O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

IV Colóquio sobre Fronteiras e Direitos Humanos na União Europeia e no Mercosul - 1 a 3/12/2020

Recebido do prof. Tomaz Espósito Neto 

IV Colóquio sobre Fronteiras e Direitos Humanos na União Europeia e no Mercosul (online)



Entre os dias 01 a 03 de dezembro, acontecerá o IV Colóquio sobre Fronteiras e Direitos Humanos na União Europeia e no Mercosul. O evento é uma Cátedra Jean Monnet da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF) e do projeto PROCAD “Defesa Nacional, Fronteiras e Migrações: estudos sobre ajuda humanitária e segurança integrada” (Ministério da Defesa e CAPES).
O objetivo do IV Colóquio é ampliar as discussões sobre integração regional, fronteiras, direitos humanos e as relações entre o Brasil e a União Europeia. Com isso, a organização espera fomentar as pesquisas sobre a União Europeia e o Mercosul, em especial sobre as temáticas ligadas à cooperação internacional, à integração regional, à promoção da democracia e dos direitos humanos. Além de ser um espaço de debate sobre acontecimentos internacionais contemporâneos, o evento tem o propósito de difundir os conhecimentos sobre a União Europeia, fortalecendo assim a rede de cooperação e de governança conjunta entre as instituições participantes e os convidados do projeto.
Essa iniciativa é financiada pela Comissão União Europeia e tem apoio da CAPES, Ministério da Defesa e IDESF.

Governo lança Estratégia de Desenvolvimento para o país até 2031 - Gov.br

 GESTÃO

Governo lança Estratégia de Desenvolvimento para o país até 2031

Organizada em cinco eixos, estratégia institui metas e desafios para elevar a renda e a qualidade de vida da população com redução das desigualdades sociais e regionais.  
Governo Federal, 27/10/2020 22h03 
Governo lança Estratégia de Desenvolvimento para o país até 2031

Em todos os eixos, a diretriz principal é elevar a renda e a qualidade de vida da população brasileira com redução das desigualdades sociais e regionais - Foto: Agência Brasil

A Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil (EFD), relativa ao período de 2020 a 2031, foi publicada nesta terça-feira (27) no Diário Oficial da União. A iniciativa tem como objetivo definir a visão de longo prazo para a atuação das entidades da Administração Pública Federal. Na prática, traz um planejamento orientado à retomada econômica, já considerando o período pós-Covid.

Segundo o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), José Ronaldo Souza Júnior, esse documento é importante para uniformizar os cenários macroeconômicos nos planos setoriais do país.

“A estratégia é importante também pois ajuda a saber as limitações, os desafios e quais as principais mudanças que têm de ser feitas para a gente conseguir atingir um objetivo de crescimento de longo prazo, afirmou José Ronaldo.

Para o Secretário de Gestão do Ministério da Economia, Cristiano Heckert, a Estratégia Federal de Desenvolvimento significa a recuperação da capacidade do Brasil de ter um referencial que vai além de quatro anos.

“Estamos olhando para um horizonte de doze anos e que queremos ser um país de alto desenvolvimento social. Para isso, é preciso continuarmos a agenda de reformas econômicas que vão garantir o aumento da produtividade e a melhora de uma cesta de indicadores que perpassam as dimensões sociais, de infraestrutura, ambientais, institucionais e econômicas”, disse.

A Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil estabelece três possíveis cenários para a evolução da economia brasileira. O primeiro é o de referência, por meio de reformas macrofiscais. Neste caso, o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no Brasil, teria crescimento anual médio de 2021 a 2031 de 2,2% ao ano; e crescimento acumulado entre o ano base (2020) e 2031 de 27% ao ano.

O segundo ponto com o qual o Governo trabalha é o cenário transformador, com reformas amplas e avanço da escolaridade, com previsão para o crescimento anual médio de 2021 a 2031 do PIB a 3,5% ao ano; e crescimento acumulado de 46,4% nos próximos 10 anos.

Por fim, um terceiro cenário, seria de desequilíbrio fiscal, que prevê as consequências de um quadro sem reformas que permitisse conter a elevação dos gastos públicos obrigatórios.

Estratégia de Desenvolvimento

A Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil está organizada em cinco eixos: econômico, institucional, infraestrutura, ambiental e social. Para cada um deles, foram instituídos desafios, metas e orientações que deverão ser alcançados ao final do período.

Em todos esses eixos, a diretriz principal é elevar a renda e a qualidade de vida da população brasileira com redução das desigualdades sociais e regionais. Segundo o decreto, o último valor disponível de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), de 2018, foi 0,761. A meta para 2031, dentro de um cenário transformador, é chegar a 0,842.

Eixo econômico: busca, basicamente, alcançar o crescimento econômico sustentado e a geração de empregos, com foco no ganho de produtividade e na recuperação do equilíbrio fiscal.

Eixo institucional: tem como objetivo aprimorar a governança pública, com foco na entrega efetiva de serviços ao cidadão e na melhoria do ambiente de negócios, garantindo a soberania e os interesses nacionais.

Eixo da infraestrutura: prevê fomentar o desenvolvimento do setor, com foco no ganho de competitividade e na melhoria da qualidade de vida, assegurando a sustentabilidade ambiental e propiciando a integração nacional e internacional.

Eixo ambiental: busca promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais, conciliando a preservação do meio ambiente com o desenvolvimento econômico e social.

Eixo social: tem como diretriz promover o bem-estar, a família, a cidadania e a inclusão social, com foco na igualdade de oportunidades e no acesso a serviços públicos de qualidade, por meio da geração de renda e da redução das desigualdades sociais e regionais.

Para o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do IPEA, para o Brasil voltar a crescer, além de olhar para a economia, o país precisa, também, priorizar as questões sociais, como a educação. “A educação é um importante instrumento para o crescimento de longo prazo, porque você permite uma melhora da produtividade da população. O avanço tecnológico permite também que o país ele tenda a utilizar as tecnologias que estão agora em crescimento no mundo”, afirmou.

OCDE

Os ministérios participaram da elaboração do documento, que pode contribuir para a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. A OCDE é composta por 37 países, considerados os mais ricos do mundo. Juntos, essas nações correspondem a cerca de 75% do PIB mundial.

“Essa Estratégia pode contribuir positivamente para a entrada do Brasil na OCDE porque a OCDE ela estimula bastante esse tipo de planejamento. Estimula bastante estudos, a avaliação para onde estamos indo, e como vamos fazer isso”, finalizou o diretor do IPEA.

Confira, na íntegra, a Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil.

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-10.531-de-26-de-outubro-de-2020-285019495?_ga=2.64438575.102443756.1603986886-1768370789.1603986886 




Não se deve acreditar em teorias conspiratórias, mas conspirações existem: Jamil Chade e os antiabortistas dos EUA em ação no Brasil

 Nos velhos tempos do PT, uma parte da política externa era obscura, clandestina, subtraída ao conhecimento público, e passava pelas relações com os bolivarianos, com os cubanos que controlam o Foro de S. Paulo e outros canais feitos, construídos e alimentados mais por corrupção do que por "subversão" comunista.

Atualmente, uma parte da diplomacia também se mantém clandestina e obscura, mas é pelo lado do fundamentalismo religioso e pelo direitismo político, como revelado nesta matéria de Jamil Chade.

Paulo Roberto de Almeida


Com pé no Brasil, lobby antiaborto dos EUA gastou R$ 1,6 bi pelo mundo

Jamil Chade
UOL notícias, 29/10/2020

RESUMO DA NOTÍCIA
-Levantamento realizado pela OpenDemocracy revela ação global de 28 entidades cristãs dos EUA, muitas delas com livre acesso ao governo Trump
-No Brasil, Damares Alves e governo mantiveram reuniões e visitas com algumas dessas entidades
-Há uma semana, governo brasileiro e americano se aliaram para pressionar por agenda antiaborto e pró-família no cenário internacional

Jamil Chade e Maria Carolina Trevisan

Entidades cristãs dos EUA, muitas delas ligadas ao governo de Donald Trump, destinaram mais de US$ 280 milhões (R$ 1,6 bilhão) para fomentar uma ofensiva global com o objetivo de defender uma agenda antiaborto, contra direitos reprodutivos e contra os interesses dos grupos LGBTI. Algumas das instituições com os maiores investimentos mantém relações com a ministra Damares Alves. Questionado, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos não respondeu até o fechamento desta reportagem, mas confirmou ter recebido as perguntas da coluna.

Os dados foram revelados pela entidade OpenDemocracy, que avaliou 28 instituições, milhares de documentos e seus registros financeiros desde 2007. Apenas na América Latina, o volume de dinheiro chegaria a US$ 45 milhões em uma década.

Algumas dessas entidades se relacionam com Damares Alves, antes mesmo de a ministra assumir a pasta. Em uma viagem aos EUA em 2019, Damares visitou duas das organizações que aparecem na pesquisa como sendo as mais ativas nos investimentos no mundo.

De acordo com a OpenDemocracy, elas são Heritage Foundation, que destinou US$ 3,3 milhões em operações pelo mundo, e a Alliance Defending Freedom (ADF), com US$ 21 milhões. Só na América Latina, a ADF destinou quase US$ 1 milhão. A pesquisa não revela de que maneira o dinheiro foi usado em cada país e para onde os recursos foram destinados.

O dinheiro, porém, foi usado para "influenciar leis, políticas e a opinião pública estrangeiras a fim de "provocar uma reação negativa contra os direitos sexuais e reprodutivos". Essas ações, amplificadas sob a alcunha de "pró-família" e "pró-vida", agem principalmente em três grandes grupos: antiaborto e pelo endurecimento da ação punitiva do aborto, aquelas contra as demandas LGBT e aquelas contra gênero ou "ideologia de gênero".

"Nas últimas legislaturas do Congresso Nacional, o ativismo de evangélicos contra tais agendas colocou as questões sexuais e a pauta identitária como elementos centrais do debate público", diz Dirceu André Gerardi, pós-doutorando em Sociologia pela USP, membro do grupo de pesquisa religião, direito e secularismo, vinculado ao Cebrap.

"Isso fortaleceu o ativismo de evangélicos conservadores contra políticas públicas de direitos humanos, a ponto da aliança com o governo Bolsonaro se caracterizar como a principal base social e eleitoral da direita cristã no Brasil", afirma o pesquisador, que investiga a atuação de parlamentares evangélicos na arena pública brasileira, sobretudo no Congresso Nacional.

Outra entidade citada no levantamento é a Family Watch International. Em 2019, Angela Vidal Gandra da Silva Martins, secretária no ministério de Damares Alves, foi convidada para participar de Fórum Mundial da organização, para discursar sobre a necessidade de proteger a família.

American Center For Law and Justice é outro destaque na pesquisa. No Brasil, um dos seus integrantes, Jordan Sekulow, teria falado para mais de 2000 pastores da igreja Associação Vitória em Cristo, liderada por Silas Malafaia, e foi recebido pelo então vice-presidente Michel Temer.

Doações sem transparência

De acordo com a OpenDemocracy, os grupos não revelaram a origem do dinheiro ou como ele seria gasto. Mas a pesquisa identificou que cada um desses grupos americanos examinados está registado como um grupo isento de impostos e classificado como "sem fins lucrativos".

Nos EUA, porém, isso significa que as entidades estão impedidas de participar em atividades político-partidárias. Mas os dados revelam que o Centro Americano para o Direito e Justiça, por exemplo, apoiou publicamente Amy Coney Barrett, nomeada esta semana para o Supremo Tribunal. A entidade é ainda liderada por um dos advogados pessoais de Trump, Jay Sekulow.

Na América Latina, a pesquisa revela investimentos pesados. A Billy Graham Evangelistic Association, por exemplo, destinou US$ 21 milhões para ações na região, contra US$ 6 milhões pela Focus on the Family. A Fellowship Foundation investiu outros US$ 3,7 milhões, enquanto a American Society for the Defense of Tradition, Family and Property destinou US$ 2,6 milhões.

No ano passado, a OpenDemocracy descobriu como uma dúzia de grupos "fundamentalistas" da direita cristã dos EUA, muitos com ligações à administração Trump e a Steve Bannon, tinham derramado pelo menos 50 milhões de dólares na Europa ao longo de uma década. Agora, a descoberta é que o volume é ainda maior, de US$ 90 milhões.

Intercâmbio, reuniões e visitas.
O governo brasileiro tem mantido contato com uma dessas entidades, a Alliance Defending Freedom (ADF International).

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, no mês passado, confirmou à coluna que "interage" com a organização americana. "Os princípios compartilhados com a ADF, em geral, referem-se à defesa dos valores humanos", respondeu o ministério sobre a entidade nos Estados Unidos (EUA). Mas em seu site, a entidade americana chega a alertar para a existência de uma "indústria inteira que lucra com cada criança morta no útero". Um dos apelos do grupo é para que a sociedade "reconheça a dignidade humana dos bebês não nascidos" e que "proteção legal" deveria ser garantida a eles.

"O aborto legal não protege as mulheres. O aborto certamente mata os bebês no útero, mas também pode levar à lesão ou à morte da mãe. A Alliance Defending Freedom tem auxiliado os advogados aliados no litígio de vários desses casos e continuará a proteger o bem-estar físico tanto da mãe quanto do filho", argumenta a ADF.

O Brasil passou a tentar vetar artigos em resoluções que pudessem ser interpretadas como uma brecha para o reconhecimento do aborto como uma opção legal, referências à saúde sexual e direitos reprodutivos. Agiu ainda para tentar incluir a referência ao papel das entidades religiosas na defesa dos direitos das mulheres.

Na semana passada, o Brasil ainda foi um dos co-patrocinadores de uma aliança liderada pelos EUA para barrar qualquer referência à educação sexual ou abrir brechas para o aborto legal na agenda da ONU.

Ainda em 2019, o Brasil decidiu participar de um evento patrocinado na ONU, em Genebra (Suíça), pela ADF International. O tema: a liberdade religiosa. O governo aproveitou o evento para denunciar a suposta perseguição contra cristãos.

Representantes da mesma organização têm feito parte de reuniões entre a pasta de Direitos Humanos e o Itamaraty. No dia 22 de maio de 2020, por exemplo, um encontro ocorreu envolvendo deputados brasileiros, representantes do Itamaraty, do Ministério de Direitos Humanos e Tomás Henriquez, da ADF Chile.

A lógica no Brasil é a mesma que nos Estados Unidos: entidades associadas à direita cristã —aqui as pentecostais como Assembleia de Deus e Igreja Universal— selecionam e apoiam, com a estrutura da igreja, candidatos a deputado pelo país. "Eles representam boa parte dos interesses dessas igrejas. Elas atuam como partidos políticos", explica o pesquisador Dirceu André Gerardi. "Realizam barganhas com candidatos ao Executivo, negociam cargos no Legislativo e trocam apoio por ministérios."

Nos EUA, ADF é acusada de ser grupo de ódio
Em 2017, o senador americano Al Franken já afirmava que a ADF seria um "grupo de ódio". Ele se referia a uma classificação anunciada pela entidade Southern Poverty Law Center (SPLC), que tem focado seus esforços em mapear grupos de ódio nos EUA, além de combater o racismo e as injustiças. Seus especialistas se concentram no monitoramento de grupos extremistas.

A SPLC explicou que tal classificação foi estabelecida diante da postura da ADF contra grupos LGBT. "A ADF difunde mentiras sobre a comunidade LGBT", diz o Southern Poverty Law Center.

"Por exemplo, vinculou o fato de ser LGBTQ+ à pedofilia e alegou que uma "agenda homossexual" irá destruir a sociedade", explicou o SPLC. "A ADF tenta expressar sua retórica em frases benignas, mas a verdade é que ela trabalha para desumanizar as pessoas LGBTQ+ e restringir seus direitos de serem quem são", alerta.

A ADF, porém, rejeita ser classificado como "grupo de ódio", nega qualquer tipo de extremismo e questiona a credibilidade da SPLC. Para ele, trata-se de "organização politicamente partidária e voltada para a captação de recursos".

Damares também rejeita tal acusação. "Até o momento, nas interações com a ADF, não identificamos nenhum posicionamento radical ou desrespeitoso para com qualquer segmento social. Por outro lado, o que visamos efetivamente, não é o ódio, mas o fortalecimento de vínculos familiares, cidadãos, sociais e internacionais com um profundo respeito ao pluralismo", completou o governo brasileiro, em setembro.

No começo de outubro, o ministério de Damares ampliou seu escopo de influência ideológica. A nova frente ultraconservadora começa a se dar agora no âmbito acadêmico: o MDH anunciou a oferta de 50 bolsas de mestrado e pós-doutorado para pesquisas sobre "família."

"É um momento histórico, é a primeira vez que temos políticas públicas familiares", disse a secretária nacional da família, Angela Gandra, desconsiderando outros direitos como parte do que é o contexto familiar. Segundo ela, iniciativas de "fortalecimento de vínculos familiares é algo inédito", como se direitos das mulheres, da população LGBTI, da população negra e da infância não fizessem parte do que ela considera "família".

Entidade brasileira com presença de Damares acompanha ADF pelo menos desde 2012

Anos antes, a Associação Nacional de Juristas Evangélicos estabeleceu um acordo com a ADF. A associação brasileira tinha, como membro em 2012 e 2013, a advogada e pastora Damares Alves.

Em um comunicado que anunciava o projeto, chamado de Blackstone Legal Fellowship, a associação indicou que a parceria tinha como objetivo "enviar estudantes evangélicos brasileiros que cursam direito para fazer um estágio intensivo nos EUA".

De acordo com a OpenDemocracy, a ADF foi ao Supremo Tribunal dos EUA no ano passado para defender o sigilo dos doadores sem fins lucrativos. "Os seus poucos financiadores conhecidos incluem as fundações familiares da secretária da educação da Trump, Betsy DeVos", indicou.

Influência
No restante do mundo, a ação dessas entidades também é constante. A ACLJ atuou na Corte Europeia de Direitos Humanos para defender uma posição contra o casamento gay. Também houve uma atuação dos advogados do grupo para defender as políticas ultraconservadoras da Polônia contra o divórcio e o aborto.

Na equipe de defesa de Trump durante o impeachment, alguns dos advogados eram da mesma entidade, a ACLJ, que gastou em uma década US$ 17 milhões em ações fora do país.

Segundo a pesquisa, vários destes grupos de direitos cristãos americanos também foram ligados à desinformação da COVID-19. O PRI, por exemplo, é dirigido por um ativista ultra-conservador que afirma que o coronavírus foi feito pelo homem num laboratório chinês, e também faz parte de um grupo de lobby anti-China com Steve Bannon.

Outro grupo, Family Watch International (FWI), tem vindo a formar há anos políticos africanos, líderes religiosos e da sociedade civil para se oporem à educação sexual abrangente e aos direitos LGBT em todo o continente africano.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2020/10/29/lobby-antiaborto-e-pro-familia-dos-eua-gastou-r-16-bi-em-acoes-pelo-mundo.htm

Destaque IEDI: conciliação entre crescimento econômico e desenvolvimento sustentável

 

DESTAQUE IEDI
29/10/2020 
  
Economia sustentável e crescimento mundial 
  
Crescimento econômico e sustentabilidade ambiental não são objetivos opostos. É o que mostra estudo recente do FMI. Políticas econômicas apropriadas podem ajudar a enfrentar os desafios da mudança climática e, ao mesmo tempo, manter a economia mundial numa trajetória sustentável de crescimento. A combinação de imposto sobre a emisão de carbono e subsídios para produção de energia verde mais barata e abundante incentiva o setor privado a investir em adaptações verdes e na adoção de matriz energética sustentável. Como resultado, contribui diretamente para elevar o emprego e o PIB mundial. 
  
1% 
No curto prazo, uma economia mais sustentável aumentaria o PIB mundial em 1% na média de 2021-23, principalmente pelos investimentos em infraestrutura. 
  
  
Após 15 anos, os ganhos da transição energética continuariam importantes, mesmo com o imposto sobre carbono: +0,8% no PIB mundial na média do triênio de 2036-38.
  
0,8% 
  

Quando o Tio Sam escravagista do Sul queria continuar o regime escravo na América do Sul - H-Diplo

 H-Diplo Article Review 992

28 October 2020

Michael A. Verney.  “‘The Universal Yankee Nation’:  Proslavery Exploration in South America, 1850–1860.”  Diplomatic History 44:2 (April 2020):  337–364.  DOI:  https://doi.org/10.1093/dh/dhz067.

https://hdiplo.org/to/AR992
Editor:  Diane Labrosse | Commissioning Editor:  Dayna Barnes | Production Editor: George Fujii

Review by David Parker, University of Georgia
 

Michael A. Verney’s article is an exciting contribution to a growing wave of scholarship that gives new focus to the international and hemispheric dimensions of the antebellum United States, the sectional crisis, and the origins of the American Civil War.  Analyzing U.S. Navy expeditions to the Amazon River and Rio de la Plata in the 1850s, Verney argues that U.S. proslavery foreign policy reached as far South as Argentina, and that flirtation with imperial expansion into South America was a serious, substantive federal government policy enjoying popular support, rather than “a passing fancy for proslavery elites” (338). 

Though proslavery and white supremacist sentiment enjoyed currency throughout the Americas in the 1850s, Verney argues that U.S. policymakers did not envision their hemispheric proslavery efforts as international collaborations among equals.  Whatever their professed intentions of friendly, collaborative development,  U.S. policymakers and Naval commanders saw both South American expeditions in nakedly imperial terms as hopes for U.S. slavery’s further continental expansion appeared increasingly threatened after the Mexican-American war. 

Verney draws on the official, public claims of U.S. politicians and diplomats and contrasts them with the private correspondences of those same figures to reveal the diplomatic sleight-of-hand and genuine intrigue at play for figures like U.S. Navy Lieutenant Matthew Fontaine Maury, a pioneer in the field of Oceanography and the chief architect of the U.S. Navy’s plan to prepare the Amazon region for annexation. This analysis of both the Amazon and Rio de la Plata expeditions amply supports Verney’s second core argument, “that naval imperialists sought to disguise their intentions in ways that would appeal to their South American hosts” (339). 

Intellectual history plays a key role in this work, as Verney skillfully teases out the varied forms that white supremacist ideology took throughout the Americas, and how the racist visions of the future that were promoted by elites in the U.S., Brazil, Paraguay, Argentina, and Bolivia overlapped, contradicted each other, and tensely coexisted. Brazilian elites, for example, believed that “whitening”—the literal lightening of the national population through encouraging European immigration and intermarriage—was a key to national development, which made U.S. dreams of white U.S. citizens settling and developing the Amazon River Basin at least superficially appealing (345). But the U.S. vision of a “whitened” and “settled” Amazonia carried with it a contempt for the imagined indolence of Latin American creole elites, and a thinly-veiled confidence that superior Anglo-Saxon specimens emigrating from the U.S. would not just accelerate national development, but pave the way for annexation (348-349). 

In both visions of whitening and development, the perceived necessity of black enslaved workers was a contradiction that provoked little anxiety or comment from elite thinkers.  Quotations pulled from Maury’s record of the Amazon expedition provide a fascinating glimpse into the mind of a slaveholding man of science.  Unsurprising is Maury’s conviction that only enslaved African workers, under white domination, were physically capable of performing heavy agricultural labor in the tropical region.  More unexpected is Maury’s belief that jerky made from local manatees could provide a cheap, abundant food source for enslaved workers (349). 

Boosters of the U.S. Navy’s 1853 expedition to the Rio de la Plata, commanded by Lieutenant Thomas Jefferson Page, couched its proslavery goals in the language of science, commerce, and mutually beneficial national development, just as Maury had in his Amazon expedition. Verney points to the intriguing fact that this expedition, perhaps because its leaders more successfully masked their intentions, enjoyed the support of many ostensibly anti-slavery Northerners, particularly merchants (354).  Verney leaves open the question of why anti-slavery businessmen threw their support behind a proslavery expedition, though he gestures broadly at some possibilities, including Northern industry’s inextricability from American slavery.  The article’s source base—largely official U.S. government documents and private correspondences of U.S. policymakers and government agents[1]—is ill suited to answering this question, but scholars interested in the extensive economic relations connecting the Northern and Southern United States should take note and consider probing this topic further. 

A solid base of secondary literature supports Verney’s efforts to outline the “powerful international trends'' that shaped U.S. aspirations and their reception in Latin America (364).[2]  There is little reason to doubt Verney’s contention that Latin American elites sought close relations with the U.S. while remaining largely skeptical of their northern neighbor’s intentions. And Verney amply supports his claim that U.S. arrogance and the expansionist precedent of its aggressive war of conquest against Mexico doomed the dream of a U.S.-led South American empire of slavery.  Page’s outrageous imperiousness and aggression in the Rio de la Plata expedition –and the certainty that this alienated potential Paraguayan collaborators – is clear from his own writings.  A thorough analysis of Latin American elites’ investment in national development and their skepticism of the U.S. as a partner, however, will require a different primary source base, one that uses documents produced by Latin American elites in order  to even more thoroughly incorporate those powerful international trends into this story. Verney’s article makes for an excellent foundation for these future studies.

Like other recent works on the U.S. Sectional Crisis, Verney’s article argues that antebellum Northern and Southern interests were intertwined and that slaveholders had a near-stranglehold on the levers of power in the U.S. federal government before 1860.  It builds on the work of scholars like Matthew Karp, who explored the proslavery focus of antebellum U.S. foreign policy and the global ambitions of slaveholders, and Daniel Rood, who analyzed the intellectual networks and forward-looking technological innovations of slaveholders in a “Greater Caribbean” stretching from Virginia to Brazil.[3]  And like these and other recent works, it resurrects the question of how and why the American Civil War occurred.[4]  An intriguing possibility raised here is that Latin American resistance to U.S. expansionism closed off another safety-valve for U.S. slaveholder anxieties. Verney thus points the way towards valuable new studies of diplomacy in the Americas, and asks us to reconsider how Latin American elites and policymakers understood and shaped their relationship to the United States.

 

David Parker is a Ph.D. student at the University of Georgia.  His research interests include the history of adolescence and sexuality in the antebellum South, and the immigration of former Confederates and their families to California after the Civil War’s conclusion.


Notes

 

[1] As in William Lewis Herndon and Lardner Gibbon, Exploration of the Valley of the AmazonMade Under Direction of the Navy Department, 2 vols. (Washington D.C.: Robert Armstrong, 1853-1854), and Matthew Fontaine Maury to William Lewis Herndon, April 20, 1850, reprinted in Donald Marquand Dozer, “Matthew Fontaine Maury’s Letter of Instruction to William Lewis Herndon,” The Hispanic American Historical Review 28:2 (1948): 212-228.

[2] Such as Jeffrey Lesser, Immigration, Ethnicity, and National Identity in Brazil, 1808 to the Present (New York: Cambridge University Press, 2013).

[3] Matthew Karp, This Vast Southern Empire: Slaveholders at the Helm of American Foreign Policy (Cambridge: Harvard University Press, 2018); Daniel Rood, The Reinvention of Atlantic Slavery: Technology, Labor, Race, and Capitalism in the Greater Caribbean (New York: Oxford University Press, 2017).

[4] Such as Thavolia Glymph, The Women’s Fight: the Civil War’s Battles for Home, Freedom, and Nation (Chapel Hill: The University of North Carolina Press, 2020), and Walter Johnson, River of Dark Dreams Slavery and Empire in the Cotton Kingdom (Cambridge: The Belknap Press of Harvard University Press, 2017).

Perspectivas para as relações internacionais do Brasil: desafios de uma diplomacia ideológica - Paulo Roberto de Almeida

 Perspectivas para as relações internacionais do Brasil:

desafios de uma diplomacia ideológica

 

Paulo Roberto de Almeida

Notas para palestra para estudantes de RI da USP, a convite do Instituto Brasileiro de Debates; dia 28/10 às 20h, via zoom; disseminado via YouTube (link: https://youtu.be/xoOyjqahJRI). 

 


Questões selecionadas para exposição e debate: 

1) O sistema global: multilateralismo, direito internacional, política de poder

     Como a diplomacia brasileira vê o mundo e o papel dos principais atores

2) As Nações Unidas: reforma da Carta e conquista de cadeira no CSNU

     Uma velha aspiração, por vezes uma obsessão, o G-4 e as ilusões diplomáticas

3) A OMC e o esgotamento das negociações comerciais multilaterais 

     Brasil: ator diplomático relevante, a despeito da pequena participação nos fluxos

4) As relações bilaterais, em especial com países em desenvolvimento 

     A lenta construção de uma liderança, nem sempre bem orientada ou bem-sucedida

5) OCDE, G7; OTAN e os dilemas dos emergentes; como quebrar barreiras?

     Penetrar no inner circle, sem necessariamente entrar no clube; dupla personalidade?

6) Brasil, membro do BRICS: divergências, assimetrias, novas ilusões

     O peso de uma herança diplomática: o que fazer com cúpulas e com um banco? 

7) Mercosul: a escolha estratégica desde os anos 1990, necessitando reformas

     De um projeto de mercado comum às realidades da desintegração: o que fazer?

8) Relações com a Argentina: a mais importante relação, no mais baixo ponto

     Compromissos e não-soluções: fuga para a frente, em lugar de enfrentar os problemas

9) Relações com a China: a dimensão mais crucial do presente e do futuro do país 

     Objetivos múltiplos, estratégias diferentes para cada carência percebida do Brasil

10) Relações com a União Europeia: quais são as prioridades?

     A grande ilusão de um acordo comercial generoso: enfrentando as duras realidades

11) Relações com os Estados Unidos: da negligência benigna ao servilismo? 

Ups and downs de uma relação não muito especial: distância e proximidade

12) A ferramenta diplomática do Brasil: existe coerência na política externa?

     O processo de tomada de decisões: atores, iniciativas, orientações subjacentes. 


[Brasília, 9 de outubro de 2020]



 

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

A República das Letras do Itamaraty - Paulo Roberto de Almeida

 A República das Letras do Itamaraty  

Paulo Roberto de Almeida

(www.pralmeida.orghttp://diplomatizzando.blogspot.com)

[Objetivonota sobre os diplomatas escritoresfinalidadeinformação preliminar]

 


Estou preparando, com a ajuda de colegas diplomatas “escrevinhadores”, um ensaio sobre aqueles profissionais que, além de se ocupar dessas coisas chatas da burocracia oficial — telegramas, notas, bullshits kafkianos — , também se dedicam às coisas do espírito. Minha especialidade está mais voltada para a não-ficção, mais especialmente para Humanidades, Ciências Sociais, Economia (êpa!; não é uma ciência social aplicada?), Relações Internacionais, essas coisas chatas, e por isso dependo dos literatos para me indicar quais são nossos poetas e prosadores (eles são muitos, talvez mais numerosos do que os “analistas” da Realpolitik).

Mas, com a ajuda de alguns dos nossos escritores, começo pela literatura, bem mais agradável do que a dura realidade dos tempos atuais. Nesse terreno, parece que a poesia dá de 7 a 1 nos colegas de romances e contos.

Limito-me neste momento a uma pequena lista de diplomatas escritores contemporâneos, ou seja, vivos, pois vários “precursores” falecidos já tinham sido cobertos, em grande medida, na magnífica obra organizada pelo embaixador Alberto da Costa e Silva, O Itamaraty na Cultura Brasileira (2001; 2002), que incluía nomes de clássicos como Ribeiro Couto, Raul Bopp, Guimarães Rosa, João Cabral e Vinícius de Moraes (que, aliás, teve direito a dois capítulos, como poeta e como compositor). Vou ver uma maneira de disponibilizar esse livro.

Tanto quanto pode ocorrer para os “pensadores” das ciências humanas, falar de literatos vivos, alguns vivíssimos, expõe qualquer temerário como eu e meus colegas, por acaso ausentes, aos ciúmes e despeitos, humanos como são naturalmente os sentimentos poéticos ou sensações novelescas. Espero não ser desafiado para algum duelo literário, mas aqui vai uma relação preliminar, pedindo aos leitores e autores que me enviem novas colaborações.

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 28/10/2020

 

 

Listagem preliminar de diplomatas escritores


         João Almino

 

1) Ideias para onde passar o fim do mundo, Brasiliense, 1987;

2) Samba-enredo, 1994;

3) As cinco estações do amor, 2001;

4) O livro das emoções, 2008;

5) Cidade livre, 2010.

 

Edgard Telles Ribeiro

 

1) O criado-mudo (romance), Brasiliense, 1990;

2) O livro das pequenas infidelidades (romance), Companhia das Letras, 1994;

3) As larvas azuis da Amazônia (novela), Companhia das Letras, 1996;

4) Branco como o arco-íris (romance), Companhia das Letras, 1998;

5) No coração da floresta (contos), Record, 2000;

6) O manuscrito (romance), Record, 2002;

7) Histórias mirabolantes de amores clandestinos (contos), Record, 2004;

8) Olho de rei (romance), Record, 2005;

9) Um livro em fuga (romance), 2008;

10) O punho e a renda (romance), Record 2010;

11) Damas da noite (romance), Record, 2014;

12) Uma mulher transparente (romance), Todavia, 2018;

13) O impostor (romance), Todavia, 2020.

 

Mário Araújo

 

1) A hora extrema (contos), 7 Letras, 2006;

2) Restos (contos) Bertrand Brasil, 2008.

 

Nilo Barroso

 

1) A morte da matriarca (contos), Horizonte, 1984;

2) O punho do destino (novela), Horizonte, 1988;

3) Badulaques (contos), 7 Letras, 2002

4) Déjà vu etc e tal, (poemas e aforismos) 7 Letras, 2014;

5) Três faltas e você será fora excluído (romance), 7 Letras, 2019.

 

Milton Coutinho

 

1) X,Y, Z (contos), Sette Letras, 1995;

2) Sanzio (romance), 7 Letras, 1998;

3) As horas velozes (contos), 7 Letras, 2001.

 

Davino Ribeiro de Sena

 

1) Castelos de areia (poesia), Sette Letras, 1991;

2) Pescador de nuvens (poesia), Sette Letras, 1996;

3) O Jaguar no deserto (poesia), Sette Letras, 1997;

4) Retrato com guitarra (poesia), 7 Letras, 1997;

5) Vidro e ferro (poesia), 7 Letras, 1999;

6) Três Martes (poesia), 7 letras, 2004;

7) Expedição (poesia), 7 Letras, 2007;

8) O lento aprendizado do rapaz que amava ondas e estrelas, (poesia), 7 Letras;

9) O rei das ilhas (poesia), 7 Letras, 2011;

10) Ternura da água (poesia), 7 Letras, 2015.

 

Felipe Fortuna

 

1) Ou Vice-Versa (poesia), Achiamé, 1986;

2) A escola da sedução (crítica literária), Artes e Ofícios, 1991;

3) Atrito (poesia), Alarme Editora, 1992;

4) Louise Labé – Amor e loucura (tradução), Siciliano, 1995;

5) Estante (poesia), Topbooks, 1997;

6) Curvas, ladeiras – Bairro de Santa Teresa (ensaio), Topbooks, 1998;

7) Visibilidade (ensaios), Record, 2000;

8) A próxima leitura (crítica literária), Francisco Alves, 2002;

9) Em seu lugar (poesia), Francisco Alves, 2005;

10) Esta poesia e mais outra (crítica literária), Topbooks, 2010;

11) A mesma coisa (poesia), Francisco Alves, 2012;

12) O mundo à solta (poesia), Topbooks, 2014;

13) Taturana (poesia), Pinakotheke, 2015.

 

Márcio Catunda

 

1) Incendiário de mitos (poesia), 1980, Fortaleza;

2) Encantador de estrelas (poesia), 1988, Brasília;

3) Rosas de fogo (poesia), 1998, Rio de Janeiro;

4) Sintaxe do tempo (poesia), 2005, Fortaleza;

5) Plenitude visionária (poesia), 2007, Lisboa;

6) Verbo imaginário (poesia), 2007, Lisboa;

7) Emoção atlântica (poesia), 2010, Rio de Janeiro;

8) Escombros e construções (poesia), Thesaurus, 2012, Brasília;

9) Terra de demônios (romance), Ibis Libris, 2013, Rio de Janeiro;

10) Viagens introspectivas, Expressão Gráfica e Editora, 2016, Fortaleza;

11) Dias insólitos (poesia), 2018

12) Todos os dias são difíceis na Barbúria (romance), 2018, Rio de Janeiro.

 

Francisco Alvim

 

1) Passatempo (poesia), Brasiliense, 1974;

2) Elefante (poesia), Companhia das Letras, 2000;

3) Poemas (1968-2000), Cosac Naify, 2004;

4) O metro nenhum (poesia), Companhia das Letras, 2009.

 

Alexandre Vidal Porto

 

1) Matias na cidade (romance), Record, 2005;

2) Sergio Y. vai à América (romance), Companhia das Letras, 2014;

3) Cloro (romance), Companhia das Letras, 2018.

 

Jorge Sá Earp

 

1- Feixe de Lenha (poesia), edição do autor, 1980;

2 - No Caminho do Vento (contos), Alfa-Ômega/Instituto Nacional do Livro, 1983;

3 - O Ninho (romance), Achiamé, 1986;

4 - Sudoeste (romance), Achiamé, 1991;

5 - Passagem Secreta (poesia),Taurus, 1993;

6 - Ponto de Fuga (romance), Paz e Terra, 1995;

7 - O Cavalo Marinho (contos), 7 Letras, 1997;

8 - O Jogo dos Gatos Pardos (romance), Eldorado, 2001;

9 - A Cidade e as Cinzas (romance), Razão Cultural, 2002;

10 - Areias Pretas (contos), 7 Letras, 2004;

Trilogia Os Descendentes:

11 - O Olmo e a Palmeira (romance), 7 Letras, 2006;

12 - O Legado (romance), 7 Letras, 2007;

13 - O Novelo (romance), 7 Letras, 2008;

14 - As Marés de Tuala (romance), 7 Letras, 2010;

15 - Bandido e Mocinho (contos), 7 Letras 2012;

16 - Quatro em Cartago (romance), 7 Letras, 2016;

17 - A Praça do Mercado (contos), 7 Letras, 2018;

18 – As amarras (romance), 7 Letras, 2020.

 

Por enquanto é isso. Os imortais da Academia já podem ficar com aquela sensação que os franceses chamam de embarras du choix

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 3752, 28 de outubro de 2020