A diplomacia bolsonarista é uma vergonha. Para derrotar esse projeto fajuto em 2022 e trocá-lo por algo melhor, é necessário que as oposições tenham o diagnóstico correto. Melhor síntese do alinhamento aos EUA hoje.
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Diego Zancan Bonomo
@dzbonomo
·
Esse
não é uma tentativa de “normalizar” o que não está bom, mas de oferecer uma forma diferente de olhar os fatos das relações entre #Brasil e #EUA em 2019. Essa relação é mais densa e complexa do que as emoções das manchetes. 15 pontos para quem tiver paciência.
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2) Aliado Extra-OTAN: designação tem efeito simbólico, mas abre caminho para adensar cooperação econômica futura na área de defesa e segurança. Ambos querem vender mais no mercado do outro, sobretudo em compras públicas. Ponto para o
e os
.
1
10
3) OCDE:
precisa do apoio dos
para aceder à organização, mas apoio dos
não significa que
fure a fila de quem já tinha assegurado esse apoio antes.
apoiam formalmente o
. Ponto para o
.
2
10
4) TED na OMC:
comprometeu-se a limitar TED futuro. Ponto para os
, que trouxeram
para sua posição, mas ponto também para o
, que preservou TED já existente e ainda poderá usar oportunidade para forçar
e
a pararem de usar TED contra interesses brasileiros.
1
9
5) Global Entry: anúncio de criação de projeto piloto com o Fórum de Altos Executivos é demanda antiga dos brasileiros. Primeiro passo para um acordo amplo. Ponto para o
.
1
9
6) Isenção de vistos: extensão da isenção unilateral de vistos pelo
estimula turistas americanos a visitarem o país e consumirem aqui. Ponto para os
, mas também ponto para o
, que passa a exportar mais serviços.
1
10
7) Carne Bovina:
relutam em abrir o mercado. Por enquanto, ponto para os
.
1
7
8) Etanol:
ampliou a quota de importação. Ponto para os
, mas também para o
, que precisa dessa importação para atender à demanda pelo combustível aqui; e para os produtores do NE, incluíram critério de sazonalidade na quota.
1
9
9) Trigo:
planeja abrir a cota em 2020. Em princípio, ponto para os
, mas a cota é para todos os países.
e
podem ocupá-la, em detrimento dos americanos. A ver.
2
9
10) Alumínio e aço:
impôs tarifa ao primeiro e quota ao segundo. Ponto parcial para os
porque prejudicam outros setores de sua própria indústria.
1
8
11) SGP:
, por enquanto, escapou das exclusões de países já feitas pelos
. Ponto para o
, mas também para os
porque exportações brasileiras são insumos para a indústria americana.
1
8
12) PPH: nova regra do INPI tornará acordo de patentes com os
permanente e válido para todos os setores. Ponto para os
, que aceleram processos aqui, mas também ponto para o
, que reduz “backlog” e pode acelerar seus processos por lá.
1
9
13) Mercosul-União Europeia: acordo beneficia
,
,
,
e
. Ponto duplo para o
, que, além do ganho econômico, cria incentivo para os
sentarem à mesa para discutir um acordo com o #Mercosul.
1
9
14) Guerra comercial: tarifas dos
contra
e consequente retaliação chinesa criaram um “boom” de exportações agrícolas do
para a
, sobretudo soja. Ponto para o
.
2
9
15) Venezuela:
atraíram
para uma posição de maior crítica ao regime da
. Ponto para os
, mas também ponto parcial para o
, que, segundo a imprensa, bloqueou proposta de intervenção militar feita pelos americanos. Ponto ainda para
e
, que ampliaram apoio à
.
Um comentário:
Ótimo resumo das principais medidas entre Brasil e EUA; fica a sugestão para comentário similar entre Brasil e Ásia, com foco na China. Abraço.
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