Profissionalização.
Estas inovações ocorrem a partir de dispositivos conectados e integrados que permitem a automação dos processos visando melhorar a produtividade agrícola, eficiência na utilização de insumos com foco na diminuição dos impactos ambientais, consequentemente reduzindo custos e aumentando a segurança dos trabalhadores do campo.
E na prática, quais são essas ferramentas?
Cada vez mais ouvimos falar sobre drones, veículos autônomos, biotecnologia, big data e outras inovações que vêm sendo incorporadas ao mundo rural.
E isso exige conhecimento da sua propriedade e negócio. Por isso, seja você um pequeno ou grande produtor rural, essas ferramentas digitais podem te auxiliar!
Exemplos:
  • Ferramentas para Agricultura de precisãoPiloto automático, monitor de colheita; drones para coleta de imagens, sensores;
A agricultura 5.0 deve ter início a partir em 2022, em que as máquinas trabalharão com mais autonomia. (EMBRAPA, 2019)
Assim, a informação e autonomia de decisão serão as palavras-chave do agricultor do século 21. E para produzir com mais qualidade e eficiência, a tecnologia será a principal aliada do produtor.
Claro que, primeiramente, a tecnologia precisa ser fácil manuseio, autodidata, e que vise a extração, geração e aplicação dos dados.  Será necessário também investimento público e privado para que por exemplo, as redes de conexão de celulares estejam disponíveis no campo. 
 E um dos requisitos base será a preparação e mudança da mentalidade do produtor rural, no qual será necessária uma ruptura do paradigma de que a tecnologia é uma aliada do campo. Porém o seguinte questionamento surge, com tanta tecnologia disponível ao produtor rural, será que a máquina vai substituir o homem no campo?

Referências:
AGROSMART. Para alimentar o mundo, é preciso trazer inovação para a agricultura. 2016. Disponível em: < https://agrosmart.com.br/blog/alimentar-o-mundo-trazer-inovacao-para-agricultura/> Acesso em: 17.fev. 2020.
CIGANA. C. Agricultura 4.0 é nova fronteira no campo. Zero Hora: Campo e Lavoura. 2016. Disponível em: < https://gauchazh.clicrbs.com.br/economia/campo-e-lavoura/noticia/2016/09/agricultura-4-0-e-nova-fronteira-no-campo-7413654.html> Acesso em: 17.fev. 2020.
EMBRAPA. Agricultura 4.0: ferramentas digitais mostram benefícios das tecnologias. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/43544530/agricultura-40-ferramentas-digitais-mostram-beneficios-das-tecnologias>. Acessado em: 17.fev.2019
ESTADÃO. Falta de conectividade no campo prejudica o setor. Disponível em: <https://especiais.estadao.com.br/canal-agro/entrevistas/falta-de-conectividade-no-campo-prejudica-o-setor/>. Acessado em:  17.fev.2019
MASSRUHÁ, S. M. F. S. Tecnologias da informação e da comunicação: o papel na agricultura. AgroANALYSIS: A Revista do Agronegócio da FGV, São Paulo, v. 35, n. 9, p. 29-31, 2015

A guerra cultural no Brasil - Daniel Peres (Public Seminar)

The Cultural Counter Revolution in Brazil

Fascism’s advance in education

On February 7, The Guardian published a very important Open Letter, signed by more than 2000 artists, intellectuals, and journalists — among then Caetano Veloso, Noam Chomsky, Nancy Fraser, and Julian Schnabel — to denounce the attacks perpetrated by Bolsonaro’s government against Brazilian democracy and freedom of expression. This open letter was ignited by a Facebook live video by Roberto Alvim — at that moment, federal minister of culture — quoting Goebbels and presenting the government’s plan for a “national and heroic art.”
The government is not only restricting our freedom of expression, though. It is more than that. They are attacking our educational system, and thus attacking our common culture. Brazil is a very diverse country, in terms of culture, and unequal, in terms of wealth and opportunities. It is not at all clear, with such diversity, that one can speak of a common culture. Since the end of our dictatorship, we have been struggling for achieve such commonality, in order to support democracy. But on the other hand, we need democracy to build a common culture, a democracy that respects our diversity at the same time that fights against our inequalities. Now, as the title of Petra Costa’s film states, we are at the edge.
The attacks referenced in the open letter have been very effective. The federal government is pushing to transform common sense, and trying to normalize hideous moral views. Bolsonaro goes on Twitter daily and suggests things like that HIV+ people should stop receiving public health treatment, not only because of its a high cost for taxpayers, but also because of the supposedly immoral behavior attached to HIV. He also recently stated that our indigenous people, especially those still living in the Amazon Forest and National Reserves, are not humans. Paulo Guedes, his minister of finance, now trying to enact an administrative reform, attacks public servants as parasites. Ernesto Araújo, minister of international affairs, keeps defending the idea that the military dictatorship we had from the 1960s until the 1980s never existed, that it is at the most a matter of interpretation.
The actions of Abraham Weintraub, the minister of education, have undoubtedly played a most prominent role. In his policies, he is advancing a counter-revolution in everyday Brazilian life. Since the first day he took office, Weintraub made clear that his objective is to tear apart our public education system, from kindergarten to the University. The government views our school public system as captured by Gramsci and The Frankfurt School, and they see themselves as the crusaders that will free Brazil from the plague of cultural-Marxist infidels, restoring Christianity and true family values in our Schools.
No doubt there is much hypocrisy in all this, but hypocritical or not, the policies — or lack of them — is real. Even though our constitution divided the responsibility for the public education system between municipal (K12), state (High-School), and federal (Universities) governments, that fact is that due to regional disparities, the Federal Government has a prominent role in all the system. The executive branch is particularly vital to all this work. In 2006, working together with congress, our executive created a Public Fund, called FUNDEB, that helps municipalities and states to open, maintain, and improve their schools.
FUNDEB is a fund that must be renewed periodically, and that is when the executive and legislative must come together and compromise concerning our educational system and policies. This fund is set to expire, and the federal government has given no sign that it intends to work with the congress to renew it. So we are now facing the real possibility of a total collapse. The reason for the executive branch not to play ball is only one: to force local governments to adopt the only educational program this fascist government has to offer, the militarization of our schools. The program is called Civic-Military School, and it was created by executive decree on September 2019. To imagine that any country will give its educational system to the military is absurd. To propose to a society that not long ago was facing a brutal military dictatorship do it is even more so.
At the other point in our public educational system, we have our public universities, responsible not only for undergraduate courses but almost for all good graduate ones. More than 90% that our scientific research, in all areas, is done by public Universities. Last year we faced serious budget cuts. This is in itself a huge problem, of course. However, there is more, and it may be useful to make a distinction that is not precisely correct but may help to understand where the danger comes from.
The budget for undergraduate courses comes from one source; that money that pays for everything, from electricity to staff salaries, etc. The budget for graduate courses and all research comes mainly from two other sources, CAPES, that is responsible for M.A. and Ph.D. financing, and CNPq, responsible for financing scientific research. The government doesn’t have much latitude to nominally reduce the budget that keeps — at least for now — the University open and working in its undergrad courses, but it can simply shut down all our public graduate system.
In the presidency of CAPES we now have a true believer in creationism. If this was a private matter, no problem at all. However, it is not, since he is committed to giving creationism the same status as evolutionary theory. The government may want to create a Center for the Research of Intelligent Design, the problem is not that. The problem is that they are trying to blur the difference between what is science and what is not, what is a matter of objective knowledge, and what is only a question of simple — no matter how profound — belief, faith. We do not need to start a discussion about the objectivity of knowledge to see how dangerous this is, in particular for the humanities. Though it should not surprise us given that a high government official said that whether or not a dictatorship occurred is a matter of interpretation. No, it is not! It is a historical fact!
The government launched a further attack against our Universities, however. At the very end of 2019, they presented a law that changes the way the Presidents of the Universities are appointed. If this law passes through congress, the government will have an even stronger hold on our academic life and freedom. They will not only appoint the President of the Universities they chose, but they will outright control all the University, even our University Council.
Brazilian democracy is facing another hard year in 2020, but we will keep fighting and resisting. This moment is a harsh lesson we are passing through, but we will learn. Last week some representative members of Congress, from parties that go from right to left, present an appeal to our Supreme Court to remove Abraham Weintraub from office. Fascism is insidious and grows like cancer. But cancer is not undefeatable, and we can defeat our fascists. Resisting the attacks on education is an important starting point.

Daniel Peres is Professor of Philosophy at Federal University of Bahia (UFBA), Brazil.
Related Names:  Abraham WeintraubJair Bolsonaro

Bicentenario: revista 200, do Itamaraty, descontinuada

O Governo Temer criou em 2017, por decreto, uma Comissão Nacional do Bicentenário, que nunca funcionou, não só porque ela era presidida pelo Ministro da Cultura, e pelo menos quatro ministros se sucederam no MinC, sem jamais colocá-la para funcionar, como também porque os demais ministérios engajados na Comissão tampouco atuaram para preparar as comemorações nacionais (talvez internacionais) vinculadas aos primeiros 200 anos de vida do Estado-nação independente.

Preocupado com o fato, de um ponto de vista intelectual, suscitei, enquanto fui diretor do IPRI – Instituto de Pesquisa das Relações Internacionais – de agosto de 2016 a março de 2019, a criação de um Grupo de Trabalho do Bicentenário, no âmbito do Gabinete do Ministro de Estado, que na época era o Senador Aloysio Nunes. O Secretário do GT era o chefe de gabinete do ministro, embaixador Eduardo Saboia, que nos deu todo o apoio, e atuava como Coordenador Adjunto o embaixador Carlos Henrique Cardim.

Foi Cardim – ex-decano de extensão na UnB, quando foi também responsável pela tradução e edição de centenas de obras relevantes do pensamento político internacional – que teve a ideia de fazer uma revista, à qual deu um título muito simples: 
200

Com todo o esforço conjunto de algumas diplomatas engajados na preparação editorial dessa revista, que deveria ser uma publicação periódica, foi montado o primeiro número.

Eis o Expediente da revista: 
Revista 200, ano I, n. 1, outubro-novembro-dezembro 2018; ISSN: 2596-2280
Grupo de Trabalho do Bicentenário da Independência do Ministério das Relações Exteriores
Ministro Aloysio Nunes; SG Marcos Galvão
Chefe de Gabinete: Eduardo Saboia
Coordenador Adjunto: Carlos Henrique Cardim

O primeiro número ficou pronto justo a tempo de ser lançado ainda no governo Temer, mas pequenos problemas de última hora inviabilizaram a sua distribuição imediata. 

Eis o Sumário do primeiro número da revista, tal como penosamente e carinhosamente preparada pelo Cardim.

Quando algumas centenas de exemplares da revista ficaram prontas na gráfica, já tinha sido eleito o governo atual, e a revista foi, por assim dizer, CONGELADA.

Este talvez seja o termo correto, CONGELADA: não foi distribuída pela nova Administração e não se tem notícia de qualquer decisão quanto a ela.

O que foi feito dela? Confesso que ignoro.
O expediente da Revista 200 indica (ou indicava) que "é uma publicação periódica do Grupo de Trabalho do Bicentenário da Independência do Gabinete do Ministro de Estado

Site: http://www.itamaraty.gov.br/revista200 (mas uma tentativa de acesso foi frustrada)

Erro 404  - Artigo não encontrado - Pedimos desculpas pelo inconveniente, mas a página que você estava tentando acessar não existe neste endereço. Se você está certo que o endereço informado está correto mas está encontrando um erro, por favor entre em contato. Obrigado.

E-mail: 200@itamaraty.gov.br (não devolve, mas deve estar desativado).


Como eu colaborei com a revista, com um artigo sobre Hipólito da Costa, que considero o primeiro estadista da nação, consegui um exemplar, a partir do qual elaborei uma pequena amostra do que é a revista, que coloquei nestes dois links da plataforma Academia.edu:
e

Meu artigo publicado no n. 1, e até aqui ÚNICO, foi este aqui: 

 3317. “Hipólito da Costa: o primeiro estadista do Brasil”, Brasília, 8 agosto 2018, 25 p. Artigo sobre o primeiro jornalista independente do Brasil como homem de Estado, para a revista 200, do projeto Bicentenário, sob editoria do embaixador Carlos Henrique Cardim. Revisto em 27/08/2018; resumido para fins de publicação


“Hipólito da Costa: o primeiro estadista do Brasil”, publicado em versão abreviada na revista 200 (Brasília: MRE, ano I, n. 1, outubro-dezembro de 2018, pp. 186-211). 



Divulgado em versão completa no blog Diplomatizzando (3/010/2018; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2018/10/hipolito-jose-da-costa-o-primeiro.html) e em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/s/23837e7fa3/hipolito-da-costa-o-primeiro-estadista-do-brasil-2018).


O que aconteceu com a revista? 
Não sabemos!
O que se está pensando em fazer para as comemorações do Bicentenário da Independência?
Não sabemos!
Aliás, não existe nem Ministério da Cultura, nem cultura, para sermos mais precisos...

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 20 de fevereiro de 2020


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

A tropa olavista no governo Bolsonaro - BBC Brasil (10/01/2019)

Uma matéria que me escapou completamente na época, do jornalista João Fellet, da BBC Brasil, elaborada em 10 de janeiro de 2019, ou seja, logo no início do governo Bolsonaro, da qual só tomei conhecimento agora, em 20/02/2020, ou seja, mais de um ano depois. A maior parte continua com o capitão, mas Vélez já não é mais ministro, o Robespirralho foi encolhido e Alexandre Frota e Joice Hasseman já romperam com a tropa bolsonarista, alinhando-se agora entre seus piores inimigos.
João Fellet - @joaofellet 
Da BBC News Brasil em São Paulo, 10 janeiro 2019
URL: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46802265

Quem são os discípulos de Olavo de Carvalho que chegaram ao governo e Congresso

Discípulos de Olavo de Carvalho
A maioria dos pupilos de Olavo de Carvalho que chegou a postos de poder o conheceu no curso online de filosofia que ele criou
"Vivi para ver um filósofo indicar mais gente para o governo do que o PMDB" – a frase, dita à BBC News Brasil pelo cineasta Josias Teófilo, expõe a empolgação de admiradores do escritor Olavo de Carvalho com a nomeação de vários de seus discípulos para cargos na gestão Jair Bolsonaro
"Quem diria que um monarquista se tornaria um dos homens mais influentes da República", completa Teófilo citando o regime político defendido pelo escritor - personagem do documentário O Jardim das Aflições, que ele dirigiu em 2016. 
A BBC News Brasil listou os discípulos de Olavo que já exercem ou exercerão cargos no governo federal e no Congresso a partir deste ano (confira a relação abaixo). São, todos eles, alunos ou amigos do filósofo, a quem consideram um mestre intelectual e figura-chave em sua formação política. 

Há "olavetes" - como ele próprio já se referiu aos seguidores - com postos no Palácio do Planalto e em três ministérios: Educação, Relações Exteriores e Economia. Em 2017, o filósofo teve uma aluna – a carioca Ludmila Lins Grilo – nomeada juíza substituta em Botelhos, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais
A influência de Olavo na montagem do governo supera a da bancada evangélica, cujo eleitorado foi crucial na vitória de Bolsonaro mas recebeu um único ministério (Mulher, Família e Direitos Humanos). A ascendência do escritor sobre o governo só se compara à do setor ruralista (que comanda o ministério da Agricultura e deu aval à escolha do ministro do Meio Ambiente) e à da ala militar, responsável por quatro pastas (Defesa, Segurança Institucional, Secretaria de Governo e Infraestrutura). 
Olavo de Carvalho
Olavo na casa de um de seus filhos, em Virgínia (EUA); escritor diz já ter lecionado a mais de 12 mil alunos em curso online de filosofia
Na Câmara dos Deputados, Olavo terá cinco seguidores – presença discreta, mas que poderá crescer caso o PSL, partido de Bolsonaro, tire do papel os planos de levar seus 52 deputados eleitos aos EUA para um curso com o escritor nas próximas semanas.

Esoterismo islâmico e astrologia 

Radicado nos EUA desde 2005, Olavo, hoje com 71 anos, se popularizou ao criticar a esquerda e defender posições conservadoras em livros e nas mídias sociais nas últimas décadas, o apogeu de uma carreira cheia de guinadas. 
Sem jamais ter se formado na universidade, criou um Curso Online de Filosofia (COF) pelo qual, segundo ele, já passaram 12 mil alunos, alguns dos quais chegam agora ao poder. Nos anos 1970 e 1980, antes de se projetar no debate político, Olavo foi membro de uma tariqa (ordem mística muçulmana) e trabalhou como astrólogo em São Paulo. 
Hoje se define como católico, assim como seu núcleo principal de seguidores – embora critique com frequência o papa Francisco, que já chamou de "lelé da cuca" por seus acenos a pautas progressistas. 

Foro de São Paulo

Uma das visões de Olavo mais disseminadas entre a chamada "nova direita" brasileira trata do poder do Foro de São Paulo, conferência criada em 1990 pelo PT para debater os rumos da esquerda latino-americana e que, segundo o escritor, deu ao partido o "comando estratégico da revolução comunista" no continente. 
O filósofo também foi um dos primeiros a disseminar a opinião, encampada pelo governo Bolsonaro, de que a esquerda exerce há décadas o controle da imprensa e do ensino brasileiro – estratégia que, segundo ele, segue o ideário do marxista italiano Antonio Gramsci (1891-1937). 
As duas posições são contestadas entre muitos acadêmicos, que apontam a onda de vitórias eleitorais da direita na América Latina como um sinal de que o Foro de São Paulo nunca teve tanta influência, e avaliam que parte da imprensa e da academia no Brasil sempre encampou valores conservadores.

Aproximação com a família Bolsonaro 

Em entrevista à BBC News Brasil em 2016, Olavo afirmou que, para combater a expansão da esquerda no país, a direita deveria se concentrar em ocupar espaços não no Estado, mas "na igreja, nas escolas, nas sociedades de amigos do bairro, no clube".
Na campanha de 2018, porém, apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro e endossou pupilos que concorriam a cargos eletivos. Em retribuição, no primeiro vídeo que gravou após se eleger presidente, Bolsonaro exibiu o bestseller O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, coletânea de artigos de Olavo organizada pelo jornalista Felipe Moura Brasil. 
O escritor já vinha se aproximando da família do presidente. Há dois anos, recebeu em sua casa a visita de Eduardo e Flávio Bolsonaro, respectivamente eleitos deputado federal e senador em 2018. 
Confira abaixo relação de discípulos de Olavo recentemente nomeados ou eleitos para cargos no Executivo e Legislativo.

GOVERNO FEDERAL

Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores
Ernesto AraújoMRE
Ernesto Araújo visitou Olavo de Carvalho antes de ser nomeado ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro
Indicado por Carvalho para o posto, ocupava até então a chefia do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do ministério. Aos 51 anos, é um dos mais jovens chanceleres da história do país.
Em artigo na revista The New Criterion, Araújo diz que Olavo "talvez tenha sido a primeira pessoa no mundo a ver o globalismo como um resultado da globalização, a entender seus propósitos horríveis e a começar a pensar sobre como derrubá-lo". Após a posse do chanceler, Olavo disse que o discurso do discípulo – que misturou citações em grego e tupi a menções a Raul Seixas e à banda Legião Urbana – "tem, desde já, um lugar garantido em qualquer antologia séria dos grandes discursos brasileiros". 
Filipe Martins, assessor da Presidência para Assuntos Internacionais
Carlos Bolsonaro e Filipe G. MartinsDivulgação
Filipe Martins (à dir.) com Carlos Bolsonaro; jovem assessor da Presidência conhece Olavo há mais de uma década
É considerado por Olavo um dos seus alunos mais brilhantes. Aos 31 anos, desempenhará papel equivalente ao que o professor Marco Aurélio Garcia (1941-2017) tinha nos governos Lula e Dilma.
Nascido em Sorocaba (SP) e formado em Relações Internacionais na Universidade de Brasília (UnB), é diretor de assuntos internacionais do PSL. Para ele, "não é possível compreender o nascimento (ou renascimento) do conservadorismo brasileiro, ou a ascensão do antipetismo, sem considerar o impacto" da obra de Olavo. 
Ele costuma comparar o mestre a um hápax legómenon (expressão de origem grega que designa palavras ou ideogramas que aparecem uma única vez na literatura de um determinado idioma), "um personagem tão singular no contexto cultural em que está inserido que acaba por se tornar indecifrável para seus pares".
Ricardo Vélez Rodriguez, ministro da Educação 
Ricardo Vélez RodriguezAgência Brasil
Colombiano Ricardo Vélez integrou instituto de filosofia fundado pelo jurista Miguel Reale, admirado por Olavo
Também indicado por Olavo para o posto, nasceu na Colômbia há 75 anos. Segundo o filósofo, Vélez é, "no mundo, a pessoa que mais entende de pensamento político-social brasileiro". Foi membro do Instituto Brasileiro de Filosofia, fundado pelo jurista e filósofo Miguel Reale, e é considerado por Carvalho um dos maiores pensadores da história do Brasil. 
Escreveu livros sobre assuntos diversos, como o conflito armado na Colômbia, o governo Lula e a obra do economista John Maynard Keynes. Antes da nomeação, Vélez vivia em Londrina (PR) e dava aulas na Faculdade Positivo. No discurso de posse, disse que sua gestão se inspirará "em dois grandes educadores", Olavo de Carvalho e Antonio Paim. "Deles emergem a inspiração liberal e conservadora de nossas propostas educacionais."
Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização do Ministério da Educação (MEC)
Carlos NadalimArquivo Pessoal
Carlos Nadalim mantinha site e era coordenador pedagógico de escola em Londrina antes de nomeação
Também aluno do Curso Online de Filosofia (COF) de Carvalho, Nadalim era até a nomeação coordenador pedagógico da escola infantil Mundo do Balão Mágico, em Londrina (PR), e mantinha um blog com dicas sobre a educação infantil. 
Em 2015, Olavo escreveu no Facebook que Nadalim havia feito mais pela educação brasileira "do que todos os iluminados do MEC juntos" ao desenvolver um método para alfabetizar crianças em casa. Nadalim diz que as técnicas já foram usadas por 2.758 pais e mães. 
Murilo Resende Ferreira, diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) do MEC
Murilo Resende FerreiraMPF-GO
Murilo Resende Ferreira é aluno de Olavo desde 2009 e membro do Escola sem Partido
Aluno de Carvalho desde 2009, a quem se refere como "meu grande professor", é doutor em economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e integra o movimento Escola Sem Partido. No MEC, supervisionará a elaboração do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Em audiência pública em 2016, Ferreira disse que educação brasileira vive sob uma "ditadura marxista", na qual crianças são expostas a teorias que promovem o incesto e a pedofilia. Foi membro do MBL (Movimento Brasil Livre), mas deixou o grupo após divergências. 
Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do Ministério da Economia
Adolfo SachsidaIpea
Adolfo Sachsida tornou-se aluno de Olavo há 14 anos: "Foi como encontrar a luz em meio às trevas", afirmou
Ex-pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e doutor em Economia pela Universidade de Brasília (UnB), tornou-se aluno de Olavo há 14 anos. "Foi como encontrar a luz em meio às trevas", ele relatou no Facebook.
Em 2016, Olavo e Sachsida gravaram um vídeo em que comentaram temas como a "doutrinação ideológica" nas escolas e riscos que eles atribuíam à presença de muçulmanos na "onda migratória na Europa e no Brasil". 

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Bia Kicis (PRP-DF), deputada federal eleita 
Bia KicisArquivo Pessoal
Eleita pela primeira vez em 2018, Bia Kicis ganhou projeção política durante a onda de protestos contra os governos do PT
Eleita pela primeira vez em 2018, é procuradora aposentada e se refere a Olavo como "nosso querido Mestre". Para ela, o filósofo "é um grande Pai de muitos brasileiros, que despertaram por meio de seu conhecimento e de sua generosidade". 
Durante a campanha, Olavo gravou um vídeo dizendo que, caso fosse eleitor do Distrito Federal, votaria em Kicis, que também frequentou seu Curso Online de Filosofia (COF). Ela ganhou projeção entre a "nova direita" ao militar nos últimos anos em movimentos contra o PT e pelo impeachment de Dilma Rousseff. 
Joice Hasselmann (PSL-SP), deputada federal eleita
Joice HasselmannArquivo Pessoal
A candidatura da jornalista Joice Hasselmann foi publicamente apoiada por Olavo, que a considera uma representante da 'antimídia'
Jornalista, Joice teve sua candidatura apoiada publicamente por Olavo e foi a mulher mais votada da história na eleição para a Câmara. "Vou apoiá-la até a morte, ela é antimídia, condensa em si a verdade do jornalismo brasileiro, que foi sufocada por todos esses bandidos ao longo de várias décadas", afirmou o filósofo.
Joice agradeceu o endosso, definindo Olavo como um "parceiro, leal, amigo, protetor, além de um GÊNIO". "Você conhece meu coração e sabe que não vamos te decepcionar!", afirmou. 
Paulo Martins (PSC-PR), deputado federal eleito
Paulo MartinsArquivo Pessoal
Também jornalista, Paulo Martins considera Olavo de Carvalho "o grande responsável pelo início da reação cultural no Brasil"
Também jornalista, foi eleito em 2018 ao concorrer pela segunda vez para a Câmara. É aluno de Olavo, que ele considera "o grande responsável pelo início da reação cultural do Brasil". 
Quando era comentarista do Jornal da Massa, transmitido pelo SBT no Paraná, Martins recomendou no programa o livro O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, de Olavo. Na ocasião, definiu o filósofo como "um homem de inteligência absolutamente sublime e argumentação acachapante".
Marcel van Hattem (Novo-RS), deputado federal eleito
Marcel van HattemArquivo Pessoal
Marcel van Hattem diz que Olavo foi responsável por seu 'despertar político'; ele começou carreira em 2004 como vereador em Dois Irmãos (RS)
Formado em Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mestre em Ciência Política, Hattem também atuou como jornalista antes de ingressar na política, em 2004, como vereador em Dois Irmãos (RS). 
Em 2018, elegeu-se deputado federal pela primeira vez. Aluno de Olavo, diz que o filósofo foi o responsável por seu "despertar político", tendo descrito "como as doutrinas revolucionárias e os partidos totalitários, socialistas e comunistas, levariam nosso país ao ponto em que chegou". Em 2016, o filósofo elogiou o discípulo. "Por que acho o Marcel van Hattem um sujeito sério? Porque antes de se meter na política federal ele derrotou a esquerda na sua universidade – e pagou alto preço por isso."
Carla Zambelli (PSL-SP), deputada federal eleita
Carla ZambelliArquivo Pessoal
Carla Zambelli militou no Movimento nas Ruas; ela gravou vídeo com Olavo em defesa da liberação da posse de armas
Gerente de projetos, candidatou-se pela primeira vez em 2018. Aproximou-se de Olavo enquanto militava no Movimento nas Ruas, que ganhou projeção nos protestos contra o governo Dilma Rousseff. Em 2017, Olavo, Zambelli e o músico Lobão gravaram um vídeo em defesa da liberação da posse de armas. 
Até conhecer o filósofo, em 2011, Zambelli diz que "não era nem de direita nem de esquerda, só contra a corrupção". O contato com Olavo fez com que ela percebesse a afinidade com seus valores. "Não é que virei conservadora, eu me identifiquei com as coisas que ele falava."