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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Politica economica companheira: de Angela Merkel para Irmaos Marx (Financial Times)

Dilma prometia a eficiência de Merkel, mas parece os Irmãos Marx, diz FT

O Estado de S.Paulo, Economia e Negocios,  5 de maio de 2014 | 8h30
Blog Fernando Nakagawa, da City de Londres / Twitter @fnakagawa



A presidente Dilma Rousseff prometia ser tão eficiente como Angela Merkel, mas lembra os comediantes Irmãos Marx. A comparação foi feita em um editorial do jornal britânico Financial Times. “Pobre Dilma Rousseff”, diz o texto ao lembrar que a presidente projetava “uma aura tediosa da eficiência de Angela Merkel”, mas resulta em um trabalho mais parecido com o dos comediantes Irmãos Marx. Os atrapalhados irmãos Chico, Harpo, Groucho, Gummo e Zeppo ganharam o mundo nas primeiras décadas do século passado no cinema norte-americano.
“Os preparativos atrasados para a Copa do Mundo já envergonham o país, enquanto aqueles para os Jogos Olímpicos de 2016 são classificados como ‘o pior’ que o Comitê Internacional já viu. A economia também está em queda. O Brasil, uma vez que o queridinho do mercado, vê investidores caindo fora”, diz o texto do FT. “O País precisa de um choque de credibilidade. Se Dilma não entregá-lo, as eleições presidenciais de outubro o farão”. O jornal cita que Brasil enfrenta três desafios imediatos: o caso Pasadena, o fornecimento de energia após a recente seca e a chance de protestos e insucesso da Copa do Mundo.
Apesar do tom duro, o jornal dá um voto de confiança à presidente. “Dilma Rousseff é conhecida por falar em vez de ouvir, mas há sinais de que ela mesmo está reconhecendo as críticas”. “Fala-se que ela poderia dar independência formal ao Banco Central em um segundo mandato (originalmente, uma ideia de oposição). Ela também pode recrutar o presidente do BC, Alexandre Tombini, para substituir Guido Mantega, o desafortunado ministro da Fazenda. Ambos movimentos seriam bem-vindos”, diz o texto.
“Saber se a senhora Rousseff que parecia Merkel, mas resulta nos Irmãos Marx é realmente a pessoa certa para colocar o Brasil de volta aos trilhos é outra questão. Afinal de contas, sua primeira administração foi uma decepção. Mas, pelo menos, há sinais de que os mercados do País estão trabalhando como deveria através da transmissão de uma preocupação generalizada e crescente. Estes estão agora começando a empurrar o debate político em uma direção favorável aos investidores. Isso só pode ser uma coisa boa”, diz o texto.

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