Recebi um convite do editor, historiador e amigo Jaime Pinsky, dois meses atrás, para redigir um capítulo sobre relações internacionais e política externa do Brasil para um livro que deveria reunir, de acordo com a recomendação, ensaios não teóricos, mas pragmáticos sobre o que o Brasil deveria fazer para corrigir distorções presentes e assegurar seu desenvolvimento sustentado, com transformações estruturais e justiça social nos anos à frente.
Após alguma hesitação, por razões profissionais, decidi aceitar, pois me permitiria discorrer sobre os aspectos de nossa interface externa que conviria implementar, com vistas à inserção internacional do Brasil, embora eu me tenha limitado às relações econômicas internacionais do país, tema de minhas pesquisas e, supostamente, de minha especialidade.
Este o meu trabalho:
“Relações internacionais”, Brasília, 1 fevereiro 2018, 11 p. Colaboração ao livro organizado por Jaime Pinsky, Brasil: o futuro que queremos (São Paulo: Editora Contexto, 2018; ISBN: 978-85-520-0058-7).
O livro será lançado no dia 22 de maio [de 2018] em São Paulo, conforme o convite que reproduzo abaixo.Paulo Roberto de Almeida
Sumário
Introdução –Jaime Pinsky, 7
Educação – Claudia Costin, 11
Saúde – Paulo Saldiva, 25
Cidades, Jaime Lerner - 43
Moradia, Nabil Bonduki - 61
Segurança pública – Eduardo Muylaert, 87
Ciência e tecnologia – Glauco Arbix, 107
Economia e finanças – Luís Eduardo Assis, 141
Política econômica – Antonio Corrêa de Lacerda, 163
Relações internacionais – Paulo Roberto de Almeida, 185
Agricultura – Roberto Rodrigues,203
Meio ambiente – Fabio Feldmann, 223
Esporte – Milton Leite, 237
Os autores, 251
Os gritos de indignação seletiva, que abafaram o debate de ideias nos últimos tempos, tanto no âmbito da política formal quanto no espaço das mídias sociais, poderiam dar a falsa impressão de que somos incapazes de estabelecer um diálogo qualificado e construtivo. Isso não é verdade. O Brasil dispõe de gente preocupada com os rumos do país, de pessoas com ideias e projetos que podem (re)colocá-lo nos eixos. Sem milagres, com propostas concretas, elaboradas a partir de experiência e estudos. E mais ainda, sem palavras de ordem. Sem ofender os que pensam de modo diferente.
Este livro reúne doze desses brasileiros para tratar de áreas fundamentais para o interesse da nação. São especialistas e intelectuais de alto nível, com bons propósitos, detentores de senso de responsabilidade com relação aos caminhos que nosso país pode e deve trilhar, e que oferecem aqui sugestões sólidas para o futuro que queremos.
Um livro para todos aqueles que acreditam no Brasil.
“Como historiador e cidadão, julguei que poderia ajudar o país promovendo um debate de alto nível sobre alguns dos problemas mais importantes que o Brasil precisa resolver nos próximos anos. Concebemos a obra com o objetivo explícito de qualificar o debate, de avançar na discussão de ideias, de reunir um grupo de brasileiros dispostos a sugerir políticas públicas em sua área de especialização e interesse. O leitor não vai encontrar aqui ensaios acadêmicos, embora todos os autores reunidos tenham competência para formulá-los, com muita qualidade. Simplesmente, não era esse o objetivo que buscávamos atingir. Não se trata também de panfletos destinados a justificar a plataforma de um ou outro partido político. O que não impede que capítulos deste livro inspirem a criação de leis, seja em uma modesta Câmara de vereadores, seja no próprio Congresso Nacional.
Cada capítulo pode ser um ponto de partida para uma ação efetiva em uma área importante. Embora cada autor seja responsável apenas pelo seu capítulo, pela sua área de especialização, o conjunto de textos forma um livro que se torna um projeto de políticas públicas em diferentes áreas: economia, educação, agricultura, questão urbana, ciência e tecnologia, política externa, saúde pública, política de esporte e meio ambiente. Os autores tiveram total liberdade de colocar suas ideias e estas foram integralmente respeitadas.
E democraticamente colocamos este maravilhoso conjunto de ideias à disposição de todos.”
Jaime Pinsky