O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Como achar um papa no palheiro - The Wall Street Journal

Um artigo interessante, parte de um livro a ser publicado nos EUA.

Fifteen Days in Rome: How the Pope Was Picked

The Wall Street Journal, April 14, 2013

The inside story: From the Red Room where Bergoglio's name was first dropped to a faithful night on Rome's Piazza Navona

Excerpted from The Wall Street Journal's new e-book "Pope Francis: From the End of the Earth to Rome," available at PopeFrancisTheBook.com.

On Feb. 27, a mild, dewy morning, Alitalia Flight 681 landed at Leonardo da Vinci airport in Rome after 13 hours in the air. A balding man with gray-white wisps of thin hair stepped out of coach class. He wore thick-rimmed brown glasses, black orthopedic shoes and a dark overcoat. He had a slight limp, and his back was stiff from the long flight. His belly was a bit swollen, due to many decades of cortisone treatments to help him breathe after he had lost part of a lung as a young man. No one could see the silver pectoral cross he wore under his coat, though it was the symbol of his authority.

Back home in Buenos Aires, Cardinal Jorge Mario Bergoglio was a prominent figure, the highest-ranking Catholic prelate in his country and to many a beloved figure known especially for his work in the city's teeming slums. Here he was one of 115 cardinals converging on Vatican City for important business: the election of a new leader for the Catholic Church.
Two weeks earlier, Pope Benedict XVI had suddenly announced his resignation from office, becoming the first pontiff in 600 years to renounce a job traditionally held until death. In church teaching, the position had been handed down for two millennia, starting when Jesus said to St. Peter, "On this rock I will build my church."
Cardinal Bergoglio expected his trip to be brief. He was already carrying in his black leather briefcase the airplane ticket that would return him home in time for Holy Week, the most important week of the year for a Catholic prelate. His Easter Sunday homily was already written too, and in the hands of parishioners back home.
[image]

New WSJ E-Book

The Wall Street Journal's new e-book, "Pope Francis: From the End of the Earth to Rome," chronicles the unlikely ascension of Jorge Mario Bergoglio to the papacy. With original reporting by a team of journalists around the world, the Journal takes an in-depth look at the man charged with leading the Catholic Church in a time of challenges. Pre-order the book now at popefrancisthebook.com

(...)
Para ler a íntegra da matéria "How the Pope Was Picked", ver este link:
http://on.wsj.com/10ZB7Sk

A version of this article appeared April 13, 2013, on page C1 in the U.S. edition of The Wall Street Journal, with the headline: Fifteen Days in Rome How the Pope as Picked.

Brasil: a crise fiscal demora mais um pouco, mas a cambial bate 'a porta...

Crise fiscal pode ser contornada, provisoriamente, pelos mesmos expedientes de que já vem se utilizando o governo: arrocho fiscal cada vez mais forte (ou seja, extração de recursos à força dos contribuintes, cidadãos privados ou empresas) e maquiagem das contas públicas, pensando que somos todos idiotas e ninguém percebe que o governo está manipulando fluxos de caixa de estatais e emissões do Tesouro. Enfim, crise fiscal é algo lento a ser construído, e depende quase inteiramente da capacidade (ou incapacidade, no caso) do governo continuar manipulando receitas públicas e extração privada.
Mas, déficit de transações correntes não pode ser manipulado, pelo menos não na proporção requerida pelo governo. Ele ainda pode compensar déficit nesse setor do Balanço de Pagamentos com recurso a emissões de bônus globais, mas chega um momento que o mercado pede um spread maior, e aí a coisa fica complicada.
Em qualquer hipótese, déficit na balança comercial não depende do governo e sim dos preços internacionais e da capacidade das empresas privadas em colocar seus produtos no exterior. E isso tem se revelado difícil. Balança de serviços, por sua vez, é sempre deficitária. Se os investimentos diretos e os fluxos financeiros não compensarem a perda, a situação da BP vai para o brejo, e aí não tem como enganar os estrangeiros, como o governo pretende nos enganar.
Quando os nacionais, primeiro, e os estrangeiros, depois, percebem as dificuldades, começa a aposta contra a moeda e a fuga de capitais: o déficit de transações correntes, portanto, passa repentinamente de 2 ou 3% do PIB para 4, 5, e aí a coisa dispara...
Só os EUA podem aguentar um déficit orçamentário de 7% do PIB e um déficit de transações correntes idem. Países como o Brasil, quando chegam a 5% há começam a ser penalizados pelo mercado, esse inimigo tão cruel dos espíritos ingênuos, dos primitivos econômicos e de outros alucinados alternativos.
Enfim, tudo isso para dizer que a situação do Brasil pode se agravar rapidamente.
Os leitores deste blog não poderão dizer que não foram avisados...
Paulo Roberto de Almeida

Maus sinais para 2013

14 de abril de 2013 | 2h 13
Editorial O Estado de S.Paulo
 
O mau estado da economia foi confirmado por mais um indicador nessa sexta-feira. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB divulgado a cada três meses pelo IBGE, caiu 0,52% de janeiro para fevereiro. Desde 2005 foi o pior resultado nesse período. Foi também a maior variação negativa desde a queda de 0,84% em setembro do ano passado. O nível de atividade foi 1,88% mais alto que o de um ano antes. Em 12 meses, no entanto, o crescimento do índice, ajustado pelas condições sazonais, ficou em 0,83%, inferior, portanto, ao do PIB de janeiro a dezembro de 2012 (0,9%). Tomando-se o IBC-Br como referência para previsão, fica muito difícil acreditar em expansão econômica superior a 3% neste ano, embora a base de comparação seja baixa.
Por enquanto, só os dados da agricultura apontam algum resultado positivo em 2013. A safra de grãos e oleaginosas, calculada em até 184,04 milhões de toneladas, poderá ser 10,8% maior que a anterior. Um crescimento parecido, 11%, é estimado para a produção de cana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para o café, o último levantamento indica uma redução entre 1,3% e 7,6% em relação à safra anterior, mas essa diminuição, esperada a cada dois anos, deve ser insuficiente para neutralizar o desempenho de outros segmentos da produção rural.
O crescimento industrial deve continuar pouco expressivo. O PIB do setor deve aumentar 2,6%, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), mas os números conhecidos até agora são pouco entusiasmantes. Segundo o IBGE, a produção industrial diminuiu 2,5% em fevereiro, depois de ter crescido 2,6% em janeiro.
A indústria de transformação continua com dificuldades para crescer, segundo o último relatório de indicadores distribuído pela CNI. O setor, de acordo com o boletim, ainda não encontrou sua trajetória de crescimento, como apontam as oscilações dos indicadores de desempenho. O faturamento real caiu 3,7% em fevereiro. Já havia caído em janeiro. O uso da capacidade instalada recuou 1,9 ponto porcentual e isso praticamente anulou o avanço registrado no mês anterior.
Os estoques estão ajustados e isso amplia o potencial de recuperação, disse o diretor de políticas e estratégia da CNI, José Augusto Fernandes. A tendência é de recuperação, segundo ele, mas os custos industriais já cresceram 6,3% neste ano. O custo salarial, um dos mais importantes, continua em rápida elevação e no primeiro bimestre foi 2,2% superior ao de janeiro-fevereiro de 2012, descontada a inflação. Em fevereiro, a massa de salários foi 2,8% maior que a de um ano antes. No mês, o número de horas de trabalho foi 0,9% menor que em fevereiro de 2012.
Custos maiores com menos horas de trabalho e menor uso da capacidade instalada são incompatíveis com ganhos de eficiência e aumento da produção. O desempenho da indústria é fortemente vinculado ao comércio internacional. A produção industrial brasileira tem perdido espaço tanto no exterior quanto no mercado interno, por problemas bem conhecidos de competitividade. A escassez de mão de obra qualificada é um desses problemas e será "marca do mercado de trabalho em 2013", segundo o último informe conjuntural da CNI.
Essa escassez foi um dos motivos da retenção de pessoal em 2012, quando a produção do setor diminuiu 0,8% e a massa real de salários aumentou 5%. Com a perspectiva de reativação econômica em 2013, quem demitisse se arriscaria a disputar mão de obra num mercado mais apertado. O baixo desemprego em 2012, alardeado pela presidente Dilma Rousseff como sinal de sucesso de suas políticas, é explicável principalmente pelo fracasso da política educacional e pelo despreparo da maior parte dos trabalhadores. Não se forma capital humano com demagogia e populismo, as grandes marcas dos governos petistas no setor educacional.
Competitividade é a condição indispensável para conquistar espaços no mercado global e para manter contra os concorrentes o espaço conquistado. Não há, no comércio internacional, sistemas de cotas nem critérios sociais para atenuar a dureza da disputa. Se continuar incapaz de entender esses dados simples e evidentes, o governo brasileiro levará o País a um desastre comercial e cambial.

domingo, 14 de abril de 2013

Rodrigo Constantino: entrevista em Paginas Amarelas de Veja

Só tive acesso a pequenos trechos desta entrevista. Quem tiver acesso à integralidade da matéria poderia me mandar em mensagem direta, por favor.
Paulo Roberto de Almeida 

Capitalistas brasileiros, uni-vos
Entrevista de Rodrigo Constantino ao jornalista Giuliano Guandalini, nas Páginas Amarelas de Veja.

Alguns trechos da entrevista:
O serviço ruim das operadoras de telefonia não tem qualquer relação com a ganância empresarial
"Os impostos arrecadados pelo governo encarecem as tarifas e reduzem os investimentos. O sinal das chamadas é ruim porque faltam antenas, e o grande entrave para ampliar o número de antenas são os governos."
Sobre a venda da Petrobras
"Para privatizar a Petrobras, precisaríamos ter uma Margaret Thatcher, um estadista disposto a enfrentar grupos de interesse localizados (...) foi preciso que eu, um liberal convicto e crítico da social-democracia dos tucanos, saísse em defesa das privatizações (...) [com uma Petrobras privatizada] seriam reduzidas as ingerências políticas e manipulações, como o controle do preço da gasolina para evitar o impacto na inflação."
Sobre a ampliação do crédito
"Os bancos privados, temendo o aumento da inadimplência e o risco de perdas, reduziram o ritmo na liberação de financiamentos. Já os bancos públicos, por determinação do governo, estão injetando na economia uma volume crescente de empréstimos (...) os governos tendem a estimular a formação de bolhas."
Sobre a Embraer, criada pelo Estado
"Se o governo não tivesse criado a Embraer e a mantido por anos e anos, mesmo dando prejuízo, talvez os recursos pudessem ser usados de maneira mais produtiva pela iniciativa privada."
Sobre os programas sociais
"Sinceramente, acredito que o estado contribui mais para concentrar a riqueza do que para distribuí-la (...) o liberalismo é o maior aliado dos pobres, porque ele incita a concorrência o oferece igualdade de oportunidades."

Pausa para... estatisticas do blog (parbleu! 1.300.000 e contando...)

Confesso que não tinha reparado, pois faz tempo que consultei pela última vez as estatísticas do site, e se consulteil logo esqueci, pois sou muito distraído para essas coisas...
O fato é, em matéria de visitas, ou visualizações, neste blog, estou com esta estatística:

Histórico de todas as visualizações de página: 1.315.739

Imaginemos que tivesse um pedágio na entrada, cobrando um realzinho de cada leitor.
Será que eu teria toda essa grana?
Provavelmente não.
Algum equivalente do ECAD -- pois esses gajos são expertos em farejar dinheiro -- já me teria cobrado direitos autorais por pelo menos dois terços da grana, para supostamente dividir com os verdadeiros autores  das matérias que são aqui postadas (sem permissão a maior parte, assim que eu pagaria o terço restante de multa).
Pois é, não adianta se animar.
Nada vem de graça neste mundo, só problemas e preocupações...
Isso me lembra que eu ainda não fiz o imposto de renda...
Paulo Roberto de Almeida

Pausa para... humor negro (Disneylandia do Joao Ubaldo)

Parece mentira, mas é tudo verdade...
Exclusiva com o comandante Borges
 João Ubaldo Ribeiro
O Estado de S.Paulo, 14/04/2013

-Comandante, ainda bem que você veio. Ontem me disseram que você não queria mais dar a entrevista.

- É, mas pensei melhor. Se eu prometi, está prometido. Alguém tem que manter a palavra neste país. Mas isso não impede, sem querer ofender ninguém, que eu ache esta entrevista uma palhaçada.

- Não entendi.

- Não vai sair nada do que eu disser, a imprensa está toda no bolso do governo, devendo à Previdência e à Receita e mamando as verbas de publicidade. A imprensa está aí para ajudar no fingimento de que há liberdade, vontade popular, opinião pública e essas besteiras feitas para declamação. Isto mesmo que eu acabo de dizer quero ver sair, não sai. Está gravando?

- Estou.

- Você está perdendo seu tempo, não vai sair nada. Grave aí que eu acho que essa democracia é para as negas deles, o que eles fazem é entrolhar todo mundo e fazer tudo da veneta deles. Você viu a do ensino? Agora é obrigatório botar o filho na escola aos 4 anos! A quem que eles perguntaram? Eles não conseguem dar conta nem de metade dos que já têm direito e inventam mais? Estamos cheios de grandes escolas públicas para todos, todo mundo na escola de barriga cheia desde os 4 anos, que beleza! Eu não sou otário, eu não sou otário! Eu queria que eles compreendessem que eu não sou otário!

- Eu pretendia chegar a assuntos como esse, sei que você tem opiniões muito firmes. Mas minha primeira pergunta ia ser outra, mais pessoal.

- Ah, desculpe, eu às vezes me exalto um pouco. Pode perguntar o que você quiser. Se eu contar coisas pessoais, também não sai, eu não sou pervertido, a imprensa só se interessa quando é a vida pessoal dos pervertidos. Não vai sair nada, mas eu respondo a qualquer pergunta.

- Bem, a pergunta é uma curiosidade minha. Frequentamos este mesmo boteco há não sei quantos anos e nunca vi você chegar dando risada sozinho, como vi hoje, na hora em que você estava descendo da sua famosa bicicleta elétrica. Dá para dizer qual foi a razão?

- Dá, eu não escondo nada. Não era riso de satisfação, nem de felicidade. Era uma risada mórbida que deu para me atacar de uns tempos para cá, uma espécie de humor negro. Eu estava me lembrando de um comercial. Não sei do que era, só me lembro da cena. Era um casal fazendo um piquenique romântico na Lagoa à noite, sentadinho com um pano de mesa estendido, luz de velas, cestinha de comida, parecia uma aquarela campestre. Aí eu fiquei pensando e me deu uma crise desse riso mórbido. E, na hora de minha chegada, não sei por que, me lembrei de novo. Sempre que eu lembro, rio novamente, é incoercível. Piquenique na Lagoa é demais, não é, não?

- Demais como?

- Você não entendeu? Piquenique na Lagoa, piquenique na Lagoa! Só pode ser Walt Disney, e dos anos 50! Quando o casal tivesse acabado de estender a toalha, já não ia ter mais cestinha, nem garrafinha, nem vela, nem piquenique nenhum! Seja sincero e realista e me responda quantos segundos você daria para um casal começar um piquenique à noite na Lagoa e o piquenique ser todo comido e possivelmente o casal também. Dou 90 segundos, mas ganha quem der um minuto. Aí eu fico pensando no que poderia acontecer a esse casal e o piquenique deles e tenho essas crises de riso, é tudo humor negro mesmo. Uns dois dimenores liquidavam tudo numa boa.

- Você tem uma birra com os menores, não tem?

- Eu não, eu só sou contra o que eu vou lhe figurar. Eu sou João Narigolé, traficante que de vez em quando precisa de outros serviços, notadamente os que envolvem dar cabo de alguém. Aí, quem é que eu chamo para fazer o serviço? Vou ao banco de dados de menores pistoleiros… Deve haver vários bancos de dados desse tipo, é capaz até de já ter no Facebook. Vou lá, escolho um, ofereço uma graninha e ele faz a execução. Se for preso, não pega nada e recebe a grana pelo serviço. Se me dedurar, sabe que eu posso mandar outro dimenor para rechear de azeitonas a cabeça dele e assim por diante, é um esquema perfeito. O dimenor é um grande patrimônio da criminalidade nacional.

- Então você é a favor da diminuição da maioridade penal.

- Eu não! Não distorça minhas palavras! A favor da diminuição geral, não, cada caso é um caso! Eu só tenho propostas sérias e eficazes, esse negócio de fixar idades com base em invencionices psicológicas não resolve nada. Eu sou a favor de uma coisa muito simples: teve idade para apontar a arma e dar o tiro, tem idade para ir em cana. Não é simples? É a coisa mais óbvia para qualquer um e somente os intelectuais é que não concordam, porque as soluções simples dão desemprego para eles, tudo aqui é em função do emprego.

- Você não acha que a responsabilidade penal do menor…

- Ninguém mais é responsável por nada! Isso era antigamente, agora todo mundo é vítima e qualquer sacanagem que apronte recebe um nome artístico, dado pelos psiquiatras! Um nome artístico e uma bolinha e está tudo resolvido, a culpa não é de ninguém, é da síndrome! A culpa não é dele, é das condições socioeconômicas! A culpa não é dela, é dos traumas de infância! Ninguém tem mais culpa de nada, ninguém fica preso, ninguém paga do próprio bolso as multas às empresas, ninguém é responsável por nenhum desastre, todo mundo rouba e mata, há muito tempo que isto é uma esculhambação! O que nós precisamos é de Robespierre! Nada de faxina! Para quem propina, rapina e assassina, o correto é guilhotina! Quero ver isso sair no jornal!

Dinheiro publico: quando os brasileiros vao aprender? Acho que vai demorar

Onde tiver dinheiro público, pode ter absoluta certeza: tem um "isperto" que vai conseguir fazer o milagre da multiplicação dos pães, no caso, o desvio do dinheiro público (que na verdade é de todos nós) para suas contas, bolsos, aplicações fraudulentas.
Quando é que os brasileiros vão aprender que seria melhor fazer as coisas pelas vias normais do mercado, aberto, concorrencial, trannsparente, do que tentar aprovar programas governamentais para qualquer coisa?
Quando é que eles vão se dar conta de que, fazendo pelo Estado, vai custar o dobro (não raramente o triplo) e vai ficar muito pior do que se fosse feito em condições normais de mercado?
Acho que vai demorar, e muito...
As pessoas apenas acham que basta aumentar a fiscalização.
Aí, como já se gasta um percentual razoável com a intermediação governamental, vai se gastar um pouco mais para burocratizar um pouco mais, para evitar supostos desvios. Eles vão ocorrer, só que a comissão governamental e a taxa de corrupção vão drenar ainda mais recursos nos meios, e os fins receberão proporcionalmente menos.
Será que os brasileiros vão aprender?
Duvido...
Paulo Roberto de Almeida

Ex-servidores do Ministério das Cidades fraudaram o Minha Casa Minha Vida

  • Grupo criou esquema utilizando construtoras de fachada para obter contratos
Gabriela Valente
O Globo,

Fachada do número 4.553 da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, endereço da RCA e também da JB Lar
Foto: Eliária Andrade
Fachada do número 4.553 da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, endereço da RCA e também da JB Lar Eliária Andrade
BRASÍLIA — Um esquema de empresas de fachada, parte delas registrada no mesmo endereço e controlada por um grupo de ex-funcionários do Ministério das Cidades, abocanha cada vez mais contratos para construção de casas populares destinadas às faixas mais pobres da população. No centro da história está a RCA Assessoria em Controle de Obras e Serviços, empresa com sede em São Paulo e três sócios: Daniel Vital Nolasco, ex-diretor de Produção Habitacional do Ministério das Cidades até 2008 e filiado ao PCdoB; o ex-garçom do ministério José Iran Alves dos Santos; e Carlos Roberto de Luna. A RCA funciona numa sede modesta, mas apresenta números invejáveis para quem está no setor há tão pouco tempo. Alardeia atuar em 24 estados e mil municípios, e garante que entregou 80 mil casas. Hoje, estaria à frente da construção de 24 mil unidades. O faturamento milionário da RCA virou alvo de disputa judicial, que expõe supostas conexões da empresa com o PCdoB. Até a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra tem o nome citado.

A RCA dá consultoria a prefeituras e beneficiários, e atua como correspondente bancário de sete pequenas instituições financeiras autorizadas a repassar verbas federais nos programas de casas populares para cidades com menos de 50 mil habitantes. Atuou no Programa Social de Habitação (PSH) e agora opera no seu sucessor, o Minha Casa. Até aí, tudo dentro da normalidade. Mas a RCA faz mais: consegue ao mesmo tempo ser representante do agente financeiro, tocar construções e também medi-las e fiscalizá-las. Para isso, usa uma rede de empresas que os sócios e os funcionários registraram em seus nomes e cujos endereços ou são na sede da RCA, em São Paulo, ou na casa de parentes.
O site da empresa dava o exemplo de como a RCA frauda o processo de seleção de construtoras que vão executar obras financiadas com recursos federais e encomendadas por prefeituras. Para contratar uma construtora responsável pela execução de obras no Espírito Santo, lançou um edital de convocação em dezembro de 2012. O site convocou os interessados e dias depois divulgou os vencedores. Duas foram selecionadas. Uma delas é a JB Lar. Tudo como manda o figurino. Não fosse um detalhe: o endereço da JB Lar é o mesmo da RCA, a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio 4.553. A JB Lar foi habilitada para construção de 95 casas no Espírito Santo. Na sexta-feira, após ser procurada pelo GLOBO, a RCA tirou do ar o link “Editais” do seu site.
Disputa pelo faturamento da empresa
O esquema de empresas de fachada está narrado numa ação na Justiça de São Paulo. Nela, Fernando Lopes Borges — outro ex-servidor do Ministério das Cidades, que seguiu na Secretaria Nacional de Programas Urbanos até ser exonerado por abandono do cargo em 2010 — apresenta-se como sócio oculto da RCA. Ele era representado no negócio pelo irmão Ivo, já falecido. E a disputa pelo faturamento da empresa começou justamente após a morte de Ivo.
Num acordo prejudicial, Fernando chegou a receber pouco mais de R$ 1 milhão da RCA. Mas quer mais e briga na Justiça. Na ação, afirma, sem apresentar provas, que o desvio de recursos do Minha Casa Minha Vida teria começado com Erenice Guerra. Ela teria articulado a entrada de bancos privados na operação do programa em pequenos municípios. Segundo o denunciante, teria direito a R$ 200 por casa construída. Fernando sustenta na ação que o negócio chegaria a render R$ 12 milhões.
Ele diz que o PCdoB desde 2005 receberia dinheiro desviado para a construção de casas populares do Programa de Subsídio Habitacional (PSH), que foi absorvido pelo Minha Casa Minha Vida. Procurado, Fernando sustentou que a RCA está envolvida em irregularidades nos programas federais do Ministério da Cidades, mas não quis confirmar as denúncias contra Erenice e o PCdoB. No processo, Fernando mostra uma troca de e-mails entre Carlos Luna, da RCA, e o escritório Trajano & Silva, que foi fundado por Erenice. Eles tratam da retirada do sócio Ivo e do valor que deveria ser pago a Fernando.
O esquema incluiria a construtora Souza e Lima Engenharia, que pertence ao ex-engenheiro e ao ex-gerente-geral da própria RCA. Essa empresa fez casas no Maranhão para o Minha Casa Minha Vida em contratos geridos pela RCA. Outra empresa de pessoas próximas prestou o mesmo serviço. A Martins MA Engenharia — que hoje pertence ao cunhado de Daniel Vital Nolasco — também construiu casa para a RCA.
Na ação, Fernando reclama a sociedade nas empresas de assessoria cadastral Artifício, Setorial, Sigma e Marketplan. Todas seriam do grupo RCA. As três primeiras têm Nolasco como sócio. José Iran é um dos donos da última. O grupo tem participação em outras empresas. Carlos Luna e José Iran são donos da Superdata. Luna é um dos sócios da LL Engenharia. Fernando relata no processo que há contratos com a DJC/Naza Engenharia, que seria responsável pela construção de oito mil casas. Essa empresa seria de Divaildo, irmão de Celma Casado Silva. Ela foi exonerada em fevereiro deste ano da Secretaria de Habitação do Ministério das Cidades. Segundo o órgão, ela foi exonerada a pedido.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/ex-servidores-do-ministerio-das-cidades-fraudaram-minha-casa-minha-vida-8107417#ixzz2QUHahKK7
© 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Livro de poesias do Embaixador Geraldo Holanda Cavalcanti - Rio, 16/04/2013

O autor é diplomata aposentado e membro da Academia Brasileira de Letras.

Confesso que continuo nao entendendo...

Será, será, será possível que um dia eu venha a entender certas frases, cujas circunvoluções, circunlóquios, interlúdios e outras cobrinhas mais continuam dando voltas em minha cabeça, tentando entender o significado dessas poucas palavras, em apenas três linhas, e não conseguido entender?
Será que um dia eu conseguirei?
Não tenho certeza. Mas vou continuar tentando...
Paulo Roberto de Almeida

“Tem muita gente que fica dizendo por aí que nós temos de reduzir, reduzir o emprego, porque isso é perigoso: ´ah, tem de desempregar´. Tem muita gente falando isso. Muita também não é, é pouca, mas faz barulho.”

Tem mais esta também:

É muito importante num país como o Brasil que nós ataquemos com educação todas as faixas etárias”. 

Será que conseguiremos sobreviver?

Um cacete bem dado no ex-ministro da (in)Justica... (so' imaginando, claro...)

Seria interessante o cenário final, em que um dos passantes sairia com um olho bem roxo, merecido, por criminoso e amigo de ditaduras.
Paulo Roberto de Almeida

Na madrugada deste domingo, o pugilista deportado por Tarso Genro nocauteou a ditadura cubana e seus sabujos brasileirosAugusto Nunes,
Direto ao Ponto, 14/04/2013

O que se viu num ringue em Nova York, na madrugada deste domingo, foi muito mais que um grande combate pela unificação do título mundial da categoria supergalos. Quem assistiu à luta no Radio City Music Hall em que o cubano Guillermo Rigondeaux derrotou o filipino Nonito Donaire testemunhou, sobretudo, o triunfo de um homem livre sobre a ditadura dos irmãos Castro e seus sabujos em ação no Brasil. Ao fim de 12 assaltos, Donaire perdeu por pontos. Tarso Genro e o governo Lula foram nocauteados mais uma vez

Em agosto de 2007, depois de fugirem do alojamento dos atletas cubanos que participavam dos Jogos Panamericanos do Rio, Rigondeaux e o também pugilista Erislandy Lara tentavam alcançar a Alemanha e a liberdade quando descobriram que o ministro da Justiça do Brasil era um capitão-do-mato a serviço de Fidel Castro. Capturados pela Polícia Federal, ambos foram devolvidos à ilha-presídio a bordo de um avião militar venezuelano.

“Eles quiseram voltar”, mentiu Tarso Genro. A falácia abençoada pelo presidente Lula foi implodida em janeiro de 2009 pela segunda e bem sucedida fuga das duas vítimas da política externa da canalhice. “Enquanto ficamos na polícia, fomos proibidos de conversar com jornalistas ou advogados”, disse Erislandy Lara ao finalmente desembarcar na Alemanha. Até a chegada do avião emprestado por Hugo Chávez, os carcereiros procuraram alquebrar moralmente os cativos com informações aflitivas e promessas falsas.

Souberam, por exemplo, que Fidel Castro os havia rebaixado a “traidores da pátria”, que alguns parentes já tinham sido demitidos e que seus amigos estavam sitiados por ameaças de morte. Mas o ditador colérico agiria com magnanimidade, e revogaria todos os castigos, caso voltassem para Cuba em silêncio, ressalvaram os mensageiros de Tarso Genro. Outra cilada: já no aeroporto de Havana foram informados de que nunca mais voltariam a lutar.

Três anos depois da deportação dos cubanos insatisfeitos com a democracia proclamada por Fidel em 1959, o ministro da Justiça impediu que o terrorista em recesso Cesare Battisti fosse extraditado para a Itália e ali cumprisse a pena de prisão perpétua aplicada ao matador de quatro “inimigos do proletariado”. Para livrá-lo da ditadura italiana que só bandidos ou vigaristas enxergam, Tarso promoveu o amigo comunista a  “asilado político” e concedeu-lhe a cidadania brasileira.

Hoje com 32 anos, Rigondeaux só não onseguiu ganhar mais cedo o título que o eternizará na história do boxe porque foi vencido em 2007 pelo supergalo gaúcho que ganhou uma vaga na história universal da infâmia. Tarso gosta de passear em Nova York, lembrei na madrugada deste domingo. E, enquanto erguia um brinde ao vitorioso, não resisti à tentação de imaginá-lo cruzando com Rigondeaux em alguma esquina de Manhattan.

Se isso acontecer, pensei, tomara que o campeão reconheça o homem que o derrotou num duelo repulsivamente desigual. E decida que a hora da revanche chegou.

Coreia do Norte: o pais mais surrealista do planeta, de toda a historia das civilizacoes... - Claudia Trevisan (OESP)

Pyongyang, capital de uma bolha nuclear
CLÁUDIA TREVISAN
O Estado de S.Paulo, 14/04/2013

A Coreia do Sul está mergulhada em pobreza e violações brutais de direitos humanos, os moradores de Nova York têm de sair às ruas com colete à prova de balas para se proteger da violência e a ideologia juche criada por Kim Il-sung é estudada de maneira fervorosa ao redor do planeta. O retrato do mundo e da Coreia do Norte apresentado nos jornais, rádios e TVs oficiais do país é um exercício de permanente glorificação da dinastia Kim.

Notícias internacionais são escassas e costumam dar destaque a catástrofes naturais, como tufões e terremotos, e ao impacto negativo da intervenção dos EUA em crises internacionais. O sistema apela permanentemente para a demonização dos “imperialistas” americanos e seus “fantoches” sul-coreanos e exalta o militarismo e a suposta superioridade da peculiar versão local do socialismo.

As experiências de Iugoslávia, Iraque e Líbia são usadas para demonstrar o que pode ocorrer com países desprovidos de armas poderosas e servem para jutificar a defesa da construção de um arsenal nuclear pela Coreia do Norte. A propaganda oficial sustenta que, sem ele, o país poderá ser invadido e dominado pelos americanos. O risco de um conflito armado é sempre apresentado como iminente, o que é usado para justificar o investimento militar num dos mais pobres países do mundo.

Também é o álibi para explicar a ausência de acesso à informação fora dos canais oficiais de propaganda, apresentada como uma maneira de proteger a população da influência inimiga. Norte-coreanos não têm internet, não usam e-mails e não têm ideia do que sejam Facebook e Twitter.

Na primavera, os meios oficiais trazem textos quase diários sobre exposições das flores em vários países. No universo em que habitam, a kimilsungia é a flor mais sagrada do mundo e kimjongilia, a mais famosa – homenagens aos dois primeiros ditadores. Segundo a máquina de propaganda de Pyongyang, a kimjongilia floresce nos cinco continentes e “atrai a admiração da humanidade com seu charme”.

Os representantes das três gerações de líderes da família Kim são apresentados como estadistas respeitados. Na quarta-feira, a agência oficial de notícias KCNA disse que “todo o mundo” enviou “calorosas congratulações” a Kim Jong-un pelo aniversário de um ano da nomeação como primeiro-secretário do Partido dos Trabalhadores e primeiro-presidente da Comissão de Defesa Nacional “Mais de 12 mil veículos de comunicação de todo o mundo competiram entre si para dar ampla publicidade a suas incessantes inspeções do front e orientações práticas nas mais diferentes áreas”, declarou o texto.

Na mitologia construída pela propaganda oficial, Kim Il-sung (1912-1994), seu filho Kim Jong-il (1941-2011) e o neto Kim Jong-un, de 30 anos, são apresentados como líderes que guiam os norte-corea-nos em tarefas tão distintas como a plantação de batatas e a fabricação de foguetes.

O ponto alto da visita a qualquer instituição ou empresa é a relação das orientações escritas recebidas de cada um dos Kim e o registro das datas em que visitaram o local pessoalmente. Em todos os lugares há quadros, mosaicos ou fotos e de Kim Il-sung e Kim Jong-il, que também aparecem nos broches levados do lado esquerdo do peito.

A glorificação da Coreia do Norte e da dinastia Kim é acompanhada pela apresentação sombria do mundo exterior, em especial dos EUA e da Coreia do Sul. Sob o título O pior deserto de direitos humanos, os veículos oficiais divulgaram em março relatório que apontou a situação “medonha” em que vivem, os vizinhos do Sul. “Mais de 7 milhões de famílias, que representam 45% do total, estão vivendo uma existência da mão para a boca, sem moradia permanente, e inúmeras enfrentam uma vida de privações em lugares que dificilmente podem ser chamados de lares”, sustentou a propaganda norte-coreana.

Os dois lados da península foram separados em 1945 em uma zona de influência socialista no Norte e outra capitalista no Sul. A Coreia do Sul é um dos países mais avançados tecnologicamente e tem um PIB per capital de US$ 31 mil, quando calculado de acordo com a Paridade do Poder de Compra (PPP), que leva em conta os preços domésticos. A Coreia do Norte não divulga estatísticas econômicas, mas a cifra é estimada em US$ 1.800.

Kim Jong-il acreditava que a diluição ideológica havia sido a principal razão para o fim da União Soviética e decidiu intensificar a doutrinação para sustentar o regime. Mas o contato com o mundo exterior começa a abrir brechas na propaganda monolítica, com a entrada clandestina de DVDs sul-coreanos e chineses.

Educacao nos EUA: Universidades endividadas, desclassificadas

Struggling to Stay Afloat
By JEFFREY J. SELINGO
The New York Times, April 12, 2013

STUDENTS piling on debt to go to college might attract all the attention, but colleges have been on a borrowing spree as well, nearly doubling the amount of debt they’ve taken on in the last decade to fix aging campuses, keep up with competitors and lure students with lavish amenities.

In January, Moody’s Investors Service put a negative outlook on the entire higher education sector, even at major research universities, which had been spared in previous forecasts. And that came after a year in which the agency downgraded the credit ratings of 22 colleges, including Alabama A&M, Wellesley College and Morehouse College. At the same time, Standard & Poor’s Ratings Service downgraded 13 institutions, including Amherst College, Tulane University and Yeshiva University. Combined, both agencies upgraded only eight colleges in 2012.

Bond ratings aren’t scoured like the U.S. News and World Report rankings. But if you’re a parent preparing to start the college search with your son or daughter, the negative financial outlook raises plenty of questions to ask the college tour guide: Will outdated buildings be renovated? Will more part-time instructors replace retiring professors? Will classes get bigger or will students end up in partly online courses? Will the school even be in business by the time your child graduates in four years?

“There is a major problem in that the industry has an inability to grow revenue in a way they have for the last 20 years,” says John C. Nelson, managing director of the higher education and health care practice at Moody’s, which examines the finances of more than 500 colleges and universities that issue bonds through public markets.

A handful of colleges have closed, merged or been bought by for-profit colleges in recent years — mostly small, tuition-dependent private colleges, which remain at most risk. While few financial experts foresee mass closings in the years ahead, only 500 or so of the 4,000-plus colleges and universities in the United States seem to have stable enough finances to be truly safe. The remaining colleges, where a vast majority of Americans attend, can no longer hold off the technological, demographic and economic forces quickly bearing down on them.

One-third of all colleges and universities in the United States face financial statements significantly weaker than before the recession and, according to an analysis released last July, are on an unsustainable fiscal path. Another quarter find themselves at serious risk of joining them.

“Expenses are growing at such a pace that colleges don’t have the cash or the revenue to cover them for much longer,” says Jeff Denneen, head of the higher education practice at Bain & Company, the global consulting firm that, along with the private-equity firm Sterling Partners, performed the analysis. “A growing number of colleges are in real financial trouble.”

Other forecasts are equally pessimistic. The number of higher education institutions on a Department of Education watch list, for instance, has grown by more than a third since 2007 to include institutions like Long Island University and Pace University.

“We’re seeing prolonged, serious stress,” says Karen Kedem, an analyst at Moody’s. What is significant about the negative outlook is that Moody’s typically rates only colleges and universities with strong balance sheets to begin with.

Reading a college’s bond-rating report is like reading a person’s credit report: it is a financial checkup that gives insight into strengths and weaknesses that you will never find in any college guidebook, but probably should.

Take this line from a Moody’s report when it downgraded Drew University in New Jersey in 2012: “The rating is based on persistent operating deficits and thin cash-flow driven by a decline in enrollment and net tuition per student coupled with rising debt service payments and transition of several key members of university leadership.”

Translation: the private college is operating in a hole (though, Moody’s also notes, it’s helped by having an endowment); it is discounting tuition too much, and it is not attracting enough students, especially those who will pay more in tuition.

Michael Groener, Drew’s vice president of finance and business affairs, who arrived on campus last fall, says the financial decline is largely the result of discounting the $42,000 sticker price too often and too much — sometimes by 50 percent. “That is pushing it about as far as we can go,” Mr. Groener says. In the years ahead, he says, Drew needs to bolster revenue through other means, mostly fund-raising, and look more closely at expenses by prioritizing what really matters in a good liberal-arts education.

In recent years, net tuition revenue — what’s left after grant aid is subtracted — has either been flat or falling at 73 percent of colleges. But most colleges and universities, particularly private ones, lack the market power to raise their prices significantly in a down economy. Business and law schools are no longer the cash cows they once were for their parent institutions. Meanwhile, employees expect raises and other costs continue to rise.

“This is a perfect storm, where you have a number of challenges at the same time over a long period of time,” says Ms. Kedem, the Moody’s analyst.

For public universities, the big challenge is that states are getting out of the business of higher education. In 1987, states kicked in about three quarters of what public colleges spent on education; now they contribute about half. The rest has to come from tuition.

By some measures, state taxpayer support for higher education hasn’t been this low since 1965, when there were 16 million fewer students in the system. As a result, public colleges have joined with cash-strapped private colleges on the hunt for more students who can pay full freight. That has led many schools to recruit foreign students and caused public colleges to look across state lines for students, who pay about twice as much as their in-state counterparts.

But the pool of students able to pay higher prices shows signs of running dry. The economic crisis has left the median American family with no more wealth than it had in the early 1990s. Experts predict a drop in the number of affluent, well-prepared high school graduates — the type that every college is after. One analysis conducted by a small private college in the Northeast found that of the 4.3 million 18-year-olds in 2009, only 996 had above-average SAT scores, family incomes over $200,000 a year, and had indicated that they wanted to attend a small, private college in the mid-Atlantic or Northeast regions. Of course, hundreds of colleges are going after those same students.

Despite evidence to the contrary, some colleges still think the tough times are a temporary inconvenience — that eventually they will again be able to pass on their additional costs to students or get more money from the state and federal governments. But the most informed and realistic of higher education leaders realize they are now living in a new normal.

The collapse of higher education’s business model has been predicted many times before. Yet more colleges have opened their doors than closed them in the past 50 years. Perhaps the continued financial struggles indicate that there are just too many colleges for the marketplace — or at least too many that, with their climbing walls, lazy rivers and five-star dormitories, look too much alike in the battle for prestige, and have lost sense of their mission. A thinning of the ranks might be long overdue.

Just because we believe that colleges are a public trust and shouldn’t fail doesn’t mean they won’t.

Jeffrey J. Selingo is editor at large at The Chronicle of Higher Education. This essay is adapted from “College (Un)Bound: The Future of Higher Education and What It Means for Students,” to be published May 7 by New Harvest.

Contra Margareth Thatcher: o mau gosto britanico - Le Monde

Pronto, para não dizer que sou unilateral nos elogios a Margareth Thatcher (o que aliás nunca fiz, apenas tentando oferecer um depoimento sincero, e postagens inteligentes sobre sua obra e seu legado), coloco aqui, agora, uma matéria do Le Monde, que sintetiza todo o mau humor britânico contra a controvertida personagem.
Que fique bem claro: o lado positivo de sua gestão excede em muito, imensamente, os erros que ela possa ter cometido. Eu conheci, diretamente, as duas "Grã-Bretanhas": a de antes, decadente, suja, paralisada pelas máfias sindicais, e a que sucedeu: não perfeita, mas muito melhor, sem chantagem de lobistas irresponsáveis, novamente dinâmica.
Mas existe todo um público disposto a cuspir na tomba dela: são os ignorantes, os fundamentalistas, os intolerantes. Eles devem gostar de alguns dos links abaixo.
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Seguir o link do Le Monde para ver as outras músicas anti-Thatcher.

"Ding Dong ! The witch is dead" au hit-parade après la mort de Thatcher

Le Monde.fr avec AFP | • Mis à jour le
Le groupe audio-visuel BBC a finalement décidé vendredi 12 avril, après beaucoup d'hésitations, de diffuser un court extrait de "Ding Dong ! The witch is dead" (La sorcière est morte), une chanson tiré du Magicien d'Oz devenue un tube sur internet après le décès de Margaret Thatcher, dans le cadre de son hit parade hebdomadaire sur Radio 1.
Une campagne menée par des opposants à l'ancienne première ministre britannique, décédée à 87 ans, a propulsé le titre en 3e position de l'Official Charts, organisme qui certifie les ventes de l'industrie musicale. Elle est devancée de 12 000 exemplaires par le numéro 1, mais gagne le droit à être émise sur la BBC.
Plus grand diffuseur de radio-télévision du monde, cette dernière a indiqué qu'elle jouerait dimanche un bref extrait sur Radio 1, dans l'émission The Official charts show, après les plaintes de personnes estimant que la chanson était agressive et manquait de goût. Le régulateur de la chaîne, Ben Cooper, a déclaré qu'il s'était senti coincé "entre le marteau et l'enclume" : "personne à Radio 1 ne souhaite causer d'offense, mais je crois aussi que nous ne pouvons pas ignorer la chanson dans notre émission".
LA LIBERTÉ DE PAROLE
"Personnellement, je crois qu'elle est déplaisante et déplacée, a ajouté le nouveau PDG de la BBC Tony Hall. Néanmoins, je crois vraiment qu'il ne serait pas bien d'interdire une chanson, car la liberté de parole est un principe important et que l'interdiction ne ferait que lui donner plus de publicité". "Nous avons convenu que nous ne jouerions pas la chanson en entier, mais que nous la traiterions plutôt comme une information d'actualité et que nous en diffuserions un court extrait pour la remettre dans son contexte", a-t-il dit.


"Brûle en enfer Maggie", dit ce graffiti du centre de Londres.
Le tube s'est écoulé à 20 000 exemplaires selon l'Official Charts. "C'est une tentative de manipulation des hit-parades par des personnes qui essaient de faire passer un message politique. Beaucoup de gens vont trouver cela choquant et violent, et pour ces raisons, il serait mieux que la BBC s'abstienne de la jouer", avait déclaré au Daily Mail John Whittingale, président conservateur de la commission pour la culture, les médias et le sport au Parlement britannique.
Charles Moore, biographe officiel de l'ancienne première ministre a donné sa lecture du phénomène, dans une interview à la BBC : "Ce qui se passe, c'est que les médias – et en particulier la BBC qui a essayé pendant 24 heures d'être sympathique envers Mme Thatcher, mais n'a pas pu le supporter plus longtemps – promeuvent jour après jour l'idée que Mme Thatcher est une figure qui divise, et que les gens salissent sa réputation en célébrant sa mort". L'élue conservatrice a toujours reproché à la BBC un parti pris gauchisant.
CHANTEURS RÉJOUIS
Nombre de musiciens vedettes des années 1980 se sont ouvertement réjouis de sa mort. Bobby Gillespie, le chanteur du groupe écossais Primal Scream, s'est déclaré "heureux", dans une interview à l'AFP jeudi à Paris. Morrissey, leader des Smiths et auteur en 1988 de la chanson "Margaret on the guillotine", a condamné l'action de cette dernière, précisant qu'"aucune personnalité politique britannique n'a jamais été aussi méprisée par les Britanniques que Margaret Thatcher" dans un communiqué mardi.
Des "protest songs" des années 1980 ont par ailleurs été remis au goût du jour à l'approche des funérailles, mercredi à Londres. C'est le cas d'un fameux 33 tours "Tramp the dirt down" (Piétinez la tombe) sorti en 1989. "Quand enfin on te mettra en terre/ Je me tiendrai sur ta tombe et la piétinerai", y chante Elvis Costello.
Le tube fait partie de la playlist créée par le site Red Pepper, qui se présente comme "un magazine de révolte et de dissidence politique". Au programme : "Maggie Maggie Maggie (out out out)" du groupe The Larks, "The day that Thatcher dies" (le jour où Thatcher mourra) par Hefner, qui comprend ces paroles : "Nous rirons le jour où Thatcher mourra/Même si nous savons que ce n'est pas bien/ Nous danserons et chanterons toute la nuit". Le blog cite aussi "Kick out the Tories" (dégage les Conservateurs) de Newtown Neurotics et "Maggie's last party" de V.I.M.
Le premier ministre David Cameron et le chef de l'opposition Ed Miliband, se sont l'un et l'autre élevés contre les diverses manifestations "déplacées" à l'occasion du décès de Mme Thatcher.
==========
Margaret Thatcher durant une conférence du parti conservateur à Brighton, en 1981.

Le pouvoir hypnotique de Margaret Thatcher8

L'écrivain britannique Ian McEwan se souvient : "Nous nous demandions si la réalité n'avait pas accouché d'un personnage au-delà de notre imagination."

Ainda Margareth Thatcher - Monica Baumgarten De Bolle


O problema da maior parte dos artigos sobre Thatcher, ou daqueles que são inteligentes (os únicos que entram aqui), é que eles são geralmente elogiosos, focando em suas realizações, e deixando de lado os erros que ela cometeu (e que tenho procurado compensar aqui, colocando alguns da Escola Austríaca). Tirando esse aspecto, acredito que mesmo esses artigos elogiosos (mas inteligentes) podem contribuir para a ilustração dos mais jovens (e de alguns obtusos, também), já que escapam daquela arenga tradicional (e altamente estúpida) de apenas vincular seu governo a um tal de neoliberalismo, que no Brasil (e no resto da América Latina também) passa por xingamento da parte dos ignorantes.
Paulo Roberto de Almeida  

Não há hoje líderes como Margaret Thatcher

Para fazer reformas e tirar seu país da estagnação, a ex-primeira-ministra britânica não hesitou em escolher um caminho de alto custo político

Monica Baumgarten De Bolle
Revista Exame, edição 1039,  12/04/2013
Margaret Thatcher, ex-primeira-ministra britânica
Tenacidade e magnetismo: o receituário liberal irritava a oposição, mas ela venceu três eleições consecutivas
São Paulo - Ligas metálicas podem ser de dois tipos: as ferrosas, em que o ferro é o componente principal, e as não ferrosas, constituídas de outros metais. O ferro, além de resistente e de possuir propriedades magnéticas, é o elemento de núcleo mais estável da tabela periódica. Não foi à toa, portanto, que a única primeira-ministra na história do Reino Unido, Margaret Thatcher, recebeu a alcunha de Dama de Ferro.
Que o apelido tenha sido dado pelos soviéticos, os responsáveis pela Cortina de Ferro que a Dama posteriormente ajudou a derrubar, é mais do que mera coincidência. É uma deliciosa ironia, digna do humor nativo da ilha.
Uma figura controvertida até na morte — as manifestações depois do anúncio de seu falecimento foram elogiosas e críticas em igual medida —, Margaret Thatcher foi um exemplo de tenacidade e de magnetismo.
Apesar de ter escolhido o caminho mais árduo, aquele cujos custos políticos eram os mais elevados, para pôr em marcha os planos de transformação que tinha para o Reino Unido, conseguiu promover a vitória do Partido Conservador em três eleições consecutivas.
Governou o país de 1979 a 1990, uma época permeada por grandes crises externas e mudanças geopolíticas marcantes. A lista vai desde o longo período estagflacionário proveniente dos choques do petróleo, os anos de crescimento baixo e inflação elevada que sobrevieram dos eventos no Oriente Médio na década de 70, até a abertura da União Soviética e a derrubada do Muro de Berlim, culminando na extinção da liga metálica que encobria os países do Leste Europeu, a Cortina de Ferro.
Ao longo desses anos, Thatcher manteve inabalada a convicção na eficiência dos mercados, na necessidade de tornar mais flexíveis as leis trabalhistas do país e de promover as indústrias mais competitivas, deixando que as demais caíssem no esquecimento e desaparecessem gradualmente.
Até sua ascensão ao posto máximo do governo, o Reino Unido enfrentava um período de ruidosa decadência econômica, imortalizada nas imagens das greves sucessivas dos carvoeiros e de outros trabalhadores, e dos aguerridos protestos promovidos pelos sindicatos, que ditavam os rumos do país e o desmoralizavam mundialmente.
A degradação econômica e política que caracterizara os anos do pós-guerra chegou ao auge em meados da década de 70.  Quando Thatcher assumiu o poder, em 1979, a economia britânica crescia menos de 3% ao ano e enfrentava uma inflação de nada menos do que 13%.
Três anos antes, em 1976, o país recorrera ao FMI devido às crescentes dificuldades para reequilibrar as contas públicas e financiar o rombo no balanço de pagamentos. Passados dez anos depois de ela ter assumido a liderança política, o Reino Unido crescia 5% e alcançara a estabilidade de preços: em 1988, a inflação foi de 4,9%. Quem dera fosse esse o atual desempenho da economia brasileira...
A intolerância de Margaret Thatcher com a ineficiência desmantelou os grupos de interesse que emperravam a modernização e o aumento da competitividade do país. A primeira-ministra foi responsável por um dos mais ambiciosos e abrangentes planos de privatização de que se tem notícia, opôs-se ferrenhamente aos sindicatos e deu prioridade a setores em que o Reino Unido já possuía nítidas vantagens comparativas, como o polo financeiro sediado na City de Londres.
O que mais assombra ao relembrar as conquistas da Dama de Ferro é a profundidade das reformas que ela promoveu em tão pouco tempo. Dez anos. Em uma década, o Reino Unido foi da decadência à revitalização, reconquistando o espaço perdido na economia global e na geopolítica.
Hoje, o Reino Unido só não está emaranhado no torvelinho da crise do euro por causa de Thatcher e de sua inabalável determinação. “No, no, no”, bradou em meio às discussões no Parlamento sobre os planos de maior integração com a Europa. Por ironia do destino, a obstinação em evitar que a ilha se amalgamasse ao continente foi uma das razões para sua renúncia em novembro de 1990.
Pagar para ver
“Não sou uma política de consenso. Sou uma política de convicção” (“I am not a consensus politician, I am a conviction politician”). Não há, no mundo de hoje, políticos como Margaret Thatcher. Trata-se de uma época de políticos não ferrosos, de políticos excessivamente maleáveis. São políticos de consenso. O problema é que épocas de crise, ou de graves sequelas de crises, são incompatíveis com o consenso. O consenso não resiste ao fogo da polarização e do impasse político.
Exemplos abundam. Vejam os Estados Unidos, amarrados a um corte automático de gastos públicos nas áreas sociais devido à incapacidade de seus políticos de chegar a um consenso.
Vejam a Europa, onde muitos países já trocaram de governo por causa da falta de consenso. Alguns, inclusive, estão sem governo por esse motivo, como a Itália. Vejam o euro, à deriva em meio ao dissenso que prevalece entre os líderes dos países-membros do acordo de moeda única. O consenso se esvai na fumaça ardente das tensões.
Em todos esses casos, chamam a atenção não só a falta de consenso mas também a ausência de convicção. Não há líderes convictos, líderes com visão e determinação para transformar seus países, para levar a cabo as reformas que precisam fazer para tirar as economias do vórtice recessivo, do desemprego e da atividade moribunda. Ninguém quer pagar para ver. Margaret Thatcher, por mais polêmica que fosse, pagou para ver.
Aqui no Brasil, parece que queremos pagar para ver. Contudo, queremos pagar para ver o que não deveria ser visto. Enrijecemos as leis trabalhistas do país, indexamos o salário mínimo permitindo que o rendimento médio do trabalhador cresça acima da produtividade da economia, dificultamos os investimentos em infraestrutura por meio de políticas econômicas desconjuntadas e do excesso de intervencionismo do governo, criamos novas estatais.
O Estado brasileiro cresce desordenadamente, seja por meio da carga tributária elevada, seja por meio dos gastos que não param de subir ou do crédito público em demasia. Desmantelamos as agências regulatórias, revertendo os ganhos de eficiência conquistados em áreas como telecomunicações, em setores estratégicos como óleo e gás e de energia elétrica.
Deixamos que o excesso de burocracia prejudique o setor privado e impeça a retomada do investimento, sem o qual não sairemos da armadilha do baixo crescimento. Flertamos abertamente com a inflação. Nosso receituário é o inverso do implantado pela Dama de Ferro. É o receituário do latão, do material que amassa com facilidade, que oxida.
Nossa presidente é uma política de convicção. Nesse caso, antes fosse uma política de consenso.

Comentarios: sempre bem vindos, desde que pertinentes

Uma nota aos leitores, visitantes, curiosos, comentaristas em geral
(Aliás, colocada na seção de comentários, apesar de que muitos não prestam atenção)

Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo do post em questão. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). 
De preferência, formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, com um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
Retirei, a pedido, mas me arrependi, a confirmação manual para os comentários; como previa, aumentou enormemente o número de junks e spams, e fui, portanto, obrigado a restabelecer o antigo sistema; desculpo-me desde já pelo incômodo, mas a propaganda e as bobagens que tenho de apagar a cada vez, tornam necessário o controle...

Acho que o recado está dado, mas ele se aplica a muito pouca gente. A maioria se encaixa nos padrões normalmente aceitos para participar de um debate saudável.
Os que não se encaixam, podem ser classificados numa das categorias seguintes:
1) Super-concisos: "genial", "gostei", "muito bem", "de acordo", e por aí vai...
2) Os que tem raiva deste blog e deste blogueiro, anônimos, por definição, e que aproveitam qualquer oportunidade (ainda que seja por uma questão ridícula como erro de redação, dada a rapidez da postagem, várias vezes sonolenta) para atacar a postagem e o autor; algumas vezes posto, se for pertinente, mesmo atacando este blogueiro que não tem poder sobre nada (e muito menos para abalar o poder atual); outras não, se não contribuir em nada para o debate;
3) Os "oportunistas", ou seja, que aproveitam qualquer postagem para simplesmente enviar um link, por vezes obscuro, sem dizer nada, apenas querendo usar da oportunidade para "descarregar" o que acabam de ver ou ler; eles provavelmente não dispõem de blog, ou de leitores e querem usar o meu como veículo; por vezes posto, se é pertinente, outra vez não, se é irrelevante;
4) Os "outros": todos os que não se encaixam nas categorias acima, ou talvez caibam em todas, como se faz em certas respostas de múltipla escolha: "todas as opções acima".  

Ficamos assim, então?
Paulo Roberto de Almeida

O novo amigo dos companheiros: ate os bancos suicos desconfiam...

Agora, até bancos suíços suspeitam de Maluf

Jamil Chade, Direto da Europa
Blogs Estadão, 13/04/2013

Bancos suíços suspeitam que Paulo Maluf continuaria lavando dinheiro e bloqueiam transação de sua empresa, a Eucatex, em Zurique. O UBS em Zurique alertou à COAF no Brasil sobre “possíveis atividades suspeitas” na tentativa da Eucatex de transferir a uma empresa uruguaia R$ 47 milhões no final de 2012. A movimentação foi considerada pela Justiça paulista como um sinal suspeito de que Maluf continuaria a usar a Eucatex como veículo para lavagem de dinheiro. O UBS se recusou a autorizar a transferência.

Ontem, o banco Itaú – que representa o UBS no Brasil – foi intimado a executar a ordem da Justiça de São Paulo de bloquear os bens até o limite de R$ 519,7 milhões da Eucatex S.A. Indústria e Comércio. O valor corresponderia ao que teria sido desviado pelo ex-prefeito da capital paulista e deputado Paulo Maluf (PP) e serviria para ressarcir os cofres públicos por causa de dinheiro supostamente desviado da Prefeitura. A decisão é da juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4.ª Vara da Fazenda Pública.

A liminar havia sido pedida pelo promotor Silvio Antônio Marques, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público.

Segundo o Estado apurou, a nova suspeita na Suíça sobre Maluf foi registrada no dia 19 de fevereiro deste ano, quando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras comunicou a tentativa da Eucatex de transferir ações de sua emissão do banco UBS à empresa uruguaia Cuznar. O banco envolvido na negociação, o Finter Bank de Zurique, se negou a revelar quem seria o dono dos valores mobiliários.

O alerta foi passado ao COAF pelo Itaú, banco que representa o UBS no Brasil. O banco brasileiro informou que, no dia 6 de outubro de 2012, o Finter Bank pediu ao UBS em Zurique fazer a transação de R$ 47 milhões da Eucatex aos uruguaios.

O UBS, em diversas ocasiões desde então, solicitou ao Finter Bank informações sobre quem seriam os propritários das ações. Cinco meses depois, o UBS ainda não tinha recebido as informações e o único dado repassado ao maior banco suíço foi que a pessoa envolvida era classificada no país como PEP – sigla para Politically Exposed People (Pessoas Politicamente Expostas). Sim informações, o UBS decidiu bloquear a transação até que ficasse esclarecida sua natureza.

Coube então ao Itaú, com base em cartas assinadas pelos executivos do UBS, Stephan de Boni e Oliver Barcholet, comunicar às autoridades brasileiras do fato.

Para a Justiça paulista, a mudança de custodiante das ações pela Eucatex foi uma prática que Maluf se utilizou em diversas ocasições nos últimos dez anos. Isso envolveu transações de até US$ 74 milhões em 2001 no mesmo Finter Bank de Zurique, além do uso da Durant Int, empresas que, em Jersey, já foi identificada como um dos veículos de Maluf para depositar dinheiro fruto de corrupção.

E por falar em educação: o PISA, esse monstrengo revelador de nossas carencias em educacao...

Overview

The Program for International Student Assessment (PISA) is an international assessment that measures 15-year-old students' reading, mathematics, and science literacy. PISA also includes measures of general or cross-curricular competencies, such as problem solving. PISA emphasizes functional skills that students have acquired as they near the end of compulsory schooling.
PISA is coordinated by the Organization for Economic Cooperation and Development (OECD), an intergovernmental organization of industrialized countries and is conducted in the United States by NCES. PISA was first administered in 2000 and is conducted every three years. The most recent assessment was in 2012.
PISA 2012 focuses on mathematics literacy and also assesses reading and science literacy. PISA 2012 also includes computer-based assessments in mathematics literacy, reading literacy, and general problem solving, and an assessment of students' financial literacy. PISA 2012 results will be released on December 3, 2013.
More information about PISA and resources, including the OECD’s PISA reports, PISA assessment frameworks, and international data files, are available at the OECD’s website.
International Data Explorer You can explore the PISA data directly through NCES's online data tool — the International Data Explorer (IDE)
highlight icon of a check markNews and Highlights
Data Snapshots
PISA (International) 2009 Assessment<br />
15-year-olds mathematics literacy: 2009<br />
U.S. average score: 487<br />
OECD average score: 496
PISA (International) 2009 Assessment
15-year-olds mathematics literacy: 2009
U.S. average score: 487
OECD average score: 496

(Read entire article)

Novamente, onde Margareth Thatcher errou economicamente - ainda Murray Rothbard

Grato ao amigo, e leitor deste blog, Eduardo, do Rio, pelo envio deste artigo retirado do Mises Brasil, mas de 1991.
Paulo Roberto de Almeida 

Adeus à Dama de Ferro
Mises Brasil, segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Artigo publicado em fevereiro de 1991
MAGGIE copy-2.jpgA saída de madame Thatcher do governo britânico se deu de maneira bastante condizente com todo o seu reinado: barulhento em termos de retórica ("a Dama de Ferro jamais renunciará"), mas ínfimo em termos de ações genuinamente concretas (a Dama de Ferro rapidamente saiu de cena).
Margaret Thatcher ascendeu estrondosamente ao posto de primeira-ministra da Grã-Bretanha em 1979 com a promessa de desestatizar a economia, implementar um livre mercado, acabar com os déficits e com a inflação monetária.  Suas realizações, no entanto, são outra história, e possuem pontos positivos e negativos.
Do lado positivo, é fato que sua retórica realmente devolveu respeitabilidade às ideias pró-livre mercado na Grã-Bretanha após meio século de crescente estatismo, e é certamente gratificante ver os estimados indivíduos do Institute of Economic Affairs em Londres se tornarem o mais reputado instituto econômico britânico.  Também deve ser creditado à era Thatcher o fato de o Partido Trabalhista ter se movido mais para a direita e ter majoritariamente abandonado suas ideias esquerdistas malucas, além do fato de a Grã-Bretanha ter decisivamente abandonado sua psicose pós-Depressão de que o desemprego jamais deve ficar acima de 1%.
Houve também um considerável volume de desestatizações e privatizações, inclusive a venda de moradias públicas para seus respectivos inquilinos, o que fez com que eleitores que tradicionalmente votavam no Partido Trabalhista se convertessem em ferrenhos proprietários eleitores do Partido Conservador.  Outro sucesso da ministra foi o de ter quebrado o até então inquebrantável poder dos poderosos sindicatos britânicos.
Infelizmente, estes pontos positivos do histórico econômico de Thatcher são mais do que contrabalançados pelo desolador fato de que o estado britânico chega ao fim da era Thatcher sendo um fardo parasítico ainda maior sobre a economia britânica e a sociedade do que era quando ela assumiu o poder.  Por exemplo, ela jamais ousou tocar na vaca-sagrada da medicina socializada, o National Health Service.  Os déficits continuaram altos, e a inflação monetária e a inflação de preços estão atualmente em dois dígitos.  Apesar de toda retórica thatcherista em prol do monetarismo, seu sucesso no combate à inflação foi moderado e efêmero, e acabou sendo totalmente revertido já no final de seu governo: a expansão monetária, a inflação, os déficits e todo o desemprego por eles gerados estão em níveis alarmantes.  Madame Thatcher deixou o poder, após onze anos, em meio a uma infame recessão inflacionária: inflação de preços em 11% e desemprego em 9%.  Em suma, o histórico macroeconômico de Thatcher foi abismal.
Como explicar resultados tão desastrosos para um regime supostamente pró-livre mercado?  Não é difícil.  Os thatcheristas são "burkeanos" e não "leninistas de direita".  Sendo assim, em vez de uma abordagem obstinada, radical e abolicionista para se chegar à liberdade econômica, eles preferiram se entregar às glórias do gradualismo e da moderação.  Isso pôde ser comprovado logo nos primeiros anos do governo.  Em vez de uma política monetária rígida, em vez da total interrupção da expansão monetária para acabar de vez com a inflação crescente, optou-se por uma contenção monetária bem mais gradual.  E qual foi o resultado deste gradualismo na política monetária?  O gradualismo gerou uma crônica recessão, o que era inevitável, mas não foi restritivo o suficiente para acabar com a inflação ou para revigorar a economia.  Logo, teve-se o pior dos mundos: recessão, desemprego e inflação de preços.  E tal cenário perdurou até aproximadamente 1985, quando estes indicadores melhoraram.  Mas o bom momento, obviamente, gerou novos afrouxamentos na política monetária, de modo que, já em 1990, todos eles estavam novamente tão ruins quanto no início do governo.
Houve realmente uma redução nas alíquotas mais altas do imposto de renda, mas isto foi imediatamente mais do que compensado por um aumento ainda maior no VAT (imposto sobre o valor agregado, essencialmente um imposto sobre vendas).  Desta maneira, os pequenos ganhos obtidos pelos grupos de mais alta renda foram mais do que contrabalançados por um aumento do fardo sobre os pobres e a classe média.  Se os esquerdistas quisessem inventar um bicho-papão de direita, eles dificilmente fariam um trabalho mais exitoso e com resultados mais desastrosos para a causa da liberdade econômica.
Para coroar tudo, não nos esqueçamos de sua monumental e decisiva gafe: substituir os impostos municipais sobre propriedade por um imposto único e de igual valor por pessoa (o chamado "poll tax").  Na Inglaterra, o governo central possui autoridade sobre os governos municipais, muitos dos quais são administrados por trabalhistas esquerdistas fanáticos por gastanças.  Este imposto único por pessoa, que substituiria os impostos municipais sobre propriedade, foi criado com a intenção de reprimir a gastança descontrolada dos governos locais.
Porém, em vez de reduzir drasticamente o volume de tributação imposta pelos municípios, algo sobre o qual Thatcher tinha total autoridade, ela simplesmente não impôs limite algum, e deixou que os gastos e demais impostos municipais ficassem a cargo das assembléias municipais.  Logo, aconteceu exatamente aquilo que poderia ter sido previsto de antemão: estas assembléias, Trabalhistas e Conservadoras, agora sem as receitas do imposto sobre propriedade, elevaram seus outros impostos substancialmente, de modo que o cidadão britânico comum se viu obrigado a pagar aproximadamente um terço a mais em impostos.  Enquanto os governos locais aumentavam seus gastos e seus impostos, o imposto único seguiu mordendo furiosamente a renda dos pobres e da classe média.  Ato contínuo, e como era de se esperar, os governos locais simplesmente, e de maneira muito efetiva, jogaram a culpa pelos altos impostos sobre o governo Thatcher.  Não é de se surpreender que tenham ocorrido violentos protestos nas ruas de Londres em março de 1990.  O que é realmente intrigante é que as manifestações não tenham sido muito severas.
Ademais, em meio a todas estas manobras, os thatcheristas se esqueceram de um ponto essencial a respeito do imposto único por cabeça: para ele ser implantado, todos os outros impostos têm de ser drasticamente reduzidos, de modo que até o mais pobre dos mais pobres possa pagá-los.  Suponha, por exemplo, que nossos atuais impostos federais fossem repentinamente unificados sob a forma de um imposto único por cabeça, mas de modo a manter a mesma receita de antes.  Isso significaria que o cidadão médio, e particularmente o cidadão de baixa renda, repentinamente teria de pagar uma quantia enormemente maior de impostos por ano — aproximadamente $5.000.  Logo, o grande charme da tributação única por cabeça é que ela necessariamente forçaria o governo a reduzir drasticamente seus níveis de tributação e de gastos.  Assim, se o governo instituísse, por exemplo, um imposto universal e igual de $10 por ano, confinando suas receitas totais à magnífica soma de $2 bilhões anuais, todos nós viveríamos perfeitamente bem com este novo imposto.
Agora, implantar o imposto único por cabeça no lugar do antigo imposto sobre propriedade, e permitir que ele seja elevado, é uma insanidade política e econômica, e Madame Thatcher recebeu a punição adequada por este erro egrégio.
Por que então o governo Thatcher, ao implantar seu imposto único, não decretou que os governos municipais reduzissem drasticamente suas alíquotas de impostos para cada cidadão?  Se fizesse isso, as massas certamente teriam recebido com prazer o imposto único em vez de tê-lo combatido vigorosamente.  A resposta thatcherista é que, se fizesse isso, o governo central teria então de se responsabilizar pelo financiamento de determinadas atividades fornecidas pelos governos locais, como educação, o que, por sua vez, faria com que o governo central tivesse de elevar seus impostos — ou incorresse em maiores déficits.
Mas esta resposta simplesmente empurra a análise um passo adiante: por que então o governo Thatcher não estava preparado para cortar seus próprios gastos, já substancialmente inchados?  Claramente, a resposta é que os thatcheristas jamais acreditaram genuinamente em sua própria retórica.  Ou isso, ou eles não tiveram a coragem de levantar a questão.  Por esta e por várias outras razões, os gastos e as receitas do governo britânico chegaram ao fim do governo Thatcher sendo mais fartos do que nunca.
Infelizmente, o thatcherismo é muito similar ao reaganismo: retórica livre-mercadista mascarando um conteúdo estatizante.  Exceto pelas privatizações, o fardo estatal aumentou sob Thatcher.  Os gastos absolutos e a porcentagem das receitas tributárias em relação ao PIB aumentaram durante seu regime, e a inflação monetária nunca foi contida.  Compreensivelmente, o descontentamento básico com o governo aumentou, e o aumento dos impostos locais permitidos pelo "poll tax" foi apenas a gota d'água. 
Parece-me claro que um critério mínimo para que um regime receba a alcunha de "pró-livre mercado" seja o fato de ele cortar seus gastos totais, cortar impostos em geral e, consequentemente, reduzir suas receitas.  Além disso, é imprescindível que ele interrompa decisivamente sua própria criação inflacionária de dinheiro.  Mesmo por este certamente muito modesto padrão de medida, a administração Thatcher passou longe de ser digna de tal alcunha.  Por isso, Madame Thatcher mereceu seu destino final.
No entanto, há uma área da macroeconomia da qual certamente temos de lamentar a saída de Thatcher: ela era a única voz contra a criação de um Banco Central Europeu emitindo uma nova e única moeda europeia. [Veja sua reação à jocosa proposta de ela ser a presidente do BCE].  Infelizmente, e especialmente desde a demissão de seu conselheiro econômico, o monetarista Sir Alan Walters, Madame Thatcher não conseguiu apresentar um argumento convincente contra esta vindoura nova ordem mundial, limitando-se apenas a fazer sua oposição utilizando termos esquisitos, raivosos e fanfarrões, como 'a glória nacional britânica contra a subordinação à "Europa"'.  Ela, portanto, passou a ser vista apenas como uma tacanha obstrucionista antieuropeia contrária a uma aparentemente iluminada e beneficente "Europa unida".
O problema presente em praticamente todas as análises da Comunidade Europeia é a típica fusão que fazem entre estado e sociedade.  Socialmente e economicamente, à medida que, em teoria, a nova Europa será uma vasta área de livre comércio e livre investimento de capitais, esta nova ordem será benéfica: irá expandir a divisão do trabalho, a produtividade, e o padrão de vida de todas as nações participantes.  Mas, infelizmente, a essência da nova Europa não será sua área de livre comércio, mas sim uma monstruosa nova burocracia estatal, sediada em Estrasburgo e Bruxelas, a qual irá controlar, regular e "igualar" as alíquotas de impostos em todos os países, coercivamente impondo a elevação dos impostos naqueles países que possuem uma carga tributária mais baixa.
E o pior aspecto desta Europa unificada é exatamente aquela área na qual Madame Thatcher centrou sua artilharia: a moeda e o sistema bancário.  Embora os monetaristas estejam completamente errados em preferir uma Europa (ou um mundo) guiada por diferentes tipos de dinheiro de papel fragmentados em nível nacional em vez de um padrão-ouro internacional, eles estão corretos em alertar sobre os perigos deste novo esquema.  Pois o problema é que a nova moeda, obviamente, não será o ouro — que é uma moeda produzida no mercado e pelo mercado —, mas sim uma única moeda de papel, fiduciária e de curso forçado.  De modo que o resultado deste esquema neokeynesiano será um dinheiro fiduciário inerentemente inflacionista, cuja emissão será controlada monopolisticamente pelo Banco Central Europeu — isto é, por um novo governo regional.
Este arranjo, por sua vez, irá facilitar ainda mais para que os Bancos Centrais dos EUA, da Grã-Bretanha e do Japão colaborem e atuem coordenadamente com o novo Banco Central Europeu, e assim conduzam o mundo rapidamente para aquele velho sonho de Keynes: um Banco Central Mundial emitindo uma única moeda de papel, de aceitação obrigatória para todos os países.  E assim estaremos definitivamente sem ter para onde fugir, com o dinheiro e a macroeconomia mundial estando totalmente à mercê de uma inflação em escala mundial, controlada centralmente por iluminados e autoproclamados mestres keynesianos.
É de se lamentar que Margaret Thatcher não tenha sabido articular sua oposição à nova ordem monetária europeia em tais termos.  É de se lamentar também que sua retórica pró-livre mercado não tenha sido efetivamente colocada em prática.  No final, a história julgará corretamente seu governo e seus feitos.
Murray N. Rothbard (1926-1995) foi um decano da Escola Austríaca e o fundador do moderno libertarianismo. Também foi o vice-presidente acadêmico do Ludwig von Mises Institute e do Center for Libertarian Studies.