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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Venezuela-Ucrania: a enfermidade senil dos anti-americanos doentios - o caso de Moniz Bandeira

As afirmações desse historiador e pesquisador outrora razoável, atualmente apenas acometido de anti-americanismo compulsivo, e doentio, ainda são capazes de convencer os já convencidos.
Sim, os EUA estão por trás da falta de papel higiênico na Venezuela. São eles que desorganizaram completamente a economia venezuelana, causando penúrias que incomodam a dona de casa, que nem sabe, sequer desconfia, que são os EUA que estão por trás da falta de leite, farinha, eletricidade, enfim, um pouco de tudo, na vida diária. Os EUA conseguiram sabotar a economia venezuelana de maneira tão completa que não há outra maneira senão protestar. Os EUA são obviamente maquiavélicos e muito poderosos.
Os EUA também estão por trás das milhares de mortes provocadas pela delinquência generalizada. Não se sabe como, eles conseguiram dar armas aos candidatos a bandidos, e assim conseguiram instalar a situação de total insegurança vivida atualmente na Venezuela.
Os imperialistas são terríveis.
Na Ucrânia, foram os EUA que convenceram o presidente fugido a não assinar um acordo de comércio com a UE e a estreitar as relações de cooperação com a Rússia, dando assim a partida às manifestações de massa que ensanguentaram a Ucrânia nos últimos três meses.
O imperialismo americano também convenceu Putin a dar 15 bilhões de dólares como ajuda à Ucrânia, agravando assim a indignação dos ucranianos anti-russos.
Os imperialistas americanos são terríveis.
Eles conseguem fazer coisas enormes, sem que a gente saiba como
Só Moniz Bandeira sabe de tudo.
Ainda bem que o Brasil conta com sábios esclarecidos como ele para nos alertar.
A próxima vez será talvez o Brasil: os imperialistas americanos vão convencer a população que a atual equipe dirigente é incapaz de reduzir a inflação, os gastos do Estado, a corrupção generalizada.
Atenção brasileiros: os imperialistas americanos estão por trás da equipe dirigente, obrigando-a a cometer cada vez mais erros, que vão, ou que podem, resultar em sua derrota nas eleições.
Tudo será um complô imperialista, americano, claro.
Ufa! Ainda bem que temos Moniz Bandeira para nos alertar...
Paulo Roberto de Almeida

Politólogo: Venezuela é a próxima vítima dos EUA
Views fevereiro 19, 2014 

O politólogo Moniz Bandeira, autor do livro A Segunda Guerra Fria, advertiu hoje que os acontecimentos na Venezuela são um produto da mesma estratégia aplicada nos países da Eurásia, na chamada “primavera árabe” e outra vez na Ucrânia. Segundo Moniz, autor de mais de 20 livros sobre as relações dos Estados Unidos com a América Latina e agora com a Europa e a Ásia, há um esquema de Washington para subverter os regimes, que foi aperfeiçoada, desde o governo de George W. Bush, e começa com  com o treinamento de agentes provocadores.
- Tais agentes infiltrados  organizam manifestações pacíficas, com base nas instruções do professor Gene Sharp, no livro From Dictatorship to Democracy, traduzido para 24 idiomas e distribuído pela CIA e pelas fundações e ONGs. O objetivo é levar os governos a reagirem, violentamente, e assim poderem ser acusados de excessos na repressão das manifestações e de violar os direitos humanos etc., o que passa a justificar a rebelião armada, financiada e equipada do exterior e, eventualmente, a intervenção humanitária – explica o politólogo.
A estratégia, ainda segundo Moniz Bandeira, hoje residindo na alemanha,  consiste em fomentar o Political defiance, i.e., o desafio político, termo usado pelo coronel Robert Helvey, especialista da Joint Military Attaché School (JMAS), operada pela Defence Intelligence Agency (DIA), para descrever como derrubar um governo e conquistar o controle das instituições,mediante o planejamento das operações e a mobilização popular no ataque às fontes de poder nos países hostis aos interesses e valores do Ocidente.
- Ela visa a solapar a estabilidade e a força econômica, política e militar de um Estado sem recorrer ao uso da força por meio da insurreição, mas provocando violentas medidas, a serem denunciadas como “overreaction by the authorities and thus discrediting the government”. A propaganda  é “a key element of subversion” e inclui a publicação de informações nocivas às forças de segurança, bem como a divulgação de rumores falsos ou verdadeiros destinados a solapar a credibilidade e a confiança no governo, diz o politólogo brasileiro, que tem residência na  Alemanha.
Trata-se do que o coronel David Galula definiu como “cold war revolutionary”, i.e., atividades de insurgência que permanecem, na maior parte do tempo, dentro da legalidade, sem recorrer à violência.

- Assim aconteceu na Sérvia, na Ucrânia, Geórgia e em outros países, pela Freedom House e outras ONGs americanas, que instigaram e ajudaram, com o emprego de ativistas, a impulsar as demonstrações na Síria, como expus, documentadamente, em a A Segunda Guerra Fria. Agora está sendo aplicada na Venezuela e, seguramente, tentam aplicar no Brasil com os black block.

5 comentários:

Anônimo disse...

Mais um expatriado acadêmico brasileiro que ganha bem para falar besteiras.
Em Paris ha muitos desse tipo. Recentemente o reitor da Universidade da triplice fonteira veio falar das mil maravilhas desta instituiçao.
Suponho que sejam bem pagos e devem fazer inveja aos acadêmicos e "Enarques" franceses.

Anônimo disse...

Admiro bastante a opinião do prof Moniz Bandeira e concordo com bastante do que ele considera. É uma pessoa com vasta experiência e culto, acima de tudo.
Sua visão tem bastante sintonia com a postura dos EUA que observamos há muito e em todo mundo. Ou há alguma outra hipótese para isso?
Há algum conflito de ordem política em sua opinião sobre a proposição do prof Moniz Bandeira?
Acho sua crítica cáustica e desmedida. Gostaria muito de ler sua opinião, mais do que a crítica, sobre os movimentos e manifestações que vem assolando o Oriente médio, Leste europeu e agora, a América Latina...

Paulo Roberto de Almeida disse...

Anônimos para este tipo de assunto não merecem sequer resposta ou qualquer comentário.
Quem quer debater, aparece e se identifica. Seria o mínimo que se espera de pessoas minimamente inteligentes.
Passe bem com sua admiração míope.
Paulo Roberto de Almeida

Anônimo disse...

Sr, desculpe meu humilde anonimato mas, a julgar pelo seu tom agressivo seria desconforto para mim. Seria, como mencionei, interessante ler sua hipótese para os eventos. Sua contrariedade parece conflito de interesses...

Paulo Roberto de Almeida disse...

Crie o seu proprio blog e publique suas opinioes modestas...
PRA