Universidade Columbia, NY, discute papel dos BRICs no crescimento global
Liderado pelo brasileiro Marcos Troyjo e o francês Christian Deseglise, BRICLab reúne empresários, políticos e acadêmicos em 27 de novembro
A Universidade Columbia, de Nova York, através de de seu BRICLab – Fórum sobre Brasil, Rússia, Índia e China –, em parceria com o jornal “Financial Times”, vai realizar a Conferência “BRICS: The Quest for Global Growth”, no dia 27 de novembro.
Acadêmicos, empresários e políticos debaterão, a partir de uma perspectiva dos BRICs, temas como inovação e sustentabilidade, recuperação da economia americana, crise das dívidas soberanas na Europa e novos rumos da economia chinesa.
O Professor Marcos Troyjo, codiretor do BRICLab da Columbia, entende que os BRICs tiveram suas ascensão econômica num cenário que já não existe mais. Troyjo afirma: “Os BRICs haverão de passar por uma metamorfose e se converter em pólos dinâmicos de tecnologia, ou perderão relevância. Mais do que criativos, os BRICs têm de ser inovadores. É a necessidade dessa mudança de DNA que debateremos. Todos querem saber para onde vão o Brasil e os BRICs. Mais do que expectativa, há muita esperança quanto à performance desses gigantes econômicos.”
Já Christian Deseglise, também codiretor do BRICLab e diretor de Global Asset Management do HSBC, lembra que de 1992 a 1995 o crescimento global era dividido por Japão, Europa e Estados Unidos, com fatias de 40%, 30% e 20%, respectivamente. Mas, de 2005 a 2010, os emergentes responderam por cerca de 60% do crescimento mundial; a Europa, por 30%; e os Estados Unidos, por 15%. Para Deseglise, o Fundo Monetário Internacional projeta que, em 2012, 80% do crescimento virão dos BRICs.
Os conferencistas de “BRICS: The Quest for Global Growth” também examinarão o quadro de fragilidades e potencialidades de cada um dos BRICs e o papel que podem desempenhar na promoção dos fluxos internacionais de comércio e investimentos.
Em dois painéis, serão debatidos a conjuntura global e seus impactos empresariais nos BRICs. O quadro de palestrantes é composto por: Liam Casey, CEO da PCH International; James Crombie, editor da “Bloomberg Brief”; Christian Deseglise, codiretor do BRICLab; Timothy Frye, especialista em Rússia e diretor do Harriman Institute, Columbia University; Mark Gyetvay, CFO da Novatek; Stephen King, economista-chefe do HSBC; Robert C. Lieberman, reitor, interino, da Columbia University School of International and Public Affairs; Xiaobo Lu, professor do Barnard College e pesquisador sobre China no Council on Foreign Affairs; Marcelo Lyra, vice-presidente da Braskem; Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados do Brasil; Arvind Panagariya, especialista em Índia e professor da Columbia University; Gregory Stoupnitzky, especialista em Energia e diretor da CIS Capital LLC; Jan Svejnar, diretor do Centro sobre Governança Econômica Global da Columbia University; Alessandro Teixeira, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do Brasil; Thomas J. Trebat, diretor, Columbia Global Center, Rio de Janeiro, Brasil; Marcos Troyjo, codiretor do BRICLab, Columbia University; Jonathan Wheatley, editor-adjunto de Mercados Emergentes do “Financial Times”; e Mark Zeffiro, CFO da TriMas Corporation.
Fundada em 1754, a Columbia University é uma das mais antigas instituições de ensino superior dos Estados Unidos e já abrigou quatro presidentes americanos e 82 agraciados com o Prêmio Nobel, buscando continuamente ampliar as fronteiras do conhecimento e promover a compreensão e o direcionamento dos temas globais.
O BRICLab da Columbia University, fundado em 2011, é um centro voltado à ascensão de Brasil, Rússia, Índia e China nas relações internacionais contemporâneas. Promove um curso oferecido em nível de pós-graduação intitulado “The Rise of BRIC”, além de séries com palestrantes convidados, programas de Educação Executiva e conferências anuais realizadas em Nova York e em cada um dos BRICs.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.