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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Morte do Santo: excesso de investigacoes nao vai resultar em nada...

Querem apostar?

Ministério Público Federal resolveu investigar acidente com avião de Eduardo Campos

O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP) pediu às autoridades aeronáuticas que forneçam a procuradores da República informações sobre a queda do jato em que viajava o ex-governador de Pernambuco. Os dados vão ajudar os procuradores da República a acompanhar os esforços para esclarecer o acidente; órgão instaurou procedimento administrativo no mesmo dia do acidente, para garantir que os trabalhos desses órgãos de controle e investigação sejam devidamente conduzidos.

. A Polícia Federal também instaurou inquérito para apurar a tragédia, que deixou sete mortos em Santos.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Miragem e tragedia do etanol brasileiro - Revista Piaui

Como a revista Piaui restringe determinadas matérias aos assinantes, não posso postar aqui um importante artigo sobre as tribulações da indústria brasileira do etanol, cantada em prosa e verso no começo do governo do Nunca Antes, e depois abandonada como pão mofado, ou roupa rasgada. Nem falo da tragédia ainda maior do biodiesel, outra c...... monumental desse governo que pretende estimular atividades e termina emporcalhando tudo. Com o petróleo também foi assim: fizeram uma confusão dos diabos, que só não resultou em guerra civil porque os estados, hoje, já não são mais o poder que eram na República Velha.
Enfim, sem poder postar o artigo original (Piaui, março de 2013), posto um resumo muito fiel feito pelo Drunkeynesian, um economista sóbrio que finge estar borracho só para ficar parecido aos keynesianos (mas ele para de beber antes da inversão da Lei de Say).
Paulo Roberto de Almeida

The Drunkeynesian
Escritos (não muito sóbrios) sobre economia, mercado financeiro e afins.

Terça-feira, 12 de março de 2013

Etanol no Brasil

Clássico da aborrescência
Ontem fiz, no twitter, um resumo dessa bela matéria da Consuelo Dieguez na piauí sobre como anda a indústria de etanol brasileira. Muita gente (aproximadamente três pessoas) pediu num formato melhor para repassar, aí vai (com ligeiras modificações):


1. O governo federal incentivou a criação de uma bolha de investimento em etanol em 2007 / 2008, enquanto o preço do petróleo passava de $100/barril e parecia que ia ficar por lá.


2. O governo federal também passou bastante tempo alimentando a ideia de que "país bom é país onde todo mundo anda de carro", dando incentivo para montadoras e concessão de crédito. A frota aumentou rapidamente.

3. Passado um tempo, surpresa, surpresa - o preço do petróleo caiu e fez com que, no relativo, o etanol ficasse muito caro.

4. Mesmo com a recuperação do preço do petróleo, a Petrobras segura o preço da gasolina abaixo do preço internacional. O etanol segue sem competitividade.

5. O consumo de combustível explodiu, o país tem que importar gasolina. Fura a bolha do etanol, usinas quebram ou são vendidas por uma fração do que custaram.

6. O contribuinte acaba tendo que financiar tanto a salvação das usinas quanto o subsídio à gasolina.

7. Dá pra ler de vários jeitos, mas a história toda me parece um exemplo de livro-texto de como tentar passar por cima de um sistema de preços de mercado gera grandes distorções e má alocação de capital.

8. Em resumo, a gasolina precisa subir, e o álcool precisa se viabilizar como alternativa mesmo com a flutuação de preços de mercado ou ser abandonado. Triste para as nossas ambições nacionalistas, porém verdadeiro.

Esse é um resumo bem rasteiro, vale ler a matéria toda.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Malvinas-Falklands: tangos e tragédias, um debate inconcluso...

Tangos e tragédias
Primeiro,  a opinião de um jurista britânico (suspeito, por certo), mas deve-se considerar os argumentos em seus próprios méritos, não quem os expede:


Both sides advance claims to sovereignty based on various historic acts which may or may not amount to annexation, cession or conquest.  
But in a way more importantly, the current problem is this.  
The islands have been colonised by British people since the nineteenth century, and the current inhabitants  (about 3,000 in number) are bitterly opposed to any kind of deal with Argentina, the more so since Argentina's unsuccessful attempt in 1982 to resolve the matter by military means.  
Various compromises have been canvassed, but at present the inhabitants are unwilling to accept any kind of cession or lease to Argentina.  (Cf. Gibraltar.)  
Quite apart from any international law issues about self-determination in this context, the brutal fact is that it would, in the immediate future anyway, be politically impossible for the current British government to cut any deal which the inhabitants do not consent to.


Agora, uma reação sobre o assunto: 
Nos acordos da Convenção de Nutka na década de 1790, a Espanha acordou com a Inglaterra a proibição de qualquer nova ocupação em ilhas do Atlântico Sul. Claramente expresso no Artigo VI da convenção.
A Argentina ocupou as ilhas Malvinas em 1820, estavam desertas desde a evacuação espanhola de 1811.
A Inglaterra reconheceu a independência da Argentina em 14 de dezembro 1824.
Somente em 1833 uma frota inglesa expulsou o capitão Don Pinedo do ARA Sarandi das ilhas, que não viam uma embarcação inglesa desde 1774.
Sem dúvida um ato imperialista contra uma nação independente. Da mesma forma que uma pequena frota da Inglaterra tentou ocupar a Ilha da Trindade em 1895, mas a diplomacia brasileira com a ajuda de Portugal conseguiu reverter a ocupação. Por sorte uma tentativa frustrada, senão teríamos duas questões semelhantes no Atlântico Sul.
Excluída a questão dos anseios dos habitantes locais, sem dúvida fortalecidos pelos pesados subsídios ingleses (assim como a França faz na Guiana), os Argentinos tem plena razão em seus reclames, em minha singela opinião.
Lara Wasser


E uma outra reação:  
Ai que consiste o problema. Essa é a história que a Argentina repassa, mas não condiz com o que houve.
Que se saiba, o primeiro assentamento nas ilhas foi de Franceses. Não há habitantes originais, como afirmam os Argentinos. Estes relatos confirmam a presença francesa na regiao: http://www.amazon.com/history-Malouine-Falkland-Bouganville-settlement/dp/1170997562/ref=sr_1_26?ie=UTF8&qid=1328902630&sr=8-26 . Os ingleses chegaram, a meiados do séc XVIII e tomaram posse de determinada região (diz-se ainda haver ruinas), conviveram com os franceses. Com a saida dos franceses, foi que os bravos espanhois tomaram a parte deixada pelos franceses e ficaram na ilha até o começo do século XIX. De novo, como venho dizendo hé diversos emails: nao há tal coisa como 'nativos das ilhas'. São uma mistura de tudo o que passou por ali, desde espanhois, ingleses, franceses, holandeses... Essa historia é mais parte da mentira, distorção histórica que os argentinos tentam criar (ainda não vi uma fundamentação documental do que dizem, enquanto o outro lado sim que possui).
Até onde me conste (em uns livros que li ha tempos atras, com referencias a documentos, na Inglaterra), o primeiro assentamento ingles na ilha se deu na segunda metade do século XVIII, nao apenas em 1833 como afirmam os argentinos.  Com o início das batalhas de independência nos EUA, a Inglaterra precisou de todo o apoio militar para reforçar a sua presença nas colonias do norte. Assim sendo, a marinha inglesa se retirou das ilhas (que jamais foram habitadas !!!! isso é uma mentira da parte da Argentina), não sem antes deixar uma placa (legalmente aceita, de acordo com as convenções da época) reclamando a propriedade da região. Bem, a Argentina invadiu a ilha, nao reconheceu a autoridade estrangeira e fincou presença. Quando acabou a guerra das colonias americanas, a marinha inglesa voltou e recuperou a sua presença.
Por que não vale o acordo que a Inglaterra assinou com a Espanha? Simples: porque da data de assinatura eles (ingleses) JA estavam presentes na ilha, e o texto afirma: novas ocupações. Isso nao aconteceu (talvez no Caribe). Enfim... Trata-se de uma pseudo historia por parte dos argentinos. Eles contam a 2a metade e ocultam a 1a. Obvio. Nao os interessa.
Há um tempo atras recebi este material sobre o assunto. Bem ilustrado e com referencias ao que é citado. Recomendo:


P.S. Recomendo observar o texto, as citações, cruzar dedos, procurar as referencias que ele faz antes de criticar a origem simplesmente pelo nome do site, chamando-o de parcial (o que de fato é, mas o que eles fazem com reforço intelectual de pesquisa)



Timeline deixando bem clara a presenca de Franceses (tal qual no livro que indiquei anteriormente) e de alguns outros paises. Mostra a presença dos espanhois (que ocuparam a colonia francesa) e a tal da Convenção Nootka (que segundo me dizem é bem confuso e abre espaço a interpretações ). Enfim, a confusao esta toda ai. E os 200 anos antes que os argentinos teimam em ignorar:


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LEO TELES