Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
segunda-feira, 16 de junho de 2014
Cuba-Coreia do Norte: dois regimes companheiros (e amigos doscompanheiros) - Mac Margolis
Lula e o seu vocabulario de politica externa: Eduardo Scolese e Leonencio Nossa (via Augusto Nunes)
Nunca antes na política externa brasileira: ofensas em Profusão (Lula)
Eleicoes 2014: loiros ricos, de olhos azuis, se espalham perigosamente pelo Brasil inteiro...
Burgueses ricos, aliados da mídia golpista, servindo aos interesses das elites, totalmente submissos ao imperialismo, estão se infiltrando até em audiências populares, em plateias de operários, em grupos de estudantes, toda essa gente que normalmente deveria estar encantada e agradecida ao grande partido totalitário que nos governa...
Pessoal traidor...
Paulo Roberto de Almeida
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,dilma-e-vaiada-por-torcedores-no-rio,1510844
A presidente Dilma Rousseff foi vaiada neste sábado (3), na abertura oficial da 80ª edição da Expozebu
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/05/1449037-dilma-e-vaiada-em-mg-no-1-evento-apos-pt-reafirmar-sua-candidatura.shtml
Dilma é vaiada ao defender governadora do Rio Grande do Norte
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/nacional/online/dilma-e-vaiada-ao-defender-governadora-do-rio-grande-do-norte-1.858369
Dilma é vaiada durante 15ª Marcha dos Prefeitos.
http://tvuol.uol.com.br/video/dilma-e-vaiada-durante-15-marcha-dos-prefeitos-0402CC983072DCB92326/
Dilma é vaiada na abertura da Copa das Confederações
http://www.epochtimes.com.br/dilma-e-vaiada-na-abertura-da-copa-das-confederacoes/
Dilma é vaiada em Belém pela segunda vez durante discurso
http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/dilma-e-vaiada-em-belem-pela-segunda-vez-durante-discurso/?cHash=175b532f49c34dcdbe32a83fd84f3276
Dilma é vaiada e enfrenta protestos em João Pessoa
http://www.bahianoticias.com.br/estadao/noticia/36047-dilma-e-vaiada-e-enfrenta-protestos-em-joao-pessoa.html
Dilma Rousseff é vaiada em evento do Minha Casa Minha Vida, em Tocantins.
http://coturnonoturno.blogspot.com.br/2014/03/dilma-e-vaiada-e-bate-boca-com.html
Dilma é vaiada por estudantes em Natal Rio Grande do Norte
https://www.youtube.com/watch?v=lJEOvjv6JK4
Dilma é vaiada ao falar 'portador de deficiência' durante a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em Brasília.
http://www.josemararaujo.com/not/not89.html
Dilma é vaiada por operários no Rio de Janeiro
domingo, 15 de junho de 2014
Venezuela: operar com dolares continua sendo ilegal, mas a prostituicao faz a ponte...
Watch this video at http://bloom.bg/1leXJfQ
Venezuelan Prostitutes Turn Currency Tricks
Prostitution is legal in Venezuela but currency trading by individuals isn't. None of this would matter if the economy in Venezuela wasn't in such a mess.
America Latina segue em dois ritmos, o do Pacifico e o do Atlantico - El Pais
Nao aos prodigos, incorrigiveis e totalitarios - Percival Puggina
Paulo Roberto de Almeida
FILHO PRÓDIGO E INCORRIGÍVEL
Percival Puggina
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No Evangelho de São Lucas, Jesus narra uma história que se tornou, provavelmente, a mais conhecida dentre todas as suas parábolas. Ela descreve a experiência de um filho que pede ao pai rico a antecipação de sua herança. Com a grana na mão, ele viaja para um país distante, cai na vida, afunda nos vícios, gasta tudo que tem e experimenta o sabor da mais irrecorrível miséria (vem daí o adjetivo pródigo, ou seja, esbanjador, gastador, associado a esse personagem). Gradualmente, porém, ele se arrepende, decide retificar sua conduta e retorna à casa do pai, a quem pede e de quem recebe efusivo perdão.
Tem muita razão o jornalista Eugênio Bucci, em artigo publicado no Estadão no dia 12 deste mês. Segundo ele, embora a presidente Dilma e os governistas acusem a oposição de explorar politicamente o evento da FIFA, foram os governos petistas que confundiram futebol com política e eleição desde que se dispuseram a oferecer o país para a realização da Copa de 2014.
É bom recordar. Logo no início, Lula faturou os abraços e as lacrimosas efusões de alegria perante a - assim proclamada - conquista. Depois, explorou as escolhas das sedes da Copa, aumentando em cinquenta por cento, sem necessidade alguma, os teatros em que ela se desenrolaria. Bastavam oito sedes, mas Lula quis 12 para faturar em mais quatro Estados os dividendos eleitorais que disso adviriam. Depois, junto com Dilma, aproveitou politicamente, anúncio por anúncio, as "obras da Copa" voltadas para mobilidade urbana, aeroportos e infraestrutura.
Custou a cair a ficha. Passaram-se seis anos inteiros, ao longo dos quais o governo petista reinou com a convicção de que poderia fazer o que bem entendesse no país. O PT se tornou o novo Príncipe de Machiavel, com a vantagem de estar com os cofres cheios de dinheiro para usos e abusos. O partido do governo se fundiu e confundiu com o Estado, com o governo, com a administração pública federal e com as empresas estatais. Como é fácil, na política, a vida dos endinheirados inescrupulosos!
Foi em junho do ano passado, quando entramos na contagem regressiva para os jogos da Copa, que a ficha começou a cair e a nação passou a compreender o quanto haviam sido absurdos e abusivos os custos, os gastos, as exigências e as concessões feitas pelo governo petista. O escandaloso contraste entre o "padrão FIFA" e a realidade social do país, a tenebrosa situação do sistema de saúde e a péssima qualidade do ensino público, levou o povo às ruas nos protestos de junho de 2013. E produziu a impressionante reação popular ante a presença da presidente Dilma no jogo inaugural da Copa.
No entanto, vale o alerta: no poder, o governo petista conta com o dinheiro de todos nós e nada - absolutamente nada! - sugere que vá arrepender-se, ou mudar de conduta. Para o PT, cair em si significa fazer mais do mesmo. E vem aí a outra "conquista" desse filho pródigo da ingenuidade nacional - os Jogos Olímpicos de 2016. O PT é um filho pródigo incorrigível, que precisa ser mantido a quilômetros de distância dos recursos públicos.
* Percival Puggina (69) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+ e membro da Academia Rio-Grandense de Letras.
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Pensar se tornou obsoleto? Um opiniao sobre a universidade
O que eu transcrevi acima é um artigo de Thomas Sowell, o famoso economista liberal americano, negro, que é contra cotas raciais e por uma politica econômica resolutamente livre da interferência do Estado.
Trecho suprimido no ensaio de Thomas Sowell, onde está indicado: (...)
A frase da semana: o inferno para a neutralidade em tempos de crise moral
The darkest places in hell are reserved for those who maintain their neutrality in times of moral crisis.
Permito-me acrescentar um comentário à frase selecionada, o que raramente faço, pois cada uma delas deveria bastar-se a si mesma, em toda a sua plenitude, se ainda me permitem esta redundância.
Creio que todos nós temos perfeita consciência de que o Brasil vive uma profunda crise moral, que é mais profunda, devastadora e extensa do que a simples crise política, econômica, ou cultural. Ela é o resultado de doze anos de abusos contínuos do poder companheiro, em termos de mentiras, fraudes, enganação, desvio de dinheiro público, populismo, demagogia, fisiologismo, patrimonialismo, prebendalismo e vários outros ismos negativos que encontramos no dicionário da política e da sociologia.
Por isso mesmo, não temos o direito moral de permanecer neutros neste ano eleitoral.
Não se trata de escolher uma candidatura alternativa. Não indico nenhuma.
Se trata apenas de afastar a máfia criminosa que se apossou do Estado no Brasil.
Este é um dever moral de todos os brasileiros conscientes. Simples assim.
Paulo Roberto de Almeida
Washington, 15/05/2014
O fenomeno Piketty como expressao da inveja - Theodore Dalrymple
O sucesso dos outros fomenta o ressentimento, especialmente o sucesso em uma área na qual você gostaria de ser bem-sucedido. Sempre que eu leio um trecho de prosa maravilhosa, eu experimento o prazer dessa leitura, é claro; mas ele, muito antes, mistura-se com a irritação e, por fim, com o ressentimento. Por que o meu semelhante é capaz de escrever algo mais elegante, mais perspicaz, mais poético e mais conciso do que eu? O que ele fez para merecer o seu talento? A sorte dos escritores de língua inglesa é que Charles Dickens, por exemplo, tinha muitos e graves defeitos, pois, caso contrário, a genialidade autoevidente e transcendente de alguns dos seus parágrafos os paralisaria, minando a sua vontade de pegar caneta e papel ou de mexer os dedos no teclado.
Como se costuma dizer nos romances russos, chega de filosofia. Vamos agora descer da atmosfera rarefeita da abstração e nos deslocar para a realidade sórdida de um fenômeno real — neste caso, o fenomenal sucesso de um livro chamado Capital no Século XXI, do francês Thomas Piketty. Ele está vendendo tão rápido que as impressoras não conseguem acompanhar a demanda. Não se encontra a obra nas livrarias, mesmo (nas palavras de Lane, o mordomo do personagem Algernon em The Importance of Being Earnest, de Oscar Wilde) com dinheiro vivo.
Isso é realmente impressionante, uma vez que Thomas Piketty não é Dan Brown, o qual vende tolices abertamente supersticiosas escritas em prosa abominável para os crédulos pós-religião. Não: o livro de Piketty é grande, com centenas de páginas, e está recheado de dados misteriosos, que agora temos de chamar de fatos. Felizmente, eu comprara uma cópia desse livro quando ele apareceu pela primeira vez na França; e, em razão da sua rápida ascensão ao status de ícone internacional, eu tenho a esperança de que a minha edição original seja, no momento oportuno, considerada uma preciosa relíquia sagrada com propriedades curativas.
Obviamente, ter comprado um livro e tê-lo lido não são a mesma coisa. Infelizmente, apesar do seu tamanho e do seu peso, eu o perdi. Mas eu o carregava comigo por um tempo, assim como, há muitos anos, quando era um estudante de medicina, eu carregava comigo um livro de patologia, na esperança de que eu aprenderia o seu conteúdo por meio de um processo de osmose através das capas. No entanto, concluí que tinha de abri-lo e aprender apenas o suficiente para passar nos exames. Desnecessário dizer, eu esqueci tudo desde então.
Eu não costumo escrever sobre livros que não li; e eu suponho que, em minha vida, devo ter analisado pelo menos uns 500 livros. Seria falsa modéstia negar que eu li todos eles, incluindo muitas vezes as notas de rodapé, bem como negar a minha solidariedade e a minha empatia com os autores, até mesmo com os autores de livros tão ruins que eu considerava apenas ético fazê-lo — e isso apesar do fato de que não é preciso comer o pote inteiro de manteiga para saber que ela está estragada.
Todavia, duas ideias da obra de Piketty parecem ter sido discutidas com maior vigor em todas as análises que li sobre o seu livro; assim, eu suponho que elas devem representar o cerne daquilo que ele escreveu.
A primeira ideia é a de que há, em relação ao valor do capital, uma tendência de longo prazo a aumentar mais rapidamente do que o ritmo de crescimento da economia como um todo; e, já que a maioria das pessoas depende, para a sua sobrevivência, do seu trabalho em vez do seu capital, a desigualdade de riqueza só pode aumentar, chegando ao ponto de se tornar social e politicamente insustentável. Isso pode ser colocado em termos malthusianos: o valor do capital aumenta geometricamente, ao passo que o valor do rendimento do trabalho aumenta aritmeticamente. Ou, de novo, em termos marxistas: "Em uma determinada fase de desenvolvimento, as forças produtivas materiais da sociedade entram em conflito com as relações de produção existentes. (...) Em seguida, começa uma era de revolução social."
Mas Piketty não é um revolucionário; muito sensatamente, ele deseja evitar uma agitação violenta. Os meios através dos quais ele propõe isso é a sua segunda ideia: um imposto global sobre o capital — presumivelmente, para atingir realmente o seu desejado fim de uma maior igualdade, um imposto substancial.
Em primeiro lugar, analisemos a primeira ideia. Eu hesito em expor o meu próprio caso mais uma vez diante do público, mas alego a atenuação de que, pelo menos, trata-se de um assunto sobre o qual sou relativamente especialista. Como me prejudica o fato de que a proporção entre a riqueza de Bill Gates e a minha excede o quociente entre a minha riqueza e a de alguém que se encontra sob os cuidados do assistencialismo estatal? Eu me considero uma pessoa afortunada: eu nunca passei por quaisquer privações e dificuldades, pelo menos por nenhuma que não fosse a consequência do meu próprio comportamento ou das minhas próprias escolhas. Já fui pobre, mas não passei fome. Jamais sofri injustiça flagrante, exceto algumas detenções injustas em países da má fama (foi culpa minha tê-los visitado, embora, é claro, eu os tenha adorado).
A fortuna de Bill Gates só me prejudica se eu deixar o ácido da inveja e do ressentimento corroer a minha mente. Isso não significa dizer que algumas fortunas não possam ter sido adquiridas de maneira imoral e ilícita: por exemplo, as fortunas de muitos oligarcas russos. Há algo de errado com essas riquezas não porque elas são muito maiores do que a minha, mas sim porque elas foram adquiridas de forma imoral e ilícita. Não há dúvida de que existem muitas áreas cinzentas entre a legitimidade completamente branca e a escura negritude da desonestidade absoluta, mas as óbvias incertezas da vida devem ser suficientes para refrear e conter o nosso ressentimento.
Quanto ao imposto sobre o capital, Piketty está certo ao dizer que ele tem de ser global, pois, caso contrário, haveria fugas de capitais ou restrições locais muito severas sobre os movimentos de capitais — e isso não seria economicamente produtivo ou propício à igualdade. Um imposto global sobre o capital, porém, exigiria uma autoridade mundial para estabelecê-lo, arrecadá-lo e impingi-lo — com efeito, uma espécie de União Europeia gigante. Sinto-me feliz porque não estarei vivo para ver isso ocorrer, mas eu duvido que alguém, nascido ou não nascido, chegará a ver isso acontecer, pelo simples motivo de que os chefes supremos desse governo mundial precisariam de um paraíso fiscal no qual colocar o seu próprio dinheiro.
Eu suspeito que o enorme sucesso desse livro de Piketty seja uma homenagem ao nível de ressentimento que impera no mundo — e não o resultado de uma sede por conhecimento, especialmente entre aqueles indivíduos suficientemente ricos para comprá-lo, usando-o, em grande medida, como um reles acessório. A verdade, como Edward Gibbon nos ensina, raramente encontra uma recepção tão favorável no mundo. Eu posso estar errado, pois ainda não li a obra. Entretanto, posso invejar o seu sucesso.
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Notem que não faço juízo de valor sobre os desejos de antes e os de agora. Falo de demandas que estão na sociedade e às quais os partidos têm de responder. O PSDB não tinha, e não tem, o direito de se apequenar em divisões internas. O que se viu neste sábado é auspicioso. Lá estavam, e com muito mais solidez do que em jornadas anteriores, Aécio e José Serra de mãos dadas, sob o olhar de FHC, o tucano que venceu o PT nas urnas duas vezes, no primeiro turno.
Isso é uma declaração de voto? Não é, mas poderia ser — e não vejo por que os leitores devam ter desconfianças sobre em quem vou votar. Acho que minha escolha está clara. Mas isso é o de menos neste post. O meu ponto é outro. Não existe democracia sem oposição. Repito o que já escrevi dezenas de vezes: as tiranias também têm governo (e como!!!). Só as democracias contam com forças que se opõem ao poder de turno, buscando substituí-lo, dentro das regras do jogo. Sem oposição organizada, não existe governo legítimo.
Ocorre que esse não é um valor no petismo. Nunca foi. Ao contrário. Para o partido, os que se opõem à sua visão de mundo — mesmo àquela parcela eventualmente não-criminosa — são sabotadores, são inimigos. E devem ser destruídos.
Desde que os petistas chegaram ao poder, resolveram dar início a uma falsa guerra entre o “nós”, que eram “eles”, e o “eles”, que eram os outros. De um lado, os donos da virtude, do bem, do belo, do justo; do outro, o contrário. Talvez seja o caso, então, de a oposição comprar essa briga e fazer o confronto entre o “nós oposicionista” e o “eles governista”.
Os tucanos têm uma história respeitável. Tiraram o Brasil da hiperinflação. Deram ao país uma moeda. Devolveram a nação ao cenário internacional. E o fizeram sem jogar o povo contra o povo. E o fizeram sem incitar a guerra de todos contra todos. E o fizeram sem estimular ódios e rancores. Ao contrário: sempre souberam, e sabem, que, como diz o velho bordão, a união faz a força. Os petistas, infelizmente, tentam se fortalecer jogando brasileiros contra brasileiros, como estamos cansados de ver. É assim que eles enfraquecem a sociedade para fortalecer um ente de razão chamado “partido”.
Mais do que nunca, acho que cabe aos tucanos deixar realmente claro que “eles”, tucanos, não são “os outros”, os petistas e seus aliados. Ou, nos termos propostos pelo PT, chegou a hora de deixar claro que, de verdade, “nós não somos eles”. E não é preciso ir muito longe para percebê-lo: há, por exemplo, tucanos e membros de gestões tucanas sob investigação. Não vi, até agora — e não creio que vá acontecer — o partido a demonizar a Justiça. Sim, há uma grade diferença entre se solidarizar com um aliado e atacar a instituição. Em defesa de mensaleiros, de criminosos condenados, o petismo não hesitou um só instante em achincalhar o Supremo, cuja composição é, de resto, de sua inteira responsabilidade.
Autoritários
A propaganda política terrorista que o PT levou ao ar, destaquei aqui, deixou claro que o partido não tem mais futuro a oferecer aos brasileiros. Agora só lhes resta o expediente, que também não é novo em sua trajetória, de destruir a reputação e o passado alheios e de recontar a história. Mais uma pouco, os “historiadores” do partido ainda transformarão Lula no pai do “Plano Real”, e FHC no chefe do grupo que tentou sabotá-lo — e sabotar o país.
Dilma já não sabe por que governa e sabe menos ainda por que quer mais quatro anos. Essa gente é tão autoritária que inventa teorias conspiratórias até quando parte de um estádio de futebol expressa seu repúdio ao governo, segundo a linguagem, feia ou bonita, que se costuma usar em disputas assim desde as arenas romanas ao menos. Seus áulicos na subimprensa — um bando de vagabundos pançudos, pendurados nas tetas da propaganda oficial e de estatais — têm o topete de acusar, ora vejam!, a oposição e alguns jornalistas por manifestações espontâneas, que surgem sem paternidade.
Os petistas, no poder, sempre tentaram calar a oposição. Agora, acham que já é chegada a hora de calar o povo — ao menos a parcela do povo que ousa discordar. E sua concepção autoritária de poder está em curso, com lances novos, embora esperados, dado o seu projeto de poder. O Decreto 8.243, inspirado por Gilberto Carvalho, saído das catacumbas do PT, é a evidência de que o partido ainda não desistiu da ditadura do partido único.
A união do PSDB, demonstrada neste sábado, é fundamental para preservar a democracia no Brasil.