O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Enquanto isso, no quinto membro do Mercosul... Venezuela se supera...

Dois exemplos, entre muitos outros da nova democracia bolivariana que passa a pautar os futuros caminhos do Mercosul...

'Hegemonia comunicacional'

Editorial O Estado de S.Paulo, 02 de agosto de 2013

Quando anunciou recentemente que o governo da Venezuela pretendia construir uma "hegemonia comunicacional", o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, não estava para brincadeira. Depois de sufocar as redes de TV independentes por meio de terrorismo judiciário e leis de exceção, o regime chavista ampliou seu assédio aos jornais que ainda ousam criticar o governo.
O último caso envolve Miguel Henrique Otero, que dirige o El Nacional, um dos mais influentes jornais do país. A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, pediu o congelamento das contas e dos bens de Otero, por suspeita de corrupção. A Justiça, sob total controle do chavismo, prontamente atendeu.
Segundo Luisa, Alfredo Peña, ex-prefeito de Caracas, acusa Otero de lhe dever US$ 3,5 milhões, supostamente emprestados em janeiro de 2003 a título de ajuda para o El Nacional. Na época, o jornal enfrentava dificuldades em razão da queda de receita publicitária causada pela greve na PDVSA, a estatal de petróleo, contra o governo.
Otero nega que tenha recebido dinheiro de Peña. Segundo ele, é impossível, "mesmo que se use a mais viva imaginação", aceitar que um funcionário público tenha tido condições de emprestar tamanha soma, incompatível com o patrimônio do ex-prefeito.
A estultícia não se limita ao processo em si. Otero ficou sabendo do pedido de congelamento de seus bens não por meio de uma notificação formal, como seria de esperar em regimes onde vigora o Estado de Direito, e sim depois que a procuradora-geral anunciou a medida pelo Twitter. Sabendo-se que tanto a procuradora-geral como os mais graduados magistrados do Judiciário são zelosos soldados do chavismo, já é possível antecipar que a causa de Otero é perdida.
O fato é que, embora esdrúxulo, o processo de Peña contra Otero está sendo explorado pelo regime chavista e sua máquina de moer opositores para depauperar mais um de seus adversários na mídia. O procedimento é conhecido e ficou claro no caso das emissoras de TV.
Houve episódios de brutalidade explícita, como a ocupação militar da RCTV, a mais antiga emissora da Venezuela, em 2007. O canal foi tirado do ar sob a acusação de ter participado da tentativa de golpe contra Chávez, em 2002. Em seu lugar, entrou a chapa branca Televisora Venezolana Social.
Com o tempo, o processo ficou mais sofisticado. Em vez de invadir e ocupar, o governo passou a sufocar esses canais. O caso da Globovisión é exemplar: acossada por processos judiciais diversos movidos pelo governo, a maior emissora independente da Venezuela capitulou no início deste ano, passando a ser controlada por empresários afinados com o regime. A manobra não tardou a dar frutos: na última eleição presidencial, o canal demitiu um apresentador por ter exibido trechos de um comício do opositor Henrique Capriles.
Em meio a tanta truculência, a autocensura tornou-se comum entre os poucos meios de comunicação que ainda não estão alinhados ao governo. Para aqueles que resistem, a ameaça de algum tipo de punição é permanente. Nelson Bocaranda, o principal blogueiro independente da Venezuela, foi convocado pela procuradora-geral, Luisa Díaz, para dar explicações sobre sua suposta participação na difusão de "mensagens subliminares" que teriam incitado os protestos violentos após as eleições de abril.
Outro grupo de mídia da Venezuela, o Sexto Poder, está sendo objeto dessa "campanha de fustigamento contra a imprensa independente", nas palavras da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP). O Sexto Poder "não pode pagar seus empregados nem seus fornecedores", segundo a SIP, e seu principal dirigente, Leocenis García, foi preso sob acusação de sonegação e enriquecimento ilícito. Claudio Paolillo, da Comissão de Liberdade de Imprensa da SIP, denunciou a manobra do governo venezuelano, que "não fecha os meios de forma direta, pelo custo político que isso acarreta, mas os afoga economicamente, obtendo o mesmo resultado".
==========
Pendientes en cada estado, se están convocando también para el sábado 3/08 concentraciones contra el Gobierno fascista, corrupto e ilegítimo. En el exterior también los venezolanos están organizando concentraciones contra este desastre de Gobierno. Ahora los Enchufados convocaron marcha, ¡Que poco originales! Marcharán según contra la corrupción, es decir, contra ellos mismos. Nada más corrupto que un Enchufado del Gobierno. Ayudemos en la convocatoria porque el Enchufado de Comunicaciones sigue presionando a los medios, usemos el HT #elsabado3porvzla #Sábado3AlosRuices

Libertarianismo: entrevista com Hans-Hermann Hoppe na revista brasileira Dicta & Contradicta

The Logical Beauty of Libertarianism
by Hans-Hermann Hoppe on August 2, 2013

[The Brazilian Philosophy Magazine Dicta & Contradicta interviews Hans-Hermann Hoppe. July 15, 2013.]

Would the change from a statist to a libertarian society help or hinder the production of high culture?
Hoppe: A libertarian society would be significantly more prosperous and wealthy and this would certainly help both low and high culture. But a free society — a society without taxes and tax-subsidies and without so-called “intellectual property rights” — would produce a very different culture, with a very different set of products, producers, stars, and failures.
You see a causal link between a society’s form of government and its moral values and social development. Do you see a similar link between type of government and aesthetic standards and quality of art and entertainment?
Hoppe: Yes I do. Democratic state government systematically promotes egalitarianism and relativism. In the field of human interaction, it leads to the subversion and ultimately disappearance of the idea of eternal and universal principles of justice. Law is swamped and submerged by legislation. In the field of the arts and of aesthetic judgment, democracy leads to the subversion and ultimately disappearance of the notion of beauty and universal standards of beauty. Beauty is swamped and submerged by so-called “modern art.”
Given that libertarian communities could freely banish dissenters for disagreeing with any given opinion, would there be more or less free intellectual discussion in a libertarian world as opposed to ours? And as opposed to a world composed of traditional monarchies?
Hoppe: Private property entitles its owner to discriminate: to exclude or include others from his property and to determine the conditions of entry and inclusion. Both inclusion and exclusion have associated costs and benefits for the owner, which he weighs against each other when he makes his decision. In any case, the owner’s decision is motivated by his concern for his property and by reason. His reasoning may turn out correct and he reaches his goal or it may turn out wrong, but in any case, the owner’s is a reasoned decision.
The founder and developer of a private community, then, would not likely discriminate and exclude based on mere differences of opinion. Or if he did he would not likely attract more than a guru’s following as subscribers. Typically, discrimination will be based on differences in conduct, expression and appearance, on what people do and how they act in public, on language, religion, ethnicity, customs, social class, etc. The owner discriminates in order to achieve a high degree of homogeneity-of-conduct in his community and so avoid or reduce intra-communal tension and conflict — in economic jargon: to reduce transaction costs; and he does so in the expectation that his decision will be good for his property and community.
In any case, in a libertarian world there would indeed be far more discrimination than in the present statist world, which is characterized by countless anti-discrimination laws and, consequently, ubiquitous forced integration. In particular, whatever other criteria may be used for inclusion or exclusion, in a libertarian world, for instance, no private community owner would want to tolerate — and not discriminate against — communist or socialist activists on his property. As enemies of the very institution on which the community rests, they would be excluded or expelled — but they would of course remain free to establish their own communist commune, kibbutzim, or whatever other “lifestyle experiment” they come up with.
In sum and to finally answer your question, then, a libertarian world would be characterized by a far greater variety of different, but internally relatively homogeneous communities, and consequently the range, diversity, and vigor of intellectual discussion in all likelihood would far surpass anything experienced presently or at any time in the past.
Do libertarian political and ethical positions have any relation to certain aesthetic and artistic judgments? Is there any incoherence in a libertarian who is a lover of, say, Soviet Realism?
Hoppe: From a purely logical point of view, libertarianism is compatible with each and every aesthetic and artistic style or judgment. I am not the first one to notice, for instance, that famous libertarian Ayn Rand’s artistic work displays a striking stylistic resemblance to Socialist Soviet Realism. Similarly, I have seen it possible to be a “perfect” libertarian and never aggress against anyone’s person or property, and yet be an all-around useless, unpleasant or even rotten fellow.
Psychologically matters are different, however. Here, in the realm of psychology we sense that life as a peaceful bum or as a lover of Soviet Realist art is somehow incompatible and at odds with the life of a self-conscious libertarian. When we see such conduct or taste displayed in a professed libertarian, it causes us emotional or aesthetic distress and dissonance. And rightly so, I believe. Because the human experience is characterized by the integrated whole of three abilities: of the recognition of truth, of justice and of beauty. We can distinguish between true and false, we can distinguish right from wrong, and we can distinguish between the beautiful (and perfection) and the ugly (and the imperfect) — and we can speak and reflect on all three notions. A whole and complete human life, then, should not only be truthful and just, it should also be a good life. Maybe not beautiful and perfect, but a life striving toward beauty and perfection. An exemplary, morally and aesthetically uplifting and inspiring life. It is here, where the peaceful bum and the Soviet-Realism-lover are lacking.
Alternatively, does art have a role to play in shaping political and philosophical ideas? Can this be done other than as propaganda for a given ideology?
Hoppe: The purpose of the visual arts and of music is the creation of beauty in all its manifestations. It has no further philosophical implications. Yet beautiful art and music and libertarianism have one important commonality. Libertarianism, too, is beautiful. Not aesthetically, of course, but logically, as a simple and elegant social theory.
As for the wholly or partially discursive — narrative — arts, yes, they can serve as a vehicle for the promotion of political and philosophical ideas. You can call this propaganda. But these ideas can be true and good or false and evil. And although I am not an artsy person, I rather have more artists propagandizing the true and good ideas of private property and of capitalism as Ayn Rand, for instance, and fewer artists propagandizing the false and evil ideas of public property and of socialism as, let’s say, Bertolt Brecht. But a philosophical agenda is neither necessary to make for art — one can also tell a story for its own sake. Nor is a philosophical purpose sufficient to make for art. To make for art, a narrative must above all be characterized by truthfulness (in the widest sense of the term), by intelligibility, logical coherence, a mastery of language, expression and style, and a sense of humanity and of human justice: of agency and the intentional and the non-intentional in life, of right and wrong, and good and bad.
Do the ideas discussed by intellectuals have any practical effect on the history of human society?
Hoppe: I am no fan of J. M. Keynes. But when he said, that “the ideas of economists and political philosophers, both when they are right and when they are wrong, are more powerful than is commonly understood. Indeed, the world is ruled by little else. Practical men, who believe themselves to be quite exempt from any intellectual influence, are usually the slaves of some defunct economist,” he was right. In fact, Keynes is the very defunct economist, pronouncing wrong ideas at that, to whom the practical men of today are intellectually enslaved.
Is academic life in its present state a healthy environment for an intellectual? Can he survive as an intellectual anywhere else?
Hoppe: That depends on the intellectual. Academic life can be very comfortable for someone spouting forth politically correct leftist platitudes for years on end. On the other hand, for an Austro-Libertarian — and even more so a culturally conservative Austro-Libertarian — academic life is difficult and often maddening. With persistence and some luck you can make it and survive, but if you don’t sell out or at least shut up, you should be prepared to pay a price.
Nowadays, however, thanks to the Internet, you can also survive as an intellectual outside official academia. With minimal entrance-cost the competition is fierce, but the opportunities seem boundless. Encouragingly, there are already quite a few Austro-Libertarian intellectuals today, who have earned prominence and money via this route.
If you could magically change one belief in the minds of all people in present societies, what would it be and why?
Hoppe: I agree in this with my principal teacher, mentor, and master Murray Rothbard. I would only want people to recognize matters for what they truly are. I would want them to recognize taxes as robbery, politicians as thieves, and the entire state apparatus and bureaucracy as a protection racket, a Mafia-like enterprise, only far bigger and more dangerous. In short: I would want them to hate the State. If everyone believed and did this, then, as É. de la Boétie has shown, all power of the state would almost instantly vanish.
What positive influence did Habermas have on your thought? Were there negative influences from him as well?
Hoppe: Habermas was my principal philosophy teacher and Ph.D. advisor during my studies at the Goethe University in Frankfurt am Main, Germany, from 1968-74. Through his seminars I became acquainted with British and American analytical philosophy. I read K. Popper, P. Feyerabend, L. Wittgenstein, G. Ryle, J.L. Austin, J. Searle, W.v.O. Quine, H. Putnam, N. Chomsky, J. Piaget. I discovered Paul Lorenzen and the Erlangen School and the work of K.O Apel. I still believe that this was a pretty good intellectual training.
Personally, then, I have no regrets. As for Habermas’s influence on Germany and German public opinion, however, it has been an unmitigated disaster, at least from a libertarian viewpoint. Habermas is today Germany’s most celebrated public intellectual and High Priest of “Political Correctness”: of social democracy and welfare-statism, of multi-culturalism, anti-discrimination (affirmative action) and political centralization spiced, especially for German consumption, with a heavy dose of “anti-fascist” rhetoric and “collective guilt” — mongering.
Is it worthwhile to read literature? What is your favorite literary book?
Hoppe: This everyone must decide for himself. Personally, I have never read much literature. If I want to do some “lighter” reading, I typically read history, including historical novels, biographies, or literary and cultural criticism à la H.L. Mencken or Tom Wolfe.

Hans-Hermann Hoppe, an Austrian School economist and anarchocapitalist philosopher, is professor emeritus of economics at UNLV, a distinguished fellow with the Ludwig von Mises Institute, and founder and president of The Property and Freedom Society. Send him mail. See Hans-Hermann Hoppe's article archives.
You can subscribe to future articles by Hans-Hermann Hoppe via this RSS feed.

Iran: destruir Israel continua a ser politica de Estado com novo presidente

Oriente Médio

Novo presidente do Irã insulta Israel, que reage

Premiê israelense diz que Rouhani mostrou sua "verdadeira cara"

Veja.com, 2/08/2013
O clérigo reformista Hassan Rohani venceu as eleições presidenciais
O clérigo reformista Hassan Rohani venceu as eleições presidenciais (Majid Hagdost/Reuters)
O presidente recém eleito do Irã, o clérigo Hassan Rohani, deu nesta sexta-feira uma mostra clara de como será seu governo: em evento do chamado Dia de Qods, em apoio aos direitos dos palestinos, afirmou que Israel é uma  "chaga" que deve ser removida da região. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu reagiu dizendo que o iraniano mostrou sua "verdadeira cara".
"O regime sionista é uma chaga que se estabeleceu no corpo do mundo muçulmano por anos e deve ser removida", disse Rohani. E Netanyahu respondeu: "A verdadeira face de Rohani foi revelada antes que o esperado... Isso é o que pensa e isto é o que o regime iraniano tem como plano de ação". O premiê israelense pediu ao mundo que despreze suas esperanças de mudança no Irã perante a eleição de Hassan Rohani.
Para Netanyahu, as declarações de Rohani "devem despertar o mundo da ilusão de que uma parte da comunidade internacional teve após as eleições no Irã". "O presidente lá mudou, mas o objetivo do regime não: conseguir armas nucleares para ameaçar Israel, o Oriente Médio, a paz e a segurança internacional", disse Netanyahu, acrescentando: "Não devemos permitir que um Estado que ameaça destruir o Estado de Israel chegue a ter armas de destruição em massa".
Rohani fez seus comentários durante a comemoração nesta sexta-feira do "Dia de Al Quds" (nome árabe de Jerusalém), realizado desde 1979, para expressar rejeição contra a ocupação pelo estado israelense. Rohani era o único candidato reformista que disputava a presidência iraniana este ano, junto a outros quatro conservadores e um tecnocrata. Ele foi apoiado pelos ex-presidentes reformistas Akbar Hashemi Rafsanjani e Mohamed Khatami.
(Com agências EFE e France-Presse)

A politica externa brasileira da era Lula-Dilma: comentario de leitor do blog

Permito-me transcrever aqui comentários recebidos de um leitor do blog, João, a propósito da palestra do Min. Patriota na UFABC, realizada recentemente; está no YouTube. Foram 55 minutos falando sobre a "nova" diplomacia brasileira nos últimos 10 anos. (Eu mesmo não tive oportunidade de assistir, o que vou fazer agora.)
Paulo Roberto de Almeida
Em apertada síntese o Ministro divide a atuação da diplomacia brasileira em dois momentos: antes e após o presidente Lula, rotulando esse período, que segundo ele segue firme e forte com a "Presidenta", como Diplomacia Criativa. 
O que mais me impressionou na palestra foi o esforço em colocar a diplomacia do período Lula como algo excepcional, incomparável com qualquer outro momento da longa história do Itamaraty. Tudo isso sem levar em consideração a conjuntura política, a história e, principalmente, a economia do período FHC, por exemplo. Posso estar enganado - ainda estou estudando o tema -, mas não foi no período de FHC que a Inglaterra, os EUA, passaram a perceber a importância, a necessidade de um melhor relacionamento com o Brasil? Salvo engano, lembro-me de uma recepção impar promovida pela rainha do Reino Unido para o pres. FHC. Entre outros encontros que marcaram aquele período e a diplomacia brasileira. Seria exagero afirmar que esse período referido representou um marco para a diplomacia brasileira? Não foi neste período que o Brasil voltou ao cenário mundial? Não estou a desmerecer o período Lula neste ponto, tenho que houve avanço. Questiono as premissas postas pelo Ministro, bem como a indiferença a momentos relevantes, e não menos importantes. 
Peço desculpa pelo longo texto. Mas vou terminando, destacando, ainda sobre a referida palestra, a afirmativa do Ministro de que a Presidente garante a continuidade da política externa do gov. Lula. Pergunto: e a cooperação com os países da África, que segundo consta da imprensa em geral, somente continua se der lucro? A reclamação do excesso de postos no exterior? A centralização do controle da política externa?? Continuidade?!?

Brasil recua para a Idade Media: ja nao e' mercado unificado, e simfragmentado

O Brasil deixou de ser uma federação, aliás há muito tempo: estados se comportam como se fossem unidades econômicas autônomas, cada qual com seus impostos e regulamentos.
Mais um pouco, algum deles abandona o padrão métrico decimal...
Paulo Roberto de Almeida

Vilson Noer, presidente da AGV - Governo nega apoio e eliminação do Imposto da Fronteira agora depende só da Assembléia

Vilson Noer, presidente da Associação Gaúcha do Varejo
Entrevistado pelo jornalista gaúcho Políbio Braga, 1/08/2013:

O comércio varejista gaúcho protocolou pedido no Piratini e pediu resposta à proposta de eliminação do chamado Imposto de Fronteira.
Houve a resposta. O governo estadual gaúcho precisou de 17 páginas para responder à reivindicação do comércio varejista gaúcho, que reivindica a eliminação do chamado Imposto da Fronteira, a alíquota adicional de 5% do ICMS no caso dos produtos comprados em outros Estados.

Não adiantou argumentar que o governo acaba de isentar do imposto um conjunto de 17 ramos industriais?
Há duas semanas, o governador Tarso Genro concedeu a isenção para 17 ramos industriais, mas não quis avançar mais do que isto, alegando que prejudicaria o parque fabril do RS.

Outros Estados eliminaram esse imposto?
A maior parte dos Estados revogou seus Impostos de Fronteira, inclusive SC e Paraná. Isto significa que nossos produtos vendidos custam mais caro, o que diminui nossa competitividade de maneira grave. 

E agora?
Estamos neste momento (15h15min) na Assembléia, porque o assunto terá que ser resolvido por aqui. O benefício poderia ser concedido apenas para os pequenos e médios, o que representaria menos de 1% da arrecadação total do ICMS, mas ajudaria os empreendedores e seus trabalhadores, que querem continuar gerando riqueza, empregos e impostos para o Estado.

Qual é a perspectiva?

O caso está agora nas mãos da Assembleia, onde uma proposta em poder da Comissão de Constituição e Justiça poderá revogar o decreto que impôs a sobretaxa. Na última reunião antes do recesso, a proposta foi aprovada por maioria de votos, inclusive com o apoio de dois deputados da situação, no caso Heitor Schuch, PSB, e dr. Bassegio, PDT. Nova votação ocorrerá na retomada dos trabalhos. Se for de novo aprovada, a proposta irá a plenário. 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Venezuela: Maduro cae de maduro o de fresco? - Controversias politicas (ABC, Espanha)

ABC: "Maduro es colombiano, no puede ser presidente"

Son unos documentos que han convulsionado el escenario político venezolano. La legitimidad del presidente venezolano, Nicolás Maduro, ha vuelto a ser centro de la polémica después de que el pasado 29 de julio Guillermo Cochez, ex-embajador de Panamá ante la OEA, mostrara en el programa colombiano NTN24 la partida de nacimiento del mandatario.
En ella se muestra que Nicolás Maduro nació en la ciudad colombiana de Cúcuta. De ser así, Maduro no podría seguir siendo presidente. Ante el revuelo originado por la noticia, el líder opositor, Henrique Capriles, llamó ayer «mentira fresca» al presidente, a quien además acusó de no haber dicho la verdad sobre la salud del fallecido Hugo Chávez y a quien preguntó: «¿También mientes sobre tu nacionalidad?». Por su parte, Nicolás Maduro afirmó que Cóchez «es un demente, además de un pinto muy malo». E insistió en que la oposición solo intenta «quitarse de encima la derrota». En medio de esta controversia, Guillermo Cochez explica a ABC el embrollo en el que está envuelto el mandatario venezolano.
-¿Podría especificar qué dice la partida de nacimiento de Maduro de la que usted dispone?
-Sí, el documento lo hemos encontrado en la ciudad colombiana de Cúcuta, fronteriza con Venezuela. En él aparece, escrito a mano que era como se hacía en aquel entonces, el registro de nacimiento del presidente de Venezuela en la partida número 47, tomo 22A, de noviembre de 1961, bajo el nombre de Nicolás Alejandro Maduro y no como Nicolás Maduro Moros que fue como lo inscribieron en Caracas (Venezuela) once años después. Además, ese segundo registro civil es erróneo ya que está fechado el 23 de noviembre de 1962.
-¿Está autentificada la documentación?
-No, lo que sí está probado es que el padre (Nicolás Maduro), la madre (María de Jesús Moros) y la hermana (María Teresa de Jesús Maduro Moros) del presidente son colombianos, por tanto Nicolás Maduro es colombiano, y no puede ser presidente. Recordemos que, según el artículo 41 de la Constitución, para que un ciudadano ejerza el cargo de presidente de la República se deben dar dos condiciones: «Que sea venezolano por nacimiento» y que «no tenga otra nacionalidad». Al no haber renunciado a la nacionalidad colombiana, Venezuela tendría un presidente ilegítimo
-¿Qué consecuencias acarrea que Maduro tenga la doble nacionalidad?
-En este caso, Nicolás Maduro no podrá continuar su mandato al frente del Ejecutivo, deberá ser encarcelado por transgredir la Constitución y por usurpar un puesto que le corresponde a un venezolano, y habrá que convocar elecciones anticipadas. Podrían ser en diciembre.
-¿Nicolás Maduró nunca ha presentado su partida de nacimiento venezolana?
-No; de hecho hace dos semanas (el pasado 15 de julio) contrajo matrimonio con su pareja Cilia Flórez, en una ceremonia privada oficiada por el alcalde de Caracas, Jorge Rodríguez. En Venezuela hay que entregar la partida de nacimiento antes de firmar el acta matrimonial. Sin embargo, también se ha investigado y nadie ha podido encontrar el registro civil del nacimiento de Maduro, lo que convertiría a Jorge Rodríguez en cómplice del engaño.
-¿Qué opinión le merece Jorge Rodríguez, el alcalde de Caracas?
-Es uno de los grandes dirigentes del chavismo y ha protagonizado varios escándalos. En el año 2009 se le decomisó una fortuna de 36 millones de dólares en una cuenta bancaria en Panamá (Banco Insoduez).
-Si Nicolás Maduro nunca ha presentado su partida de nacimiento en Venezuela, ¿dónde ha nacido?
-Esa es la gran incógnita. No se sabe. Dentro de sus propias filas hay dos versiones: los que dicen que ha nacido en la parroquia El Valle (Caracas) y los que aseguran que lo ha hecho en Chaguaramos, situado en la parroquia de San Pedro (Caracas). Él mismo dijo que es originario de Chaguaramos, que está situado al lado de la parroquia de El Valle. Sin embargo, el Gobierno no debería tener este tipo de confusiones en una cuestión tan delicada. Además, es extraño que su hermana haya nacido en Cúcuta.
-¿Las autoridades colombianas le han ayudado en la investigación?
-No, no han colaborado, aunque he de añadir que conozco bastante bien al presidente colombiano Juan Manuel Santos y no creo que esté tramando nada extraño. Aunque en política nunca se sabe lo que puede pasar.
-Sin embargo, el registro civil de Colombia sí que ha desmentido el documento...
-Es cierto. La información del documento es correcta, lo que no se ha podido demostrar es el número que aparece en el sistema -NUIP, 2.317.759- ni la firma del aval. El funcionario que certificó el documento es Alirio Villamizar, sin embargo Alberto Arias, director nacional de identificación ha negado que Villamizar firmase el registro.
AJ

Compartir



A Rainha e a Terceira Guerra Mundial (definitiva?) - Jamil Chade revela Elizabeth (1983)

Revelado discurso que rainha Elizabeth faria no caso de uma 3a Guerra Mundial

Jamil Chade, Blogs Estadão, 1/08/2013
As últimas palavras que os britânicos teriam escutado de sua rainha antes de uma eventual Terceira Guerra Mundial acabam de ser reveladas hoje. Seguindo as regras de sigilo de documentos oficiais, o Arquivo Nacional Britânico acaba de publicar nesta manhã o discurso que estava preparado pelos assessores da rainha Elizabeth em 1983, caso o mundo entrasse em uma nova guerra, desta vez nuclear.
No texto, a rainha Elizabeth usaria palavras que seu pai, o rei Jorge VI, mencionou aos ingleses às vésperas da Segunda Guerra Mundial, evocando o que ela chama de um “corajoso país”. No texto, ela diria que o Reino Unido estaria prestes a passar pela “maior ameaça” de sua história.
Hoje, as palavras de Jorge VI ganharam fama mundial por conta do filme The King’s Speech. Mas, no Reino Unido, elas já faziam parte da memória coletiva.
“Agora, essa loucura da guerra está uma vez mais se espalhando pelo mundo e nosso corajoso país precisa se preparar de novo para sobreviver”, declararia a rainha, seguindo as mesmas palavras de seu pai, meio século mais cedo.
O discurso é apenas parte de um exercício militar que ganhou o nome de WINTEX-CIMEX 83, e que foi conduzido no primeiro trimestre de 1983. O cenário previa um ataque químico dos soviéticos, conduzindo a OTAN a responder com armas nucleares.
1983 foi um dos anos mais delicados da Guerra Fria. Nos EUA, o presidente Ronald Reagan insistia com seus planos de “Guerra nas Estrelas”, enquanto propunha instalar parte das armas nucleares americanas na Europa. Reagan chegou a classificar os soviéticos como “paranóicos” em um encontro com a primeira-ministra Margaret Thatcher. Moscou ainda derrubaria um avião civil da Coréia do Sul, matando 269 pessoas.
Eis o discurso completo que faria a rainha, em sua versão original:

When I spoke to you less than three months ago we were all enjoying the warmth and fellowship of a family Christmas.
Our thoughts were concentrated on the strong links that bind each generation to the ones that came before and those that will follow.
The horrors of war could not have seemed more remote as my family and I shared our Christmas joy with the growing family of the Commonwealth.
Now this madness of war is once more spreading through the world and our brave country must again prepare itself to survive against great odds.
I have never forgotten the sorrow and the pride I felt as my sister and I huddled around the nursery wireless set listening to my father’s inspiring words on that fateful day in 1939.
Not for a single moment did I imagine that this solemn and awful duty would one day fall to me.
We all know that the dangers facing us today are greater by far than at any time in our long history.
The enemy is not the soldier with his rifle nor even the airman prowling the skies above our cities and towns but the deadly power of abused technology.
But whatever terrors lie in wait for us all the qualities that have helped to keep our freedom intact twice already during this sad century will once more be our strength.
My husband and I share with families up and down the land the fear we feel for sons and daughters, husbands and brothers who have left our side to serve their country.
My beloved son Andrew is at this moment in action with his unit and we pray continually for his safety and for the safety of all servicemen and women at home and overseas.
It is this close bond of family life that must be our greatest defence against the unknown.
If families remain united and resolute, giving shelter to those living alone and unprotected, our country’s will to survive cannot be broken.
My message to you therefore is simple. Help those who cannot help themselves, give comfort to the lonely and the homeless and let your family become the focus of hope and life to those who need it.
As we strive together to fight off the new evil let us pray for our country and men of goodwill wherever they may be.
God Bless you all.

A frase da semana: Oswaldo Aranha, sobre as ideias

As ideias são mais poderosas do que as máquinas. É verdade que as resistências morais são maiores do que as materiais.

Oswaldo Aranha
Discurso em banquete do Clube do Comércio, Porto Alegre, 9 de agosto de 1947
In: FLORES, Moacyr. Oswaldo Aranha. Porto Alegre: Instituto Estadual do Livro, 1991, p. 79.

Corrupcao e corrupcao, os males do Brasil sao... E justo na educacao...

Brasil - Veja.com, 31/07/2013

CGU descobre irregularidades no Fundeb

73% das prefeituras fraudaram processos de licitação para a compra de serviços e materiais de uso na rede pública de ensino

Educação puxa desempenho do país no IDHM para baixo (Eduardo Martino/Documentography)

Crianças no ponto de leitura da favela Caracol, complexo da Penha, no Rio de Janeiro
Principal entrave para a melhoria do índice de desenvolvimento humano dos municípios (IDHM) no Brasil, a qualidade da educação tem sido afetada por desvios e malversação de recursos destinados pelo governo às escolas. Levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU) mostra que 73% das prefeituras fiscalizadas em 2011 e 2012 fraudaram processos de licitação para a compra de serviços e materiais de uso na rede pública de ensino.
Os dados constam de relatório sobre a execução de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que transfere, anualmente, mais de R$ 100 bilhões para bancar salários de professores, compra de equipamentos e manutenção de atividades como a merenda e o transporte escolar.
Nos dois últimos anos, a CGU fez auditoria em 64 municípios que usaram dinheiro do fundo, selecionados por meio de sorteio. Em 46 deles, os auditores detectaram problemas nas licitações, como direcionamento, montagem e até simulação dos processos de competição.
O relatório indica que o porcentual de municípios flagrados em situação de irregularidade aumentou. Numa amostra de 120 prefeituras, fiscalizadas entre 2007 e 2009, 41% cometeram fraudes nas concorrências.
O órgão de controle do governo aponta vários outros problemas. Nos dois últimos anos, 70% dos municípios fizeram despesas incompatíveis com a finalidade do Fundeb. Em 25% dos casos, houve falhas na execução de contratos. É comum o uso do dinheiro sem qualquer controle ou prestação de contas: 32% sacaram dinheiro do fundo na boca do caixa.
Há situações em que a retirada dos recursos foi feita pelo gestor pouco antes da posse de um novo prefeito. O relatório também cita a contratação de empresas fantasmas para o transporte escolar.
O relatório foi apresentado nesta quarta-feira, um dia após a divulgação do IDHM. A CGU não informou a lista de prefeituras que cometeram irregularidades. Questionada, não respondeu a pedido de detalhamento.
Em 20 anos, o índice de desenvolvimento humano melhorou 47,8% nos municípios brasileiros. Mas o avanço poderia ser maior, caso o País tivesse resolvido gargalos na educação. Dos três componentes do indicador, que também considera saúde e renda, esse é o que puxa o desempenho dos municípios para baixo.
Segundo a CGU, a falta de fiscalização sobre recursos do Fundeb favorece as fraudes. Embora o órgão faça auditorias pontuais na educação, a lei que regulamenta o fundo não nomeia nenhum ente "supervisor" da execução das despesas em estados e municípios.
A lei prevê a criação de conselhos para exercer controle social sobre o uso dos recursos. Mas, segundo a CGU, três em cada dez não cumprem esse papel. "Faz-se necessário o aperfeiçoamento da legislação com vistas à definição de um órgão ou entidade federal que desempenhe essas funções", diz o relatório.
O Fundeb foi criado em 2006, em substituição ao extinto Fundef. O objetivo foi proporcionar a melhoria na qualidade do ensino, redistribuindo os recursos previstos na Constituição para a educação. Obrigatoriamente, 60% da verba tem de ser destinada à remuneração de professores. Nas fiscalizações de 2007 a 2009, a CGU constatou, por exemplo, que três em cada dez municípios descumpriam essa regra.
Leiam também: