O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Hayek na UnB: comemoracao dos 33 anos do evento

Apenas relembrando, hoje e amanhã, na UnB:
Assistam, e depois me contem...
Paulo Roberto de Almeida

Venezuela: retratos de um pais excessivamente democratico... - Moises Naim

Tão democrático, como diria um ex-presidente, que Unasul e Mercosul não precisam fazer nada, apenas continuar no seu marasmo moribundo que ninguém vai lhes cobrar coerência com suas respectivas cartas e instrumentos democráticos firmados pelos países.
Para que, não é mesmo?
Para nada...
E a OEA, já morreu?
Paulo Roberto de Almeida

Postais da Venezuela
Moisés Naím
El País, 12/05/2014

Relatório do Human Rights Watch constata violações dos direitos humanos

Primeiro postal: "Moisés Guánchez tem 19 anos e trabalha como garçom em um restaurante nos arredores de Caracas. Em 5 de março, ao sair do trabalho, encontrou-se preso junto com outras 40 pessoas em um estacionamento. Membros da Guarda Nacional Bolivariana que estavam reprimindo um protesto nessa área começaram a lançar bombas de gás lacrimogêneo e a disparar balas de borracha contra o grupo onde estava Guánchez. Ao tentar sair de lá, um membro da Guarda Nacional o impediu, disparando balas de borracha no seu rosto. Embora não encontrassem nenhuma resistência, dois guardas se revezaram a espancá-lo, enquanto um terceiro atirou à queima-roupa na sua pélvis. Guánchez teve que passar por cirurgia nos braços, na perna e no testículo".

Segundo: "José Romero, de 17 anos, foi detido em 18 de março ao sair de uma estação de metrô em Caracas. Um guarda nacional pediu a sua identificação e, quando Romero a entregou, o guarda lhe deu um tapa e o prendeu sem maiores explicações. Foi levado a um lugar desconhecido onde ficou incomunicável, ameaçado de morte e espancado. Foi obrigador a ficar de joelhos por 12 horas sem água, comida ou poder ir ao banheiro. Durante a noite, os guardas lhe disseram que o estuprariam e um deles levantou sua camiseta e o queimou. Isso aconteceu três vezes".

Terceiro: "Em 21 de março, na cidade de Valencia, Daniela Rodríguez estava filmando, com o seu celular, uma passeata que ficou violenta. Rodríguez correu para casa e trancou a porta. Trinta membros da polícia e do serviço de inteligência entraram à força na sua casa, prendendo-a e o seu irmão Luis".

Quarto: "Em 13 de fevereiro, Juan Manuel Carrasco, de 21 anos, e dois amigos correram para fugir de confrontos violentos entre a Guarda Nacional e manifestantes na cidade de Valencia. Entraram no carro de um deles, mas foram rodeados por 15 guardas em motos. Obrigaram-nos a sair, bateram neles, pegaram seus celulares e outros pertences e colocaram fogo no carro. Em seguida, eles foram levados para um parque onde foram forçados a ficarem deitados no chão enquanto eram agredidos e pisoteados no rosto com as botas dos guardas. Um deles colocou o fuzil no pescoço de Carrasco e foi baixando o cano da arma pelas costas, baixou a sua roupa interior e penetrou o seu reto com a arma, causando uma hemorragia. Os outros detidos foram obrigados a deitarem de costas enquanto um guarda passava três vezes por suas pernas com uma moto".

Esses são apenas quatro casos de um longo inventário de horrores compilado pela organização internacional Human Rights Watch (HRW) durante uma visita a Venezuela, em março. A leitura do relatório completo (disponível na internet) é tão assustadora quanto obrigatória. Cada incidente está documentado com evidências que não deixam espaço para dúvidas sobre a veracidade do que é relatado. Os especialistas do HRW visitaram Caracas e três estados venezuelanos, entrevistaram mais de 90 vítimas, os médicos que as atenderam, testemunhas, jornalistas e organizações de defesas dos direitos humanos. Coletaram centenas de fotografias, vídeos, relatórios médicos e documentos legais.

Nas palavras de José Miguel Vivanco, diretor do HRW para as Américas: "A magnitude das violações dos direitos humanos que documentamos na Venezuela e a participação de membros das forças de segurança e funcionários judiciais nesses crimes demonstram que não se tratam de incidentes isolados, nem do excesso de alguns indisciplinados. Pelo contrário, fazem parte de um padrão preocupante de abusos que representa a crise mais grave que presenciamos na Venezuela em anos".

O relatório do HRW prova que o governo de Nicolás Maduro faz uso ilegal de força contra manifestantes desarmados e inclusive contra simples pedestres. Os espancamentos graves, o uso indiscriminado de munições reais, balas de borracha e gás lacrimogêneo e os disparos à queima-roupa com chumbo grosso contra pessoas que estavam sob custódio são rotineiros. Também se comprovou um abuso contínuo e sistemático dos detidos, que em alguns casos pode até ser considerado tortura.


O principal conflito na Venezuela hoje em dia não é entre os que promovem o socialismo e os que acreditam no capitalismo, entre ricos e pobres ou entre os simpatizantes dos Estados Unidos e os que repudiam a superpotência. Está entre os que defendem um governo que usa a violação dos direitos humanos como política de Estado e os que estão dispostos a sacrifícios para impedi-lo.

Amante de ex-presidente continua a viver as nossas custas: advogado de luxo, pago por todos os brasileiros...

Reinaldo Azevedo, 12/05/2014

Rosemary, a amigona de Lula: Fundo Partidário paga a conta de advogado que, por coincidência, também a defende
Há dias, o ministro Marco Aurélio Mello, presidente do TSE, apontava o despudor com que o oficialismo usa a máquina pública para fazer campanha eleitoral, sem dar bola para a lei. Ele defendeu, por exemplo, que a presidente Dilma Rousseff fosse punida por ter usado, durante o Carnaval, o Palácio da Alvorada para cuidar da sua reeleição e de assuntos do PT. Mas foi voto vencido. No dia 30 de abril, Dilma não se fez de rogada. Recorreu à Rede Nacional de Rádio e Televisão e fez campanha eleitoral descarada — como se, de resto, não fosse também esse o caráter da publicidade das estatais e do próprio governo federal.
Reportagem de Fabio Fabrini e Erich Decat, no Estadão desta segunda, informa que o PT e o PR contrataram, com verbas do Fundo Partidário — que é dinheiro público — os mesmos advogados que representaram, na esfera privada, seus respectivos mensaleiros e réus acusados nas operações Porto Seguro e Sanguessuga, deflagradas pela Polícia Federal.
O PT repassou R$ 40 mil mensais para os escritórios que defendem José Genoino e, vejam vocês!, Rosemary Noronha. Sim, trata-se da ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo — aquela que era amigona íntima de um certo Luiz Inácio Lula da Silva. O que dizem os escritórios? Ora, que prestaram serviços apenas ao partido e que defendem graciosamente os acusados na esfera privada, ou a preços bem baratinhos.
O uso da verba do Fundo Partidário é disciplinado pelo Artigo 44 da Lei 9.096, que é a Lei dos Partidos Políticos. E, obviamente, lá não está escrito que as legendas podem pagar advogados para os seus bacanas que estão enrolados com a Justiça. E que se note: qualquer indivíduo pode apresentar à Justiça Eleitoral a denúncia de malversação do fundo — e ela terá de investigar.
A reportagem do Estadão encontrou no papelório do PR três notas fiscais de R$ 42 mil cada emitidas pelo escritório de Marcelo Luiz Ávila Bessa — justamente o profissional que defendeu os mensaleiros Valdemar Costa Neto e o tal Bispo Rodrigues. O partido admitiu que o dinheiro teve mesmo essa finalidade.
Em 2012 e 2013, o PT pagou ao escritório Fregni-Lopes da Cruz R$ 485 mil em honorários de ações cíveis, conforme 15 notas fiscais apresentadas ao TSE. Em Brasília, essa mesma equipe defende José Genoino em processos de improbidade administrativa — um desdobramento na área cível do mensalão. O escritório diz que o dinheiro nada tem a ver com o ex-presidente do PT e que faz a sua defesa como… cortesia.
Quando estourou o caso Rosemary Noronha, muita gente estranhou o nomão do direito que a acompanhava — mão de obra barata é que não era. Quem atuou na sua defesa foi Luiz Bueno de Aguiar, que recebeu ao menos R$ 809 mil do PT nos últimos dois anos — dinheiro sempre originário do Fundo Partidário. Também ele diz que isso nada a tem a ver com Rosemary.
Vocês entenderam? E os patriotas ainda vêm falar em financiamento público de campanha. Vejam aí a lambança: os partidos já recebem do Tesouro uma bolada. Esse dinheiro tem carimbo. Só pode ser usado na atividade partidária propriamente. Mas quê… O PR admite ter pagado com ele os honorários dos advogados que defenderam seus mensaleiros. O PT, como sempre, nega de pés juntos — e seus contratados também.

Seria tudo uma coincidência. O partido usa dinheiro público para pagar os doutores, e estes, corteses e generosos que são, fazem a defesa gratuita dos petistas enrolados. A gente acredita em cada palavra, não é mesmo?


Existem muitos espertalhões por aí defendendo o financiamento público de campanha, querendo proibir a doação de empresas. Infelizmente, já há uma maioria formada no Supremo a favor dessa tese. Se o Congresso não aprovar uma emenda alterando esse absurdo, a conta das eleições cairá no nosso bolso.
Vocês sabiam que, só neste ano, sairão do nosso bolso mais de R$ 300 milhões para os partidos? Sim, dinheiro público! Sabem de quanto foi a parcela de abril? Eu conto: R$ 25.060.716,71. Quem levou a maior parte? O PT, por ser o maior partido da Câmara: R$ 4.183.736,72 — 17% do total.
Só ficam com esse dinheiro? Claro que não! Só neste ano de 2014, o governo deixará de arrecadar R$ 840 milhões em impostos por causa do horário político gratuito — aquelas mensagens dos partidos no rádio e na televisão — e do horário eleitoral gratuito. As empresas têm o direito de deduzir do imposto que devem 80% do que arrecadariam — vale dizer: arcam com o custo de 20%. Sob o pretexto de que são concessões públicas, são obrigadas a financiar, em parte, a atividade partidária.
O que isso significa? Que os partidos levarão, só neste ano, R$ 1,140 bilhão dos cofres públicos. O uso do Fundo Partidário está disciplinado pelo Artigo 44 da Lei 9.096. Tem de ser empregado para financiar atividades próprias de partidos políticos, não para pagar escritórios de advocacia que defendem políticos enrolados com a Justiça.
É o que, confessadamente, está fazendo o PR. É o que, tudo indica, está fazendo o PT. Esses partidos, ora vejam, contrataram os mesmos escritórios que defendem mensaleiros e pessoas acusadas em outros processos. E o pagamento está sendo feita com verba do Fundo Partidário. Atenção! Os caras estão sendo acusados, no mais das vezes, de malversação de recursos públicos e, na hora de se defender, usam mais… dinheiro público!
Os escritórios de advocacia que tomem cuidado! Eu estou entre aqueles que acreditam que o advogado não deve responder pela origem do dinheiro dos clientes que pagam seus honorários. Mas vamos com calma! Se ficar evidenciado que o escritório de advocacia é conivente com o mau uso do dinheiro; se esse escritório contribuir para conferir uma fachada de legalidade ao uso ilegal de recursos do Estado — e o Fundo Partidário é recurso do Estado —, estão caracterizados aí, entendo eu, dois crimes: lavagem de dinheiro e peculato, que é roubo de fundos públicos. Se é que não estamos falando também de formação de quadrilha!

Tabela da distribuição do Fundo Partidário em abril deste ano


Que tal viajar de trem da China aos Estados Unidos? Nao parece ser Primeiro de Abril...

China may build an undersea train to America

Screengrab from Sina.com
Screengrab of China's proposed global train routes from Sina.com
China is planning to build a train line that would, in theory, connect Beijing to the United States. According to a report in the Beijing Times, citing an expert at the Chinese Academy of Engineering, Chinese officials are considering a route that would start in the country's northeast, thread through eastern Siberia and cross the Bering Strait via a 125-mile long underwater tunnel into Alaska.
"Right now we're already in discussions. Russia has already been thinking about this for many years," says Wang Mengshu, the engineer cited in the article. The proposed"China-Russia-Canada-America" line would be some 8,000 miles long, 1,800 miles longer than the Trans-Siberian railroad. The tunnel that the Chinese would help bore beneath the icy seas would be four times the length of what traverses the English Channel.
That's reason enough to be skeptical of the project, of which there are few details beyond what was attributed to the one official cited by the state-run Beijing Times. Meanwhile, a report in the state-run China Daily insists the country does have the technology and means to complete a construction project of this scale, including another tunnel that would link the Chinese province of Fujian with nearby Taiwan.
In the past half decade or so, China has embarked on an astonishing rail construction spree, laying down tens of thousands of miles tracks and launching myriad high-speed lines. It has signaled its intent to build a "New Silk Road" -- a heavy-duty freight network through Central Asia that would connect with Europe via rail rather than the old caravans that once bridged West and East. A map that appeared on Xinhua's news site outlines the route below, alongside a parallel vision for a "maritime Silk Road."
Screengrab from Xinhuanet.com
Screengrab from Xinhuanet.com
While some of its neighbors watch China's rise warily, the main plank of Beijing's soft power pitch has always been its stated desire to improve economic ties and trade with virtually everyone. "China’s wisdom for building an open world economy and open international relations is being drawn on more and more each day," trumpets the Xinhua report that accompanies the map above, according to the Diplomat.
To that end, Beijing has assiduously resurrected the narrative of the ancient Silk Road as well as given prime billing to the tales of China's famed Ming dynasty treasure fleets, which sailed all across the Indian Ocean. Seen in such grand historic perspective, a tunnel to Alaska doesn't seem too far-fetched.
Ishaan Tharoor writes about foreign affairs for The Washington Post. He previously was a Senior Editor at TIME, based first in Hong Kong and later in New York.

Global Connections Lunch with Brazilian Economist, Caio Megale - Hartford Club, May 14





Global Connections Lunch with Brazilian Economist, Caio Megale 

Join WACCT for lunch with Caio Megale, Chief Deputy Economist at Banco Itau SA, the largest bank in Latin America! 

With the World Cup, the Olympics, and national elections all coming up, how will Brazil's economy fare?  Find out and also learn about business between CT and Brazil.

Wednesday May 14, 2014

11:46-1:30 p.m.    
The Hartford Club
46 Prospect Street, Hartford CT
Members: $25  Non-Members $35
Limited Space, make your reservation today! 

Sponsored By 
The World Affairs Council of CT |  66 Forest Street, Hartford CT
860-241-6118  |   www.ctwac.org 






World Affairs Council of Connecticut | 66 Forest Street | Hartford | CT | 06105

Coloquio sobre a Economia Cubana na CUNY - City University of New York

O Colóquio está muito bem, segundo programação transcrita abaixo, mas algumas perguntas são de rigor:
1) Economia? Ao que se saiba Cuba não possui uma economia, mas um sistema absolutamente disforme, esquizofrênico, disfuncional, anacrônico, esclerosado, de surrealismo socialista. Os cubanos fingem que trabalham e o que governo finge que os paga (mal, muito mal). A ilha não vive em situação normal e só deve sua sobrevivência atual aos generosos subsídios da ditadura bolivariana-chavista, que vive montada numa vaca petrolífera, apenas por isso ainda não explodiu...
2) Cubana? Dificilmente. A economia, e toda a ilha, e os próprios cubanos pertencem aos irmãos Castro, um empreendimento familiar ditatorial esclerosado, e gerontocrático, mantido sob os caprichos pessoais dos ditadores que estão ali desde mais de meio século.
Paulo Roberto de Almeida


2014 COLLOQUIUM ON THE CUBAN ECONOMY

MAY 27, 2014 | 9:00 AM

Details

WHERE:  
The Graduate Center
365 Fifth Avenue
ROOM:
9206
WHEN:
May 27, 2014: 9:00 AM
ADMISSION:
Free

Description

2014 Colloquium on the Cuban Economy

RECENT TRENDS AND DEVELOPMENTS:

EMERGING ACTORS, PROCESSES AND INSTITUTIONS

The one-day colloquium organized by the Bildner Center features 15 specialists from the University of Havana, CUNY, AZCUBA, The World Bank, and other institutions. Themes: Update on current economic dynamics, the changing state sector, foreign investment, the Mariel special economic zone, cooperatives and self-employment, agricultural and prospects for the sugar sector, other reforms.

Economic Dynamics in Today’s Cuba
1)      Omar Everleny Pérez (CEEC/UH). “La Inversión Extranjera Directa en Cuba: Necesidad de su Relanzamiento”
2)      Oscar Fernández (Facultad de Economía, UH). “Planificación económica en Cuba: Perspectivas y ataduras”
3)      Ricardo Torres Pérez (CEEC/UH). “Crecimiento Económico en Cuba: Principales Restricciones”

Institutional Reforms
1)      Juan Triana Cordoví (CEEC/UH). “Knowledge and Development: Science, Technology and Higher Education in Cuba”
2)      Patricia Ramos (Facultad de Economía, UH). “Hacia una nueva institucionalidad para la     planificación del desarrollo territorial en Cuba”
3)      Ileana Díaz (CEEC/UH). “Sistema Empresarial en Cuba: Actualidad y Perspectiva”
4)      Saira Pons Pérez (CEEC/UH). “Las nuevas empresas no estatales en Cuba: rentistas o Innovadoras?”

Cuba and the World: The External Sector
1)      Pavel Vidal (Pontificia Universidad Javeriana Cali, Colombia). “La Devaluación del Tipo de Cambio Oficial del Peso Cubano: Costos y Beneficios”
2)      Augusto de la Torre (World Bank). “La Unificación del Tipo de Cambio: El Caso Cubano”
3)      Antonio Romero. “The International Reinsertion of Cuba: Changes and Prospects”
4)      Mauricio Font (Bildner Center). Introduction: Cuba in Comparative Framework

Agricultural Transformations
1)      Armando Nova (CEEC/UH). “Formas de propiedad/sector agropecuario”
2)      Mario González-Corzo (Lehman College, CUNY). “Understanding Cuba’s Agricultural statistics”
3)      Lázaro Peña (Centro de Investigaciones de Economía Internacional, UH). “Cooperativas y cadenas globales de valor: el caso de la producción tabacalera en Cuba”
4)      Federico Sulroca (Instituto de Investigaciones de la Caña de Azúcar -INICA). “El cooperativismo en la agricultura cañera cubana: evolución y perspectivas”

While some of our panelists will present in Spanish, each panel/session will have Powerpoint outlines in English as well as one presentation in English. The Q&A will be in both English and Spanish.

Registration is required. 
TO REGISTER send an e-mail to bildner@gc.cuny.edu.
Photo credits: Oßwald Albstenstein. (CC-BY-NC-SA-2.0)
- See more at: http://www.gc.cuny.edu/Page-Elements/Academics-Research-Centers-Initiatives/Centers-and-Institutes/Bildner-Center-for-Western-Hemisphere-Studies/Center-Events/Detail?id=25194#sthash.EcI7tvGf.dpuf

Os aprendizes de feiticeiro do Cerrado Central: a alquimia da "novamatriz economica" nao produziu ouro...

Não sabemos porque, mas deu tudo errado.
Gente sensata explica pirque...
Paulo Roberto de Almeida 

A nova matriz econômica falhou – 2

Dando continuidade a critica sobre o que se convencionou chamar de “nova matriz econômica”, recomendo a leitura de dois bons artigos que também mostram o fracasso dessa agenda.
Um dos artigo é do presidente do Banco Central ao longo dos oito anos de governo Lula: Henrique Meirelles. No seu artigo de hoje no jornal Folha de São Paulo (pecados nada originais – clique aqui), Meirelles fala que:
“Em 2011 foi introduzida uma novidade no Brasil, a “nova matriz econômica”. Os pontos centrais eram expansão fiscal com juros baixos e câmbio depreciado. Sua finalidade, elevar o crescimento e as exportações industriais.
Resultado: o crescimento caiu, os juros voltaram a subir após recrudescimento da inflação e as exportações industriais perderam participação de mercado. Resta a discussão sobre a questão fiscal.
A tese básica do artigo de Meirelles é que os ajustes institucionais antes do governo Lula (tripé econômico e Lei de Responsabilidade Fiscal) junto com política monetária e fiscal austeras trouxeram de volta o crescimento mais elevado de 2003 a 2010. Meirelles é taxativo: “Depois, vieram as novidades, e o crescimento caiu.”
O outro artigo que recomendo é o texto de Samuel Pessoa na edição de abril da Revista Conjuntura Econômica, no qual Pessôa procura entender o que está por trás do recente downgrade do Brasil pela Standard & Poor’s. Seria o motivo o nosso problema estrutural de crescimento do gasto público (e carga tributária) pós Constituição de 1988 ou a “nova matriz economia”? (clique aqui para ler o artigo).
Pessôa credita o nosso downgrade à piora fiscal decorrente de estímulos setoriais, sem que se tenha criado anteriormente o espaço fiscal para as desonerações setoriais, a piora no saldo da nossa conta corrente explicada em parte pela política de não reajuste dos combustíveis e falta de transparência das contas públicas com o uso e abuso dos truques contábeis. Essas ações junto com o excesso de intervenção na economia , segundo ele, formaria o conjunto de medidas por trás do nosso baixo crescimento e piora fiscal. Adicionalmente, Pessôa adverte que:
“…há um elemento que distingue a nova matriz econômica do contrato social da redemocratização. Enquanto este engloba políticas  que em geral são exaustivamente negociadas no Congresso Nacional, muitas das ações subjacentes à nova matriz econômica referem-se a elementos do gasto que não passam pelo parlamento e muitas vezes não aparecem de forma clara nas contas públicas.”
E quer saber o mais interessante disso tudo, não se sabe até hoje de quem foi a ideia do que se convencionou chamar da “nova matriz econômica”. O conjunto de políticas foi ideia de um grupo pequeno de economistas do governo? Foi ideia de um grupo ou de uma pessoa? Há consenso que esse conjunto de políticas não funcionou ou a percepção é que o modelo é correto, mas precisa de mais estímulos setoriais, por exemplo? Espero que a essa altura já se tenha percebido que a “nova matriz econômica” não funcionou.

Quadrilheiros do PT: poucos na cadeia, muitos fora dela, vociferando...

Até quando Joaquim Barbosa e o STF continuarão sendo insultados e ameaçados neste País ?

Jornalista Políbio Braga, 11/05/2014

A escalada de vilanias, ofensas pessoais e acusações mais do que levianas e criminosas contra o presidente do STF, Joaquim Barbosa, parecem não ter limites, resultado do ataque de nervos que revela fraturas morais e éticas expostas por quase toda a liderança do PT.

. Essa gente ataca de modo virulento os fundamentos da república. portando o próprio estado democrático de direito.

. É preciso contê-los antes que se consumam atentados contra a vida do presidente da Corte Suprema, conforme revelações feitas neste final de semana pela Polícia Federal (veja ao lado o caso de Sérvolo de Oliveira, membro da Comissão de Ética do PT do Rio Grande do Norte. 

. O PT pagará muito caro se o ministro Joaquim Barbosa resultar assassinado.

. Os dirigentes petistas do Partido do governador Tarso Genro e do presidente Lula, não sabem mais o que fazer para desmoralizar o Poder Judiciário do Brasil e o Ministério Público, tudo por conta da ousadia que demonstraram as duas instituições republicanas,  ao enfiar na cadeia as duas dúzias de larápios e bandidos que se organizaram dentro do PT para corromper eleitores e parlamentares. 

. O Mensalão foi desbaratada e seus líderes foram para a prisão porque ocorreram investigações por parte da CPI dos Cofrreios e da Polícia Federal, porque o MPF denunciou os bandidos e porque a maioria dos ministros do STF condenou os envolvidos, inclusive altos dirigentes petistas enquistados no governo da República. 

. Neste domingo, o famigerado deputado Rui Falcão, presidente do Partido dos Trabalhadores, divulgou
 nota sobre a correta decisão de Joaquim Barbosa, que negou ao ex-ministro José Dirceu o direito ao trabalho externo.

. É o que manda a lei.

. Não fosse assim, a decisão já nem valeria.

. Mesmo sem portar diploma de rábula de porta de cadeia, Rui Falcão atreve-se a questionar publicamente as decisões da Corte Suprema, defendendo notórios bandidos que meteram a mão no dinheiro do povo, chantagearam empresários, promoveram tráfico de influência, locupletaram-se e nem sequer devolveram o que levaram para a corrupção. Leia o que diz o ingóbil panfleto petista:

- Ao obstruir novamente, de forma irregular e monocrática, o direito de José Dirceu cumprir a pena em regime semiaberto,o ministro Joaquim Barbosa comete uma arbitrariedade.

. A nota pede ainda que o plenário do Supremo Tribunal Federal reaja ao "retrocesso" e ponha fim ao "comportamento persecutário" de seu presidente.

. O presidente do STF cumpriu a lei ao enfiar na cadeia os bandidos do Mensalão, contando para isto com os votos dos demais ministros que formaram a maioria.

. E cumpre novamente a lei, que não obriga a concessão do direito ao trabalho externo nesta fase do cumrpimento da pena.

. Rui Falcão e seus asseclas dentro e fora do Partido, consideram que é intolerável que bandalhas como Zé Dirceu e seus companheiros dirigentes do PT presos com ele, possam usufruir privilégios que nem mesmo bandidos menos perigosos usufruem.

. O atrevimento do PT ao insistir na defesa dos ladrões da república, só encontra paralelo em choramingas de jornalistas como Jânio Freitas, como se pode ler nesta sua oração de viúva do Mensalão (clique aqui para ler).

. O jornalista Jânio de Freitas não chora sozinho as desventuras dos líderes presos do PT, como se pode ver por essas diatribes que diariamente emporcalham as redes sociais (clique aqui para ler).

. Pior ainda é perceber que muitos desavisados advogados brasileiros compraram a mesma tese despudorada, ridícula e inconsequente, segundo a qual bandoleiros como Zé Dirceu e seus companheiros presos do PT, podem, sim, roubar, assaltar, traficar, lavar dinheiro, corromper, se isto for feito com o objetivo partidário.
É a denúncia que faz o jornalista Reinaldo Azevedo neste seu artigo de hoje, domingo, intitulado "A TROPA DO PT: eles ameaçam de morte, xingam, provocam, querem bater. Na raiz da delinquência, está o dinheiro público do governo e das estatais". O jornalista refere-se às ameaças de morte disparadas por petistas contra o presidente do STF, Joaquim Barbosa. O STF pediu investigações à Polícia Federal, que já identificou um dos criminosos, no caso um membro da Comissão de Ética do PT, conforme matéria disponibilizada logo abaixo. Leia tudo:

. Como essa ameaça aí ao lado, chegam dezenas por dia. É disso para pior. O vocabulário é bem mais agressivo, as ameaças são mais, como posso dizer?, escatológicas e se estendem à minha família. E elas costumam ter um padrão também, já observei aqui. Noventa por cento delas têm ao menos uma destas três abordagens (havendo aquelas que juntam as três): a) anunciam que a hora está chegando; b) falam em tiro na cabeça; c) sugerem alguma forma de violação de caráter sexual, em que o adversário é sujeitado, humilhado, estuprado. A coisa mereceria um estudo sociopsicológico:

. a) A “hora chegando” é um conceito essencialmente fascista; os vingadores, ungidos pela história, se vingam de seus inimigos e os exterminam fisicamente. O discurso-símbolo é aquele feito por Goebbels no dia 10 de fevereiro de 1933, 11 dias depois de Hitler ter sido nomeado chanceler: “Um dia nossa paciência vai acabar e calaremos esses judeus insolentes, bocas mentirosas!”.

CLIQUE AQUI para ler tudo.


Inacreditavel Petrobras: quanto mais se olha, mais tem bilhoes que se volatilizam...

Os companheiros da vaca petrolífera ainda vão entrar no Guiness da corrupção, junto com esses ditadores africanos e os satrapas da Ásia central.
Em todos os cantos existem aditivos milionários.
Aposto que forem seguir o itinerário do dinheiro, vão achar coisas dignas de primeira página de Guiness da corrupção.
Eu não falei?
Paulo Roberto de Almeida 

TCU vê irregularidades em obra anunciada com pompa em 2010, no Maranhão

  • Refinaria Premium I em Bacabeira, seria a maior refinaria do Brasil, mas construção foi paralisada
  • CHICO DE GOIS
  • O Globo, 11/05/2014


Refinaria deveria estar em pleno funcionamento em 2016, mas está paralisada
Foto: Chico de Goias / Chico de Gois

Refinaria deveria estar em pleno funcionamento em 2016, mas está paralisada Chico de Goias / Chico de Gois
BACABEIRA (MA) - No início de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a governadora Roseana Sarney, o pai dela, senador José Sarney (PMDB-AP) e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, fizeram festa, com direito a discurso, para o lançamento da pedra fundamental da Refinaria Premium I em Bacabeira, a 60 km de São Luis. Seria a maior refinaria do Brasil, com capacidade de produzir 600 mil barris/dia, empregaria 25 mil pessoas no ápice das obras e deveria entrar em pleno funcionamento em 2016. Quatro anos depois, o que se vê é a paralisação da obra, que somente em terraplanagem, consumiu R$ 583 milhões, além de mais R$ 1 bilhão em projetos, treinamentos, transporte, estudos ambientais. Todo o montante foi pago pela Petrobras.
O custo total da refinaria está estimado em R$ 38 bilhões, mas a própria empresa afirmou, em nota enviada ao GLOBO, que “somente após a conclusão da etapa de consulta ao mercado será possível mensurar o custo total da refinaria”. A previsão, agora, é que ela entre em operação em 2018.
Apesar da festa no lançamento da pedra fundamental, nem projeto básico havia na ocasião. De prioritária, a futura refinaria entrou num limbo. No Plano de Negócios para o quadriênio 2013/2017, o empreendimento consta apenas na carteira de fase de projeto. Um relatório de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU), de abril do ano passado, apontou indícios graves de irregularidade na terraplanagem — a única obra que teve início, mas que foi paralisada sem ser concluída, conforme relatório do tribunal. De acordo com os fiscais do TCU, somente em 1º de novembro de 2010 — oito meses depois da festa com Lula e companhia — e já com a terraplanagem em andamento, é que foi assinado um contrato para elaboração do projeto básico da Refinaria.
A pressa da Petrobras em dar visibilidade a uma refinaria que não tinha nem projeto básico ocasionou, de acordo com relatório do TCU, um dano de R$ 84,9 milhões. Diz um trecho do documento: “Entende-se que o contrato não poderia ter sido assinado sem a liberação das áreas para o consórcio construtor. A consequência disso foi um dano de R$ 84,9 milhões”. No entendimento dos técnicos do tribunal, a petroleira foi responsável pelo atraso na liberação do terreno e demorou a emitir ordens de serviço para que a terraplanagem começasse. O valor do dano contempla uma ação extrajudicial e um aditivo.
Os auditores do TCU apontaram que houve mudanças no leiaute do projeto e, com isso, toda a obra foi comprometida. “A gênese de todo o problema parece estar na decisão de iniciar-se uma obra desse porte sem um planejamento adequado, passível de toda sorte de modificações. Até esta data (3 de abril de 2013), passados cinco anos dos primeiros estudos, ainda não se tem um projeto completamente definido para a Premium I”, anotaram os auditores.
Profusão de aditivos
Segundo a vistoria do TCU, foram feitas alterações que transformaram completamente o projeto. “Uma importante alteração foi o aumento considerável do número de tanques. Ao que consta, a tancagem planejada inicialmente para situar-se na zona portuária, por restrições de espaço ou mesmo por mudança de concepção do projeto, localizar-se-á na área da refinaria”, observaram os técnicos, que apontaram outras mudanças significativas no plano original. “Essas modificações impactaram o contrato de terraplanagem, contribuindo, certamente, para a profusão de aditivos”, escreveram os auditores.
A terraplanagem foi contratada em 14 de julho de 2010 com o Consórcio GSF, formado pelas empresas Galvão Engenharia, Serveng Civilsan e Fidens Engenharia, com valor inicial de R$ 711 milhões. Em abril do ano passado, o contrato foi interrompido, com 80% das obras concluídas e o pagamento de R$ 583 milhões. Os auditores verificaram que, entre esses aditivos, haviam vários que cancelavam determinado valor, com mudanças no quantitativo dos trabalhos, mas, em seguida, um novo aditivo aumentava o mesmo valor, inclusive com centavos, em outro tipo de serviço.
Os 13 aditivos feitos ao contrato da terraplanagem acarretaram um acréscimo de R$ 14,2 milhões na obra. No total, foram realizadas 14 modificações de valores e mais uma transação extrajudicial entre as partes no valor de R$ 73,9 milhões. A terraplanagem também precisou contar com um trabalho extra por causa de erosão no solo e, para tratar do problema, a Petrobras contratou outra empresa a Cristal Engenharia, por mais R$ 7,5 milhões. A auditoria anotou: “ou seja, a Petrobras celebrou outro contrato, destinado a manter parte dos trabalhos de terraplanagem já desenvolvidos. Todavia, foi constatado que este novo ajuste não prevê a conclusão de algumas estruturas inacabadas.”
Oito dos aditivos realizados pela Petrobras no contrato modificavam, e muito, o tipo de serviço a ser realizado, mas, no final, os valores cancelados e acrescidos acabaram praticamente os mesmos. Os técnicos demonstraram que “embora se compreenda que uma obra de terraplanagem necessite de ajustes nas quantidades estimadas inicialmente, a dimensão desses ajustes reflete a má qualidade do projeto. Não se pode aceitar, por exemplo, uma redução da ordem de 96% em um quantitativo”.
A Petrobras informou que os aditivos ocorreram “em consequência do elevado grau de detalhamento adotado pela empresa na constratação, com mais de 144 itens na planilha de preços unitários”. Sobre a concorrência para a construção da refinaria, a assessoria da petroleira declarou que “os pacotes de contratação estão em ajustes finais para serem lançados no mercado. Em março já foram emitidos convites para terceirização dos serviços de geração de hidrogênio e de tratamento de ãgua e efluentes. Os projetos passaram por adequações e estão aderentes às métricas internacionais”.
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