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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Wikileaks Itamaraty e a alianca dos companheiros com bolivarianos (revista Veja)

Convivência diplomática
Duda Teixeira
Veja, 5/07/2014

Documentos vazados do Itamaraty revelam que, ao saber do envio de tropas e blindados venezuelanos para massacrar a oposição na Bolívia, em 2007 e 2008, o governo do PT preferiu abafar o caso

A autodeterminação dos povos significa que uma nação não pode se intrometer nos assuntos internos de outra. Neste ano, esse princípio foi usado, corretamente, para condenar a Rússia pela invasão da Crimeia e pelo envio de paramilitares para o leste da Ucrânia. Apesar de se apresentar como defensora do princípio da autodeterminação, a diplomacia brasileira se absteve, em reunião da ONU, de repudiar o intervencionismo do governo russo. Documentos confidenciais revelam que o Brasil tem a mesma postura de conivência em crises internas que envolvem os vizinhos da América do Sul.
Em 2007. a Venezuela sobrevoou o espaço aéreo brasileiro para enviar soldados e viaturas militares para ajudar a Bolívia a massacrar protestos populares. Como os governos boliviano e venezuelano são ideologicamente afinados com o brasileiro, o caso foi abafado. Parte dessa história aparece cm um relatório confidencial do Ministério da Defesa do Brasil. O texto narra a visita de militares e do ministro da Defesa Nelson Jobim à Venezuela entre 13 e 14 de abril de 2008. O documento faz parte de um pacote de 397 arquivos surrupiados do sistema de e-mails do Itamaraty e disponibilizados na internet por hackers, em maio passado. Segundo o relatório, após desembarcarem em Caracas, os representantes brasileiros se reuniram na manhã do dia 14 na casa do embaixador Antônio José Ferreira Simões para acertar os ponteiros antes do encontro com o chanceler Nicolás Maduro, hoje presidente da Venezuela. Cada aparte dos presentes foi registrado no papel. Em determinado momento, o general Augusto Heleno, comandante militar na Amazônia, perguntou se os demais sabiam de aviões Hercules C-130 que transportavam tropas venezuelanas para a Bolívia. O embaixador Simões interveio: "Uma denúncia brasileira de presença de tropas venezuelanas na Bolívia pode piorar a situação".

Enquanto isso, o governo de Evo Morales continuava enviando tropas e milícias para lutar contra opositores no Estado de Pando, na fronteira com o Acre. Em dezembro de 2007, um cargueiro Hercules C-130 da Força Aérea Venezuelana tivera problemas técnicos e aterrissou em Rio Branco, no Acre, vindo da Bolívia. A Polícia Federal vistoriou a aeronave, não encontrou armas nem munição e permitiu que o avião seguisse para a Venezuela. Os documentos vazados mostram que isso era só a ponta do iceberg. Na conversa na casa do embaixador, o general Heleno afirmou que "há presença não apenas de venezuelanos na Bolívia, mas também de cubanos, com interesse operacional". Segundo o tenente-brigadeiro Gilberto Burnier, durante a crise, a Venezuela fez 114 voos. "Informavam que transportavam veículos comerciais, porém foi visto que transportavam viaturas blindadas para transporte de pessoal (VBTP) e outras viaturas militares", lê-se no documento. No encontro com os venezuelanos, o ministro Nelson Jobim sugeriu que fosse criado um corredor aéreo para "sacar da agenda esse problema", ou seja. abafar o caso, pois a lei proíbe o sobrevoo de material bélico sobre o território nacional sem autorização. A proposta contava com o apoio do presidente Lula. Em agosto de 2008, o Diário Oficial da União publicou um memorando pelo qual os venezuelanos se comprometem a pedir autorização para cruzar o espaço aéreo brasileiro. A Venezuela, portanto, continuou enviando tropas e armas sem ser incomodada. Um mês depois, mais de quinze pessoas morreram em uma guerra campal em Pando. Alguns agentes da repressão, segundo denúncias de opositores, eram venezuelanos. Quem comandou a operação foi o atual ministro da Presidência da Bolívia, Juan Ramón Quintana, o mesmo que, posteriormente, em 2010, foi visto saindo com maletas da casa do narcotraficante brasileiro Maximiliano Dorado, em Santa Cruz de la Sierra.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Brasil-Haiti: o bizarro caso de uma relacao construida, e reforcada, e reafirmada e... - um militar preocupadp

Capturei, num desses boletins de imprensa sobre um outro assunto -- o assassinato do Coronel do Exército Paulo Manhães, torturador confesso e aparentemente disposto a falar para para a tal da Comissão da (Meia?) (In?)Verdade -- este comentário assinado como sendo "Delmiro Gouveia" -- um industrial cultuado pelos patriotas e nacionalistas -- mas que pertence nitidamente a um militar reformado, indignado com o descalabro geral da política brasileira, em especial com o ingresso -- para ele altamente suspeito -- de milhares de haitianos no território brasileiro, pelo Estado do Acre, de onde estão sendo recambiados para São Paulo.
Sem partilhar da paranoia do militar de pijamas, creio que ele tem muitas coisas interessantes a comentar, e apenas por isto eu transcrevo aqui o comentário (que pode ser encontrado neste link: http://tribunadaimprensa.com.br/?p=84726; o jornal também é peculiar, digamos assim).
Paulo Roberto de Almeida

O CASO DOS HAITIANOS E O MISTÉRIO DE SUAS VIAGENS
O Brasil não faz divisa com Haiti.
Está até que bem longe do Haiti e jamais teve qualquer tipo de relação verdadeira.
Até hoje ninguém entendeu porque Lula obrigou que se mantivesse uma força de “paz” de soldados brasileiros no Haiti, sob um custo absurdo de dinheiro dos cofres brasileiros por tanto tempo.
Que se fizesse uma vaquinha de dinheiro de alguns países, que o Brasil participasse desta vaquinha, mas não deixar lá soldados brasileiros que não tinham a menor ideia do que faziam ali.
Na época falavam em 2 bilhões de dólares de custo.
Isto é coisa pra Estados Unidos, Russia e Japão, não pra Brasil ficar bancando.
Passa o tempo .
De repente começa a entrar uma quantidade enorme de 20 mil haitianos dentro do Brasil, sem documentação, sem autorização, justamente pelo estado governado pelo PT que é Acre.
Onde estava o general Enzo, conhecido por ser comandante do Exército?
Aliás o general Enzo já deveria ter renunciado ao cargo no dia que não teve coragem de cumprir o Regimento do Exército e tirar a medalha dada a Genoino pois pelo Regimento se algum ganhador da medalha for condenado por algo no futuro o Exército cassa a medalha.
Pergunto de novo onde estava o general Enzo que não tomou atitude de guarda constitucional da fronteira e permitiu invasão de 20 mil haitianos que vieram de um país que não tem fronteira com o Brasil.
Será que não funciona mais aquele serviço de inteligência do Exército que tão bem funcionava antes?
Vamos mais longe pra cumprir o pensamento.
O Haiti fica longe do Brasil.
Alguém forneceu a logística pra que 20 mil haitianos viessem até a América do Sul e entrassem justo no Peru.
Por que o Peru?
Porque o Peru faz divisa com o estado governado pelo PT.
Isto é matemática e inteligência de guerra que o general Enzo deveria conhecer e não demonstrou nada.
Os Haitianos vem de longe, sem dinheiro, em logística que custa caro e alguém organizou e pagou, pra entrar na América do Sul pelo país do Peru que fica na divisa com o Acre.
Lógico que o Peru não queria acolher os haitianos porque eles não tem qualificação profissional.
Aliás a Polícia Federal descobriu que muitos tem qualificação que é serem milicianos no Haiti e formarem bando de gente fora da lei.
Agora o governador do Acre arrumou dinheiro pra mandar os haitianos pra São Paulo.
E o prefeito de São Paulo, Haddad, do PT, já tinha todo material preparado pra acolher os haitianos colocando uma tropa de trabalhadores pra deixar em boas condições um galpão bem reformado com todas as boas condições de sobrevivência.
Este é o mesmo prefeito do PT que deixa nas ruas sem resolver os brasileiros que não tem teto e um grande número de moradores de rua.
Será que só eu, que não tenho curso na Escola Superior de Guerra, estou vendo toda uma trama de guerrilha arquitetada pelo PT?
Será que apenas eu , que não sou jurista constitucionalista, vi a invasão do território nacional e de soberania permitido pelo PT?
Será que só eu que não militar vi aquilo que o general Enzo deveria ter visto?
Alguns vão dizer que esta linha de raciocínio é surreal.
Diziam exatamente a mesma coisa quando Fidel Castro foi menosprezado e montou a invasão de Cuba com sua tropa que os cubanos consideravam irreal e absurda de existir.
http://jamesakel.zip.net/

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Novo blog sobre Diplomacia - jornalista Denise Chrispim Marin (Estadao)

Soube apenas hoje, a despeito de sempre consultar o Estadão todos os dias, do lançamento desse blog, por uma chamada na página de acesso ao jornal (o que talvez não tenha ocorrido antes, ou foi distração minha, ocupado nos últimos dias tentando colocar em ordem a inacreditável bagunça de todos os meus escritos e publicações), e aproveito para cumprimentar sua responsável e redatora, jornalista experiente, ex-correspondente do Estadão em Washington.
O primeiro post que li, trata de um assunto importantíssimo, pois tem a ver com o inacreditável desperdício de talentos humanos ocorrido durante os dez primeiros anos do poder companheiro, marcado por um viés político típico dos anos de chumbo -- não da ditadura no Brasil, pois durante o regime militar muitos esquerdistas trabalhavam para o governo desde que fossem competentes -- mas das ditaduras comunistas ao estilo soviético ou castrista, onde só são chamados a trabalhar aqueles que concordam com o regime, e a ele demonstram submissão.
Esperemos que seja a primeira reparação de uma série de discriminações prejudiciais à própria instituição.
Paulo Roberto de Almeida


Blog da denise chrispim marin: 
20.janeiro.2014 16:47:47

A volta do Graça

      O Itamaraty corrigiu um erro colossal. Depois de quase dez anos de ostracismo, o embaixador  José Alfredo Graça Lima, brilhante negociador comercial brasileiro e diplomata com profunda  vocação de servidor público, retomou uma função no alto escalão do Ministério das Relações  Exteriores. Graça Lima conduz desde a semana passada a Subsecretaria-Geral de Assuntos  Políticos 2, área responsável pelas relações políticas e econômicas do Brasil com a Ásia. O  diálogo brasileiro com China, Japão e Índia estarão em suas mãos competentes.
Graça Lima foi apontado como o exemplo mais gritante da “caça às bruxas” promovida pelo  ex-chanceler Celso Amorim no Itamaraty. O embaixador manteve-se na carreira, apesar dos dissabores, e com humildade acatou sua indicação para postos bastante distantes de sua experiência profissional. Da chefia da missão do Brasil em Bruxelas, cargo ocupado no final do governo de Fernando Henrique Cardoso, ele poderia tranquilamente ter assumido a Missão do Brasil em Genebra ou um posto bilateral de primeira linha.
Mas não foi essa a escolha de Amorim.
Graça Lima foi enviado para os consulados do Brasil em Nova York e em Los Angeles. Seu talento e experiência como negociador comercial não foram totalmente desperdiçados porque a OMC o chamou para compor painéis de solução de controvérsias. No retorno a Brasília, o embaixador foi nomeado pelo então ministro Antônio Patriota para a obscura Inspetoria do Serviço Exterior. Coube ao atual chanceler, Luiz Alberto Figueiredo, seu resgate, em benefício do Itamaraty e de seus quadros, e sua indicação para o comando de uma das áreas mais desafiadoras da política exterior.
Não há indicação de tendência de o Itamaraty, sob a batuta de Figueiredo, tirar do ostracismo ou chamar de volta à Casa de Rio Branco outros embaixadores punidos durante desde 2003. O embaixador Sérgio Amaral, ex-titular do MDIC e ex-porta-voz de FHC, antecipou sua aposentadoria logo no início do governo Lula. Anos mais tarde, essa foi a opção de Pedro Luiz Rodrigues, braço direito de Celso Lafer no MDIC e no Itamaraty e ex-diretor da Sucursal de Brasília de O Estado de S Paulo. O embaixador Marcos Caramuru aceitou o posto de cônsul em Xangai, oferecido por Amorim, depois de ter sido secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, na gestão de Pedro Malan. Mas preferiu licenciar-se da diplomacia, ao terminar seu período no consulado, e fixar-se na China.
Há muitos outros exemplos de vítimas dessa mais recente “caça às bruxas” – a anterior deu-se nos anos duros da ditadura militar, quando diplomatas de esquerda, homossexuais e boêmios foram sumariamente demitidos. Poucos dos que se destacaram na execução da política externa de FHC tiveram examinados suas vocações e compromissos com o serviço público na gestão de Lula antes de serem punidos. Muitos foram limados nos processos de promoção – o ministro Paulo Roberto Almeida, um dos maiores especialistas nas relações bilaterais Brasil-Estados Unidos, jamais ascendeu ao grau de embaixador – e outros foram preteridos de posições no Brasil e no exterior por não se “comprometerem” com a linha ideológica em vigor desde 2003.
O investimento em tempo e dinheiro público na formação desses profissionais foi parcialmente abortado por causa desses julgamentos apressados e de vaidades pessoais. Nem falar sobre os esforços pessoais e os sacrifícios das famílias desses diplomatas. No período, a tradição do Itamaraty de fazer de seus embaixadores seniores os mestres das novas gerações foi minimizada, assim como tantos outros costumes da Casa de Rio Branco.
Graça Lima expressou sua simplicidade e simpatia características ao assumir, no dia 7, seu novo posto. A honra de exercer essas novas funções se mescla a dois sentimentos que se completam e mutuamente se apoiam: a imprescindível humildade, para seguir aprendendo, e a indispensável coragem, para encarar o desafio de contribuir, da melhor forma possível, para o cumprimento da tarefa que Vossa Excelência (o chanceler Figueiredo) se impôs de ´enfrentar as variadas e complexas questões internacionais que cabem a um país do porte do Brasil’.”
Não mencionou nada sobre sua experiência. Não precisava. Os que o conhecem sempre se lembrarão de sua coragem ao criticar publicamente as medidas argentinas que feriam as regras básicas do Mercosul, no final dos anos 90, quando foi Subsecretário-Geral de Assuntos Econômicos do Itamaraty. Nessa mesma época, defendeu o regime automotivo brasileiro diante dos demais membros da OMC, apesar de saber que seu conteúdo contrariava as normas do GATT. Meses mais tarde, contornou a ameaça da União Europeia, da Coreia do Sul e do Japão de iniciar uma controvérsia contra o mesmo regime – da qual sairiam certamente vitoriosos – com a oferta de cotas tarifárias de importação de seus automóveis. Engoliu suas convicções mais de uma vez em favor do interesse nacional.
Ao bom trabalho, senhor embaixador.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Interesse ampliado pela diplomacia no Brasil - Revista Fapesp

Gosto pela diplomacia

Cresce o interesse de brasileiros pelos rumos da política externa
CARLOS HAAG
Pesquisa Fapesp, Edição 210 - Agosto de 2013

© CATARINA BESSELL
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Mesmo com um papa argentino, os brasileiros acreditam que o país está muito bem colocado no plano internacional e nem precisa do trono de São Pedro para se projetar: 85% afirmam que o Brasil conseguiu firmar uma imagem de independência perante o mundo. Aliás, o fato de o pontífice vir de uma nação vizinha impressiona pouco, pois menos de 20% dos brasileiros se consideram latino-americanos ou sul-americanos. Além disso, pode-se admirar o lado espiritual, mas cerca de 85% dos brasileiros se animam mesmo é com os resultados econômicos da globalização e com os efeitos da abertura comercial.
Esses são resultados da pesquisa Brasil, as Américas e o mundo, coordenada pela professora Maria Hermínia Tavares de Almeida, com uma equipe do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IR-USP) composta também pelos professores Janina Onuki e Leandro Piquet Carneiro, e que contou com apoio da FAPESP. Segundo o estudo, cada vez mais cresce o interesse nacional pela política externa, na contramão de consensos passados. “Não se pode mais falar de uma suposta indiferença das lideranças e da população e, apesar do Ministério das Relações Exteriores continuar ocupando uma posição central no comando da política externa do Brasil, é um engano continuar a pensar que o Itamaraty seja um caso bem-sucedido de insulamento burocrático”, explica a pesquisadora. O estudo é parte do projeto colaborativo Las Américas y el mundo, capitaneado por pesquisadores do Centro de Investigación y Docencia Económicos (Cide – México) e reúne vários países latino-americanos para analisar a ligação entre a opinião pública e temas centrais de política externa e relações internacionais.
“Esse estudo é uma resposta às necessidades crescentes de informação numa área estratégica para o desenvolvimento e estabilidade dos países da região que em geral acabam dependendo de dados pouco confiáveis e dispersos. Num contexto democrático, os tomadores de decisões precisam contar com as informações sobre o que pensam os cidadãos para desenhar suas políticas externas”, afirma Guadalupe González González, diretora-geral do projeto do Cide. “O Brasil, no novo cenário mundial, aumentou seu peso dentro e fora da região, se posicionando como o agente de ligação latino-americano com o grupo dos Brics de economias emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), e o principal promotor da cooperação Sul-Sul e da integração sul-americana”, analisa a pesquisadora, para quem Brasil e México se configuram como os líderes potenciais da região latino-americana.
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Nesse novo quadro, para Maria Hermínia, a política estatal para pensar o país e o mundo não pode mais depender apenas da capacidade e disciplina duma elite burocrática como a do Itamaraty, mas também do consenso sobre o mundo e do lugar do país nele por parte de uma comunidade mais envolvida na discussão política. Apesar do crescimento do número de interessados em discussões de questões internacionais, que os pesquisadores denominam de público interessado e informado (PII), o papel ativo na contribuição de ideias cabe à chamada comunidade de política externa (CPE): há um grande diferencial entre o interesse dos seus membros (91%) mesmo se comparado com o PII (22%).
No público “comum”, os quesitos “pouco” e “nenhum” interesse chegam a, respectivamente, 25% e 20%. Em boa parte isso decorre do pouco contato do público comum com o exterior: 88% nunca saíram do país. No caso da amostra brasileira, foram entrevistados 200 líderes políticos e sociais e uma amostra aleatória de 2.400 pessoas representativa da população urbana brasileira entre o final de 2010 e 2011. A equipe pretende repetir a pesquisa em 2014 para comparar os resultados.
“Ninguém havia feito uma pesquisa com o público até então. A novidade é revelar que não se pode mais falar numa política externa insulada no MRE ou na Presidência. Embora não tenham impacto eleitoral, não significa que as relações internacionais não sejam importantes para as pessoas e tema de discussões”, diz Maria Hermínia. Mas a pesquisadora avisa que os resultados mostram percepções e não necessariamente verdades. “Basta ver o entusiasmo exagerado com o papel do Brasil no mundo ou a visão de que países desenvolvidos não vão ter importância no futuro, uma aposta algo exagerada nos emergentes”, fala.
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Prova disso é a comparação entre os dados obtidos nessa pesquisa recente com os conseguidos pelo cientista político Amaury de Souza (falecido em 2012), nas duas versões da pesquisa O Brasil na região e no mundo: percepções da comunidade brasileira de política externa que fez para o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) nos anos de 2001 e 2008.
Para se ter ideia de como a percepção da CPE cresceu, em 2001, 74% acreditavam no crescimento do papel internacional do Brasil em 10 anos; em 2008, o percentual passou para 85%; e, agora, em 2010, chegou aos 97% de visões otimistas. Esse otimismo se estende também ao cenário internacional como um todo. “O otimismo cresce com a informação e o interesse pelas questões mundiais. Por isso a CPE mostra altas porcentagens, 85%, de satisfação com a capacidade do Brasil de se afirmar autonomamente na cena internacional”, nota a autora. Já entre o público dos desinteressados e desinformados, essa satisfação cai para 37%.
Outro dado que chamou a atenção da pesquisadora: menos de 15% dos entrevistados da comunidade e do público informado acreditam que os Estados Unidos serão mais importantes no futuro, enquanto a esmagadora maioria afirma que o futuro pertenceria à China, ao Brasil e à Índia. “Claro que já se pressentia um mundo onde o poder estivesse mais descentralizado, mas eu esperava ao menos da CPE uma visão mais matizada”, analisa Maria Hermínia.
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Outro fato notável para a pesquisadora é a existência de um consenso entre a comunidade de política externa e o público interessado e informado. Na pesquisa de Amaury de Souza, nos anos de 2001 e 2008, os Estados Unidos ainda eram vistos por 49% dos entrevistados da comunidade de política externa como um ator global respeitável na década seguinte, percentual que caiu para 15% em 2008 e permanece o mesmo em 2010. Outros países de peso como Alemanha, Rússia e Japão também perderam força como nações importantes para o Brasil, segundo a percepção da comunidade.
A queda de 30% no caso americano, a despeito das crises financeiras recentes, observa Maria Hermínia, revela uma percepção pouco realista das relações internacionais e do papel que os EUA e seus aliados ocidentais ainda manterão por muito tempo. Além disso, os EUA despertam atitudes e sentimentos complexos de admiração e desconfiança entre todos os grupos de entrevistados e, ainda que a admiração pelos americanos seja mais elevada entre a CPE do que entre os setores do público, existe uma parcela importante de membros da comunidade de política externa que não gosta deles.
“Parece existir um antiamericanismo entranhado nos brasileiros e os dados mostram que ele é inversamente proporcional ao interesse, conhecimento e envolvimento em questões internacionais”, nota Maria Hermínia. Enquanto o país se esforça em se aproximar dos EUA, a comunidade de política externa, na contramão do esperado, ainda mantém ressalvas. Efetivamente o insulamento da política externa vem caindo.“Desde a década de 1990 há indícios importantes na alteração desse padrão tradicional e pressões crescentes para que o processo se torne mais permeável às articulações, interesses e demandas de uma diversidade de outros atores”, observa o cientista político Carlos Aurélio Pimenta de Faria, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas) e autor do artigo “Opinião pública e política externa: insulamento, politização e reforma na produção da política exterior do Brasil” (2008).
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Para o pesquisador, a falta persistente de preocupação do Itamaraty com a opinião pública não se liga apenas ao caráter público da diplomacia nacional, mas a uma demanda, até há pouco, muito baixa da sociedade brasileira por maior prestação de contas dos agentes estatais. “Era quase uma delegação da produção da política externa ao Itamaraty que, com a globalização, que fazia as relações internacionais impactarem diretamente na sociedade, estaria se convertendo em abdicação”, nota.
Mas, passados os primeiros impactos, o Brasil agora é amplamente favorável à globalização, com a CPE (84%) e o PII (82,1%) muito mais otimistas do que a parcela do público pouco interessada e informada sobre política externa (60%). O mesmo vale para a atração de investimentos como sendo um benefício para o país. A única ressalva é sobre a questão do meio ambiente: 42,2% da CPE considera o livre-comércio bom para o meio ambiente, algo superior aos 58,9% do PII e os 50,3% do público desinformado. “Em função das políticas protecionistas, o país viveu fechado durante muito tempo. Nos anos 1990 isso mudou, abrimos para o mundo e não há volta”, analisa Maria Hermínia. Segundo ela, o ideal que o Brasil está se integrando ao mundo tem apoio quase integral dos brasileiros pesquisados, para além dos discursos que são contrários à globalização.
“Essa atitude afirmativa diante do mundo vem do governo Fernando Henrique e foi reafirmada no governo Lula, que deu corda ao otimismo”, observa a pesquisadora. A visão para fora parece não incluir a vizinhança latino-americana e a identidade regional é ambivalente. “A autoidentificação dos brasileiros como latino-americanos sempre foi tênue. A percepção de pertencer a uma nação diferente da dos seus vizinhos, por causa da experiência colonial distinta, língua e trajetória particular como país independente, sempre caracterizou o pensamento das elites e do público de massas”, fala Maria Hermína.
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Recentemente, a política externa, lembra a professora, definiu a América do Sul, e não a América Latina, como espaço para o exercício da liderança política brasileira. Segundo a pesquisa, apenas um quarto da comunidade de política externa se reconhece como latino-americana, apenas 18,5% como sul-americana e é irrisória a porcentagem daqueles para os quais serem do Mercosul é uma identidade importante (1,5%). A grande maioria (90%) se vê como brasileiros.
Isso se reflete, no caso do comércio, diante de várias estratégias de inserção na economia mundial, a CPE privilegia a atuação multilateral na Organização Mundial do Comércio (OMC) e, secundariamente, a realização de acordos comerciais bilaterais, em detrimento de estratégias envolvendo coordenação regional, no âmbito do Mercosul ou da vizinhança sul-americana. Quando questionados em que região o Brasil deve prestar mais atenção no mundo, pouco menos da metade da CPE (48%) e uma parcela ainda mais reduzida do PPI (32,4%) respondem América Latina.
Sobre o papel do Brasil na América do Sul há uma divisão precisa na CPE: metade afirma que o país deveria liderar sozinho e outra metade que deveria compartilhar a responsabilidade com os vizinhos. A maioria (55,1%) do PII pensa que o Brasil deveria liderar. Embora não vejam problemas futuros com os vizinhos, os brasileiros da PII apontam Venezuela (21%) e Colômbia (24,6%) como países como fonte potencial de conflitos.
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A integração regional, tema importante da agenda internacional, é apoiada por 71,5% da CPE, que quer que ela seja feita de forma aprofundada. Mas quando se vai a fundo nisso os pesquisadores verificaram que o comércio, investimentos e infraestrutura são as dimensões que têm apoio expressivo. Seria até esse ponto que deveriam ir os esforços para aprofundar a integração. “O discurso era de que, justamente por causa dessa distância, o Mercosul era importante para construir uma plataforma de cooperação. Mas os resultados mostram que a região, para o Brasil, é mais uma plataforma para falar para o mundo do que um espaço para manter diálogos ou exercer protagonismo. Essa visão é muito diferente da que se encontrou nas pesquisas feitas em outros países.”
Efetivamente, nota Guadalupe González, para a Colômbia, Equador e México o mundo se limitaria quase exclusivamente ao continente onde concentram suas aspirações internacionais e a sua participação internacional. Apenas Brasil e Peru têm uma visão mais global de seus interesses que abarcam outras regiões do mundo, em especial a Ásia, vista como novo motor da economia mundial.
© CATARINA BESSELL
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Por fim, a surpresa maior da pesquisa feita pelo IR-USP é que o novo interesse vem na forma de um consenso entre especialistas e o público informado. “Assim, apesar de os analistas terem chamado a atenção para uma real ou suposta ‘partidarização’ recente da política externa e, em consequência, para o surgimento de divergências que indicariam a perda de seu caráter de política de Estado, a verdade é que o consenso no interior da CPE e do PII é muito extenso, como é extensa e significativa a convergência entre os dois grupos”, fala a professora.
Naturalmente, observa Maria Hermínia, existem temas mais controversos que afastam os dois, mas, no geral, apesar das críticas abertas às políticas governamentais, a discussão não dividiu os segmentos. “Será necessário verificar isso numa segunda amostra em 2014 para confirmar se essa observação procede”, avisa.
076-081_Relac-Interncaionais_210-6Essa proximidade entre as visões das elites e da população informada e interessada vai na contramão do observado nas pesquisas americanas. “Isso indica uma maior politização do público, ao contrário do que diz a literatura tradicional, ainda que essa nova posição seja resultado do enraizamento das percepções geradas dentro da comunidade de política externa, uma opinião formada, de certa forma, de maneira exógena”, analisa a cientista política Janina Onuki, também do IRI-USP e da equipe do projeto. “Mas estudar essa opinião permite entender o grau de consenso social sobre a política externa e perceber que há uma demanda por uma maior abertura do Ministério das Relações Exteriores”, analisa a pesquisadora.
No geral, seja por visão própria, seja pelo consenso com a CPE, há uma visão de que o Brasil tem condições de ser um ator global, consequência natural da sua inserção no mundo globalizado. “A parcela mais informada da população apresenta um otimismo que não é muito visto no público que possui meios menos reduzidos de acompanhar os noticiários”, diz Maria Hermínia. “Isso revela um desafio para a diplomacia brasileira: fazer com que o sentimento otimista sobre as ações internacionais passe para uma população que as vê como intangíveis, diante de uma situação econômica mais próxima que desnorteia os cidadãos”, avisa a professora.
Projeto
Brasil, as Américas e o Mundo – política externa e opinião pública 2010 (2010/06356-3); Modalidade Linha Regular de Auxílio a Projeto de Pesquisa; Coord. Maria Hermínia Tavares de Almeida/USP; Investimento R$ 242.291,24 (FAPESP).

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Politica Externa e Relacoes Internacionais do Brasil: todos os livros da Funag e mais alguns...

Site da Funag, neste link: http://www.funag.gov.br/biblioteca/index.php?option=com_wrapper&view=wrapper&Itemid=50

Cadernos do CHDD

Cadernos do CHDD Nº 15
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Livros
Autonomia Econômica e Empoderamento da Mulher – Textos Acadêmicos
II CONSEGI 2009 - Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico- Artigos
III CNPEPI - Seminário IBAS
IV Conferência Nacional de Política Externa e Política Internacional – CNPEPI 
Soberania, não intervenção e não indiferença
1808 – 2008 Itamaraty: Dois séculos de História Vol. I
1808-2008 - Itamaraty: Dois Séculos de História Vol. 2
20 Anos dos Brasileiros no Japão
60 Anos da Declaração Universal dos Direitos Humano: Conquistas do Brasil
A Criação do Fundo de Garantia do Mercosul
Abertura do Rio Amazonas à Navegação Internacional e o Parlamento Brasileiro
Absurdos e milagres: um estudo sobre a política externa do lusotropicalismo (1930-1960)
Ações humanitárias pelo Conselho de Segurança
África do Sul - História, Estado e Sociedade
África do Sul e o IBAS, A
África do Sul: A rede de ativismo transnacional contra o apartheid na África do Sul
Agenda Sul-Americana, A 
Alemanha Visões Brasileiras
Aliança de Civilizações
Álvaro Alencar - Um Diplomata na luta contra o subdesenvolvimento
América do Sul - Primeira Reunião de Chefes de Estado da Comunidade Sul-americana de Nações
América do Sul - Segundo Semestre de 2006
América do Sul e a Integração Regional, A
América do Sul e África: um olhar próprio 
América do Sul e África: um olhar próprio. Livros para conhecer os dois continentes
Anuário - Cursos para diplomatas Sul-Americanos, 2ª edição atualizada
Anuário – Seminários sobre Desenvolvimento Econômico
Aprovação de Tratados Internacionais pelo Brasil possíveis opções para acelerar seu processo
Argentina : Visões Brasileiras
Armas de Destruição em Massa no Século XXI: Novas Regras para um Velho Jogo
Arquitetura de Paz e Segurança Africana, A
As Relações Brasil- CEPAL 1947-1964
Ascensão da China como Potência, A
Ásia Maior: o Planeta China
Assis Brasil - Um Diplomata da República Vol I
Assis Brasil - Um Diplomata da República Vol II
Autonomia Econômica e Empoderamento da Mulher - Debate
Autonomia na política externa brasileira, A
Bancos de Desenvolvimento e a Integração da América do Sul, Os
Barão do Rio Branco - 100 anos de memória
Barão do Rio Branco visto por seus contemporâneos, O
Barão do Rio Branco: Missão em Berlin 
Baron Rio Branco: Ein brasilianischer Diplomat im Kaiserlichen Berlin
Belgas na Fronteira Oeste do Brasil, Os
Biocombustíveis na matriz energética alemã: possibilidades de cooperação com o Brasil
Biografias
Bolívia - A Criação de um Novo País
Brasil - Estados Unidos 1824-1829 v.1
Brasil - Cuba: Relações Político - Diplomáticas no Contexto da Guerra Fria
Brasil - Estados Unidos 1824-1829 v.2
Brasil - Noruega: construção de parcerias em áreas de importância estratégica Brasil
Brasil e a África do Sul, O
Brasil e a Ásia no século XXI, O
Brasil e a Cooperação Sul-Sul em três momentos de Política Externa, O
Brasil e a Crise Hatiana, O
Brasil e a Organização das Nações Unidas
Brasil e a República Popular da China, O
Brasil e as Operações de Manutenção da Paz das Nações Unidas, O
Brasil e China Multipolaridade
Brasil e China no Reordenamento das Relações Internacionais
Brasil e Estados Unidos: Nação Imaginada
Brasil e o mundo ásio-africano, O
Brasil e o Novo Direito do Mar, O 
Brasil e Venezuela Esperanças e Determinações na Virada do Século
Brasil na França, O
Brasil nas Nações Unidas 1946-2006, O
Brasil nas Nações Unidas, O
Brasil nas Operações de manutenção das Nações Unidas, O
Brasil no Conselho de Segurança da ONU, O 
Brasil, Mundo e Homem na Atualidade
Brasil, os BRICS e Agenda Internacional
Brasil-Argentina: fronteira seca
Brasil-Rússia: Fortalecimento de uma Parceria
Brasil-Uruguai: Os próximos 20 anos Debates e Textos Acadêmicos
Brasileiros com Alma Africana
Brasileiros no Exterior
Brasileiros no Mundo - Textos Acadêmicos Vol I
Brasileiros no Mundo - Textos Acadêmicos Vol II
Brasileiros no Mundo - Textos de Apoio
Brazil, the World and Man Today
Brazilian Foreign Policy Handbook
Brazilian Foreign Policy Handbook
Brazilian Foreign Policy Under Lula: A Chronology(2003-2006)
Breve História Econômica do Equador
Cadernos de Sustentabilidade da Rio+20
Cambios en el Poder Estructural y Países Emeregentes
Catálogo Bibliográfico - BRICS
Catálogo Bibliográfico Íindia-Brasil-África do Sul (IBAS)
Catalogo da Coleção Varnhagen da Biblioteca do Itamaraty
Centenário da Imigração Japonesa
Challenges United Kingdon and Brazil
Cidadania e Globalização: a Política externa brasileira e as ONGs
Colóquio sobre as Relações Brasil - África 
Com a Palavra, o Visconde do Rio Branco: A Política Exterior no Parlamento Imperial
Combate ao Racismo
Comércio e meio Ambiente
Comércio internacional e crescimento econômico no Brasil
Comissão das Nações Unidas para Consolidação da Paz Perspectiva Brasileira
Comunidade Sul-Americana de Nações
Conceito de responsabilidade de proteger e o Direito Internacional Humanitário, O
Condições e Missão da Comunidade Luso-Brasileira e outros ensaios
Conferência da Haia de Direito Internacional Privado
Conferência de Lancaster House, A
Conferência Índia
Conflitos Entre a Convenção sobre a Diversidade Biológica e o Acordo TRIPS
Conselho de Estado e a Política Externa do Império (1868-1870)
Conselho de Estado e a Política Externa do Império (1871-1874)
Conselho de Estado e a Política Externa do Império: Consultas da Seção dos Negócios Estrangeiros, O
Conselho de Segurança após a Guerra do Golfo
Conselho de Segurança após a Guerra do Golfo, O
Conselho de Segurança e a Inserção do Brasil no Mecanismo de Segurança Coletiva das Nações Unidas, O
Consequências Econômicas da Paz, As
Constituições da América Latina e do Caribe Vol. I
Constituições da América Latina e do Caribe Vol. II
Constituições da América Latina e do Caribe Vol. III
Constituições da América Latina e do Caribe Vol. IV
Constituições da América Latina e do Caribe Vol. V
Convergência Macroeconômica Brasil Argentina, A
Cooperação Judiciária por Via Diplomática 
Cooperação Técnica Horizontal Brasileira como Instrumento da Política Externa
Cooperação Técnica Horizontal Brasileira como Instrumento da Política Externa, A
Coréia: Visões Brasileiras
Crescimento das Relações Internacionais no Brasil, O
Crise da Imigração Japonesa no Brasil, A
Cronologia da Política Externa do Governo Lula (2003 - 2006)
Cultura política e elementos de análise da política venezuelana
Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento - CALC
Cúpula das Américas de 1994 Papel Negociador do Brasil 
Da Revolução ao Reatamento
Dados Abertos para a Democracia na Era Digital
Das Relações Históricas Cabo Verde/Brasil
De decasségui a emigrante
Derecho Internacional em América Latina
Desafios do Direito Internacional Contemporâneo
Desenhando a Nação: Revistas Ilustradas 
Desventuras das Nações mais Favorecidas
Dez anos do Processo de Kimberley
Diálogo América do Sul - Países Árabes
Diálogo Sobre a Escrita da História: Brasil e Argentina (1910-1940)
Diplomacia Brasileira e os Temas Sociais, A
Diplomacia Brasileira para a Paz
Diplomacia Cultural - Seu papel na Política Externa Brasileira (2011)
Diplomacia e Academia
Diplomacia e Religião
Diplomacia Multilateral do Brasil, A 
Diplomacia, desenvolvimento e sistema nacional de inovação
Diplomata substantivo comum de dois gêneros
Direito das Gentes. O
Direitos Humanos e Segurança Internacional
Direitos Humanos no Século XXI - Parte I
Direitos Humanos no Século XXI - Parte II
Discurso de posse - Antonio de Aguiar Patriota
Discursos Selecinados - Itamar Franco
Discursos Selecinados - Lula
Discursos Selecionados - Sarney
Discursos Selecionados do Presidente Artur Bernardes
Discursos selecionados do presidente Getúlio Vargas
Discursos Selecionados Do Presidente Jânio Quadros
Discursos Selecionados Do Presidente João Goulart
Discursos Selecionados do Presidente Juscelino Kubitschek
Discursos selecionados: Presidente Fernando Henrique Cardoso
Documentos da Política Externa Independente - Vol II
Documentos da Política Externa Independente - Vol. 1
Documentos da Secretaria Pro-Tempore Brasil 2004
Dom Casmurro
Domício da Gama em Washington, Guia de pesquisa
Duas Vidas de Joaquim Nabuco, As
Em Meio à Crise: Souza Dantas e a França ocupada (1940-1942)
Em Nome da Demoracia a OEA e a Crise Haitiana 1991-1994
Ensaios sobre a Herança Cultural Japonesa Incorporada à Sociedade
Entre Poder e Direito
Esporte, Poder e Relações Internacionais
Estados Unidos: presente e desafios
Estados Unidos: Visões Brasileiras
Estatísticas / Statistics 2008
Estatísticas / Statistics 2009
Estatísticas 2007
Estatuto da Fronteira Brasil-Uruguai, O
Estocolmo, Rio, Joanesburgo
Ética na Administração Pública Federal
Eu sou da América do Sul
Euclides da Cunha, O Itamaraty e a Amazõnia
Falhas
Fazer a América
Fim da Era do Petróleo e a Mudança do Paradigma Energético Mundial, O
First Academic Seminar of the IBSA Dialogue Forum
FOCALAL - FOCALAE- FEALAC
Formaturas do Instituto Rio Branco - 2004-2008 
FOUCAULT em Casa: Aspectos Discursivos da Construção da Comunidade Sual Americana de Nações
França: Visões Brasileiras
Fronteiras na Amazônia 
Gás Natural no Mercosul, O
Geopolítica das Drogas , A
Geopolítica e Política Exterior - Estados Unidos, Brasil e América do Sul
Gerenciamento Costeiro no Brasil e a Cooperação Internacional, O
Governança da Internet
Governo Eletrônico e Promoção Comercial a Influência da Gestão do Conhecimento na Dinâmica Exportado
Grande Ilusão, A
Grupo de Reflexão Prospectiva Sobre o Mercosul
Guimarães Rosa Diplomata
Harmonização do Direito Privado, A
Herança Africana no Brasil e no Caribe - Português
Herança Africana no Brasil e no Caribe, A
Hidropolítica e Segurança
Hidrovia Paraguai-Paraná e seu Significado para a Diplomacia Sul-Americana do Brasil, A
Hind Swaraj: Autogoverno da Índia
História da Ciência - Vol.I - Da Antiguidade ao Renascimento Científico
História da Ciência - Vol.II Tomo I - A Ciência Moderna
História da Ciência - Vol.II Tomo II -O Pensamento Científico e a Ciência do Séc. XIX
História da Ciência - Vol.III -A Ciência e o Triunfo do Pensamento Científico no Mundo Contemporâneo
Historia da Guerra do Peloponeso
História e Informação Diplomática
I Conferência Nacional de Política Externa e Política Interna - CNPEPI
I Conferência sobre as Comunidades Brasileiras no Exterior
I Curso para Diplomatas Africanos
I Encontro de Economistas Sul-Americanos
I Encontro de Historiadores - 200 anos de Independência
I Encontro de Juristas da América Latina e do Caribe Volume VI: Reflexões
Iguaçu + 20 Dia da Amizade Brasil - Argentina
II CNPEPI - "O Brasil no Mundo que vem aí"
II CNPEPI - África
II CNPEPI - América do Sul
II CNPEPI - Ásia
II CNPEPI - Europa
II CNPEPI - Rússia
II Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora II CIAD
II Conferência Nacional de Política Externa e Política Internacional - EUA
II Curso para Diplomatas Africanos
II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Textos Acadêmicos
II Seminário Sobre Pesquisas em Relações Econômicas Internacionais
III CNPEPI "O Brasil no Mundo que vem ai" - Índia
III CNPEPI - China
III CNPEPI - Estados Unidos - Texto acadêmico
III CONSEGI 2010 - Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico
III Curso para Diplomatas Sul-Americanos
III Seminário Brasil-Noruega sobre paz e reconciliação.
III Seminário sobre Pesquisas em Relações Econômicas Internacionais
Imagens da Diplomacia Brasileira
Imunidades Internacionais: Tribunais Nacionais Ante a Realidade das Organizações Internacionais
Independência de Angola, A
India, Brazil and South Africa(IBSA)
Influência Africana no Português do Brasil, A
Inovações Tecnológicas e transferências tecnocientíficas Vol I.
Inovações Tecnológicas e transferências tecnocientíficas Vol II.
Inserção de Micro, Pequenas e Médias Empresas no Processo Negociador do MERCOSUL, A
Integração Brasil - Argentina, A
Integração da América do Sul
Integração Latino-Americana 50 Anos da ALALC/ALADI
Integração: Sonho e Realidade na América do Sul
Integración: sueño y realidad en Sudamérica
Internacionalismo Vaticano e a Nova Ordem Mundial, O
Introdução às obras do Barão do Rio Branco
Investidores Soberanos, Política Internacional e Interesses Brasileiros
Irradiação Empresarial Espanhola na América Latina
IV CNPEPI - Reforma da ONU
IV CNPEPI - Seminário sobre Mudanças Climáticas
IV CONSEGI 2011 - Dados Abertos para a Democracia na era Digital
IV Curso para Diplomatas Sul-Americanos
IV Seminário sobre pesquisas Econômicas em Relações Internacionais
IX Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Degravação
IX Curso para diplomatas sul-americanos - Textos acadêmicos
Japão, O
Joaquim Nabuco Vol. I
Joaquim Nabuco Vol. II
José Bonifácio, primeiro Chanceler do Brasil
Legado do Discurso - Brasilidade e Hispanidade no Pensamento Social Brasileiro, O
Legados do Discurso Brasilidade e Hispanidade no Pensamento Social Brasileiro e Latino-Americano, O
Liberalização do Comércio de Serviços do Mercosul
Livros para Conhecer o Brasil - 1º edição
Livros para Conhecer o Brasil 2ª Edição
Memoirs of a mould removing Diplomat
Memorial Lectures - Gilberto Amado
Mercosul: Negociações extra-regionais, O
Meu Velho Itamaraty, O
Missão Especial de Honório Hermeto Carneiro Leão ao Rio da Prata
Missão Varnhagen nas Repúblicas do Pacífico: (1863-1867), A Vol. I
Missão Varnhagen nas Repúblicas do Pacífico: (1863-1867), A Vol. II
Mitos Profundos da Bolívia, Os
Multifuncionalidade e Preocupações Não-Comerciais: Implicações para as Negociações Agrícolas na OMC
Nações Unidas e a luta internacional contra o racismo, As
Naturezas Mortas: A Filosofia Política do Ecologismo
Navegantes Bandeirantes Diplomatas
Notas para uma História do Judiciário no Brasil
Nova arquitetura africana de paz e segurança, A
Nova Dimensão Do Direito Internacional Público, A
O Brasil nas Nações Unidas 1946 - 2011
O Conselho de Estado e a Política Externa do Império (1875-1889)
O Visconde do Uruguai e sua atuação diplomática para a consilidação da política externa do Império
Obras do Barão do Rio Branco I: Questões de Limites - República Argentina
Obras do Barão do Rio Branco II: Questões de Limites - Guiana Inglesa
Obras do Barão do Rio Branco III: Questões de Limites - Guiana Francesa - Primeira Memória
Obras do Barão do Rio Branco IV: Questões de Limites - Guiana Francesa - Segunda Memória
Obras do Barão do Rio Branco IX : discursos.
Obras do Barão do Rio Branco V: Questões de Limites Exposições de Motivos
Obras do Barão do Rio Branco VI: Efemérides Brasileiras
Obras do Barão do Rio Branco VII - Biografias
Obras do Barão do Rio Branco VIII: Estudos Históricos
Obras do Barão do Rio Branco X: Artigos de Imprensa.
OCDE - Uma Visão Brasileira
Oliveira Lima e as Relações Exteriores do Brasil
OMC e a Reforma Agrícola, A
Ordem Injusta, A
Ordem, Hegemonia e Transgressão
Organização Marítima Internacional IMO
Organizações Não Governamentais nas Nações Unidas, As
Overview of the Governmental Action
Países Emergentes
Países da Comunidade Andina, Os (Vol. I)
Países da Comunidade Andina, Os (Vol. II)
Panorama da ação governamental
Parceria estratégica sino-brasileira, A
Pareceres dos Consultores do Ministério dos Negócios Estrangeiros (1859-1864)
Pareceres dos Consultores Jurídicos do Itamaraty
Pareceres dos Consultores Jurídicos do Itamaraty - Vol. VII(1972-1984)
Pareceres dos Consultores Jurídicos do Itamaraty - Vol. VIII(1985-1990)
Participação Social como Método de Governo
Paulo Nogueira Batista: Pensando o Brasil
Paz e Guerra entre as Nações
Personalidades da Política Externa Brasileira
Personalidades da Política Externa da República
Perspectiva sobre a Privatização do Emprego da Força por Atores Não Estatais, Uma 
Perspectivas Brasil e Argentina Volume I
Peru: Classes, Estado e Nação
Pesquisas em Relações Econômicas Internacionais
Política Agrícola Comum e seus Efeitos sobre o Brasil, A
Política do Poder, A
Política entre as Nações, A
Política Externa Após a Redemocratização Tomo I, A
Política Externa Após a Redemocratização Tomo II, A
Política externa da inglaterra, A
Política Externa do Brasil para Século XXI
Política Externa do Brasil, A
Política Externa do Governo Sarney, A 
Política Externa Independente
Política Indigenista Brasileira e Promoção Internacional
Políticas de Inovação no Brasil e nos Estados Unidos
Por dentro do Itamaraty
Prêmio América do Sul - 2005 O Brasil e a América do Sul: Desafios no Século XXI
Prêmio América do Sul - 2006
Prêmio América do Sul - 2009 - Peru: Evolução Recente e Futura
Presença: Hugo Gouthier
Privilégios e imunidades diplomáticos
Projeto para tornar perpétua a paz na Europa
Promoção do Brasil como Destino Turístico
Proteção de Patentes de Produtos Farmacêuticos: O Caso Brasileiro
Quest for Regional Integration in Africa, Latin America and Beyond
Questão das Drogas nas Relações Internacionais, A
Questão de Timor-Leste, A
Questão do Rio Pirara(1829-1904), A
Questão do Timor-Leste
Recente fenômeno imigratório de nacionais brasileiros na Bélgica, O
Recurso à Seção 301 da Legislação de Comércio Norte-Ame e a Apl. de seus Disp. contra o Brasil, O
Relações Brasil-África um Colóquio
Relações Brasil-Estados Unidos no Setor de Energia
Relações Brasil-Paraguai
Relações entre o Brasil e o mundo Árabe
Relações Exteriores do Brasil
Relações Intracoloniais: Goa-Bahia 1675-1825
Relatório Rio+20 - O Modelo Brasileiro
Repertório da Prática Brasileira do Direito Indice Analitico
Repertório da prática brasileira do direito internacional público (período 1889-1898)
Repertório da prática brasileira do direito internacional público (período 1899-1918)
Repertório da prática brasileira do direito internacional público (período 1919-1940)
Repertório da prática brasileira do direito internacional público (período 1941-1960)
Repertório da prática brasileira do direito internacional público (período 1961-1981)
Repertório da Prática Brasileira do Direito Internacional Público - Índice Geral Analítico
Repertório de Política Externa: Posições do Brasil
Repertório de Política Externa: Posições do Brasil (2008-2009)
Revolução de 1817 e a História do Brasil, A 
Rio Branco - A América do Sul e a Modernização do Brasil
Rio Branco: 100 Anos de Memória
Rio+20 Report - The Brazilian Model
Rivalidade e Integração nas Relações Chileno-Peruanas
Roteiro de Villa-Lobos
Rousseau e as Relações Internacionais
San Tiago Dantas - Coletânea de Textos Sobre Política Externa
Seminários Regionais Preparatórios para Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial
Sertões e os Desertos, Os
Sistema do tratado da Antártica, O
Sociedade Anárquica, A
Sociedade de Fronteira: uma análise social da história do Suriname
South-South Cooperation Activities Carried Out By Brazil
Stockholm, Rio, Johannesburg Brazil and the Three United Nations Conferences on the Environment
Tentativa do Controle do Poder Econômico nas Nações Unidas, A
Teoria das Relações Internacionais
Terrorismo Internacional E Política Externa Brasileira Após O 11 De Setembro
The United States: Present Situation and Challenges
Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares (CTBT)
Tratados de Extradição: Construção, Atualidade e Projeção do Relacionamento Bilateral Brasileiro
Tratamento Nacional de Investimentos Estrangeiros, O
Três Séculos e uma Geração
Tribunal Penal Internacional, O
Tribunal Penal Internacional, O
Um Breve Guia sobre aquecimento Global
Understanding Brazil: a reader´s guide
Usos da História: a diplomacia contemporânea dos Estados Bálticos
Utopia
Utopia do possível, A
V CONSEGI 2012 - Mobilidade Digital
V Curso para Diplomatas Sul-Americanos
V SISEE Seminário Internacional do Setor de Energia Elétrica
Vale Dico - Despedida do Itamaraty
Vencer ao perder
Venezuela: Visões Brasileiras
VI Conferência Nacional de Política Externa e Política Internacional
VI Curso para Diplomatas Sul- Americanos 
Viagem de Lévis-Strauss aos trópicos, A
Viagens no Multiculturalismo o Comitê para a eliminação da Discriminação Racial, das Nações Unidas
VII Curso para Diplomatas Sul-Americanos
Vinicius de Moraes Embaixador do Brasil
Vinte Anos de Crise - 1919-1939
Visões Brasileiras - África do Sul
Wortubuku Sranantongo para Brasileiros

Manuais do Candidato

Candidates Handbook English, The
Estudo da Lingua Portuguesa: Textos de apoio
Manual do Candidato - Espanhol
Manual do Candidato - Francês
Manual do Candidato - Francês Diplomático
Manual do candidato - Geografia 
Manual do Candidato - História do Brasil
Manual do Candidato - História Mundial Contemporânea 1776 - 1991
Manual do Candidato - História Mundial Contemporânea 1776-1991
Manual do Candidato - Noções de Direito e Direito Internacional
Manual do Candidato - Noções de Direito e Direito Internacional
Manual do Candidato - Noções de Economia
Manual do Candidato - Política Internacional
Manual do Candidato: Geografia
Manual do Candidato: Política Internacional

Revista DEP

Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - 01 Espanhol
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - 01 Português
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - 02 Espanhol
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - 03 Espanhol
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - 03 Português
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - 04 Espanhol
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - 04 Inglês
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - 04 Português
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - 05 Espanhol
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - 06 Espanhol
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - 06 Inglês
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Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - 10 Espanhol
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - 10 Inglês
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - 10 Português
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - N02 Português
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - N03 Espanhol
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - N03 Ingles
Revista DEP - Diplomacia Estratégia Política - Número 9 Espanhol