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sábado, 2 de maio de 2020

Objetivos estratégicos e prioridades táticas do Brasil (2019) - Paulo Roberto de Almeida

Objetivos estratégicos e prioridades táticas do Brasil

Paulo Roberto de Almeida
[Objetivo: novo diagnóstico sobre metas e meios; finalidade: propostas de trabalho]
Nova elaboração, em outubro de 2019, a partir de texto original de fevereiro de 2019.


Prólogo em outubro de 2019
No início de 2019, sem fazer ainda uma avaliação preliminar global da situação do Brasil – inclusive porque se estava numa fase muito incipiente das atividades do novo governo –, eu elaborei um documento genérico, estabelecendo um diagnóstico geral da situação do Brasil, mais pelo lado estrutural do que pelo lado conjuntural, cujo teor está reproduzido abaixo, com algumas adaptações tópicas ou pontuais. O objetivo era menos o de oferecer um guia sobre o conjunto de desafios a serem enfrentados pelo novo governo e mais uma espécie de “balanço geral” da situação do Brasil no plano sistêmico, ou seja, questões gerais, aplicadas a quaisquer cenários políticos, que deveriam estar nos documentos de planejamento sobre como superar os problemas estruturais e conjunturais do país, supondo-se que o governo – qualquer governo – deve ter uma visão minimamente estruturada sobre seus planos de governo justamente.
Ora, cabe reconhecer de imediato que, passados dez meses completos da nova administração, NENHUM plano de governo foi jamais exposto pelo governo, além e acima de vagos objetivos gerais, sem qualquer elaboração detalhada sobre meios e métodos para o enfrentamento de problemas que, reconheça-se, numa foram expostos com a claridade necessária, salvo impulsos vagos dados por poucas áreas do governo. O que se teve foi, em primeiro lugar, uma grande confusão quanto aos objetivos e metas prioritários do governo, uma indefinição sobre seus métodos de trabalho, e diversos problemas de governança e de falta de diálogo com os demais poderes da República, na verdade minicrises criadas pelo próprio governo, a começar pelo presidente e família, e determinados assessores, em especial aqueles influenciados pelo guru presidencial, um tosco sofista expatriado que parece desempenhar um papel similar ao de Rasputin, essencialmente nefasto sob todos os pontos de vista.
Ao dar início a uma revisão de um texto geral, feito sem qualquer conexão direta com o atual governo, sobre a situação global do Brasil, suas prioridades, com o objetivo precípuo de estabelecer uma contribuição a um debate sobre estratégias e táticas para o país, mais do que para um governo, é preciso deixar claro um diagnóstico inicial sobre a atual situação da governança no Brasil, e ele não é bonito. É preciso partir da premissa, clara, para quem já observou o não funcionamento do governo durante os últimos dez meses de indefinições e crises autofabricadas, que o titular do cargo é singularmente inepto para a alta função que ocupa, que o presidente não tem a menor noção do que significam políticas públicas, que ele vive numa redoma dominada por uma família focada exclusivamente em negócios pessoais, que se colocou voluntariamente sob a influência de um guru absolutamente nefasto do ponto de vista da política interna e da política internacional do Brasil, e que, em última instância, não tem a menor condição de elaborar um diagnóstico claro sobre a situação do país – nos terrenos da economia, da política, da educação, da cultura, ou em quaisquer outros – e tampouco de propor um programa de governo coerente e factível. Resumindo, de maneira a mais explícita possível: o presidente é um incompetente, além de vulgar, grosseiro, ignorante em várias áreas de interesse público, e não tem capacidade para dirigir e coordenar uma equipe de assessores comprometidos com o interesse público. O pequeno círculo de assessores que volteja em torno do presidente é da pior qualidade possível e não existe hipótese de que as más qualidades do governo possam ser corrigidas em tempo hábil.
O restante deste documento será composto pelo diagnóstico e propostas de políticas elaboradas em fevereiro, complementadas por adições tópicas ou revisões de linguagem e de argumentos onde pertinente, com essas inserções aparecendo em tipo itálico, para bem diferenciar do texto original. 
(...)

Ler a íntegra deste paper no seguinte link: 

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