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sexta-feira, 4 de abril de 2014

O Itamaraty nao acredita em livre-comercio, com os EUA, ou com qualquer outro pais...

Compreensível: um acordo de livre comercio entre o Brasil e os EUA é virtualmente impossível, assim como parece ser a possibilidade de acordos de livre comércio entre os EUA e a UE, ou entre a UE e o Mercosul.
E, no entanto, os EUA têm acordos de livre comércio na América do Norte (Nafta), com Israel, com o Chile, Peru Colômbia, Austrália e Nova Zelândia, com a Coreia do Sul, e com vinte outros países.
A UE tem acordos comerciais com Chile, México, e vinte outros países.
O Chile tem acordos de livre comércio com os EUA, a UE, a China, Japão e mais de vinte outros países.
Ou seja, mesmo que sejam difíceis, acordos de livre comércio são factíveis e possíveis. E mesmo sendo difíceis, países ao redor do Brasil tem feito esse tipo de acordo.
Esses países estão piores ou melhores com esse tipo de acordo, ou seja, numa situação de maior ou menor bem estar?
E o Brasil, estaria pior com esse tipo de acordo, como parecem acreditar nossos dirigentes, nossos diplomatas, nossos empresários?
Não acredito.
Acho que ele estaria melhor.
Mas, o problema do Brasil é que os decisores não acreditam em livre comércio.
As simple as that...
Paulo Roberto de Almeida

Jornal do Senado, 04/04/2014

Presidente da entidade defende na CRE que o livre comércio aumentaria a competitividade da economia brasileira, que estaria parada

Seis meses após o adiamento da visita de Estado que a presidente Dilma Rousseff faria a Washington, em razão da publicação de denúncias de que mensagens eletrônicas dela haviam sido espionadas pela NSA (agência de segurança nacional norte-americana), uma proposta ousada marcou o debate sobre o relacionamento bilateral realizado ontem pela Comissão de Relações Exteriores (CRE): a assinatura de um acordo de livre comércio entre o Brasil e os Estados Unidos.
A proposta é do presidente da Câmara Americana de Comércio no Brasil (Amcham), Gabriel Rico. Na opinião dele, o Brasil precisa ampliar a competitividade da economia e buscar maior inserção nas cadeias globais de produção. O acordo de livre comércio tem o apoio — segundo Rico — de 93% das empresas que integram a entidade, tanto brasileiras como norte-americanas.
— O Brasil precisa dar um salto muito grande na sua competitividade, que tem que vir junto com a negociação do acordo. Quando se expõe a um acordo de livre comércio, uma economia é obrigada a se repensar. Se um país fica parado, só um lado leva vantagem — afirmou Rico, lembrando que os Estados Unidos já estão começando a negociar acordos de livre comércio com a União Europeia e com os países da região da Ásia-Pacífico.
Também convidado para a audiência pública, realizada a pedido do presidente da comissão, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), o diretor do ­Instituto Brasil do Centro Internacional Woodrow Wilson, Paulo Sotero, ressaltou igualmente a oportunidade de debater a negociação de um acordo com os Estados Unidos. Ele recordou que o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu a ­negociação desse acordo, no final do ano passado.
A iniciativa foi recebida com cautela, porém, pelo representante do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Carlos Antonio da Rocha Paranhos, que lembrou a falta de consenso sobre a questão.

— Evidentemente, a concentração de esforços apenas em acordos comerciais não constitui consenso interno e não pode ser vista como ­panaceia — disse Paranhos.
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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

UE-Brasil-Mercosul: estranhando arranjos comerciais estranhos; muito estranho

Parece que tem gente que ainda não percebeu como funcionam as políticas comerciais, o que não sabem quais são as regras do sistema multilateral de comércio. Tem gente que acho que tudo é possível de fazer, desde que seja em favor do desenvolvimento sustentável, da justiça social, essas coisas estranhas...
Paulo Roberto de Almeida

Dilma estranha contestação da UE a incentivos para indústria brasileira

Correio do Brasil, 24/2/2014 12:50
Por Redação, com agências internacionais - de Bruxelas

Dilma discursou para uma plateia de empresários europeus, nesta segunda-feira
Dilma discursou para uma plateia de empresários europeus, nesta segunda-feira
A presidenta Dilma Rousseff disse, nesta segunda-feira, que o governo brasileiro estranhou a contestação da União Europeia (UE) junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a Zona Franca de Manaus e o programa Inovar-Auto.
– Nós estranhamos a contestação pela Europa na OMC, mesmo sabendo que é simplesmente consulta prévia, de programas que são essenciais para o desenvolvimento sustentável da economia brasileira. Eu me refiro a dois programas: Inovar-Auto e ao programa de desenvolvimento sustentável da zona franca de Manaus – disse Dilma durante a 7ª Cúpula Brasil-UE, em Bruxelas.
Dilma argumentou que o programa Inovar-Auto busca o desenvolvimento de inovação tecnológica e tem a participação de empresas dominantemente europeias. Sobre a Zona Franca de Manaus, Dilma assinalou sua “surpresa” pela UE contestar uma “produção ambientalmente limpa na Amazônia, que gera emprego e renda, que é instrumento fundamental para a gente conservar a floresta em pé”, dada a preocupação e comprometimento da Europa com questões ambientais.
Ela ressaltou ainda que a Zona Franca de Manaus “não é uma zona de exportação, é uma zona de produção para o Brasil”. Dilma disse, ainda, que o Brasil deseja que as relações comerciais e de investimentos com a UE sejam as mais amigáveis possíveis e reafirmou seu empenho para que se feche o acordo de associação entre o Mercosul – bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Venezuela e Bolívia, que está em processo de adesão – e a UE.
Segundo Dilma, a expectativa é de que a partir da reunião técnica a ser realizada em 21 de março possa ser fixada a data para a troca de ofertas.
– Quero dizer que o Mercosul está fazendo um grande esforço para consolidar a oferta – afirmou.
A presidenta aproveitou para voltar a defender a força dos fundamentos econômicos do Brasil, que o governo vê a disciplina fiscal como condição básica, que a inflação está sob controle e que o sistema financeiro do país é sólido. Isso, somado a grandes reservas internacionais, permitem que o país enfrente as turbulências internacionais.
– O Brasil reúne, a meu ver, condições de contribuir, ainda mais, para o fortalecimento da economia mundial nos próximos anos. Essa confiança decorre, sobretudo, do compromisso de meu governo com um tripé: a prioridade dada às políticas de inclusão social e distribuição de renda e emprego; o compromisso com fundamentos macroeconômicos sólidos e a busca sistemática pelo aumento da produtividade e, portanto, da competitividade do país. O Brasil vem experimentando uma profunda transformação social nos últimos anos. Estamos nos tornando, por meio de um processo acelerado de ascensão social, uma nação dominantemente de classe média – afirmou.
Pacto sem efeito
O Brasil, que integra o grupo dos 20 países mais desenvolvidos no mundo, é um dos signatários da proposta de impulsionar a atividade econômica em 2% nos próximos cinco anos, mas o planejamento tem tantos buracos que não é de se admirar que tenha sido a primeira meta oficial que todos os membros se sentiram satisfeitos em concordar.
Cada país tem até novembro para elaborar seus próprios planos supostamente “concretos”, mas não há nada para forçar sua implementação a não ser a persuasão moral de outros membros. O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que vai observar o progresso dos planos, mas não tem poderes para obrigar nada ou punir.
O objetivo também é algo em movimento, uma vez que tem como base superar uma estimativa de crescimento que por si só é apenas uma conjectura.
– Nem temos certeza de onde nos encontramos agora em relação ao crescimento. Como conseguiremos julgar se essas metas estão sendo cumpridas? – questionou Michael Blythe, economista-chefe do Commonwealth Bank of Australia.
De fato, os alemães estavam relutantes em assinar qualquer meta dura no G20, mas aceitaram o objetivo de crescimento porque ele não é obrigatório. Outros também destacaram que ele é uma aspiração, não uma promessa fixa.
– Os resultados desse processo não podem ser garantidos pelos políticos – disse o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, após o acordo ter sido assinado no domingo.
E os mercados financeiros não deram muita atenção ao acordo, focando em vez disso nesta segunda-feira nas mesmas preocupações que tinham na sexta-feira – o impacto da redução pelo banco central dos Estados Unidos de seu estímulo e incertezas sobre a performance econômica da China

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Chile abre mercados com tratados de livre comercio, enquanto outros insistem na tal "nova geografia"...

Alguns, no governo anterior, insistiam numa tal de "nova geografia do comércio internacional", uma estupidez econômica envolta numa outra estupidez diplomática, a tal de "diplomacia Sul-Sul", ambas caracterizadas por uma inacreditável auto-contenção e orientação estreitamente ideológica do relacionamento exterior do Brasil, quando ele, se estivesse liberto de estúpidas viseiras ideológicas e de outras igualmente estúpidas limitações comerciais, poderia estar comerciando livremente com todos os países do mundo, como aliás faz o Chile, que tem acesso garantido a mercados que representam pelo menos 80% do PIB mundial.
Aprenderam amadores e ideólogos de ideias caducas?
Paulo Roberto de Almeida 

Exentos de aranceles 606 productos que Chile exporta a Japón y Corea del Sur

comercio
También quedaron liberados de aranceles desde hoy 215 productos que se exportan a Japón, entre los que figuran la trucha ahumada, frutas como cerezas, damascos, duraznos, ciruelas, kiwis, fresas congeladas y manzanas deshidratadas, además de algunos cueros y calzados.
Infolatam Efe
Santiago, 1 enero 2014

Las claves
  • Los productos más importantes incluidos en la lista son la carne de cerdo y ovina, uvas frescas, pasas, damascos, cerezas, duraznos, frambuesas, kiwis, arándanos, ciruelas y manzanas deshidratadas, jugo de manzana, harina de pescado y tableros de madera, entre otros.
Un total de 606 productos que Chile exporta a Corea del Sur y Japón quedarán desde hoy exentos del pago de aranceles, en el marco de los tratados de libre comercio suscritos con esos países, informó la Dirección de Relaciones Económicas Internacionales (Direcon) de la Cancillería chilena.
Según precisa el organismo en su sitio en internet, 391 de los productos en cuestión se exportan a Corea del Sur, país que a partir de hoy tendrá un 95 % de sus importaciones desde Chile exentas de arancel.
Los productos más importantes incluidos en la lista son la carne de cerdo y ovina, uvas frescas, pasas, damascos, cerezas, duraznos, frambuesas, kiwis, arándanos, ciruelas y manzanas deshidratadas, jugo de manzana, harina de pescado y tableros de madera, entre otros.
Entre enero y octubre de 2013, según cifras oficiales, las exportaciones chilenas a Corea del Sur sumaron 6.005 millones de dólares, de los que unos 3.000 millones corresponden a productos mineros, en tanto que las frutas, alimentos procesados y salmón sumaron unos 500 millones.
También quedaron liberados de aranceles desde hoy 215 productos que se exportan a Japón, entre los que figuran la trucha ahumada, frutas como cerezas, damascos, duraznos, ciruelas, kiwis, fresas congeladas y manzanas deshidratadas, además de algunos cueros y calzados.
Entre enero y octubre pasados las exportaciones de Chile a Japón alcanzaron un valor de 6.383 millones de dólares, de los que 4.395 millones correspondieron a productos mineros.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Brasil y la Alianza del Pacifico - Carlos Malamud (Infolatam)

Brasil y la Alianza del Pacífico

Infolatam
Madrid, 21 julio 2013
Por CARLOS MALAMUD

Resulta una obviedad decir que al gobierno brasileño no le gusta la Alianza del Pacífico. Y no le gusta por diversos motivos, comenzando por el hecho nada despreciable de que no forma parte de ella. No sólo eso, la misma existencia de la Alianza confronta a sus élites nacionales con algunos de sus máximos desafíos futuros y con una serie de problemas no resueltos, como su inserción en el mundo globalizado y su relación con Estados Unidos y la Unión Europea.
MONTEVIDEO (URUGUAY), 12/07/2013.- EFE/Iván Franco
Dilma Rousseff ha cambiado de táctica, dejando de insistir de forma altisonante en una política hecha bandera durante la administración Lula por otra más silenciosa y de más largo aliento
En este sentido asistimos a una considerable paradoja que sólo esconde una profunda contradicción. Por un lado Brasil aspira a ser un destacado actor global y para ello reivindica su pertenencia a los BRICS y un puesto permanente en el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas. En este último sentido, recientemente Dilma Rousseff ha cambiado de táctica, dejando de insistir de forma altisonante en una política hecha bandera durante la administración Lula por otra más silenciosa y de más largo aliento, en mayor consonancia con el lento proceso de reforma de la ONU. Por otro lado, su política regional lo aboca al aislamiento internacional.
Volviendo a la animadversión brasileña con la Alianza, hemos escuchado la semana pasada declaraciones de dos altos cargos del gobierno federal totalmente opuestas al nuevo proyecto de integración regional y favorables al Mercosur. No se trataba de cualquier opinión, ya que fueron emitidas por dos de los mayores responsables de la política exterior de Brasil, Antonio Patriota, el ministro de Relaciones Exteriores y Marco Aurelio García, el principal asesor de la presidente para política internacional.
Marco Aurelio García, en un congreso académico que repasaba la política exterior brasileña de la última década, apuntó de forma concluyente que la Alianza del Pacífico “no tiene relevancia económica y no representa competencia para el Mercosur”. En la misma línea se expresó Antonio Patriota en un encuentro con corresponsales extranjeros cuando dijo que la Alianza era “un esfuerzo que reúne países con características semejantes, pero es una alianza, no una zona de libre comercio, una unión aduanera o mucho menos un proyecto de integración profunda como el Mercosur”.
Desde la perspectiva brasileña la evidencia es demoledora. La Alianza del Pacífico no sólo carece de relevancia económica, sino tampoco tiene un proyecto de integración profunda como sí posee Mercosur. Si bien la reacción brasileña es comprensible, no se entiende el porqué de tanta soberbia. Es verdad que la Alianza le da relevancia estratégica a México, el principal rival de Brasil en América Latina, y que por la vía de los hechos acaba con el dilema de América del Sur versus América Latina, pero esto no basta como factor explicativo.
No es negando la evidencia ni ocultando las amenazas bajo la alfombra como Brasil será un gran país, una potencia regional y un destacado actor internacional. Durante décadas Itamaraty ha sido escuela y escenario de una de las diplomacias mejor formadas y más eficientes del mundo. Los comentarios del ministro Patriota, embajador de carrera, desdicen esa trayectoria. En esta oportunidad abundó en una opinión vertida tras la Cumbre de Cali de la Alianza a la que definió como un excelente producto del marketing y la publicidad, pero con escasa sustancia: “Cuando hablo de que la Alianza del Pacífico es marketing o que se trata de un envoltorio nuevo de un producto existente no quiero disminuir nada, pues se trata de países que son importantes para Brasil. Y Brasil espera que su esfuerzo contribuya para dinamizar esas economías y eleven el nivel de vida”.
García reforzó el argumento: “La Alianza del Pacífico no debe hacernos abandonar nuestro sueño de ninguna manera. Su PIB regional es mucho menor que el del Mercosur [200.000 millones de dólares contra 330.000 millones]. El bloque no parece formado por países con dinamismo económico y surgió de un sistema de reducciones tarifarias existentes hace tiempo. La Alianza del Pacífico tuvo un efecto publicitario muy fuerte, pero tuvo pocos resultados, a no ser para aquellos que ya estaban convencidos antes de su creación”.
No sé si finalmente la Alianza del Pacífico dará los frutos esperados, pero lo que está claro es que apunta en la dirección correcta: apertura internacional e inserción en las cadenas de valor. En Brasil está ocurriendo todo lo contrario. En lugar de plantearse cómo abrirse al mundo prefieren recluirse en el Mercosur, insistiendo en su “profundidad” estratégica. Con Argentina y Venezuela de socios este último extremo es bastante cuestionable y todavía lo será más si el próximo país en incorporarse al bloque es Bolivia, a cuyo gobierno la sola mención de las palabras “libre comercio” le resulta contradictoria con su proyecto político. Sin embargo no todos los brasileños piensan igual. Cada vez son más los que creen en la irrelevancia de Mercosur.
Marco Aurelio García sigue convencido que fue la confluencia de gobiernos “progresistas” lo que permitió avanzar en la construcción de Unasur. En realidad ocurrió todo lo contrario ya que ésta es su mayor debilidad. Unasur, y ahora en Mercosur sucede lo mismo, no se está construyendo en torno a normas e instituciones sino a la voluntad y al protagonismo de los presidentes. Cuando este protagonismo deja de funcionar se observa una desaceleración de sus proyectos de integración, que comienzan a mostrar sus debilidades para luego entrar en crisis. La muerte de Hugo Chávez ha dejado algunas enseñanzas al respecto.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Esses paisecos desimportantes do Pacifico nao estao com nada - MAGarcia

Quem eles pensam que são: eles só tem 2 trilhões de dólares de PIB, ao passo que nós temos 3 trilhões, o que faz uma bruta diferença. E eles pensam que vão assustar a gente com seu livre comércio de mentirinha?
O Mercosul vai ensinar com quantos paus se faz uma jangada...
PRA

Aliança do Pacífico não tem relevância econômica, diz Marco Aurélio Garcia

Assessor para assuntos internacionais de Lula e Dilma argumentou que novo bloco regional somente teve efeito publicitário
O assessor especial da presidente Dilma Rousseff para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, minimizou nesta terça-feira (16/07) a criação da Aliança do Pacífico e afirmou que o bloco formado por México, Chile, Peru e Colômbia “não tem relevância econômica e não representa concorrência ao Mercosul”.
Análise: Aliança do factóide

“A Aliança do Pacífico não deve tirar o nosso sono de maneira nenhuma. O PIB regional que ela envolve é muito menor que o do Mercosul [US$ 2 trilhões contra US$ 3,3 trilhões]. O bloco não me parece ser formado por países com dinamismo econômico e surgiu de um sistema de reduções tarifárias existente há muito tempo. A Aliança do Pacífico teve efeito publicitário muito forte, mas contribui muito pouco, a não ser para aqueles que já se sentem convencidos por ela antes mesmo da criação”, argumentou.

Na segunda mesa de debates de hoje da conferência “2003-2013: uma nova política externa”, no campus São Bernardo da Universidade Federal do ABC, Garcia disse que a América do Sul vive “o fim de um primeiro ciclo de integração”. “Há vários itens inconclusos nesta etapa, mas os objetivos gerais foram atingidos por conjunção de governos progressistas, com a adesão de lideranças de outros matizes em órgãos como a Unasul [União das Nações Sul-Americanas].”

“Sem a Unasul poderíamos ter tido guerra civil na Bolívia e um grave conflito entre Equador, Colômbia e Venezuela [em 2008]. Também não teríamos respondido a altura à violação constitucional no Paraguai e ao escandaloso processo de interdição do avião de Evo Morales. E, dessa forma, sem a Unasul, renunciaríamos a algo que não é suficiente, mas é fundamental, que é o sentido de soberania nacional dos países que integram região.”
(...)
A professora Maria Regina Soares de Lima, por sua vez, discutiu as rupturas e as continuidades da diplomacia brasileira no que se refere aos governos Lula e Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). “A prioridade à política sul-americana é uma das inovações do governo Lula. Apesar de FHC ter organizado as primeiras cúpulas entre chefes de Estado do continente, são concepções distintas sobre a região”, afirmou.

Soares de Lima também elogiou o tratamento dado pelo governo brasileiro aos seus vizinhos desde 2003. “O Brasil sempre reivindicou tratamento diferente nos fóruns norte-sul, mas nunca reconhecia assimetria na região. Com Lula, passou-se a construir a ideia de poder sul-americano, vinculando a prosperidade brasileira e a da região.”

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Brasil, Mercosul, Argentina, Mexico, e a Alianca do Pacifico: a sombrado Imperio (e do subimperialismo)

O primeiro artigo, um editorial de jornal argentino, toca em alguns problemas reais do Mercosul.
O segundo é uma opinião pessoal de um mexicano paranoico, anti-imperialista, mas reveladora do que vai pela cabeça de alguns companheiros gramscianos da região.
Paulo Roberto de Almeida 

La Alianza del Pacífico y el Mercosur
Editorial Los Andes (Argentina), 18/06/2013

En los procesos económicos y políticos que se están desarrollando en el continente americano, nuestro país está quedando cada vez más aislado. O, peor aún, profundizando alianzas con aquellos países con los que justamente no hay que hacerlas, si lo que queremos es apostar al desarrollo en serio.

De un lado se encuentra la Alianza del Pacífico, que agrupa a México, Colombia, Perú y Chile. Esta agrupación, de reciente constitución, se formó por iniciativa del presidente del Perú, Alan García, en abril de 2011.

El año pasado formalizaron la Alianza aprobando el Acuerdo Marco de la misma, que firmaron los cuatro presidentes en el cerro Paranal del desierto chileno de Atacama.

Se incorporaron al grupo en carácter de observadores Panamá y Costa Rica, este último próximo a ingresar como miembro pleno. La Alianza ha entrado en plena vigencia hace pocos días, en una reunión de los presidentes celebrada en Cali. Varios otros países están pidiendo ser admitidos como observadores, con intenciones de incorporarse en forma plena.

La Alianza del Pacífico se asienta sobre propósitos claros y sencillos. Por un lado, en lo interno, un compromiso efectivo de avanzar progresivamente hacia el objetivo de alcanzar la libre circulación de bienes, servicios, capitales y personas.

Por el otro, consolidar un bloque del Arco del Pacífico Latinoamericano como espacio de concertación y convergencia, así como un mecanismo de diálogo político y proyección con la región Asia Pacífico.

En la citada reunión de Cali, los presidentes han efectuado enfáticas declaraciones a favor de la plena vigencia del estado de derecho y de la democracia. Se presentaron como un grupo de países estables, que ofrecen mucho mejores condiciones de inversión que los regímenes populistas de América del Sur.

Pero además, demostrando que la Alianza es de libre comercio en serio, acordaron eliminar la tarifas del 90% de sus productos y llegar a un acuerdo para a fines de junio agregar el 10% restante.

En el otro lado encontramos el ya veterano, y fallido, emprendimiento del Mercosur, con uno de sus miembros, Paraguay, aún suspendido y otro incorporado sin cumplir los pasos del Tratado, Venezuela. En el orden político es de sobras conocida nuestra mala relación con Uruguay y los constantes roces con Brasil.

Desde el punto de vista económico, los integrantes del Mercosur no han tenido, ni tienen, vocación alguna de constituir un mercado común, con libre circulación de bienes, servicios, capitales y personas. Por el contrario, han acentuado las medidas proteccionistas, especialmente la Argentina, y una obsoleta sustitución de importaciones, en lugar del libre comercio.

Pero por otro lado, en los últimos meses ocurrieron hechos que muestran que Brasil pierde interés en la Argentina, aunque sigue siendo un mercado importante para su industria.
La partida de la empresa minera Vale; la desinversión en el sector de la industria de la carne; la decisión, posiblemente política, de truncar la venta de activos de Petrobras al empresario Cristóbal López; el trascendido ríspido dialogo entre ambas presidentas semanas atrás.

El problema para la Argentina es que Brasil es un socio económico demasiado importante para pelearse todos con él.

Es indispensable encontrar una estrategia que estabilice las relaciones económicas con una visión de largo plazo, tarea nada sencilla, como muestra la historia. Hay un hecho ocurrido en marzo muy llamativo: Brasil y Uruguay firmaron un Protocolo Adicional en el marco de Aladi, Asociación Latinoamericana de Integración.

El contenido del Protocolo está destinado a reconstruir el vínculo bilateral entre ambos países y, según un especialista, refleja una clara intención de ambos gobiernos: “Iniciar el proceso de evacuación ordenada del Mercosur”.

Para la Argentina el Mercosur hoy es un chaleco de fuerza que le impide negociar en forma independiente con países o bloques. Por eso hay que repensarlo todo para no perder el tren al que se están subiendo los países vecinos.

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El desproporcionado encanto de la Alianza del Pacífico
Opinião por Raúl Zibechi
La Jornada (México), 18/06/2013

Las elites empresariales y mediáticas echaron las campanas al vuelo con la séptima cumbre de la Alianza del Pacífico, realizada en Cali (Colombia) entre el 20 y el 24 de mayo. El encuentro convocó nutridas delegaciones de directores de grandes empresas y a los presidentes de los cuatro países que la integran: Enrique Peña Nieto, Sebastián Piñera, Ollanta Humala y Juan Manuel Santos. Además, asistieron el primer ministro de Canadá y los presidentes de España, Costa Rica, Panamá y Guatemala.

Se dieron cita en Cali también delegaciones de Uruguay, Australia, Japón, Portugal, Nueva Zelanda y República Dominicana, que ya tenían el estatuto de observadores, a los que se sumaron ahora Ecuador, El Salvador, Francia, Honduras, Paraguay, Portugal y República Dominicana.

Se trató de un encuentro para aceitar negocios y potenciar las exportaciones de commodities que el presidente de Colombia se empeña en denominar integración, como hizo un año atrás en Antofagasta al asegurar que estamos ante el proceso de integración más importante que ha hecho América Latina ( El Espectador, 6 de junio de 2012). Sin que nadie se lo hubiera preguntado, destacó que la alianza no es contra nadie, aunque es evidente que está orientada contra el Mercosur y la Unasur y, más en concreto, busca aislar a Brasil.

Los defensores de la alianza destacan que representa 35 por ciento del PIB latinoamericano y 55 por ciento de las exportaciones de la región al resto del mundo, y que durante 2012 los cuatro países tuvieron un crecimiento mayor que el resto de la región. No aportan, sin embargo, algunos datos elementales. Es cierto que exportan más que el Mercosur (573 milmillones de dólares frente a 438 mil millones), pero sus exportaciones se concentran en minerales en bruto e hidrocarburos. Sólo 2 por ciento de las exportaciones se dirigen a los otros países de la alianza, mientras 13 por ciento de lo que exportan los miembros del Mercosur es comercio intrazona, que siempre comporta mayor valor agregado.

Si se mira un poco más atrás, los datos son aún más contundentes. El comercio intrazona de la Alianza del Pacífico creció en 215 por ciento en los últimos 10 años, mientras el intercambio interno del Mercosur se expandió 376 por ciento en el mismo lapso ( La Nación, 9 de junio de 2013). En paralelo, los cuatro presidentes de la alianza hicieron anuncios ridículos que los ponen en evidencia: crearon un fondo de un millón de dólares (250 mil dólares por país) para apoyar proyectos contra el cambio climático, a favor de la ciencia y la tecnología, las pymes y el desarrollo social.

Tiene razón Theotonio dos Santos cuando se le pregunta por la Alianza de Pacífico: ¿Qué es lo que el gobierno de Estados Unidos puede ofrecer a los países del área del Pacífico? Comercio con Estados Unidos. Y aclara: Los países que entran en tal asociación no hacen acuerdos entre ellos, hacen acuerdos de cada uno de ellos con Estados Unidos: eso no es integración. Es más, cada uno de ellos en la relación con Estados Unidos se va a convertir en deficitario (Alai, 11 de junio de 2013).

En efecto, la Alianza del Pacífico tiene tres objetivos. Uno: sujetar a los países del Pacífico como exportadores de bienes naturales, consolidarlos como países sin industria y enormes desigualdades y, por lo tanto, con crecientes dosis de militarización interna. Dos: impedir la consolidación de la integración regional y aislar a Brasil, pero también a Argentina y Venezuela. Tres, y esto nunca lo dicen sus defensores: formar la pata americana de la Alianza Transpacífico (TPP, por sus siglas en inglés), que Estados Unidos pretende convertir en el brazo económico de su megaproyecto militar para contener a China.

Desde la izquierda se ha denunciado con acierto que la Alianza del Pacífico se inscribe en la política estadunidense de consolidar su hegemonía en la región, que pasa por impedir que surjan bloques fuera de su control. No explican, sin embargo, por qué el Mercosur está estancado y en crisis, al punto que el Uruguay de José Mujica se propone ingresar en la Alianza del Pacífico. No se habla, tampoco, de las razones por las cuales el Banco del Sur no avanza o lo hace a pasos sospechosamente lentos. Ni se mencionan las razones de fondo de la crónica crisis comercial entre Argentina y Brasil.

Abordar estos problemas sería tanto como someter a escrutinio las políticas de los gobiernos progresistas de la región. Quizá la limitación mayor del progresismo sea su incapacidad para confrontar, ideológica y políticamente, con las elites empresariales, sobre todo por parte deBrasil y Uruguay, pero también de Bolivia y Ecuador. Allí donde hay cierta confrontación, casos de Venezuela y Argentina, ésta se debe a las ofensivas de las derechas pero no se debaten modelos de país y se sigue apostando a un extractivismo que lleva agua al molino de la Alianza del Pacífico. Para exportar petróleo, soya, carne y lana a China no hace falta integración regional.

Las derechas hablan claro. Roberto Gianetti, de la Federación de las Industrias del Estado de San Pablo, propuso librarse de la camisa de fuerza del Mercosur y rebajarla de unión aduanera a zona de libre comercio. No vamos a concluir ningún acuerdo teniendo a Argentina y Venezuela como socios, dijo en relación con los 14 años que lleva el Mercosur negociando un TLC con la Unión Europea.

Aécio Neves, candidato de la derecha en las elecciones brasileñas del próximo año, dijo que el Mercosur está anquilosado y propuso transformarlo en una área de libre comercio que permita a cada Estado miembro firmar acuerdos comerciales con otros países y pone como ejemplo de dinamismo a la Alianza del Pacífico ( La Nación, 9 de julio de 2013). Lo mismo dice el inefable Domingo Cavallo, uno de los mayores responsables de la crisis argentina. Es evidente que estamos ante una ofensiva de las derechas aliadas de Washington que lanzan un desafío que las izquierdas no saben o no quieren responder. La Alianza del Pacífico no crece por mérito propio sino por las ambigüedades del progresismo.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

A noa geografia comercial da Alianca do Pacifico; enquanto isso, o Brasil e o Mercosul...

...ficam na velha geografia do mundo em preto e branco, ou seja Norte-Sul, ou entre aliados estratégicos não hegemônicos e os perversos imperialistas que querem nos anexar.
Se ridículo matasse...
Paulo Roberto de Almeida


O mundo negocia sem o Brasil

29 de maio de 2013
Editorial O Estado de S.Paulo
As negociações comerciais mais promissoras são as bilaterais e regionais, como têm sido há vários anos, e a Aliança do Pacífico, iniciativa dos governos mexicano, colombiano, peruano e chileno, é mais uma aposta em um acordo parcial, mas com enormes possibilidades de ramificação. Enquanto isso, o Brasil continua preso a um Mercosul estagnado, joga suas fichas na reativação da Rodada Doha, paralisada há vários anos, e insiste em dar prioridade às relações Sul-Sul. Nos últimos dez anos, o governo brasileiro agiu como se a busca de mais acordos com o mundo rico fosse mais arriscada que vantajosa e, é claro, um erro geopolítico e um pecado ideológico. Não foi essa a estratégia de outros países emergentes - como a China, a Rússia, a Índia e a África do Sul - e de vários países latino-americanos. Nesse período, todos, ou quase todos, tomaram espaço dos produtores brasileiros nos mercados mais desenvolvidos e até no Mercosul e na vizinhança sul-americana.
Reunidos na semana passada em Cali, na Colômbia, governantes da Aliança do Pacífico decidiram iniciar em 30 de junho o corte de 90% das tarifas de importação cobradas entre os quatro países. Além disso, admitiram sete países como observadores - El Salvador, Equador, França, Honduras, Paraguai, Portugal e República Dominicana. Austrália, Canadá, Costa Rica, Guatemala, Japão, Panamá, Nova Zelândia e Uruguai já tinham esse status. Um acordo de livre comércio entre Colômbia e Costa Rica foi combinado como primeiro passo para a admissão de um quinto sócio. A negociação de um acordo comercial entre Colômbia e União Europeia está avançada. O mesmo caminho já foi seguido pelo Peru.
Os quatro países da Aliança do Pacífico têm crescido mais que o Brasil, com inflação menor, e têm multiplicado acordos comerciais com países desenvolvidos e em desenvolvimento, sem se prender a discriminações entre economias do Norte e do Sul. Com 209 milhões de pessoas, os sócios do bloco têm um Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de US$ 1,7 trilhão e suas exportações no ano passado foram maiores que as dos países do Mercosul. Podem competir com o Brasil e outros sócios do Mercosul, na atração de investimentos, pela dimensão de seu mercado conjunto, pela abertura econômica e pelo dinamismo comercial.
Enquanto outros países se movem, o Brasil continua preso a um bloco emperrado pelo protecionismo interno e incapaz de concluir acordos comerciais relevantes. O interesse do Paraguai e do Uruguai pela recém-formada Aliança do Pacífico é um claro sinal de descontentamento com o Mercosul. No caso do Paraguai, esse descontentamento é reforçado pelo tratamento imposto ao país depois da cassação do mandato do presidente Lugo. Esse tratamento foi parte de um golpe para facilitar a admissão da Venezuela bolivariana, uma democracia exemplar, segundo os governos petista e kirchnerista.
Incapaz de se engajar em qualquer iniciativa mais promissora, Brasília renova esforços pela reativação da rodada global. Coordenado pelo Brasil, o G-20 agrícola, um dos vários grupos formados à sombra da Organização Mundial do Comércio (OMC), acaba de propor o corte imediato, pelos países desenvolvidos, de 50% dos subsídios à exportação do agronegócio. A proposta é um lance preparatório da reunião ministerial de Bali, programada para dezembro. O recém-eleito diretor-geral da OMC, o embaixador brasileiro Roberto Azevêdo, anunciou a intenção de aproveitar esse encontro de representantes de 159 países para dar novo impulso à Rodada Doha. A sugestão do G-20 agrícola, segundo o governo americano, é inaceitável e reduz as possibilidades de um entendimento em Bali.
Ministros das maiores potências comerciais continuarão trabalhando na preparação do encontro de dezembro. Uma reunião foi marcada para esta semana em Paris. Mas poucos se arriscam a prognosticar uma virada importante em Bali. Se os céticos estiverem certos, um dos maiores perdedores será o Brasil, pela incapacidade de seu governo de criar alternativas razoáveis a um acordo global.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Proponen una zona de libre comercio entre Centroamérica y el Mercosur

E o Mercosul vai demorar dois anos para chegar a algum consenso, if any, querem apostar?
Paulo Roberto de Almeida

Proponen una zona de libre comercio entre Centroamérica y el Mercosur

Lo informó la Cancillería de Uruguay, país que ejerce la presidencia pro témpore. En tanto se retrasa el retorno de Paraguay al bloque


Mujica encabeza las negociaciones del Mercosur con Centroamérica El Mercosur propuso a Centroamérica iniciar conversaciones para lograr una zona de libre comercio entre las dos regiones, informó ayer la Cancillería de Uruguay, país que ejerce la presidencia pro témpore del bloque sudamericano.
El ministro de Relaciones Exteriores, Luis Almagro, estuvo de visita en Guatemala y se reunió con el presidente de ese país, Otto Pérez Molina, a quien además invitó a que asista a la próxima cumbre del Mercosur, que se realizará en junio en Montevideo.
En tanto, el retorno de Paraguay al Mercosur podría demorarse hasta agosto, cuando asuma el nuevo gobierno de ese país, dijeron fuentes del bloque regional, mientras que el dirigente paraguayo Ricardo Canese, del Frente Guasú, señaló que "es prematuro opinar sobre el tema". "Todo va a depender del resultado de la elección" marcada para el 21 de abril y a partir de ello se irán desarrollando los acontecimientos, apuntó Canese.
Fuentes del Mercosur, en Montevideo, explicaron a una agencia internacional que "pueden suceder muchas cosas". "Desde que los presidentes de Argentina, Brasil, Uruguay y Venezuela emitan una declaración enseguida de las elecciones o que decidan esperar a la cumbre" de junio o julio, en la que Uruguay traspasará a Venezuela la presidencia pro témpore.
También hay que tener en cuenta que una semana antes, el 14 de abril, habrá elecciones en Venezuela, que ingresó al Mercosur como miembro pleno estando Paraguay suspendido como consecuencia de la destitución del entonces presidente Fernando Lugo.
Canese recalcó que el Frente Guasú, que lidera Lugo, está "a favor de la recuperación total de la democracia y de la integración del pueblo paraguayo al Mercosur y la Unasur", institución de la que también está suspendido su país.
Recordó que para la definición del tema "también habrá que tener en cuenta la opinión del nuevo Congreso" que surgirá de las elecciones de abril, ya que con la actual integración hay mayoría en contra de la presencia de Venezuela.
Las elecciones en Paraguay se celebrarán el 21 de abril y el nuevo gobierno asumirá el 15 de agosto. Los candidatos con mayor intención de voto según las últimas
encuestas son el empresario Horacio Cartes, del Partido Colorado; el dirigente liberal Efraín Alegre, el médico Aníbal Carrillo y el comunicador Mario Ferreiro.

Comercio argentina- OMC
El Gobierno argentino ratificó su política comercial ante la Organización Mundial de Comercio (OMC) y destacó la "significativa contribución" del país al sostenimiento de la demanda agregada global. La delegación que viajó a Ginebra, estuvo encabezada por la secretaria de Comercio Exterior, Beatriz Paglieri, y el secretario de Relaciones Económicas Internacionales de la Cancillería, Augusto Costa.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Enquanto isso, na América Latina... paises se fecham...

Cúpula asiática vai impulsionar criação de gigantesco bloco comercial

Hans Spross / Marcio Damasceno
Ásia – DW – 19/11/12.
Cúpula da Asean no Camboja leva adiante negociações para criar área de livre comércio com 3,5 bilhões de consumidores, incluindo China, Japão, Índia e Austrália.
As nações do Sudeste Asiático realizam nesta semana, durante a cúpula da Associação de Países do Sudeste Asiático (Asean, em inglês), uma rodada de conversações com países vizinhos para formar uma gigantesca área de livre comércio.
O projeto, chamado Regional Comprehensive Economic Partnership (RCEP), quer incluir 16 nações – os 10 membros da Asean, mais China, Japão, Coreia do Sul, Índia, Austrália, Nova Zelândia – responsáveis hoje por um terço do comércio e da produção econômica do planeta e com mais de 3,5 bilhões de consumidores.
Os planos preveem que as negociações para a criação dessa parceria econômica regional estejam concluídas já em 2015. O projeto deve ser facilitado por vários acordos de livre comércio já existentes entre a Asean e os seis países parceiros. Fazem parte da Asean Myanmar, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.
O primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, quer lançar as negociações para o RCEP nesta quinta-feira (22/11), último dia da cúpula realizada em Phnom Penh, capital do Camboja. O secretário-geral da Asean, Surin Pitsuwan, afirmou que o RCEP ajudará a fortalecer a tendência de migração do poder econômico global do Ocidente para a Ásia.
“A tendência já existe. Agora, o próximo passo é consolidar. Este vai ser um grande salto para a frente se nós pudermos realizá-lo”, declarou. Analistas creem que o bloco pode ser um contrapeso para o Acordo da Associação Transpacífico (TPP), outro projeto de área de livre comércio em negociação entre EUA e outros dez países.
Membros do governo norte-americano esperam que o TPP avance para a formação de uma região de livre comércio das economias da Ásia-Pacífico que vincule América Latina e Ásia através dos EUA. Mas uma diferença significativa seria que, enquanto o TPP exclui a China, a segunda maior economia do mundo deverá ser um membro importante no RCEP.
A China tem relutado a se unir ao TPP, preferindo se concentrar num acordo de livre comércio centrado na Ásia, onde o país tem mais influência.
Disputas territoriais
Há algumas preocupações de que uma série de disputas territoriais marítimas entre os principais participantes do RCEP possam dificultar as negociações. Relações diplomáticas e comerciais do Japão com a China têm sido severamente abaladas neste ano devido a disputas crescentes em torno de ilhas no Mar da China Oriental.
Japão e Coreia do Sul se envolveram numa disputa similar sobre outras ilhas, enquanto China e alguns membros da Asean também têm disputas envolvendo territórios no Mar da China Meridional.
Mas o secretário-geral da Asean, Surin Pitsuwan, afirmou que tais disputas podem ser gerenciadas separadamente e que a tendência de relações econômicas e laços comerciais mais estreitos não pode ser interrompida. Surin disse, ainda, que o RCEP tem vantagem em relação ao TPP porque a Asean já tem pactos de livre comércio com China, Índia, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia.
A Asean deve se tornar realidade em 2015, quando bens e serviços deverão poder circular livremente pela região, objetivo perseguido pelo projeto desde o final de 1970. Uma dificuldade será unir níveis de desenvolvimento muito diferentes, incluindo tanto a pobre Myanmar quanto a rica Singapura.
Problemas com a China
As disputas do Mar da China Meridional pairam como uma sombra sobre a visão de harmonia do livre comércio do projeto Asean. Nele, existe há tempos a ideia de se chegar a um acordo entre o bloco e a China através de um “código de conduta”, citado numa declaração conjunta em 2002, mas que não chegou a ser colocado em prática.
Não só a China bloqueia uma abordagem cooperativa multilateral para o problema da área do Mar da China Meridional. Na reunião dos ministros do Exterior da Asean em julho, o Camboja, que atualmente ocupa a presidência da Asean, evitou a menção da disputa territorial na declaração final, que acabou sendo deixada completamente de fora.
Mesmo assim, na preparação para a atual cúpula no Camboja, os participantes já falaram em um “primeiro esboço de um código de conduta regional no Mar da China Meridional”, como comunicou a Asean. A presidente das Filipinas, Benigno Aquino, apelou pouco antes do início da cúpula para que a Asean fale com uma só voz com relação à disputas territoriais com a China.
Seja qual for abordagem diplomática do problema, o conflito não deve ser resolvido. Porque mesmo se a China concordar com tal código, que deve conter apenas uma lista de regras de conduta, Pequim não desistirá de reivindicar sua soberania sobre o Mar da China Meridional.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Livre comercio e pouco comercio: opcoes da Asia e da America Latina

Pouco menos de um mês atrás, países latino-americanos celebravam, triunfalmente, se ouso dizer, a constituição da Celac, a Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe, destinada a guiar os passos desses países na integração mundial, mas sem tutela externa, como se encarregou de sublinhar um luminar brasileiro, um desses expoentes do pensamento regressista, e anti-imperialista, de que o Brasil é pródigo e até abundante (sem falar no antiamericanismo implícito).
Poucos dias atrás, os países do Mercosul assinavam um fabuloso comercial acordo com a Palestina, que deve representar, segundo alguns cálculos, 0,001% do comércio global do Brasil, se tanto.
Assim caminha a América Latina, fabulosa em suas pretensões autonomistas e soberanas, ainda que muitos países tenham firmado acordos individuais de livre comércio com os EUA (a rigor todo mundo, com exceção, obviamente, dos "bolivarianos" e dos mercosulianos).
Enquanto isso, na Ásia... bem deixo vocês com a leitura deste editorial do Estadão.
Paulo Roberto de Almeida 


Lição de pragmatismo da Ásia

Editorial O Estado de S.Paulo, 27 de dezembro de 2011 

China, Japão e Coreia do Sul - um quinto do produto bruto mundial - em breve poderão compor mais uma poderosa área de livre comércio, segundo anunciou no fim de semana o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda. Os governos da China e do Japão, a segunda e a terceira maiores economias do planeta, decidiram usar as próprias moedas para o comércio bilateral, dispensando o dólar quando julgarem conveniente, e também combinaram iniciar negociações para um acordo de livre comércio. O governo coreano já havia iniciado entendimentos com o chinês há algum tempo e será chamado para um acerto a três. Só o intercâmbio China-Japão alcançou no ano passado US$ 339,3 bilhões, segundo informação oficial japonesa. Cinco dias antes, os presidentes do Mercosul, mantendo sua tradição minimalista em matéria de pactos comerciais, haviam assinado um acordo de livre comércio com a Palestina.
O uso das moedas nacionais deverá simplificar o comércio entre China e Japão e cortar os custos de operações cambiais. Até agora, 60% das transações bilaterais envolvem operações com dólares. Nas discussões do fim de semana o governo japonês comprometeu-se também a comprar títulos públicos da China - por enquanto, em pequena quantidade. Os dois países são os maiores detentores de reservas estrangeiras, especialmente americanas, e devem manter essa posição. Há pelo menos três fortes motivos para isso: o dólar permanece como a referência principal para o comércio, a moeda chinesa não é livremente conversível e, além do mais, nenhum governo tem interesse em agravar a crise nos Estados Unidos, ainda a maior potência e o mercado mais importante do mundo.
A negociação de um acordo de livre comércio será um passo a mais na integração, já muito forte, das economias chinesa, japonesa e coreana. A iniciativa seguinte poderá ser a vinculação dos três países à Asean, a área de livre comércio formada por dez países dinâmicos do sudeste asiático - incluídos Cingapura, Tailândia e Indonésia - com PIB conjunto de US$ 1,3 trilhão em 2010. Um acordo poderá levar ainda um bom tempo, mas ensaios de aproximação ocorrem desde 1997 e deram origem à sigla APT (Asean Plus Three, Asean Mais Três).
Também estão na agenda há vários anos acordos entre países da Asean e membros da Apec, o bloco de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico. Participam desse grupo, além de países da Ásia e da Oceania, Canadá, Estados Unidos, México, Peru e Chile, todos com importantes interesses comerciais no Extremo Oriente. Há pouco mais de um mês - em 21 de novembro -, os governos de Estados Unidos, Chile, Peru, Cingapura, Malásia, Austrália, Nova Zelândia e Brunei divulgaram o esboço de uma Parceria Transpacífico, destinada a promover o comércio e diversas formas de cooperação econômica, passos iniciais para compromissos mais estreitos.
Quatro latino-americanos - Chile, Peru, Colômbia e México - prometem oficializar dentro de uns seis meses a Aliança do Pacífico, um novo esforço de cooperação com objetivos essencialmente comerciais. Se esse bloco for constituído, será mais um reforço para a ligação comercial entre Estados Unidos e um grupo importante de países latino-americanos. Chile e Colômbia já têm acordos de livre comércio com os Estados Unidos. O México é membro do Nafta (Acordo Norte-americano de Livre Comércio), formado pelos três países da América do Norte. O governo americano também já firmou um acordo comercial com as autoridades da Coreia, criando mais uma ponte com o poderoso mercado do Extremo Oriente.
Nos últimos dez anos, a diplomacia econômica brasileira dividiu suas fichas entre a Rodada Doha e parcerias com países em desenvolvimento a partir do Mercosul. Enquanto a Rodada Doha derrapava, até o fracasso final oficializado há cerca de duas semanas numa conferência em Genebra, outros governos cuidaram de buscar bons acordos bilaterais e regionais. O resultado foi uma ampla trama de acordos já concluídos ou ainda em negociação. O Brasil e o Mercosul ficaram fora desse movimento. É o preço do infantilismo ideológico.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Relacoes Brasil-Estados Unidos: livro Paulo R. Almeida e Rubens Barbosa

Coloquei no Scribd um livro que editei seis anos atras, sobre as relações Brasil-Estados Unidos, com muito material ainda válido, embora os gênios do PT tenham implodido a Alca, achando que o projeto de anexação dos EUA iria destruir a indústria brasileira, por causa da "concorrência predatória" desses imperialistas hemisféricos. Eles preferiam uma relação especial com os chineses que, como se sabe, são aliados estratégicos, bonzinhos e não oferecem qualquer ameaça. Gênios...



Relações Brasil–Estados Unidos Assimetrias e Convergências www.saraivauni. com.br eua.indb I 21/9/2005 15:14:15 Paulo Roberto de Almeida Rubens ...

Paulo Roberto de Almeida e Rubens Antônio Barbosa (organizadores):
 Relações Brasil-Estados Unidos: assimetrias e convergências 
(São Paulo: Editora Saraiva, 2006, ISBN: 85-02-05385-X).
http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/65RelBrEUA.htm



Relações Brasil-Estados Unidos
assimetrias e convergências
Paulo Roberto de Almeida e Rubens Antônio Barbosa (organizadores)
(São Paulo: Editora Saraiva, 2005, 298 p.; ISBN: 85-02-05385-X)
Sumário:
 Expediente, Prefácio e Sumário (pdf)
 Rubens Antônio Barbosa
  1. Novas relações para um novo século: a parceria Brasil-Estados Unidos
  Paulo Roberto de Almeida e Rubens Antônio Barbosa                                 

      Primeira Parte
Relações Brasil-Estados Unidos em perspectiva histórica
2. As relações do Brasil com os Estados Unidos em perspectiva histórica
Paulo Roberto de Almeida
3. Variações do nacionalismo: meio século de relações brasileiro-americanas
 Lincoln Gordon
  Comentários: Thomas E. Skidmore; Eduardo Viola                

Segunda Parte
Processos paralelos de desenvolvimento e de interdependência econômica
4. Etapas iniciais do desenvolvimento e da interdependência econômica
John DeWitt
5. Uma perspectiva macroeconômica do crescimento brasileiro: comparações internacionais
  Eliana Cardoso
     Comentários: Joseph Love

Terceira Parte
Comércio bilateral e regional e negociações hemisféricas e multilaterais
6. As relações econômicas Brasil-Estados Unidos e as negociações comerciais
Rubens Antônio Barbosa
7. As relações comerciais entre os Estados Unidos e o Brasil numa nova era  Jeffrey Schott
    Comentários: Marcelo de Paiva Abreu e Paolo Giordano

Quarta Parte
Perpectivas futuras das relações bilaterais
8. Perspectivas do Brasil como modelador das relações bilaterais com os     Estados Unidos
    Thomaz Guedes da Costa
 9. As relações Brasil-Estados Unidos: a parceria indefinida
     Peter Hakim

Apêndices:
Cronologia das relações Brasil-EUA no contexto regional e mundial, 1994-2004
Atos bilaterais e mecanismos de consulta entre os dois países