quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Comemorando os 100 anos da revolução bolchevique? Duas imagens simbólicas...

Se você, caro estudante de Humanidades de uma das nossas mais famosas universidades públicas, recebeu algum convite para um possível “seminário comemorativo” dos cem anos da gloriosa “Revolução Bolchevique” de outubro/novembro de 1917, talvez seja apresentado a uma ilustração deste tipo, com o camarada Lênin varrendo da face do planeta os reis, os capitalistas, os religiosos...


É menos provável, no entanto, que o seu seminário tenha este outro tipo de imagem, que, bem antes de qualquer fotografia do Holodomor — o terrível genocídio de ucranianos no quadro da coletivização forçada da agricultura em 1929-30, causando mortandade pela fome induzida, objeto do mais recente livro de Anne Applebaum, Red Famine — ou do Gulag concentracionário criado por Stalin — também objeto de um livro precedente da mesma historiadora —que simplesmente ilustra a mortandade produzida pela guerra civil e pela repressão terrível ordenada logo após a cargo da Tcheca, a polícia política do novo regime bolchevique, o que levou mesmo potências capitalistas inimigas do mesmo regime, como os Estados Unidos, a enviarem toneladas de grãos para aliviar a fome e a mortandade criadas nos anos 1920-21.


Segundo o Livro Negro do Comunismo, esse experimento de “engenharia social”, para “criar o Homem Novo”, provocou, à margem das mortes “normais” de conflitos militares, pelo menos 100 milhões de mortos,

Será que vão “comemorar” isso também?

Paulo Roberto de Almeida 

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